Economia
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Item Previsões do PIB brasileiro a partir de informações de mercado: aplicações com dados de diferentes frequências(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-19) Haase, Ramiro Carvalho; Tupy, Igor Santos; http://lattes.cnpq.br/8046130942754254Previsões para o PIB esbarram em dois problemas principais, o atraso na publicação de certos dados de agregados macroeconômicos e dificuldades na utilização de dados amostrados em frequências diferentes. Para tentar resolver esses problemas, este trabalho de dissertação visa: 1. Gerar previsões para o PIB brasileiro utilizando apenas dados do mercado financeiro; 2. Utilizar os modelos MIDAS para trabalhar com variáveis amostradas em diferentes frequências; 3. Comparar a capacidade de previsão dos modelos utilizados (MIDAS, ARIMA e SARIMA). A partir das hipóteses de mercados eficientes e de expectativas racionais, é possível esperar que as informações contidas nos preços dos ativos do mercado financeiro são suficientes para gerar previsões para o PIB brasileiro, melhores do que as geradas utilizando variáveis de agregados macroeconômicos. O estudo proposto aqui é original, por investigar o uso de apenas variáveis financeiras em previsões do PIB brasileiro. O período de estimação dos modelos foi do segundo trimestre de 1996 ao último trimestre de 2018 e as previsões fora da amostra foram realizadas para o ano de 2019. As variáveis utilizadas foram: o PIB brasileiro trimestral, cotações de ativos da Bolsa de Valores brasileira, a B3, o Índice Bovespa, o Índice Dow Jones, o preço do barril de petróleo Brent, a cotação do câmbio Dólar PTAX e a taxa CDI. As previsões dos modelos MIDAS utilizados foram realizadas para três horizontes de previsão diferentes, 1, 2 e 4 trimestres à frente. Essas previsões de modelos MIDAS foram comparadas com as geradas pelos modelos univariados autorregressivos de séries temporais ARIMA e SARIMA. Ao todo, foram realizadas 49.152 previsões MIDAS Almon, 49.152 previsões MIDAS Nealmon, 17.496 previsões UMIDAS e 6.000 previsões de modelos MIDAS univariados. No total, neste estudo foram realizadas 121.800 previsões da variação do PIB trimestral brasileiro através de modelos da família MIDAS. Os resultados encontrados indicam que os modelos MIDAS, utilizando variáveis do mercado financeiro, apresentaram melhor desempenho na previsão do PIB no horizonte de 1 trimestre à frente, em relação aos modelos ARIMA e SARIMA. Destacam-se os modelos que utilizaram como previsores a variação doDólar PTAX, a variação do Índice Bovespa, a variação do Índice Dow Jones, a variação do preço do petróleo Brent e as variações das cotações CMIG4, PETR4 e VALE3. Conclui-se que para previsões em horizontes curtos, os modelos MIDAS, utilizando apenas dados do mercado financeiro, são uma alternativa atraente para os agentes econômicos em suas previsões macroeconômicas. Palavras-chave: Finanças. MIDAS. Macroeconomia. PIB. PrevisõesItem Determinantes de Inovações Tecnológicas Pioneiras na Indústria de Transformação Brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-02) Oliveira, Juliana Brito de; Fernandes, Elaine AparecidaA capacidade de desenvolver inovações impulsiona o desenvolvimento econômico. E, em razão da intensa competitividade advinda da globalização, torna-se imperativo que organizações públicas e privadas invistam em produtos e processos inovadores. Nessa perspectiva, a presente pesquisa busca compreender para a indústria de transformação brasileira, a inter-relação entre a inovação e seus determinantes no triênio 2015-2017. A partir de dados disponibilizados pela Pesquisa de Inovação – PINTEC (2017), foi estimado um modelo linear generalizado com resposta binomial negativa cujos resultados encontrados mostraram que capacitação tecnológica e esforço para a inovação foram determinantes e estão positivamente relacionadas com o número de empresas que realizam inovação tecnológica. No entanto, apesar de estar positivamente relacionada com o número de empresas que inovam, os financiamentos e fontes de apoio à inovação não foram relevantes para explicar o número de empresas que inovam na indústria de transformação. Esse cenário sugere que apoio do governo não parece estar se traduzindo em mais atividades inovadoras. Por fim, outro fator que merece destaque é que na média, a competência para inovar da indústria de transformação brasileira está muito aquém ao desejado. Isto pode ser visto ao observar o valor médio de 33,6% para a taxa de inovação e corroborado pela posição 62ª do Brasil no ranking do Índice de Inovação Global de 2020. Palavras-chave: Inovação tecnológica. Indústria de transformação. Método binomial negativo.Item Volatilidade implícita do petróleo: análises em aprendizado de máquina e métodos tradicionais(Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-17) Rezende, Jhon Heider Domingos; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/3436766256874520A volatilidade implícita é a medida utilizada em mercados financeiros para se calcular o risco futuro envolvido em um dado conjunto de ativos. Realizar previsões eficientes deste índice ao longo do tempo contribui para que se aprimore o processo de tomada de decisão de investidores. Este trabalho busca compreender se a rede neural recorrente profunda Deep Convolutional Long-short Term Memory (DCLSTM) produz previsões mais precisas da volatilidade implícita do mercado financeiro de petróleo norte-americano quando comparada aos modelos ARMA, ARMA-GARCH e VAR em econometria de séries de tempo. Os modelos selecionados como melhores candidatos de arquitetura da rede neural contaram todos com camada convolucional e foram treinados com adicional de um algoritmo genético. A rede neural apresentou performance de previsão da volatilidade implícita superior em todos os contextos quando comparada aos demais modelos. Palavras-chave: Petróleo. DCLSTM. Macroeconomia. WTI. Séries de Tempo.Item Comportamento financeiro do brasileiro: um estudo a partir das variáveis da POF(Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-07) Silva, Raquel Gomes Ramos; Rodrigues, Cristiana Tristão; http://lattes.cnpq.br/1347369514359352Frente a desafios financeiros cada vez maiores, a importância de se formar indivíduos conscientes financeiramente tornou-se pauta de discussão em diversos países e organizações no mundo todo, ao mesmo tempo em que mais pesquisas surgem na direção de se investigar as motivações por trás do comportamento financeiro dos agentes. No Brasil, tais discussões mostram-se pertinentes se considerados os resultados insatisfatórios apresentados pela sua população em termos de finanças - principalmente em relação a planejamento futuro - somados às consequências econômicas associadas às mudanças demográficas em curso no país, mais especificamente, à crescente taxa de envelhecimento populacional. Nesse sentido, a fim de se contribuir com um maior entendimento acerca do comportamento financeiro dos brasileiros, mais especificamente, sobre os fatores que regem alguns de seus principais hábitos, o presente estudo examinou a influência das características socioeconômicas nos resultados financeiros demonstrados por esses. Para tanto, foi desenvolvido um indicador – o Indicador de Comportamento Financeiro, regredido a partir de um modelo de escolha qualitativa ordenado - o Logit ordenado generalizado (MLOG), pelo qual foram dadas as probabilidades de pertencimento às categorias comportamentais estipuladas, a partir do conjunto de características selecionadas. Os resultados encontrados apontaram cerca de 87% da amostra de domicílios estando classificada dentre os piores níveis de comportamento do indicador, tendo o planejamento de longo prazo mostrando-se o principal gargalo no resultado comportamental do brasileiro. Quanto às características analisadas, verificou-se uma correlação positiva entre o comportamento financeiro médio apresentado pelo brasileiro, e os indivíduos mais suscetíveis a se encontrarem em condições de vulnerabilidade social e econômica no país. Esses perfis carregam consigo os efeitos dos altos níveis de desigualdade econômica e social no Brasil, assim como da deficiência do ensino e demais formas de capacitação, indicando a necessidade de um trabalho conjunto na disseminação de uma cultura financeira mais consciente, com incentivos a mudanças de hábitos e a práticas financeiras mais saudáveis em termos de consumo, planejamento e poupança- principalmente de longo prazo – com foco na elaboração de ações direcionadas e personalizadas aos grupos mais fragilizados, e na construção de uma conjuntura mais inclusiva e igualitária em termos econômicos e sociais.Item Determinantes da demanda por educação superior no Brasil: o impacto dos ciclos econômicos e do family background sobre a tomada de decisão dos jovens(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-13) Lobo, Gustavo Dantas; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; http://lattes.cnpq.br/3231998537668444Devido as recentes transformações socioeconômicas que o Brasil vivenciou nas ultimas décadas juntamente com as mudanças estruturais ocorridas no setor da educação superior, compreender como ocorre o processo de tomada de decisão de ingresso na universidade se torna relevante. Este trabalho buscou construir um modelo que tenta simular quatro possíveis decisões que um jovem de 16 a 24 anos que tenha concluído o ensino médio poderia tomar: permanecer desocupado, trabalhar, estudar ou trabalhar e estudar. Para tal, utilizou-se do método Logit Multinomial para os anos de 2002, 2005, 2008, 2012 e 2015 a fim de analisar de forma estática a evolução da probabilidade de ocorrência de cada evento. Verificou-se que as variáveis referentes ao family background foram as que mais impactaram na decisão de ingresso no ensino superior, principalmente a escolaridade do chefe de família. Além disso, a demanda por ensino superior reagiu de forma anticíclica em relação aos choques na economia, o que implica que em momentos de crise os indivíduos buscarão aumentar seu estoque de capital humano. No que diz respeito ao acesso ao ensino superior por indivíduos considerados vulneráveis, percebeu-se uma evolução considerável na probabilidade de se ingressar no ensino superior para aqueles não brancos e para os que têm renda familiar de três salários mínimos. Por último, verificou-se que não existem diferenças significativas entre as elasticidades da demanda educacional tanto dos homens quanto das mulheres em relação aos choques no empregoItem Impactos da incompatibilidade educacional sobre os rendimentos no mercado de trabalho brasileiro: análises por setores de atividade econômica e gênero(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-23) Viana, Danielle Winter; Cirino, Jader Fernandes; http://lattes.cnpq.br/4494772907653391A escolaridade é um fator importante na determinação dos ganhos obtidos pelos trabalhadores no mercado de trabalho. No entanto, a correspondência educacional entre os trabalhadores e as ocupações está desempenhando um papel importante na determinação dos salários dos trabalhadores. Entre as consequências para esses desajustes estão as penalidades salariais. Em contrapartida, existem os trabalhadores adequados, ou seja, os que têm a educação exigida pela ocupação, isso resulta em melhores condição para os trabalhadores, em termos salariais. Devido a essa evidência, esta pesquisa tem como objetivo examinar os impactos da sobreeducação, adequação e subeducação, considerando as especificidades dos setores de atividades econômicas –primário, secundário e terciário – e dos gêneros. O banco de dados foi o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD de 2004 e 2014 –, que incorpora várias informações, como nível educacional, gênero, raça, rendimento, além de exibir a Classificação de Ocupação Brasileira – CBO-Domiciliar. Para o propósito da pesquisa, era necessário compatibilizar a CBO- Domiciliar com a CBO-2002, a fim de criar as variáveis de sobreeducação, adequação e subeducação. Os resultados sugerem a existência de incompatibilidade educacional, tanto nas mulheres quanto nos homens, e entre todos os setores econômicos que foram analisados. No entanto, com base nos resultados, pode-se ver que os retornos causados pela falta de correspondência mostraram diferenças entre os setores da atividade econômica. Finalmente, verificou-se que os resultados encontrados no Brasil estão de acordo com os resultados anteriores identificados em outros paísesItem O impacto da educação em tempo integral no desempenho escolar: uma avaliação do Programa Mais Educação(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-23) Gandra, Juliana Mara de Fátima Viana; Rodrigues, Cristiana Tristão; http://lattes.cnpq.br/7008581774873867Diante da necessidade urgente de iniciativas que promovam a qualidade da educação brasileira, o governo federal criou em 2007 o Programa Mais Educação. Sua finalidade é levar ao ensino básico os moldes da escola em tempo integral, modelo já previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), mas que permaneceu, por muito tempo, relegado a um segundo plano devido a prioridade de ações que levassem à universalização do acesso ao ensino fundamental. A estratégia do programa é ampliar a jornada escolar de crianças e adolescentes matriculados nas escolas da rede pública brasileira para, no mínimo, 7 horas diárias, contemplando atividades optativas em diversos campos, como o acompanhamento pedagógico, a educação ambiental, prática de esportes, dentre outros. Entre os objetivos da política estão a melhoria no desempenho dos alunos, redução do abandono, da reprovação e da distorção idade/série, além de sua característica inclusiva, que busca proporcionar mais possibilidades socioeducativas aos alunos mais vulneráveis. Após mais de cinco anos de programa, é natural que surjam questionamentos sobre sua efetividade, se os esforços empreendidos nessa perspectiva estão sendo efetivos em melhorar a qualidade da educação básica. Diante disso, o objetivo proposto nesse trabalho foi determinar o impacto do Programa Mais Educação no desempenho escolar de alunos do 5o e 9o ano, em testes da Prova Brasil. Para obter o efeito médio de tratamento do programa, duas técnicas foram utilizadas: o Propensity Score Matching e o método de Diferenças em Diferenças. O primeiro método possibilitou a construção de um grupo de controle adequado. O segundo foi empregado para comparar os resultados do grupo de tratamento e de controle, antes e depois da intervenção. Com dados do Censo Escolar e da Prova Brasil para os anos pré-tratamento – 2007, 2009 e 2011 e pós-tratamento – 2013, foram construídas três amostras para escolas com diferentes anos de exposição ao programa: cinco, três e um ano de adesão. Os resultados encontrados não mostraram-se satisfatórios. O efeito do programa foi nulo para o teste de português das turmas de 9o ano em escolas com cinco anos de programa e nos testes de matemática das turmas de 9o ano em escolas com um ano de programa. Em todas as outras amostras analisadas foram encontrados efeitos negativos sobre as notas de português e matemática das turmas de 5o e 9o ano. Os resultados também mostraram que o efeito negativo é maior para aquelas escolas expostas a mais tempo no programa, contrariando a ideia de que o amadurecimento da política pudesse beneficiar os resultados. Em termos do que foi encontrado no estudo, a ampliação da jornada escolar promovida pelo Programa Mais Educação não mostrou capacidade em melhorar o desempenho escolar de alunos do ensino básico da rede pública, não permitindo comprovar sua importância em prol de uma educação de qualidade. Diante da importância do tema para o desenvolvimento da educação pública brasileira, os resultados apresentados neste estudo fornecem uma valiosa ferramenta para a avaliação do programa, possibilitando elevar o debate à sociedade, que junto aos formuladores de políticas públicas podem promover o aperfeiçoamento do Mais Educação.Item Diferencial de rendimentos por gênero no Brasil: uma perspectiva setorial(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Pimenta, Iracy Silva; Cirino, Jader Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7475337737670619O estado da arte sobre o diferencial de rendimentos entre homens e mulheres no âmbito nacional apresenta vários estudos que evidenciam um hiato salarial favorável ao gênero masculino. Em tais estudos ainda é evidenciado que este diferencial ocorre em um contexto de discriminação contra as mulheres. No entanto, não foram constatados trabalhos que abordem este tema por uma perspectiva setorial, levando em consideração as características específicas de cada setor de atividade. Desta forma, o presente estudo objetivou analisar o diferencial dos rendimentos auferidos por homens e mulheres nos anos de 2005 e 2015, destacando as peculiaridades inerentes aos grandes setores de atividade da economia (primário, secundário e terciário). Tal análise teve como embasamento a teoria do capital humano, que preconiza o conjunto de atributos produtivos do indivíduo, tais como educação e experiência, como determinantes do seu rendimento proveniente do trabalho principal. Para tanto, foram utilizados dois procedimentos metodológicos: o Modelo de Seleção Amostral de Heckman, para determinar a participação de indivíduos ocupados e com rendimentos positivos na amostra, e a decomposição de Oaxaca-Blinder para definir se este diferencial de rendimentos é resultado de diferenças nos atributos produtivos dos indivíduos ou se é causada por algum fator de cunho discriminatório. Os resultados apontaram que os homens recebem maiores rendimentos que as mulheres nos três setores de atividade, e em todos é observada a discriminação contra o gênero feminino. O setor secundário aparece com o pior cenário, pois nos três anos analisados as mulheres apresentaram melhores atributos produtivos e ainda assim receberam menores rendimentos. Verifica-se uma tendência de redução do hiato salarial neste setor, assim como no setor terciário, enquanto não é possível afirmar o mesmo em relação ao setor primário.Item A valorização real do salário mínimo e seus efeitos sobre o mercado de trabalho brasileiro de 2002 a 2016(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Mendonça, Hugo Leonardo Alves de; Souza, Elvanio Costa de; http://lattes.cnpq.br/9253806927301298O objetivo deste estudo foi analisar como as variações na razão salário mínimo real/rendimento real médio mensal (SM / RM) afetaram a taxa de atividade, o grau de informalidade, a taxa de desemprego e de inatividade no Brasil. Para isso foram extraídos dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do período entre março de 2002 e fevereiro de 2016. Como variáveis explicativas, além das séries de salário mínimo real e rendimento real médio das seis regiões metropolitanas cobertas pela PME, foram utilizadas as variáveis Produto Interno Bruto (PIB) real e taxa real de juros divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Foram realizados testes de cointegração de Engle-Granger e de Johansen. Para a determinação do melhor número de lags de defasagens em cada equação foram utilizadas as estatísticas de quatro critérios de informação, a saber: Akaike, Hannan- Quinn, Schwarz e Final Prediction Error. Dessa forma, foram estruturadas quatro equações principais nas formas de Modelos Vetoriais de Correção de Erros (MVCE), cujos resultados dos parâmetros captaram os efeitos das variáveis explicativas sobre aquelas associadas ao mercado de trabalho. Além disso, os efeitos das variações na razão salário mínimo/rendimento real médio, da taxa real de juros e do Produto Interno Bruto sobre o número absoluto de pessoas empregadas nos setores formal e informal também foram avaliados. Os resultados mostraram que os aumentos na razão , na taxa real de juros e no PIB provocaram deslocamentos de pessoas do grupo de inativos para a força de trabalho, ou População Economicamente Ativa (PEA). No entanto, a variável que usa o SM provocou um efeito positivo sobre a taxa de desemprego e sobre o grau de informalidade, além de ter diminuído a quantidade de pessoas que operavam no setor coberto pela legislação. Apenas os aumentos no PIB real foram capazes de diminuir a taxa de desemprego no período analisado.Item Uma análise das restrições comerciais no mercado internacional de algodão(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-17) Santos, Marcela Olegário; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/3572024204531323O algodão possui grande relevância na cadeia produtiva de diversos bens, contribuindo, efetivamente, para a geração de renda e emprego. Apesar da utilização em diversas indústrias, o principal consumo é para a fiação destinada a indústria têxtil. Por mais de 40 anos, a indústria têxtil e de vestuário foi regida pelo Acordo Multifibras, o qual não condizia com as regras impostas pelo GATT. Em 2005, as medidas discriminatórias especiais foram eliminadas e os produtos têxteis e de vestuários foram totalmente incluídos nessas regras. Diante desse contexto, o presente estudo buscou analisar o comércio internacional de algodão, com ênfase nas principais políticas comerciais adotadas e nos seus efeitos sobre o comércio durante a transição e inserção do setor nas regras do GATT. Inicialmente, caracterizou-se o mercado internacional de algodão, desde 1995, quando foi concluída a Rodada Uruguai. Procedeu-se, então, com descrições e análises das principais políticas comerciais adotadas e, por fim, avaliaram-se os efeitos dessas políticas, sobretudo das medidas tarifárias e não tarifárias sobre os fluxos de comércio de algodão entre os principais países exportadores e importadores. Baseado no modelo gravitacional foram estimadas regressões pelos métodos Pooled e com efeitos fixos por Mínimos Quadrados Ordinários e por Poisson Pseudo Maximum Likelihood. As análises apontaram que entre 1996 e 2015 alguns países em desenvolvimento (Brasil, Índia e países da África) aumentaram sua participação no mercado exportador, enquanto os países asiáticos tem ganhado destaque nas importações e também na produção, devido à expansão do setor têxtil e de vestuário. Quanto às políticas comerciais, destacam-se os subsídios, as tarifas e as medidas referentes às exigências técnicas, sanitárias e fitossanitárias. Os resultados econométricos apontaram que as medidas técnicas contribuíram para o aumento da transparência permitindo avanços no comércio. No entanto, as tarifas são ainda prejudiciais aos países mais pobres, principalmente, os da África. Dessa forma, torna-se necessário implementar políticas comerciais que reduzam as barreiras tarifárias para que os países menos desenvolvidos possam competir de forma justa e, consequentemente, continuem ganhando participação no mercado internacional de algodão.