Ecologia

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    Seletividade de espécies arbóreas à margem do lago da barragem de Marimbondo em Frutal, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-11-06) Ferreira, Cristiano dos Santos; Carmo, Flávia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/8493029392655133
    A variação na flutuação natural do nível do rio é de grande importância para a conservação e integridade das matas ciliares, uma vez que as plantas desses ambientes são adaptados a estas flutuações naturais. Mudanças nos regimes hidrológicos podem alterar características importantes destes habitats e modificar esses ecossistemas. Assim, o objetivo deste estudo foi o de determinar como a mudança no nível de água causado pela construção de uma barragem hidrelétrica influencia a vegetação arbórea nas margens do lago resultante. O experimento foi realizado no município de Frutal, Minas Gerais, em um fragmento de 34 ha de Floresta Semidecídua às margens do lago da na Usina Hidrelétrica de Marimbondo. A fim de verificar possíveis mudanças na fitossociologia da comunidade de plantas, bem como a composição dos grupos funcionais de espécies sob influência da água do lago, foram estudadas tanto a vegetação original e os estratos de regeneração. Transectos de 100x20 m foram estabelecidos e todos os indivíduos arbóreos com pelo menos 10 cm de circunferência na altura do peito (CAP) foram amostrados. No estrato de regeneração, indivíduo com CAP entre 1-9,9 cm também foram amostrados. Todos os indivíduos amostrados foram registrados e identificados para o menor nível taxonômico possível, e, então, classificados em duas categorias: espécies características de Matas Ciliares (MC) e espécies Não Ciliares (NC). As análises estatísticas dos dados mostraram que a vegetação original tem maior riqueza e abundância de espécies ciliares nas margens do lago de espécies, e ambas diminuem quando distanciamento das margens do lago. Por outro lado, a riqueza e abundância de espécies Não ciliares aumentam com a maior distância da margem do lago. No estrato de regeneração, apenas abundância de indivíduos aumenta em direção a margem do lago, uma resposta semelhante às espécies ciliares. Estes resultados evidenciam que a elevação periódica do nível de água do lago tem um efeito marcante sobre a vegetação estabelecida nas suas margens, atuando como um filtro ambiental para o estabelecimento das espécies. A vegetação na área próxima ao rio é dominada por espécies ciliares, embora a vegetação não possa ser caracterizada fitossociologicamente como uma mata ciliar original. No entanto, as espécies arbóreas amostradas no local indicam que a vegetação está atuando funcionalmente como mata ciliar.
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    Simulação de alagamento como filtro ambiental para o recrutamento de espécies árbóreas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-08) Paz, André Araújo da; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/9741745816348542
    Em áreas ciliares o alagamento nas planícies de inundação pode ocorrer em diferentes frequências e intensidades, dependendo das condições locais. Habitats às margens dos rios são mais propensos a inundações do que os mais elevados na paisagem. Este gradiente hídrico seleciona diferentes grupos de plantas de acordo com sua tolerância à inundação. No entanto, quando os rios são barrados por ações antrópicas pode ocorrer o alagamento de áreas até então nunca inundadas. As condições hídricas geradas afetarão as comunidades e determinadas espécies poderão ter sua distribuição comprometida, uma vez que suas sementes ou plantas jovens podem não suportar o alagamento. Consequentemente, pode haver perda de espécies e serviços ecossistêmicos em decorrência das novas condições impostas. Na recuperação dessas áreas ciliares há espécies indicadas para recuperar hábitats alagáveis (HA) e não-alagáveis (HA). Para testar a hipótese de que sementes e plântulas de espécies de HN não resistem a inundações prolongadas, escolhemos espécies de ambos hábitats e realizamos um experimento de inundação prolongada em sementes e plântulas por 90 dias. O alagamento afetou de forma distinta a germinação das sementes das diferentes espécies, havendo respostas semelhantes em ambos os grupos. A germinação sob alagamento foi acelerada, mas ocorreu em menor número. Ao contrário do esperado, duas espécies de HA não germinaram enquanto submersas. As plantas jovens também tiveram seu desenvolvimento comprometido pelo alagamento, diminuindo o crescimento em altura, o investimento em folhas e a taxa fotossintética. Plantas das espécies de HN foram mais prejudicadas e praticamente perderam suas raízes. A restauração ecológica de reservatórios e áreas submetidas ao alagamento temporário deve ser criteriosa e levar em conta as características das diferentes fases de vida das plantas a serem utilizadas.
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    Fire in the Amazon: impacts of fuel loads and frequency on ants and their interactions with seeds
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-15) Paolucci, Lucas Navarro; Schoereder, José Henrique; http://lattes.cnpq.br/9491593321334653
    Fire is a major disturbance shaping the distribution and diversity of species across several biomes. Tropical forests rarely burn naturally, but human activities such as logging and agriculture fragment the original habitat, increasing fuel loads and consequently the flammability and frequency of understory fires. Southern Amazonian forests are currently facing extremely land-use change, and are under a state of high recurrent burning. Understory fires severely degrade the structure of these forests, but the role of fuel loads or fire frequency on their faunal communities has been little studied. Here we experimentally addressed how understory fires affect shade-adapted ant communities from southern Amazonian forests. In the first chapter we investigated the influence of fire and fuel loads on ant communities and their interactions with myrmecochorous seeds. Single fires and fuel addition were applied to plots in six replicated blocks, and ants were sampled in four strata: subterranean, litter, epigaeic and arboreal. We found that highly specialized taxa are the most sensitive, but species composition remained little altered. Fire reduced rates of seed location and transport, which we attribute to increased thermal stress, although enhanced fuel loads will not decrease ant diversity and ecosystem services through increased fire severity. In the second chapter we investigated the role of recurrent fires on ant communities, and assessed the extent to which their responses are consistent with those of trees. Two plots were subjected to annual and triennial fires over a six-year period, while one plot remained unburnt. Species diversity and composition varied similarly for trees and ants, with minor effects on richness, increased evenness and different species composition due to fire. However, fire had a much more severe impact on abundance and biomass of trees than of ants, reflecting the direct effects of fire on the former and indirect on the latter. In conclusion, we suggest that the prevention of recurrent fires should be of special concern for the maintenance of biodiversity of these forests, particularly considering that ants have a well-established role on indicating disturbances on other faunal groups, so such negative effects likely occur for other taxa from these forests as well.