Ecologia

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    Ecologia evolutiva de plantas e insetos adaptados a solos metalíferos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-11) Dueli, Grazieli de França; Ribeiro, Sérvio Pontes; http://lattes.cnpq.br/7287547825349540
    Solos metalíferos são importantes filtros ecológicos, restringindo o estabelecimento de espécies e beneficiando aquelas evolutivamente adaptados a eles. Os metais podem ser tóxicos e muitos organismos desenvolveram mecanismos para tolerar, excluir ou acumulá-los em seus tecidos. O limiar de toxicidade e deficiência dos elementos metálicos é diferente para cada espécie e mesmo organismos adaptados sofrem custos energéticos para metabolizar os metais do ambiente. Neste estudo, testamos cinco hipóteses sobre o efeito dos metais em plantas e insetos: (i) Candeia sofre um conflito entre bioacumular metais e crescer; (ii) a bioacumulação de metais pelas Candeias atua como uma defesa elementar contra herbívoros mastigadores; (iii) Candeias que crescem sob o estresse dos metais e sob ataque dos herbívoros podem ter seu crescimento comprometido; a concentração de metais nos ninhos afeta: (vi) a sobrevivência dos cupins construtores e (v) a invasão dos ninhos por coabitantes. Para testar essas hipótese, realizamos dois experimentos. No experimento 1, cultivamos 70 Candeias em solos com diferentes concentrações de metais e posteriormente submetemos as plantas a herbívoros em seu habitat natural. Medimos o crescimento das plantas, a porcentagem de área foliar consumida e o número de folhas atacadas e analisamos a concentração de metais nas folhas. Apesar da herbivoria ter sido extremamente baixa, as análises dos dados mostraram que nenhum metal teve efeito sobre a herbivoria. Porém, a herbivoria foi modulada pelos metais acumulados nas folhas e afetou o crescimento das Candeias. Alumínio em concentrações médias e altas afetou negativamente o crescimento das Candeias. O cobre em concentrações médias e altas modulou positivamente a interação, suprimindo os efeitos do alumínio em concentrações médias. Nossos resultados evidenciaram uma modificação na interação herbívoro-planta reduzindo o efeito do antagonismo, ao mostrar uma resposta positva das plantas (crescimento) ao ataque dos herbívoros, sob estresse ambiental. Experimento 2: Coletamos 16 ninhos de cupins em duas áreas com diferentes concentrações de metais. Identificamos os coabitantes, medimos a concentração de metais nos ninhos e avaliamos o tempo de sobrevivência dos cupins operários. A concentração de metais nos ninhos foi bem menor que as encontradas nos solos adjacentes aos ninhos. Curvas de sobrevivência de trabalhadores de cupins foram afetadas negativamente pela concentração de zinco e pela riqueza de espécies de coabitantes nos ninhos. O zinco e o manganês afetaram negativamente a riqueza e a abundância de coabitantes. Habitar solos metalíferos é bastante custoso para os cupins, que ao gastar energia selecionando partículas, tornam-se menos hábeis para defender o ninho. Isso implica em mais coabitantes em ninhos com menos metais, já que os coabitantes devem procurar ambientes menos tóxicos para habitarem e acabam encontrando nesses ninhos um ambiente mais fácil para entrar e se estabelecer. Ambientes metalíferos são difíceis de serem invadidos porque impõem um ajuste adaptativo custoso, porém, possível, garantindo possibilidades de benefícios adaptativos relacionados a esses ambientes.
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    Efeito da interação entre besouros e fungos poliporoides sobre a fauna de besouros de serrapilheira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-24) Borlini, Paula Vieira; Andrade, Cristiano Lopes; http://lattes.cnpq.br/7975518604565978
    A degradação de madeira e matéria orgânica é realizada pela ação conjunta de organismos detritívoros e decompositores, como besouros e fungos, através da fragmentação e modificação química desses materiais. Os fungos basidiomicetos são capazes de reter nutrientes nas hifas e nos basidiomas, o que os torna uma fonte de alimento muito rica para muitos organismos. Os besouros micetobiontes, como os Ciidae, utilizam os basidiomas diretamente como habitat e fonte de alimento. Esta atividade pode facilitar a liberação dos nutrientes retidos no basidioma, tornando-os acessíveis para outros níveis tróficos, como os organismos de serrapilheira. O objetivo deste trabalho é verificar se a presença de besouros micetócolos, que utilizam o fungo de alguma forma, influencia na composição de espécies de besouros da serrapilheira. Também objetiva-se saber se fatores diretos e indiretos aos besouros interferem na riqueza e na abundância destes dentro dos basidiomas. Enquanto a riqueza só respondeu à área superficial e ao estágio de decaimento dos basidiomas, que são fatores diretos, a abundância respondeu à área superficial dos basidiomas e ao diâmetro dos troncos, que é fator direto e indireto, respectivamente. Fungos com maiores áreas têm maior disponibilidade de nichos e de recursos, o que permite que diferentes espécies colonizem o mesmo basidioma e, também, o desenvolvimento de populações numerosas. Fungos mais degradados têm menos compostos de defesa, o que possibilita que espécies polífagas, que são a maioria, os colonizem. Troncos com maiores diâmetros têm mais recurso disponível para o desenvolvimento dos basidiomas, e maiores basidiomas podem manter maior abundância de besouros. A composição dos besouros de serrapilheira foi diferente entre áreas sem basidioma, com basidioma e basidioma colonizado. Houve maior riqueza de besouros de serrapilheira próximo aos basidiomas e próximo aos basidiomas colonizados. Isso indica que os fungos e os besouros micetócolos são importantes para o sistema onde estão inseridos, pois a presença e, consequentemente as atividades que desempenham, interferem na comunidade de besouros de serrapilheira de suas proximidades.
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    Fire in the Amazon: impacts of fuel loads and frequency on ants and their interactions with seeds
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-15) Paolucci, Lucas Navarro; Schoereder, José Henrique; http://lattes.cnpq.br/9491593321334653
    Fire is a major disturbance shaping the distribution and diversity of species across several biomes. Tropical forests rarely burn naturally, but human activities such as logging and agriculture fragment the original habitat, increasing fuel loads and consequently the flammability and frequency of understory fires. Southern Amazonian forests are currently facing extremely land-use change, and are under a state of high recurrent burning. Understory fires severely degrade the structure of these forests, but the role of fuel loads or fire frequency on their faunal communities has been little studied. Here we experimentally addressed how understory fires affect shade-adapted ant communities from southern Amazonian forests. In the first chapter we investigated the influence of fire and fuel loads on ant communities and their interactions with myrmecochorous seeds. Single fires and fuel addition were applied to plots in six replicated blocks, and ants were sampled in four strata: subterranean, litter, epigaeic and arboreal. We found that highly specialized taxa are the most sensitive, but species composition remained little altered. Fire reduced rates of seed location and transport, which we attribute to increased thermal stress, although enhanced fuel loads will not decrease ant diversity and ecosystem services through increased fire severity. In the second chapter we investigated the role of recurrent fires on ant communities, and assessed the extent to which their responses are consistent with those of trees. Two plots were subjected to annual and triennial fires over a six-year period, while one plot remained unburnt. Species diversity and composition varied similarly for trees and ants, with minor effects on richness, increased evenness and different species composition due to fire. However, fire had a much more severe impact on abundance and biomass of trees than of ants, reflecting the direct effects of fire on the former and indirect on the latter. In conclusion, we suggest that the prevention of recurrent fires should be of special concern for the maintenance of biodiversity of these forests, particularly considering that ants have a well-established role on indicating disturbances on other faunal groups, so such negative effects likely occur for other taxa from these forests as well.