Ecologia

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    Fighting assessment strategies: model evaluation and empirical evidences from a neotropical cricket
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-26) Oliveira, Gabriel Lobregat de; Sperber, Carlos Frankl; http://lattes.cnpq.br/6462356796671466
    Animal contests usually end before the death of one of the rivals, and their resolution depends on the decision of the loser to withdraw. Evolutionary game theory models assume two major asymmetries between contestants as determinants for fighting success: fighting ability and motivation to win the contest. Different models propose strategies of how contestants assess information about these asymmetries in their decision to stay or leave the fight. The empirical evaluation of the relationship between proxies of fight- associated costs and fighting ability allows to discriminate which of these models explain better the contest behavior of species. Empirical studies also try to elucidate the mechanisms that contestants use to transmit information to the opponent by evaluating the information content of aggressive displays and other agonistic behaviors. In the first chapter of this thesis, we used individuals from simulated populations to establish contests that followed the predictions of different assessment strategies. We demonstrated that different offensive capacities (i.e. damage output) in injurious contests might generate similar results for different assessment models, hampering the discrimination of which model explain better the contests. We also showed that when contest behavioral phases follow different assessment strategies, the evaluation of overall contest alone hinders the detection of what assessment strategy is applied in the second phase, as every contest present the first phase, but not all contests escalate to the second phase. Thus, it is necessary to consider the offensive capacity of a species and the possibility of switching assessment between contest phases to correctly assign what assessment strategies explain the contest behavior of species. In the second chapter, we investigated the contest behavior of Melanotes ornata in order to elucidate what assessment strategy these crickets use. We showed that, as expected by the results of Chapter 1, a single assessment strategy does not explain the contest dynamics of this species. We found evidences that in the first contest phase, individual mutually assess each other and escalate to the second phase when their fighting abilities are similar. In the second contest phase, however, no fighting ability assessment appears to occur. We suggest that after escalation other asymmetries, like differences in motivation, may be more important to contest resolution. In the third chapter, we evaluated the information content of aggressive sound signals emitted by viindividuals in escalated phases. We show that sound parameters of aggressive song do not have any information about fighting ability. In counterpart, contestants with higher motivation showed a higher signaling effort along the contest and also displayed with a higher pulse rate. Thus, such signals contain information about motivational status of contestants and may be used in the assessment of opponent’s motivation in escalated fights.
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    We, predators: humans, apex predators and their preys in the Atlantic Forest trophic cascades
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-12-15) Perilli, Miriam Lucia Lages; Solar, Ricardo Ribeiro de Castro; http://lattes.cnpq.br/5972904625144756
    Tropical forests represent Earth's richest biodiversity ecosystems and yet are severely threatened by anthropogenic effects. Humans major trends affecting tropical forests are habitat loss, fragmentation, and degradation of remaining forest. When large vertebrate species are able to persist in fragmented landscapes, the remaining habitat and the reorganization of species biotic interactions may influence their distribution and abundance. Yet, it is difficult to separate those effects from the direct impact of humans. Therefore, in addition to habitat modification we must also account for the direct impact of vertebrate harvest by humans in Neotropical forests. In the following chapters, we observed the current picture of medium and large mammals’ distribution in one the core forest remnants and proposed to incorporate humans as a “hyperkeystone” species in the Atlantic forest food webs. In Chapter I, we described the spatio-temporal dynamics of meso and large mammals, using a joint-species distribution model to the data recorded by camera-traps. We observed that the medium and large terrestrial mammal community varied in their responses to environmental conditions and showed patterns of co- occurrences that may indicate shared environmental niches or intra-guild interactions across time and space. In Chapter II, we proposed a conceptual model with four likely scenarios for the role of apex predators and human beings in natural interaction webs. We concluded that poaching has outsized impacts on the food webs and must not be considered an “invisible” threat. Thus, from the ecological and conservationist perspective, we must account for our own species not as external separate entity, but as an active part of the ecosystems that have direct impacts on trophic interactions.
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    Taxonomia e filogenia da tribo Tritomini Curtis, com ênfase no gênero Mycotretus Lacordaire, 1842 (Coleoptera: Erotylidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-31) Maddalena, Italo Salvatore de Castro Pecci; Andrade, Cristiano Lopes; http://lattes.cnpq.br/0189839755454174
    Erotylidae (Coleoptera: Cucujoidea) é uma das vinte famílias mais diversas de Coleoptera, com mais de 3.500 espécies conhecidas, distribuídas globalmente. Na classificação taxonômica atual, são reconhecidas seis subfamílias e dez tribos em Erotylidae. Tritomini (Erotylinae) é a tribo mais diversa de Erotylidae e, Mycotretus Lacordaire, 1842, é o gênero mais diverso de Tritomini, com mais de 200 espécies descritas. Entretanto, estudos taxonômicos sobre Mycotretus e Tritomini são escassos e, ambos, são considerados grupos artificiais, com base em estudos morfológicos e moleculares. Porém, como tais estudos focaram mais em outros aspectos da sistemática de Erotylidae, até hoje, pouco se sabe sobre as relações filogenéticas de Tritomini e Mycotretus. O objetivo desta tese foi elucidar aspectos taxonômicos, morfológicos e filogenéticos em Tritomini e Mycotretus, principalmente, para verificar se, com base em uma ampla amostragem taxonômica, esses táxons são ou não grupos naturais (monofiléticos). Como resultado, foram feitos: descrições e redescrições de espécies, novos registros de distribuição geográfica e fungos hospedeiros, estudos morfológicos e comparativos (capítulos I–IV); propostos vários atos taxonômicos em Mycotretus, com base no estudo do material histórico pertencente a coleções entomológicas nacionais e estrangeiras (capítulo V); um estudo morfológico-comparativo do metendosternito e do flagelo peniano em Erotylidae, com ênfase em Tritomini (capítulo VI); uma estudo filogenético de Tritomini, com ênfase em Mycotretus (capítulo VII). Desta forma, geramos estabilidade nomenclatural em Mycotretus, descrevemos caracteres que serão úteis em estudos filogenéticos de Erotylidae e propusemos um cenário evolutivo para Tritomini e Mycotretus.
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    Diversidade e evolução do tamanho de genomas: uma perspectiva em Formicidae e Bromeliaceae
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-23) Moura, Mariana Neves; Cristiano, Maykon Passos; http://lattes.cnpq.br/7371010649780052
    O tamanho do genoma, também denominado conteúdo de DNA, quantidade de DNA ou DNA C-valor, foi descrito como um traço que "encontra-se exclusivamente na interseção do fenótipo e genótipo" e o tamanho do genoma em eucariotos varia em cinco ordens de magnitude, com uma distribuição enviesada em torno de valores pequenos, cerca de 2 picogramas (pg). Na família Formicidae o método para estimar o tamanho do genoma ainda é pouco difundido, o que torna difícil comparar estudos e compreender a evolução desse traço. Neste estudo, reunimos e investigamos a informação sobre o tamanho do genoma em formigas, compilando o conteúdo de DNA estimado. Analisamos também o método aplicado, o tipo de tecido utilizado e o padrão interno. Todos os valores foram colocados em uma árvore filogenética e os valores médios das subfamílias foram então comparados estatisticamente (Capítulo 1). Padronizamos um protocolo de citometria de fluxo (FCM) em formigas; analisamos, entre os padrões internos atualmente utilizados em citometria de fluxo para insetos, o que é o mais recomendado para formigas; avaliamos a eficácia da citometria de fluxo na análise de diferenças no conteúdo de DNA entre colônias de diferentes locais, ou seja, testamos a aplicabilidade da citometria de fluxo em estudos envolvendo genética de populações (Capítulo 2). Também expandimos o banco de dados de tamanho de genoma para Formicidae; estabelecemos um protocolo de determinação de composição de bases AT/GC através de citometria de fluxo em formigas; examinamos os padrões de distribuição e variação do tamanho do genoma e da composição de bases entre os táxons; fornecemos uma perspectiva filogenética sobre a evolução do tamanho de genoma na família e reconstruímos o estado ancestral desse traço (Capítulo 3). Drosophila melanogaster foi um padrão interno melhor do que Scaptotrigona xanthotricha, uma vez que a maioria das formigas estudadas possui tamanho do genoma (valor 1C) correspondente ao de S. xanthotricha, o que resulta em uma sobreposição de picos nos histogramas; como D. melanogaster tem um tamanho de genoma menor isso não acontece, sendo o padrão interno mais apropriado para formigas. O tampão Galbraith foi mais eficaz para Myrmicinae e Pseudomyrmecinae, e LB01 para Ectatomminae e Ponerinae. O tampão OTTO também funcionou, mas com um coeficiente de variação maior que o considerado aceitável (<5%). No capítulo 2, o tamanho do genoma estimado variou entre as populações das quatro espécies estudadas essa variação pode estar relacionada ao estresse na colonização de novos ambientes. A citometria de fluxo mostrou ser um método eficaz de quantificação de DNA em formigas e aplicável em estudos de genética de populações. O coeficiente de variação entre os dias não foi significativamente diferente, o que reflete a eficácia do método e a estabilidade do equipamento. Novas estimativas de tamanho do genoma foram apresentadas para 100 espécies de formigas, 92 das quais correspondendo a novas espécies e o tamanho médio do genoma da família Formicidae foi de 0,38 pg. A relação AT/GC obtida para a família foi AT = 62,40% e GC = 37,60%. No capítulo 3, a família Formicidae foi recuperada como um clado com alto valor de probabilidade posterior na análise filogenética. O tamanho do genoma ancestral reconstruído para Formicidae foi de 0,38 pg de acordo com o método de Inferência Bayesiana e 0,37 pg de acordo com os métodos ML e Parcimônia e diferenças significativas no tamanho de genoma foram observadas entre as subfamílias amostradas. Os resultados deste estudo sugerem que a evolução do DNA C-valor em Formicidae ocorreu devido à perda e acumulação de regiões não codificadoras, principalmente elementos transponíveis e, em alguns casos específicos, por duplicação completa do genoma. No entanto, os processos por trás dessas expansões e retrações do genoma ainda precisam ser entendidos, principalmente através de estudos de diversificação de espécies, a fim de verificar se essas mudanças no conteúdo de DNA estão relacionadas ao processo de colonização da espécie, como sugerido no nível intraespecífico.
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    Interações tri-tróficas no dossel: o papel da formiga Azteca chartifex na distribuição dos artrópodes e no sucesso reprodutivo de Byrsonima sericea
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-05) Soares, Glória Ramos; Ribeiro, Sérvio Pontes; http://lattes.cnpq.br/4653773242430969
    As interações interespecíficas estão entre os processos mais importantes que influenciam os padrões de adaptação e variação de espécies, bem como a organização e estrutura de comunidades. Estas relações são caracterizadas por um sistema de custo benefício, variando em um contínuo entre antagonismo e mutualismo. A interação mutualística formiga-planta têm se mostrado importante na defesa da planta contra herbívoros, tendo como principal resultado a proteção efetiva seguida pelo aumento da aptidão da planta. Sabemos que o aumento da complexidade do habitat pode favorecer as formigas predadoras ao possibilitar a expansão de seus territórios. Porém, apesar de habitats mais complexos aumentarem a chance de encontro entre presas e predadores, estes ambientes também podem fornecer refúgios para as presas e dificultar sua localização. Compreender o papel do mutualismo formiga-planta, mediado pela complexidade estrutural do habitat, permitiria detectarmos os efeitos sobre a distribuição de artrópodes e o sucesso reprodutivo da planta hospedeira. Assim, no primeiro momento investigamos o efeito cascata da presença da formiga Azteca chartifex na diversidade das guildas de artrópodes do dossel florestal de uma árvore dominante nos ecótonos florestais, Byrsonima sericea. No segundo momento investigamos se a associação entre A. chartifex e liana influenciaria a efetividade do mutualismo formiga-planta. Realizamos nosso estudo no Parque Estadual do Rio Doce, Sudeste do Brasil, a partir de populações de B. sericea monitoradas em longo prazo. Selecionamos arbitrariamente 68 árvores distribuídas em três populações distintas e que tinham lianas em suas respectivas copas. Metade destes indivíduos era patrulhada por A. chartifex e a outra metade não possuíam relação com esta formiga. Nós distribuímos as árvores em dois tratamentos dentro das populações para investigarmos o efeito da presença de A. chartifex nos artrópodes do dossel florestal: i) A. chartifex presente (n = 32) e ii) A. chartifex ausente (n = 36). Para investigarmos o efeito da associação entre A. chartifex e liana no dossel, nós realizamos um experimento de remoção das lianas e redistribuímos as mesmas árvores em quatro tratamentos dentro das populações: i) A. chartifex e liana presente (n = 16); ii) A. chartifex ausente e liana presente (n = 18); iii) A. chartifex presente e liana removida (n = 16); e iv) A. chartifex ausente e liana removida (n = 18). As amostragens foram realizadas em três distintas fases:março e agosto de 2016 e março de 2017 (daqui por diante, Fase I, Fase II e Fase III, respectivamente). Na Fase I amostramos os artrópodes e coletamos as folhas para mensurar a herbivoria. Na Fase II realizamos o experimento de remoção das lianas das copas de B. sericea e, na Fase III, amostramos novamente os artrópodes e coletamos também folhas para mensurar a herbivoria. Para inventariarmos os artrópodes utilizamos a técnica de batimento e para estimarmos a herbivoria mensuramos os danos foliares em laboratório a partir da seleção das folhas através de um cubo aramado. Paralelo as estas amostragens, mensurarmos também o sucesso reprodutivo de B. sericea pela taxa de conversão de flores em frutos. Nossos resultados demonstraram que A. chartifex é uma espécie central na estruturação das guildas de artrópodes associadas à B. sericea, alterando a densidade populacional, a co-existência e as interações dos outros predadores e dos herbívoros. A presença de A. chartifex resultou também em um efeito cascata caracterizado por menores danos foliares em B. sericea. Detectamos, ainda, que a presença de liana é mais bem utilizada por A. chartifex do que pelos insetos herbívoros, potencializando a eficiência do forrageio desta formiga que refletiu no sucesso reprodutivo de B. sericea. Ao utilizar das lianas como caminhos alternativos para forragear, A. chartifex reduziu a densidade populacional dos herbívoros e aumentou a taxa de conversão de flores em frutos. De maneira geral, podemos concluir que as interações tri- tróficas discutidas nesta tese são afetadas pela presença de formigas territorialistas e dominantes, bem como pela presença de liana. Assim, compreender como estas interações se desenvolvem, bem como seus custos e benefícios, e qual é a espécie central envolvida foram aspectos primordiais para nosso entendimento acerca da dinâmica de comunidades nos ecótonos florestais. Estes aspectos contribuem para direcionarmos esforços para aquelas espécies estruturalmente importantes, auxiliando futuras práticas de manejo ou conservação do ambiente. Palavras-chave: Interação formiga-planta. Liana. Dossel. Interações interespecíficas.
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    Ecologia e taxonomia de Ciidae (Coleoptera) da África do Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Gonçalves, Igor de Souza; Andrade, Cristiano Lopes
    Os besouros micetobiontes são aqueles que dependem de fungos como hábitat e alimento, e são organismos importantes para estudos ecológicos e evolutivos. Ciidae é o táxon mais diverso e abundante de besouros micetobiontes, com mais de 700 espécies em 51 gêneros. Cis Latreille é o gênero mais diverso dentro da família, e as espécies que ocorrem na América do Norte, Austrália, Europa e Japão são relativamente bem conhecidas, mas as das faunas das Américas Central e do Sul, África e áreas subtropicais e tropicais da Ásia carecem de estudos taxonômicos abrangentes. Ceracis tebellifer (Mellié), originalmente da região Neotropical, atualmente é a espécie de ciídeo mais encontrada na África subsaariana. Entretanto, não se sabe ainda os efeitos dessa invasão nas populações locais. Com o objetivo de compreender as relações ecológicas entre ciídeos e seus fungos hospedeiros, esta dissertação é dividida em dois capítulos. No primeiro, descrevemos sete novas espécies de Cis da África do Sul: C. aster Souza-Gonçalves & Lopes-Andrade, C. mandelai Souza-Gonçalves & Lopes- Andrade, C. makebae Souza-Gonçalves & Lopes-Andrade, C. masekelai Souza- Gonçalves & Lopes-Andrade, C. nesesorum Souza-Gonçalves & Lopes-Andrade, C. stalsi Souza-Gonçalves & Lopes-Andrade e C. urbanae Souza-Gonçalves & Lopes- Andrade. No segundo, analisamos as possíveis influências da espécie invasora no padrão de interação entre ciídeos locais e seus fungos hospedeiros. A partir dos resultados, concluímos que a espécie invasora Cer. tabellifer não está deslocando as espécies locais de seus recursos, mas provavelmente apenas utilizando fungos que não eram utilizados previamente; e mostra manter o comportamento do seu habitat nativo, onde apresenta hábito alimentar polífago e grandes populações.
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    Benefits from ants to plants with a special scrutiny on protection against herbivory: a revisit on the Cecropia-Azteca system
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-04-01) Gomes, Inácio José de Melo Teles e; Campos, Ricardo Ildefonso de; http://lattes.cnpq.br/2001338171831035
    Mutualism and herbivory are antagonic ecologic relations. Mutualism is an interaction with mutual benefits for the involved species. Herbivory, on the other hand, is a predation interaction, in which a herbivore species benefits feeding on a usually impaired plant. Both interactions are found in myrmecophytic systems. In such mutualistic systems, plants offer shelter and food to ants, that, in exchange, benefit plants through many mechanisms, being herbivory protection the most evident. In parallel, plants can also use other strategies, like the production of chemical compounds and morphological structures. Moreover, plant physical and physiological responses to herbivory can change throughout its development. Our aim was to investigate all the known potential benefits from ants to plants. In addition, we addressed the effects of herbivory on plant growth along its ontogenetic development. Through an long-term experiment, we monitored Cecropia glaziovii individuals during 54 months. We collected data monthly on plant growth, herbivory, nutrition, investiment in chemical and physical defenses and colonization by ants. We showed here that Azteca muelleri ants benefit their host plants growth via protection against herbivores and pathogens, nutrition and energy saving from other defensive strategies. Moreover, herbivory only impairs plants in the phase after the ant colonization. Here, we conclusively demonstrate the beneficial effects of ants to plants, beyond the classic herbivory protection. In addition, we showed that plant ontogenetic stage is determinant to its response to herbivory.
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    Avaliação do comportamento radicular da fáfia (Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen como indicador do reconhecimento radicular entre plantas vizinhas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-12) Duarte, André Freitas; Carmo, Flávia Maria Silva
    Sabe-se as plantas são capazes de adquirir informações sobre o ambiente que as rodeiam. Essas informações permitem a elas avaliar a disponibilidade de recursos nutricionais, bem como as alterações nas condições ambientais, além de fornecer pistas sobre perspectivas futuras, como o estabelecimento de competição por recursos. Em se tratando do estabelecimento de um indivíduo na vizinhança de outros, estudos tem mostrado que há algum tipo de reconhecimento radicular entre eles. Os mecanismos envolvidos nesse reconhecimento podem estar relacionados à percepção de aquisição de recursos semelhantes por diferentes indivíduos. O objetivo deste trabalho foi investigar as alterações na morfologia radicular visando separar respostas exclusivamente derivadas da percepção de outros indivíduos na vizinhança e os efeitos derivados do processo competitivo entre plantas vizinhas. Para isso foi testada a hipótese de que as plantas alteram o comportamento radicular quando compartilham o meio com um vizinho mesmo quando não há competição por recursos nutricionais ou por espaço. Os experimentos foram realizados utilizando plantas de fáfia (Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen. Foi definido que para testar a hipótese proposta, foi necessário estabelecer 2 (dois) experimentos, em um dos quais as plantas de fáfia cresceram em substrato contendo abundância de recursos nutricionais e no outro experimento, escassez desses recursos. Foi utilizada solução nutritiva de Rugini com formulação completa no experimento onde as plantas cresceram com abundância de recursos nutricionais, enquanto as plantas sujeitas a escassez receberam solução nutritiva Rugini diluída, contendo 15% da concentração iônica da formulação original. As raízes das plantas ocuparam áreas diferentes nos diferentes tratamentos a que foram submetidas. Também foram identificadas diferenças nos volumes radiculares das plantas de fáfia. Na grande maioria, as raízes das plantas de fáfia não cresceram de forma homogênea dentro dos recipientes em que as plantas estavam inseridas. As plantas de fáfia diferiram entre si quanto à construção de matéria orgânica em função dos tratamentos a que foram submetidas. No presente trabalho foi confirmada a hipótese de que as plantas alteram seu comportamento radicular quando compartilham o meio com um vizinho da mesma espécie independente da disponilibidade de recursos nutricionais. Conclui-se que o comportamento radicular das plantas testadas foi diferente quando crescendo na presença de um vizinho da mesma espécie, tanto em abundância como em escassez de recursos nutricionais. Esse fato evidencia, pois, o reconhecimento estabelecido entre plantas vizinhas a nível de raiz. Palavras-chave: Planta. Comunicação. Raízes. Competição. Reconhecimento radicular
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    Interação ecológica entre Scotocryptus (Coleoptera, Leiodidae) e duas espécies de Melipona (Hymenoptera, Apidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-20) Silva, Luiza Eduarda Basílio; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://lattes.cnpq.br/0411542040769063
    As abelhas sem ferrão são importantes polinizadores da Região Neotropical e mantêm interações ecológicas com diversos grupos de organismos, tais como fungos, bactérias, ácaros e vários insetos, como besouros Leiodidae, Scotocryptini. Scotocryptus são besouros cegos, que não conseguem voar e que utilizam as abelhas operárias como dispersoras, por meio de foresia. Neste trabalho foi avaliada a interação entre Scotocryptus e duas espécies de abelhas sem ferrão: Melipona mondury e Melipona quadrifasciata. O comportamento de subida desses besouros em operárias forrageiras e nutrizes das duas espécies de abelhas foi estudado por meio de ensaios comportamentais conduzidos em condições controladas. Os besouros foram mantidos em arenas em quatro diferentes níveis de tratamentos: com forrageiras de M. mondury, nutrizes de M. mondury, forrageiras de M. quadrifasciata ou nutrizes de M. quadrifasciata, onde foram testadas: 1- a frequência de subida dos besouros nas abelhas ; 2- a parte do corpo da abelha com maior preferência de subida pelos besouros e 3- a sobrevivência dos besouros e das abelhas ao longo do tempo. A frequência de subida dos besouros foi maior em abelhas forrageiras do que em abelhas nutrizes, independentemente da espécie (χ2 = 27.72; g.l. = 3; p < 0,001). As pernas das abelhas foram a parte do corpo com maior frequência de subida em ambas as espécies (χ2 = 18.93; g.l. = 6; p = 0,004). A sobrevivência dos besouros foi maior quando eles interagiram com forrageiras de M. mondury (Log-Rank: χ2 = 15.9; g.l. = 3; p = 0,0012) do que com abelhas de outras idades e de outra espécie. A sobrevivência das abelhas de diferentes espécies e idades mantidas associadas aos besouros não foi alterada pelos diferentes tratamentos (χ2 = 4.9; g.l. = 3; p = 0,18). Nossos resultados demonstram que os besouros são capazes de reconhecer diferentes espécies e idades das abelhas. Além disso, eles apresentaram uma maior preferência por operárias forrageiras, idade na qual as abelhas realizam forrageamento e que, portanto, são capazes de dispersarem os besouros.
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    Qualidade da água de riachos avaliadas através da comunidade de macroinvertebrados bentônicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-31) Penteado, Pierre Rafael; Pasa, Rubens; http://lattes.cnpq.br/5180371931037695
    Os sistemas lóticos do bioma cerrado estão sujeitos a impactos antrópicos de diferentes origens e intensidades, como urbanização, agropecuária e mineração, que causam poluição, barramentos, assoreamentos e perda da mata ripária. O objetivo deste trabalho foi avaliar qualidade de água e condições ecológicas de cursos d’água do Cerrado. Como método, utilizamos uma abordagem integrada entre avaliação das condições ambientais através do estudo da comunidade de macroinvertebrados bentônicos, protocolos visuais de avaliação das condições físicas dos riachos e mata ripária e análises físico-químicas da água. Na bacia do Alto Rio Paranaíba, avaliamos quatro pontos perturbados e quatro pontos de referência para desenvolvimento de um índice multimétrico, baseado na comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Cinco métricas integram o índice final (abundância relativa de Odonata, abundância relativa de EPT, riqueza de organismos temporariamente aderidos ao substrato, abundância relativa de raspadores e índice BMWP-Monteiro), que foi aplicado com sucesso em outros seis pontos amostrais intermediariamente perturbados. Com robustez suficiente para distinguir diferentes graus de perturbação dos riachos, aliado a sua facilidade de aplicação, este índice multimétrico poderá facilitar futuros diagnósticos e monitoramentos. Na bacia do Rio Paranaíba, realizamos um diagnóstico da bacia do Rio São Marcos, com o objetivo de avaliar se o uso de solo predominantemente agrícola têm indicadores inferiores da qualidade de água e da mata ripária em comparação com ambiente natural. Apesar de todos os indicadores apontarem impactos em áreas com uso de solo para agropecuária, essa diferença pouco acentuada. Na bacia do Rio Paracatu, mineração e irrigação para agricultura são grandes ameaças. Em quatro pontos amostrais foram encontrados diferentes contaminantes: quatro metais pesados com concentração acima do permitido pela legislação vigente: Cu, Fe, Al e As, porém apenas este último dá indícios de impacto negativo na diversidade de macroinvertebrados bentônicos. Biomonitoramento é recomendado para as áreas críticas afetadas pela mineração.