Ecologia
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Item Comparação do momento de brotação, conteúdo de gemas e arquitetura de copas entre espécies lenhosas de Cerrado stricto sensu e Floresta Estacional Semidecidual(Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-26) Cruz, Gabriel Tadeu Teodoro da; Souza, João Paulo de; http://lattes.cnpq.br/0119974193469104No Cerrado existe uma ampla riqueza de fitofisionomias, incluindo o cerrado stricto sensu (CSS) e as florestas estacionais semideciduais (FES). A distribuição das plantas entre ambientes abertos e florestais são influenciados pelas características ambientais, como a intensidade luminosa. O objetivo deste estudo foi o de determinar a composição, abertura de gemas e as características da arquitetura da copa em espécies lenhosas que ocorrem em CSS e em FES. Nossa hipótese é que as características ambientais são determinantes sobre a composição e abertura de gemas e da arquitetura da copa das espécies ocorrentes no CSS e em FES. Cinco gemas de cada indivíduo de cada espécie foram coletadas em cada área de estudo e dissecadas. Em adição, foi determinado o período e o intervalo de abertura das gemas, além da esquematização de toda estrutura vegetativa acima do solo e a incidência de luz que chega nas copas de cada indivíduo de cada espécie lenhosa em cada área de estudo. As espécies de CSS apresentaram gemas maiores, com maior número de órgãos pré-formados que em FES. Todas as gemas das espécies lenhosas estudadas de CSS e de FES apresentaram tricomas. A presença de catafilos foi evidenciada apenas em Xylopia aromatica ocorrente no CSS e em FES, Bauhinia cfr. ungulata de CSS e Bauhinia cfr. rufa de FES. Xylopia aromatica apresentou dois tipos de gemas, uma simples, com catafilos ausentes e outra composta protegidas por catafilos, tanto em CSS e em FES. As espécies Miconia albicans de FES e CSS e B. cfr. ungulata iniciaram o desenvolvimento das gemas após o início do período chuvoso. Apenas B. cfr ungulata teve o aumento do número de gemas abertas correlacionado com o aumento da precipitação. Bauhinia cfr. rufa ocorrente em CSS iniciou o desenvolvimento das gemas no final da estação seca e X. aromatica ocorrente em CSS e FES apresentou gemas em desenvolvimento durante a estação seca e chuvosa, sendo X. aromatica a espécie com maior intervalo de tempo de abertura de gemas. As plantas que ocorrem em CSS, receberam maior intensidade de luz na copa do que as plantas de FES, o que pode ter influenciado no maior tamanho da gema nas espécies de CSS. O padrão da ramificação das copas das espécies lenhosas de CSS e de FES foram semelhantes nos dois ambientes, não sendo influenciada pela diferença de luz, o que sugere que as espécies lenhosas estudadas podem ter se desenvolvido em ambientes com uma ampla variabilidade de condições de luz ao longo do processo evolutivo. Palavras-chave: alometria; pré-formação; padrão de ramificação; neoformação.Item Efeito do fogo sobre a comunidade de formigas de serapilheira na transição Cerrado-Amazônia(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-25) Maia, Maria Luiza Bicalho; Campos, Ricardo Ildefonso de; http://lattes.cnpq.br/5216540675107658Além de ser uma força evolutiva importante, influenciando na distribuição dos biomas e na manutenção da estrutura e função das comunidades, o fogo foi uma das primeiras ferramentas usadas pelo homem para modificar seu espaço. O aumento crescente de atividades humanas e desmatamento, com a extensão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira, têm tornado os incêndios florestais mais frequentes. O objetivo geral do estudo foi avaliar o efeito a curto prazo do fogo sobre a comunidade de formigas de serapilheira na transição Cerrado-Amazônia. Para isso, testamos as seguintes hipóteses: 1) o efeito do fogo sobre a mirmecofauna de serapilheira causa uma diminuição na diversidade de espécies, sendo esse efeito maior no tratamento com adição de combustível; 2) existe um efeito negativo dos parâmetros estruturais do fogo sobre a diversidade de formigas. Adicionalmente, verificamos se a composição de espécies das áreas queimadas e não queimadas diferem entre si. O estudo foi desenvolvido numa área de transição Cerrado-Amazônia, no estado do Mato Grosso. O experimento de fogo foi realizado em seis plotes inseridos em uma área de 150 ha de vegetação típica da região, sem histórico pregresso de fogo. Cada um desses seis plotes foi re-dividido em três parcelas de 40 m2, cada uma com um tratamento: 1) fogo com adição de combustível, 2) fogo sem adição de combustível e 3) controle. Nos tratamentos com fogo foram tomadas medidas de parâmetros estruturais do fogo. As coletas de formigas foram realizadas num intervalo de 15 a 28 dias após a passagem do fogo experimental. Para a amostragem das formigas de serapilheira, utilizamos a metodologia do Extrator de Winkler. Foram peneiradas 10 amostras de Winkler por tratamento. Ao todo, foram realizadas 180 amostras de Winkler nos seis plotes. Nós amostramos 87 espécies de formigas, distribuídas em 32 gêneros, pertencentes a sete subfamílias. Houve uma menor frequência de espécies, riqueza média e riqueza acumulada no tratamento com adição de combustível como esperado, sendo que não houve diferença entre o controle e o sem adição de combustível. Além disso, não houve diferença na diversidade beta entre os tratamentos. Entretanto, houve uma maior contribuição do aninhamento quando comparados os tratamentos com adição e sem adição de combustível, ou seja, houve uma maior perda de espécies ao comparar esses dois grupos do que quando comparados ao controle. Apesar de não termos encontrado efeito direto dos parâmetros estruturais do fogo sobre a diversidade alfa e beta, a taxa de espalhamento e intensidade do fogo tiveram um efeito significativo sobre o aninhamento. Não encontramos evidências de que a composição de espécies das áreas queimadas e não queimadas sejam diferentes entre si. Nesse estudo observamos que a mirmecofauna de serapilheira na transição Cerrado-Amazônia responde de formas distintas a diferentes regimes de fogo. A mirmecofauna não apresentou mudanças drásticas a curto prazo com um fogo de menor intensidade. Mas observamos que um aumento no combustível disponível para queima tende a originar fogos mais intensos que alteram a riqueza e frequência de espécies. De forma geral, a mirmecofauna de serapilheira da transição Cerrado-Amazônia apresentou a curto prazo resistência a um fogo menos severo.