Estatística Aplicada e Biometria
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Item Desempenho de genótipos de alfafa considerando modelos com diferentes estruturas da matriz de covariâncias e na análise multi-informação(Universidade Federal de Viçosa, 2020-06-15) Pontes, Daiana Salles; Cruz, Cosme Damião; http://lattes.cnpq.br/6638973949782292A alfafa (Medicago sativa L.) é uma das principais leguminosas forrageiras nos países temperados. Mundialmente, é considerada uma das mais importantes forrageiras, dado o seu potencial de produção de forragem e da sua adaptação a diversas condições ambientais. Neste estudo, os objetivos foram 1) quantificar a variabilidade genética e identificar genótipos superiores por meio da modelagem de diferentes estruturas para a matriz de erros e 2) propor a utilização de uma ficha de recomendação por meio da avaliação multi-informação de estabilidade e adaptabilidade. Foram utilizadas informações de 77 genótipos de alfafa, envolvendo um período de cultivo com 24 cortes (meses) consecutivos no período de 2015 a 2017. O delineamento utilizado em cada experimento foi o de blocos casualizados, com três repetições. O caráter avaliado foi produção de matéria seca (PMS) (kg.ha-1). Foram ajustados modelos considerando as matrizes: simetria composta, simetria composta heterogênea, auto- regressiva de 1ª ordem, auto-regressiva de 1ª ordem heterogênea, componente de variância e não estruturada. Para escolher a melhor matriz, utilizou o critério de AIC. Para comparar as produções médias dentro de cada corte utilizou-se o teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. A persistência (S%) da PMS de genótipo foi estimada indiretamente pela proporção de cortes que este foi superior no teste de Scott-Knott. Na avaliação multi-informação considerou-se: a média geral, o potencial médio em diferentes condições ambientais (PM), a plasticidade, a medida da contribuição relativa para a interação, o índice de recomendação Annicchiarico, a adaptabilidade percentual, a estabilidade percentual, o padrão J de resposta do genótipo (PJR), o padrão campeão e o índice de recomendação centroide. A partir do modelo covariância simetria composta heterogênea (de menor AIC) foram indicados os genótipos 4, 21, 57, 61, 67 e 72 como os de maior persistência (S%) da PMS. Além disso, destaca-se que a análise de medidas repetidas considerando diferentes estruturas para a matriz de erros deve se preferida neste tipo de experimento, por considerar a natureza de dependência dos resíduos e por ter apresentado menor AIC do que os modelos de parcela subdividida no tempo. Na ficha de recomendação observou-se que o genótipo 21 se destacou para os parâmetros PM para ambiente geral e favorável. Já para PM no ambiente desfavorável o genótipo 61 ficou em primeira posição. Apesar disso, o genótipo 61 apresentou desvio da regressão estatisticamente diferente a zero, indicando que seu grau de imprevisibilidade deve comprometer a indicação dessa cultivar (𝑅 2 abaixo de 80%). A ficha de recomendação por meio da análise multi-informação proposta neste trabalho possibilita o melhorista a tomada de decisão na seleção de genótipos superiores de alfafa. A análise multi-informação possibilitou identificar o genótipo 21 como o mais promissor por apresentar superioridade relativa de PMS, de comportamento previsível e responsivo às variações ambientais, em diferentes cortes. Palavras-chave: Alfafa. Melhoramento. Medidas Repetidas. Estabilidade. Adaptabilidade.Item Regressão quantílica na avaliação da adaptabilidade e estabilidade fenotípica(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-17) Barroso, Laís Mayara Azevedo; Nascimento, Ana Carolina Campana; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6; Nascimento, Moysés; http://lattes.cnpq.br/6544887498494945; http://lattes.cnpq.br/8587813175766141; Silva, Fabyano Fonseca e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766260Z2No melhoramento genético de plantas, quando o objetivo é selecionar ou recomendar genótipos para o plantio, o estudo da interação entre genótipo x ambiente é de extrema importância. Entretanto, tal estudo não fornece informações pormenorizadas sobre o comportamento de cada cultivar diante das variações ambientais. Assim, tornam-se necessárias as análises de adaptabilidade e de estabilidade para a identificação e recomendação de materiais superiores em diferentes ambientes. Embora a literatura apresente diversos métodos, para realização da análise de adaptabilidade e estabilidade, nenhum leva em consideração a presença de fenótipos não normais, ou seja, distribuições de valores fenótipos assimétricos ou com caudas pesadas. Desta forma, caso haja a presença desse tipo de valores fenotípicos, os métodos podem sofrer a influência de modo que a recomendação pode ser errônea, ou seja, o uso de tais métodos ocasionam estimativas inadequadas, que não refletem a verdadeira relação existente entre a variação ambiental e a resposta fenotípica. Uma solução interessante para tratar este problema de maneira unificada, isto é, a presença de pontos discrepantes ou assimetria, é a utilização de regressão quantílica (RQ). Tal metodologia, diferentemente dos métodos de regressão usuais, que utilizam a média condicional para explicar a relação funcional entre a variação ambiental e a resposta fenotípica, faz uso de funções quantílicas condicionais. Desta forma, a RQ possibilita escolher o quantil que melhor representa a relação funcional de interesse com o intuito de contemplar naturalmente a mencionada falta de normalidade. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a metodologia de regressão quantílica, através de uma discussão detalhada de seus fundamentos teóricos, evidenciando, com aplicações concretas, seu uso em análise de adaptabilidade e estabilidade, fornecendo assim um material de fácil acesso para leitores interessados no assunto, contribuindo com pesquisadores e interessados nesta área. Para avaliação da técnica foram simulados valores fenotípicos, com distribuições simétrica, simétrica com outliers, assimétrica à direita, assimétrica à direita com outliers, assimétrica à esquerda e assimétrica à esquerda com outliers. Além disso, foram utilizados dados provenientes de um experimento sobre produção de matéria seca de 92 genótipos de alfafa (Medicago sativa) avaliados em 20 ambientes. Sugere-se que, para valores fenotípicos simétricos deve-se averiguar se este possui outlier, se sim é utilizada ou a regressão não paramétrica ou a RQ (τ = 0,50) , se não, se utiliza ou a metodologia de Eberhart e Russell (1966) ou a RQ (τ = 0,50) . Já se o fenótipo for assimétrico, com ou sem a presença de outlier, utiliza-se RQ (τ = 0,25) para assimetria a direita e RQ (τ = 0,75) para assimetria à esquerda. De acordo com os resultados encontrados a RQ foi eficiente para classificação de genótipos de alfafa.