Economia

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    Alocação do tempo de trabalho entre cônjuges diante de choques econômicos: um olhar sobre famílias brasileiras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-05-16) Rosa, Cibele Guedes Santiago; Almeida, Ana Cecília de; http://lattes.cnpq.br/5008670379621976
    O presente estudo investigou os efeitos de choques exógenos de renda na divisão do trabalho doméstico, remunerado e total entre cônjuges em regiões metropolitanas brasileiras de 2016 a 2019, com base nos dados da PNAD Contínua. Os resultados revelaram que as mulheres se dedicam mais ao trabalho doméstico, enquanto os homens tendem a trabalhar mais fora de casa. Choques positivos de renda reduziram as disparidades de tempo dedicado ao trabalho doméstico e remunerado, o que sugere uma redistribuição de responsabilidades. Além disso, a partir da interação entre choques de renda e escolaridade feminina, foi observado que, à medida que a escolaridade da mulher aumenta, ambos os choques resultam em uma redução na disparidade de tempo de trabalho entre os gêneros. Tal resultado evidenciou o papel do empoderamento feminino na redistribuição de tarefas, de modo a reforçar a importância de políticas que promovam a educação e o emprego das mulheres para uma sociedade mais justa. Palavras-chave: Choques exógenos de renda, Desigualdade de gênero, Mercado de trabalho, Empoderamento feminino.
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    Qualidade da educação e seus efeitos sobre a formalização no mercado de trabalho do estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-03-14) Costa, Ana Karolina Mendes Mathias; Teixeira, Evandro Camargos; http://lattes.cnpq.br/1126617905766340
    A relação entre educação e emprego tem sido amplamente discutida na literatura econômica e usualmente a variável de educação utilizada é na dimensão quantitativa, como anos de estudo. Entretanto, evidências recentes demonstram que a quantidade de anos de estudo não seria suficiente para explicar as variações nas taxas de emprego formal. Diante disso, o presente estudo pretende analisar a relação entre a qualidade da educação, tendo como proxy o Índice de Qualidade da Educação do 3º ano do ensino médio, e a formalização no mercado de trabalho do estado de Minas Gerais entre os anos 2013 e 2019. Os resultados indicam a existência de relação positiva entre a qualidade da educação e a taxa de emprego formal. Logo, atesta-se que indivíduos com desempenho acadêmico mais elevado desenvolvem competências essenciais, o que eleva suas chances de inserção no mercado de trabalho formal. Além disso, as demais variáveis socioeconômicas, como investimentos em desenvolvimento econômico, rendimento médio per capita e Índice de Desenvolvimento Tributário e Econômico (IDTE) apresentaram associação positiva com a taxa de emprego formal. A partir dos resultados encontrados, políticas públicas com ênfase no aprimoramento da qualidade da educação podem constituir uma forma eficaz de elevar o nível de formalização no mercado de trabalho para o estado de Minas Gerais, o que contribuiria no processo de desenvolvimento econômico do estado. Palavras-chave: Índice de qualidade da educação. Formalização do mercado de trabalho. Painel dinâmico. Desenvolvimento econômico. Minas Gerais.
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    Poder de barganha e oferta de trabalho dos casais heterossexuais e homossexuais no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-16) Ferreira, Salime Nadur Duarte; Teixeira, Evandro Camargos; http://lattes.cnpq.br/2816179235310356
    O presente estudo, baseado na teoria da racionalidade coletiva, propõe-se a investigar a existência de um poder de barganha entre os casais heterossexuais e homossexuais brasileiros, tratando-se do processo de tomada de decisão intradomiciliar quanto às horas a serem ofertadas ao mercado de trabalho formal. Para a realização da análise, utilizou-se os dados extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua para o período de 2016 a 2019 com base na quinta visita realizada nesses anos. Foi estimado o modelo de Regressões Aparentemente Não- Relacionadas (SUR) para as famílias heterossexuais e homossexuais da amostra, considerando-se as diferenças de idade e escolaridade entre os cônjuges como fatores distributivos para averiguar a barganha dos casais. O principal resultado refere-se à confirmação da existência do poder de barganha entre os cônjuges para a alocação de horas destinadas ao trabalho. Entretanto, evidencia-se que os resultados diferem quando são consideradas famílias heterossexuais e famílias homossexuais. Nesse sentido, indivíduos pertencentes a famílias heterossexuais apresentam maior poder de barganha quando são consideradas as diferentes atribuições previamente impostas aos maridos e esposas, enquanto que para os indivíduos de famílias homossexuais o poder de barganha é menor, dada a existência de similaridades em suas atribuições. Palavras-chave: Oferta de trabalho de casais. Modelo de racionalidade coletiva. Famílias heterossexuais e homossexuais. Modelo SUR.
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    Diferenciais de rendimento por gênero no mercado de trabalho brasileiro: uma análise por grupamentos ocupacionais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-28) Anastácio, Sinara da Silva; Souza, Elvanio Costa de; http://lattes.cnpq.br/0707137278790046
    A literatura que trata do diferencial de rendimentos por gênero possui argumentos variados, sendo mais comuns aqueles que associam o hiato salarial às características produtivas dos trabalhadores e das suas ocupações, tais como a flexibilidade do trabalho, os níveis salariais e de escolaridade, e até mesmo à discriminação. Para investigar se a desigualdade salarial entre homens e mulheres é menor entre os indivíduos alocados em grupos ocupacionais idênticos, o presente trabalho buscou analisar, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o diferencial de rendimentos entre homens e mulheres no ano de 2019 para os grande grupamento ocupacionais de Diretores e gerentes, Profissionais das ciências e intelectuais, Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados e Ocupações elementares. Primeiramente, para identificar os determinantes dos rendimentos dos indivíduos, foram utilizadas as equações mincerianas de rendimento com correção de viés de seleção amostral; em seguida, para calcular o diferencial de rendimento entre homens e mulheres para diferentes grupamentos ocupacionais do mercado de trabalho brasileiro, foi utilizada a decomposição de Oaxaca-Blinder. Em relação às equações de rendimento, a maioria dos coeficientes manifestaram sinais conforme o esperado, tendo variado de intensidade entre os modelos. Quanto às decomposições de Oaxaca-Blinder, a maior parte delas teve significância estatística para a variável que define o diferencial salarial por gênero. Ocupações elementares foi o grupamento com maior diferença relativa entre os salários de homens e mulheres, enquanto a menor diferença foi observada para Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados. Três grupamentos (de um total de quatro grupamentos analisados) apresentaram diferença salarial por gênero maior que aquela auferida para a amostra completa. Dessa forma, a hipótese de que o diferencial de rendimentos dos trabalhadores seria menor para os indivíduos empregados em cargos semelhantes foi parcialmente refutada, dado que a diferença relativa entre os salários/hora de homens e mulheres, na maior parte dos grupamentos, foi maior que essa mesma medida estimada para todos os trabalhadores da amostra.Palavras-chave: Diferencial de rendimentos. Mercado de trabalho. Grupamentos ocupacionais. Decomposição de Oaxaca-Blinder.
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    Efeito da educação sobre os rendimentos provenientes do trabalho principal no Brasil: uma análise de pseudo-painel
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-20) Matos, Wiron José Saraiva; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; http://lattes.cnpq.br/2061945772199505
    Atualmente, a concepção de que a elevação do nível educacional resulta no aumento da produtividade e, em geral, da remuneração por parte dos indivíduos é amplamente consolidada. Tal concepção tem seus primórdios na criação da Teoria do Capital Humano, que, nas últimas décadas, vem sendo a base para diversos trabalhos que buscam analisar qual a magnitude do efeito da educação sobre os rendimentos dos indivíduos. Seguindo essa linha, esse estudo analisa o retorno salarial à educação para trabalhadores formais no Brasil, de forma separada para indivíduos do sexo masculino e feminino, utilizando como base a equação minceriana. No entanto, o modelo aqui proposto traz algumas inovações em relação aos estudos convencionais de retorno salarial à educação no Brasil. Uma destas novidades é a análise do efeito da educação sobre os salários em um intervalo de 20 anos. A segunda novidade implementada é a tentativa de se controlar os vieses de heterogeneidade não observada e de seleção amostral, de forma concomitante. Para tal, foram empilhados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dos anos de 1995 e 2015. Adicionalmente, foram criadas dummies de coorte e de tempo, formando um pseudo-painel com o intuito de captar os efeitos fixos e controlar os indivíduos no tempo. Em seguida, aplicou-se o procedimento em dois estágios de Heckman (1979). Os resultados apontaram um retorno crescente à educação em relação aos níveis de ensino analisados, tanto para homens quanto para mulheres. Porém, observou-se também que o retorno à escolaridade diminuiu com o passar dos anos, para ambos os gêneros. Além disso, o estudo mostrou que a experiência teve efeito maior sobre os salários dos homens no ano de 2015, enquanto para as mulheres o efeito foi maior no ano de 1995. Por fim, observou-se que o setor agrícola foi o mais penalizado em termos de retornos salariais e que houve diminuição do retorno salarial dos homens em todos os setores analisados no ano de 2015, enquanto para as mulheres houve acréscimo salarial em grande parte dos setores, o que ajudou a reduzir o gap salarial existente entre os gêneros. Palavras-Chave: Retorno salarial à educação. Pseudo-painel. Heckman. Desigualdade de gênero
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    Diferencial de rendimentos dos imigrantes brasileiros de acordo com sua origem: um estudo dos fluxos migratórios para as regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-28) Loureiro, Valquiria Bisarro; Souza, Elvanio Costa de; http://lattes.cnpq.br/2261534401027654
    A migração da população para uma nova localidade é um fenômeno intenso no Brasil que se relaciona, na grande maioria das vezes, com a busca de melhores condições econômicas. O êxito do processo migratório está relacionado com as condições encontradas pelo imigrante na inserção no mercado de trabalho e consequentemente os rendimentos alcançados pelo mesmo na região para a qual se mudou, entretanto, essa inserção pode ser dificultada em virtude da existência de discriminação. A Teoria Econômica da Discriminação prevê que fatores não produtivos são levados em consideração na tomada de decisão dos empregadores na contratação de mão-de-obra, e a teoria da Sinalização assume que o rendimento pago aos trabalhadores é função da expectativa que o empregador tem em relação a produtividade marginal de determinado grupo. Presume-se que a demanda por trabalho apresenta tendências distintivas não apenas diante de fatores como raça e sexo, mas também em virtude de processos migratórios, visto que a inserção de imigrantes no mercado de trabalho pode apresentar obstáculos, tanto em função da condição migratória, quanto em relação à região da qual se originam esses imigrantes. Este trabalho propõe uma análise dos hiatos salariais existentes no mercado de trabalho para estabelecer em que proporção a região brasileira da qual se origina o migrante tem relação com sua colocação no mercado de trabalho. Foi utilizada a Equação de Rendimentos de Mincer para as regiões Sudeste, Norte e Centro- Oeste, a fim de determinar quais fatores são mais determinantes no nível de rendimento dos trabalhadores, sendo usados os microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) de 2015 como base de dados. Verificou-se que para os trabalhadores em geral fatores referentes ao nível educacional, experiência, sexo, região censitária, raça, setor da construção e serviços e sindicalização apresentaram resultados semelhantes em todas as regiões analisadas, ou seja, trabalhadores de maiores níveis educacionais, com mais experiência, do sexo masculino, que exercem atividade em setor de construção e serviços, que trabalham em regiões urbanas e metropolitanas, que são de raça branca e que são sindicalizados são mais bem remunerados. Além disso, verificou-se que na maioria dos casos os trabalhadores imigrantes são positivamente selecionados nas regiões para as quais se destinam, com exceção dos imigrantes nordestinos que tanto na região Sudeste quanto na região Centro-Oeste obtiveram retornos negativos nos rendimentos, enquanto na região Norte obtiveram acréscimos inferiores àqueles obtidos pelos imigrantes das demais regiões. Os resultados ilustram um cenário desigual tanto em relação à qualidade de inserção dos imigrantes do Nordeste no mercado de trabalho quanto em relação aos os nativos da própria região, uma vez que estes recebem, na maioria dos casos, menos do que os imigrantes.
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    Diferencial de rendimentos por gênero no Brasil: uma perspectiva setorial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Pimenta, Iracy Silva; Cirino, Jader Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7475337737670619
    O estado da arte sobre o diferencial de rendimentos entre homens e mulheres no âmbito nacional apresenta vários estudos que evidenciam um hiato salarial favorável ao gênero masculino. Em tais estudos ainda é evidenciado que este diferencial ocorre em um contexto de discriminação contra as mulheres. No entanto, não foram constatados trabalhos que abordem este tema por uma perspectiva setorial, levando em consideração as características específicas de cada setor de atividade. Desta forma, o presente estudo objetivou analisar o diferencial dos rendimentos auferidos por homens e mulheres nos anos de 2005 e 2015, destacando as peculiaridades inerentes aos grandes setores de atividade da economia (primário, secundário e terciário). Tal análise teve como embasamento a teoria do capital humano, que preconiza o conjunto de atributos produtivos do indivíduo, tais como educação e experiência, como determinantes do seu rendimento proveniente do trabalho principal. Para tanto, foram utilizados dois procedimentos metodológicos: o Modelo de Seleção Amostral de Heckman, para determinar a participação de indivíduos ocupados e com rendimentos positivos na amostra, e a decomposição de Oaxaca-Blinder para definir se este diferencial de rendimentos é resultado de diferenças nos atributos produtivos dos indivíduos ou se é causada por algum fator de cunho discriminatório. Os resultados apontaram que os homens recebem maiores rendimentos que as mulheres nos três setores de atividade, e em todos é observada a discriminação contra o gênero feminino. O setor secundário aparece com o pior cenário, pois nos três anos analisados as mulheres apresentaram melhores atributos produtivos e ainda assim receberam menores rendimentos. Verifica-se uma tendência de redução do hiato salarial neste setor, assim como no setor terciário, enquanto não é possível afirmar o mesmo em relação ao setor primário.
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    Educação e alocação ocupacional no Brasil: uma análise dos efeitos do descasamento entre a formação profissional e o posto de trabalho sobre os salários
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-20) Vieira, Rhayana Holz; Cirino, Jader Fernandes; http://lattes.cnpq.br/4027566518192064
    A escolaridade desempenha um papel primordial para explicar os rendimentos auferidos no mercado de trabalho, bem como os diferentes rendimentos evidenciados entre trabalhadores. No entanto, com a expansão do nível médio de escolaridade dos trabalhadores dos Estados Unidos, outros fatores foram importantes para explicar os rendimentos destes trabalhadores. Tais fatores são associados à ocupação do trabalhador, no sentido que evidenciou que muitos possuíam maior nível educacional do que a ocupação exigia. Essa constatação fez surgir as análises voltadas para os sobre-educados, os subeducados e os compatíveis na relação escolaridade/ocupação, abrangendo a literatura denominada incompatibilidade vertical. À medida que os estudos internacionais voltados para essa temática avançaram, foi evidenciado que a sobre-educação é um fator que traz penalidades aos rendimentos dos indivíduos no mercado de trabalho quando estes são comparados aos trabalhadores que possuem a escolaridade compatível com a exigida pela ocupação. No entanto, novas possibilidades de descasamentos ou incompatibilidade surgiram, uma vez que o profissional ainda poderia está compatível para a ocupação, contudo, fosse incompatível com o tipo de área exigido para aquela ocupação. Essa dinâmica e percepção fez com que houvesse uma discussão em torno da incompatibilidade horizontal, em que avalia o tipo de formação e a área da ocupação. As avaliações internacionais sugeriram que os reflexos nos rendimentos quando atua-se em desvio de área varia de acordo com a área analisada. Mediante ao exposto, o presente trabalho buscou avaliar os reflexos nos rendimentos verificados no mercado de trabalho brasileiro mediante a sobre-educação e também ao desvio de área, buscando colaborar para a temática ainda tão escassa no Brasil. Para tanto, selecionou-se cinco grupos de profissionais graduados: médicos, engenheiros civis e de construção, engenheiros mecânicos e metalúrgicos, bacharéis em direito e economistas. Assim, utilizando os dados do Censo Demográfico de 2010 e a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) foi possível construir dois grupos de variáveis, uma relativa aos sobre-educados e outra relativa aos que estão em desvio de área. Como são avaliadas cinco profissões foi necessário associar cada profissão aos dois tipos de descasamento. Através da modelagem de regressão quantílica, em que possibilita a análise mais detalhada dos efeitos da sobre-educação e do desvio de área ao longo da distribuição de rendimentos, identificou-se que para todas as profissões ser sobre-educado resulta em perda salarial quando compara-se com indivíduos que são compatíveis na ocupação. Analisando os indivíduos que estão em desvio de área, percebe-se que para a maioria dos profissionais existe uma perda salarial associada a esta situação, no entanto, para os engenheiros civis e de construção e os economistas verificou-se o oposto, na medida que em alguns quantis o desvio de área traz prêmios salariais.
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    Formalidade vs. informalidade no mercado de trabalho brasileiro: uma investigação dos diferenciais de rendimento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-07) Dalberto, Cassiano Ricardo; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; http://lattes.cnpq.br/0748920817855286; Oliveira, Ana Maria Hermeto Camilo de; http://lattes.cnpq.br/4296821710899356
    O debate a respeito da informalidade no mercado de trabalho se dá em diversos países e contextos, e se deve, em grande parte, pela ausência de consenso tanto no que se refere à definição do termo quanto dos seus reflexos sobre o mercado de trabalho. As diferentes definições de informalidade podem conduzir a resultados substancialmente diferentes. No Brasil, a classificação tradicionalmente adotada pela literatura enquadra como trabalhadores informais aqueles que não possuem carteira de trabalho assinada. Contudo, tal definição não distingue a parcela de trabalhadores que não contribuem para a previdência social. Dado que os contribuintes da previdência podem desfrutar dos benefícios oferecidos pela seguridade social, parece ser razoável enquadrá-los no mercado de trabalho formal. Assim, o presente trabalho estabelece como conceito de trabalhador informal aquele que não contribui para a previdência. Quanto à dimensão da informalidade brasileiro, a mesma tem sido de grande relevância ao longo das últimas décadas, variando, conforme o critério e o período, entre cerca de um terço a mais da metade da força de trabalho empregada. Destarte, a compreensão sobre os possíveis diferenciais de rendimentos entre os setores formal e informal torna-se relevante, apontando eventuais deficiências e potencialidades em políticas públicas que visem melhorar a situação dos trabalhadores do conjunto da economia. Nesse sentido, o presente trabalho investigou os determinantes de tais diferenciais entre os setores nos diferentes quantis de sua distribuição, bem como as probabilidades de inserção formal/informal. Para tanto, utilizaram-se três métodos: um modelo Probit, a fim de compreender a influência de características individuais, geográficas e setoriais sobre a probabilidade de inserção no setor formal ou informal do trabalho; um modelo de regressão quantílica, permitindo a análise e comparação dos determinantes dos rendimentos do trabalho entre ambos os setores; e uma decomposição quantílica dos diferenciais de rendimentos entre trabalhadores formais e informais, permitindo uma melhor visualização da ocorrência ou não de segmentação entre tais setores através da discriminação nos rendimentos. Os resultados encontrados pelo modelo Probit apontam que os fatores que mais afetam a probabilidade de inserção formal do trabalhador são, em geral, as características geográficas e setoriais, com penalidades maiores para o setor da agricultura e para a região Nordeste. Quanto ao modelo de regressão quantílica, os resultados obtidos,viii particularmente para a experiência e para a educação, apresentam indícios da ocorrência de segmentação em termos de retornos aos atributos produtivos. Apesar de os trabalhadores informais apresentarem retornos ao capital humano semelhantes aos trabalhadores formais na base da distribuição de rendimentos, chegando em alguns casos a ter relativamente mais vantagens, o mesmo não se verifica para os trabalhadores situados no topo da distribuição. Por fim, através do modelo de decomposição quantílica é possível perceber que parte substancial das diferenças de rendimentos verificadas entre trabalhadores formais e informais se deve unicamente pela alocação entre tais setores, o que indica a ocorrência de segmentação nesse sentido. Verifica-se que os trabalhadores mais prejudicados por tal segmentação são aqueles com menores rendimentos, situados na base da distribuição.
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    Inserção e rendimentos no mercado de trabalho brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-13) Santos, Gilnei Costa; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6; http://lattes.cnpq.br/7386674351793056; Rocha, Luiz Eduardo de Vasconcelos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885P0; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7
    Vários são os fatores que afetam os rendimentos de um indivíduo, como a distribuição de renda no país, o estoque de capital humano ou questões não relacionadas à produtividade, como o sexo, raça ou a região em que a pessoa reside. No entanto, deve-se considerar que boa parte da renda dos indivíduos é proveniente do trabalho. Neste sentido, os fatores citados, ao menos indiretamente, são afetados pelo mercado de trabalho. O objetivo da presente pesquisa consiste em analisar o comportamento do mercado de trabalho brasileiro, nos anos recentes, sobre a perspectiva tanto da entrada do indivíduo no mercado como sob a ótica dos rendimentos obtidos, utilizando variáveis relacionadas ao gênero, raça, região geográfica e vulnerabilidade, como por exemplo número de crianças na família ou mãe solteira. A base de dados são os microdados da PNAD nos anos de 2002 e 2007, cuja característica de amostra complexa foi considerada, para não viesar os estimadores. A metodologia adotada é o procedimento de Heckman, visando evitar o viés de seletividade. Os resultados indicaram traços de segmentação no mercado de trabalho brasileiro e no mercado de trabalho rural, por gênero e raça ou cor. Em termos de cor ou raça, apesar de não se verificar empecilhos à entrada no mercado rural, observa-se que os negros têm, em média, rendimentos mais baixos que os brancos. Por outro lado, para o mercado de trabalho como um todo, negros e pardos apresentaram maior probabilidade de estarem economicamente ativos do que brancos, contudo com retornos consideravelmente menores do que o dos brancos, sugerindo que os pardos e negros possuem salários reserva mais baixos. Quando o mercado é analisado pelo gênero, os resultados mostram que, apesar das mulheres possuírem um nível de qualificação médio maior que o dos homens, observa-se que o rendimento destes tende significativamente mais elevado do que o do sexo feminino para os indivíduos situados no meio rural. O mesmo ocorre quando considera-se o mercado de trabalho sem o corte do rural. Ademais, a desigualdade de renda é mais elevada entre as mulheres, assim como os níveis de pobreza, quando se considera o mercado de trabalho como um todo. Uma explicação para isso está relacionada às atividades desenvolvidas por homens e mulheres. Historicamente ocupações de baixo rendimento, como o trabalho doméstico, estão associadas ao sexo feminino, o que é verificado na presente pesquisa, onde a grande maioria dos indivíduos ocupados em trabalhos domésticos são mulheres. Analisando-se os diferenciais entre mães solteiras e as demais mulheres, verifica-se que as primeiras têm maior probabilidade de estarem no mercado rural, mas com rendimentos menores do que as demais mulheres, sugerindo que o salário reserva das mães solteiras é consideravelmente menor. Estes resultados apontam para um agravamento na situação das mulheres no mercado de trabalho rural. Ou seja, além das indicações de discriminação por gênero, existe ainda uma propagação do que se pode chamar de hiato de renda entre mães solteiras e as demais mulheres no meio rural. Finalmente, quanto à variável educação, cada ano adicional investido em qualificação eleva a probabilidade de o indivíduo estar empregado no mercado de trabalho como um todo. No mercado de trabalho rural, cada ano adicional aumenta a probabilidade das mulheres estarem empregadas, enquanto que para os homens a qualificação formal não mostra significância estatística. Relacionando educação e rendimentos, os resultados sugerem que investimentos em qualificação formal é uma das principais fontes de geração de renda, principalmente para os homens. Outrossim, a proxy de experiência apresentou uma trajetória parabólica, sugerindo que o capital humano deprecia-se ao longo do tempo.