Ecologia

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    Influência da formiga mutualista no investimento em defesas de plantas: um experimento de longa duração no sistema Cecropia-Azteca
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-07-11) Neves, Gabriela Zorzal; Campos, Ricardo Ildefonso de; http://lattes.cnpq.br/3679330638283908
    As plantas demonstram estratégias defensivas diversas contra seus inimigos naturais. Estas defesas podem ser diretas, como compostos químicos e estruturas físicas, e indiretas, como a associação com outros animais. As plantas mirmecófitas, por exemplo, vivem em associação íntima com formigas que desempenham função protetora em troca de alimento e locais de nidificação. Nesse sentido, investir em recursos para atrair formigas pode concorrer, em termos de alocação de energia, com o investimento em defesas diretas, gerando o chamado “trade-off”. Mais especificamente, na relação mutualística entre as formigas do gênero Azteca e as árvores do gênero Cecropia, já foi demonstrado que as formigas proporcionam múltiplos benefícios às plantas que vão além da proteção. No entanto, não se sabe exatamente como a presença das formigas influencia as características de defesa dessas plantas. A partir dessa lacuna, essa tese foi dividida em dois capítulos: O primeiro deles teve como objetivo testar se a presença de formigas (Azteca muelleri) e a herbivoria influenciam o investimento em defesas físicas em Cecropia glaziovii. No segundo capítulo foi determinado se a colonização por A. muelleri é capaz de mediar a existência de trade-off entre defesas químicas e físicas em C. glaziovii. Em relação ao primeiro capítulo, conduzimos dois experimentos, sendo um deles de simulação e outro de proteção de herbivoria em plantas no campo. Já no segundo capítulo, realizamos um experimento manipulativo de longo prazo (oito anos) para avaliar o investimento em defesas químicas e físicas em plantas colonizadas e não colonizadas. Com coletas mensais, acessamos dados de densidade de tricomas foliares (defesas físicas) e compostos fenólicos (defesas químicas) de plantas (C. glaziovii) colonizadas e não colonizadas pelas formigas (A. muelleri). Descobrimos que em plantas colonizadas por formigas a produção de tricomas é menor, independentemente da herbivoria. Encontramos também que a presença das formigas é um forte mediador do trade-off entre as defesas químicas e físicas de plantas; devido a redução na produção de tricomas com um incremento de compostos fenólicos apenas nas plantas não colonizadas. Nossos resultados reforçam a importância das formigas como defensoras, mas também como mediadoras da alocação e na provisão de recursos nessas plantas.
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    Importance of chemical and geographical distances in determination of ant’s aggressive behavior: first insight in the Cecropia-Azteca system
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-27) Neves, Gabriela Zorzal; Campos, Ricardo Ildefonso de; http://lattes.cnpq.br/3679330638283908
    Territorial animals respond less aggressively to intrusions by neighbors than by outsiders. This difference in behavioral responses is termed “dear-enemy phenomenon” and it determines recognition and aggressiveness in animal interactions. In social insects, the identification of non-nest mates is mainly performed through "colony odors", formed by hydrocarbon lipid compounds that cover the insects’ cuticle (also called CHCs). The difference in the chemical composition of these compounds may be genetically influenced and influenced by the environment and/or by the diet of colony individuals. Myrmecophytic ants present an aggressive defensive behavior against plants natural enemies. These systems might be considered a promising model for studying nest-mate recognition and aggressiveness behaviors. Thus, the present study aims to experimentally test the importance of geographical and chemical distances on the aggressive behavior among individuals of Azteca muelleri ants inhabiting Cecropia glaziovii plants. We sampled a total of 50 ant colonies in three Atlantic Forest fragments located in the Viçosa municipality, state of Minas Gerais, Brazil. The distance in meters between sites were estimated using the GPS data provided from the two points of interest. After sampling, we performed aggression tests using five works from the same colony against five workers from other colony. Each colony was used only once. For the aggression tests we divided the 50 colonies in two distinct groups: same location group and different location group. Then, we observed the behaviors of ants in each aggression test and we classify them as non-aggressive and as aggressive. After the aggression tests, we identified picks of chemicals compounds (CHCs) and evaluated the concentrations of these components by chemical analysis. Our results showed a positive effect of geographical distance on ant aggressiveness and a significantly higher aggressiveness between pairs of ants from different site when compared to pairs of ants belonging to the same site. On the other hand, A. muelleri aggressiveness was not influenced by chemical cuticles profile and we alsov did not detect a significant interaction between geographical distance and chemical distance. The Azteca-Cecropia system therefore exemplifies a relationship in which the geographic distance influences the aggressive behaviour. However, in this system the total of chemical compounds does not explain the aggression behaviour and only some these compounds may play a main role in the aggressive behaviour and non-nest mate recognition. Thus, it is necessary to investigate if these factors and others parameters such as genetic distance, may be influencing the aggressive behaviour in this species of Azteca.