Ecologia

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    Formigas bioindicadoras em floresta ecotonais: a resposta da mirmecofauna a diferentes distúrbios ambientais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-14) Almeida, Maria Fernanda Brito de; Ribeiro, Sérvio Pontes; http://lattes.cnpq.br/4653338538527060
    Distúrbios são eventos capazes de alterar as condições e a disponibilidade de recursos de um ambiente. Esses eventos podem variar em frequência, intensidade e magnitude, sendo muitas vezes responsáveis pela eliminação da biota nos locais atingidos. Os distúrbios podem ser de origem natural como aqueles causadas pelas flutuações pluviométricas, ou podem ser provocados por ações antrópicas como a contaminação de solos causada por poluentes. Quando naturais, esses eventos são reconhecidos por atuar como filtros ambientais capazes de moldar a estrutura das comunidades biológicas no tempo e no espaço, muitas vezes garantindo a diversidade genética do local. Entretanto, quando de origem antrópica os distúrbios podem ter efeitos catastróficos, que muitas vezes comprometem a recolonização dos ecossistemas impactados. Compreender como as comunidades respondem aos distúrbios é fundamental para o desenvolvimento de políticas de monitoramento, gestão e manejo de áreas impactadas. A utilização de formigas como ferramentas para bioindicação tem sido frequente nos estudos ecológicos. A sensibilidade e a rápida resposta deste grupo às alterações ambientais, além da ampla e abundante distribuição e da relativamente boa resolução taxonômica, fazem das formigas um modelo ideal para estudo de ambientes alterados. Inicialmente investigamos a resposta das comunidades de formigas diante do impacto (ou do histórico do impacto) provocado por inundações sazonais naturais em zonas de transição floresta-lagos. Em um segundo momento, verificamos a resposta das formigas aos impactos provocados pela percolação de rejeito de minério no solo de florestas ripárias. O estudo foi realizado no Parque Estadual do Rio Doce, sudeste do Brasil. Para os dois estudos, usamos dois transectos de 250 metros, paralelos à linha d’água. O primeiro transecto, ficava a 10 metros da água na zona de inundação (aqui chamada ecótono) e o outro transecto estava a 50 metros deste na floresta adjacente as zonas de inundação. Verificamos que as formigas apresentam um padrão na resposta a distúrbios naturais de inundação com maior abundância nos solos dos ecótonos, porém com riqueza e composição similares ao interior da floresta. As formigas de dossel, entretanto, tiveram maior riqueza e abundância no ecótono, porém, assim como para a fauna de solo, a composição foi semelhante ao interior da floresta. Para o distúrbio antrópico, as formigas apresentaram maior diversidade alfa e abundância nos ecótono contaminados, porém a diversidade beta não foi afetada por nenhum dos parâmetros físicos ou químicos testados. No entanto a frequência de algumas espécies (Ectatomma permagnum, E. tuberculatum, Atta sexdens e Camponotus crassus) foi intimamente relacionada a alguns dos parâmetros granulométricos. Pheidole aff. reflexans foi relacionada a concentração de metais, particularmente Fe e Mn presentes em alta concentração nos solos atingidos pelo rejeito. Assim, verificamos que P. reflexans é uma boa indicadora de áreas com grande concentração de metais. Também reforçamos a importância da presença da matriz florestal adjacente as áreas impactadas como fonte de espécies que atuarão na recolonização dos ambientes pós distúrbio Palavras-Chave: Distúrbios. Contaminação. Metais Pesados. Bioindicação. Mirmecofauna. Tese.