Bioquímica Aplicada
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Item Introgredindo e verificando alelos para alto oleico na qualidade do grão de soja e sua influência nas vias dependentes de ácido jasmônico(Universidade Federal de Viçosa, 2022-06-30) Furtado, Maria Fernanda Attademo; Costa, Maximiller Dal Bianco Lamas; http://lattes.cnpq.br/3974645784990566O Brasil possui a maior produção de soja (Glycine max) do mundo, e seus atrativos como alto teor de óleo e proteína fazem do grão um dos produtos de maior interesse comercial. O grão de soja é composto de cerca de 20% de lipídeos – sendo 13% ácido palmítico, 4% ácido esteárico, 20% ácido oleico, 55% de ácido linoleico e 8% de ácido linolênico. A composição de ácidos graxos do grão determina a qualidade do óleo além de determinar características como: sabor, odor e valor nutricional. A principal meta no melhoramento da qualidade do óleo de soja tem sido o aumento de sua estabilidade oxidativa, reduzindo o teor de ácido linolênico e aumentando o teor de ácido oleico e isso pode ser feito utilizando metodologias de melhoramento genético e biologia molecular. Os genes FAD2-1A e FAD2-1B codificam as enzimas que controlam os níveis de ácido oleico no grão de soja, com isso, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver variedades de soja com alto oleico através de retrocruzamentos de linhagens melhoradas pelo Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja (PQMS) com variedades promissoras comercialmente. Outro objetivo desse estudo foi verificar a relação entre os teores de ácido oleico na resposta a estresses nas vias de ácido jasmônico. Após confirmação da presença dos genes FAD2-1A e FAD2-1B nas linhagens do PQMS, foi selecionada variedade SUPREMA, com cerca de 85% de ácido oleico em sua composição para dar início aos cruzamentos e retrocruzamentos e avançando até a geração RC1 com resultados promissores e projeção de continuidade da introgressão completa dos alelos de alto oleico nesta variedade. Quanto a influência do teor de ácido oleico nas vias de jasmonato, foram analisados valores de expressão gênica dos genes OPR3 – específico na via do ácido jasmônico e HS1PRO1 – ligado à resistência de nematoide e usado para submeter a planta a condições de estresse. O experimento foi realizado no tempo de 1, 5 e 10 dias em plantas convencionais e plantas alto oleico e como resultado foi possível observar no gene OPR3, que as plantas alto oleico tem uma ativação maior no primeiro dia de experimento enquanto que a planta convencional apresenta uma ativação mais tardia, indicando que a baixa disponibilidade de ácido linolênico na planta alto oleico altera a quantidade de ácido jasmônico produzida naturalmente pela planta em condições de estresse. O gene HS1PRO1 na planta alto oleico teve uma expressão cerca de 15 vezes maior em condições de estresse. Em ambos os genes se observou que a nível transcricional há uma diferença entre as plantas convencionais e alto oleico, porém, são necessários outros experimentos para confirmar o resultado esperado. Palavras-chave: Cruzamento. Expressão gênica. Jasmonato.