Economia
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Item Comportamento financeiro do brasileiro: um estudo a partir das variáveis da POF(Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-07) Silva, Raquel Gomes Ramos; Rodrigues, Cristiana Tristão; http://lattes.cnpq.br/1347369514359352Frente a desafios financeiros cada vez maiores, a importância de se formar indivíduos conscientes financeiramente tornou-se pauta de discussão em diversos países e organizações no mundo todo, ao mesmo tempo em que mais pesquisas surgem na direção de se investigar as motivações por trás do comportamento financeiro dos agentes. No Brasil, tais discussões mostram-se pertinentes se considerados os resultados insatisfatórios apresentados pela sua população em termos de finanças - principalmente em relação a planejamento futuro - somados às consequências econômicas associadas às mudanças demográficas em curso no país, mais especificamente, à crescente taxa de envelhecimento populacional. Nesse sentido, a fim de se contribuir com um maior entendimento acerca do comportamento financeiro dos brasileiros, mais especificamente, sobre os fatores que regem alguns de seus principais hábitos, o presente estudo examinou a influência das características socioeconômicas nos resultados financeiros demonstrados por esses. Para tanto, foi desenvolvido um indicador – o Indicador de Comportamento Financeiro, regredido a partir de um modelo de escolha qualitativa ordenado - o Logit ordenado generalizado (MLOG), pelo qual foram dadas as probabilidades de pertencimento às categorias comportamentais estipuladas, a partir do conjunto de características selecionadas. Os resultados encontrados apontaram cerca de 87% da amostra de domicílios estando classificada dentre os piores níveis de comportamento do indicador, tendo o planejamento de longo prazo mostrando-se o principal gargalo no resultado comportamental do brasileiro. Quanto às características analisadas, verificou-se uma correlação positiva entre o comportamento financeiro médio apresentado pelo brasileiro, e os indivíduos mais suscetíveis a se encontrarem em condições de vulnerabilidade social e econômica no país. Esses perfis carregam consigo os efeitos dos altos níveis de desigualdade econômica e social no Brasil, assim como da deficiência do ensino e demais formas de capacitação, indicando a necessidade de um trabalho conjunto na disseminação de uma cultura financeira mais consciente, com incentivos a mudanças de hábitos e a práticas financeiras mais saudáveis em termos de consumo, planejamento e poupança- principalmente de longo prazo – com foco na elaboração de ações direcionadas e personalizadas aos grupos mais fragilizados, e na construção de uma conjuntura mais inclusiva e igualitária em termos econômicos e sociais.Item A eficiência das redes de franquias no Brasil: uma análise sob as óticas do franqueado e do franqueador(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-10) Silva, Isa Dora Almeida Oliveira da; Gomes, Adriano Provezano; http://lattes.cnpq.br/3983320826554835Diante de seu crescimento e de sua importância econômica no Brasil e no mundo, o Sistema de Franquias vem ganhando atenção de pesquisadores. No entanto, têm-se conhecimento de pouquíssimos trabalhos que analisem a eficiência de empresas que operam nesse setor, mesmo a nível internacional. Nesse contexto, frente às inúmeras opções de redes de franquias disponíveis e tendo em vista as vantagens que algumas podem apresentar sobre as outras, este estudo se propôs a analisar a eficiência deste sistema, a partir de uma modelagem que considera o investimento realizado pelo franqueado e pelo franqueador, bem como os resultados alcançados por ambos os stakeholders. Propôs-se, analisar ainda a relação entre o indicador de eficiência global do sistema e duas características das redes de franquias que podem favorecer a eficiência: o tamanho da rede e seu tempo em operação. Para isso, foi utilizada a metodologia não paramétrica da análise envoltória de dados (DEA) pressupondo orientação a produto, com os resultados sendo refinados pela técnica multivariada de análise discriminante. A amostra utilizada é composta por 88 redes de franquias, de 10 diferentes segmentos, em operação no país no ano de 2018. Os resultados obtidos revelam um desempenho médio mais elevado entre os franqueados do que entre os franqueadores, sendo a média de eficiência no primeiro modelo de 85% e no segundo modelo, de 79%. Ademais, 39% das redes de franquias da amostra foram classificadas como globalmente eficientes 36%, como globalmente ineficientes, tendo sido as 25% restantes classificadas como intermediárias. Com uma taxa de 89,4% de sucesso, a análise discriminante destacou a importância do faturamento e da qualidade das redes de franquias, bem como do tamanho da rede e do tempo em operação como fatores discriminantes da eficiência global das redes de franquias. Isso quer dizer que para 67% da amostra, valores mais elevados das variáveis faturamento, qualidade, tamanho da rede e tempo em operação, resultam em melhores resultados no que se refere a eficiência global do investimento no sistema. Estes resultados indicam que as redes de franquias podem alcançar a eficiência, independentemente da dimensão das outras variáveis que compõe os modelos, ou seja, valores elevados para as variáveis capital inicial, taxa de franquia, taxa de royalties e taxa de publicidade não impedem que ambos os stakeholders alcancem resultados favoráveis, desde que possuam valores relativamente elevados para as variáveis discriminantes. A importância das variáveis tamanho da rede e tempo em operação para a eficiência global do sistema parece indicar, ainda, que a escala de produção e a experiência do franqueador induzem reduções de custos e elevação de receitas, maximizando o retorno do investimento nesse sistema, conforme sugeriu o problema de pesquisa proposto. Apesar disso, é prematuro generalizar estes resultados, uma vez que derivam de um procedimento empírico realizado apenas para uma amostra de redes de franquias, de modo que mais estudos são necessários. Palavras-chave: Franquias (Comércio varejista). Eficiência.Item A inovação como um determinante do investimento direto estrangeiro na indústria de transformação brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-26) Oliveira, Luis Fernando de; Fernandes, Elaine AparecidaO objetivo do presente estudo é analisar, para a indústria de transformação brasileira, a relação entre IDE e seus determinantes, além de verificar se inovação é um determinante importante para a atração de IDE na economia brasileira. Para a apuração dessa capacidade, esta pesquisa elabora o índice de capacidade de inovação por meio dos micro- dados empresariais e setoriais disponibilizados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica de 2014. Utilizando-se do modelo estatístico de regressão logística multinível de efeitos mistos, os resultados do modelo econométrico reforçam a ideia de que o IDE traz consigo transferências de tecnológicas, mão de obra qualificada, incentiva a geração de inovação, além de incentivar a empresa na diferenciação seus produtos. Palavras-chave: Inovação. Indústria de transformação. determinantes do Investimento Externo Direto. Regressão logística multinível de efeitos mistos.Item Análise do diferencial de rendimento por gênero e trabalho infanto-juvenil em contextos econômicos distintos(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-11) Silva, Raniella Orquiza da; Cirino, Jader Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3181959831586854Os anos de 2002, 2013 e 2014 podem ser visualizados como períodos antagônicos em termos econômicos, de forma que se contrasta o período de alta especulação (2002), ao de expansão econômica, melhoria da distribuição de renda e razoável estabilidade política (2004-2013) e, ainda, ao período subsequente (a partir de 2014), onde se verifica persistente recessão e incredibilidade no sistema político. Nesse cenário, a presente pesquisa busca compreender importantes problemáticas que apresentam estreita relação com a mudança do contexto socioeconômico. Especificamente, este trabalho consiste em dois estudos: um abordando o diferencial de rendimento entre homens e mulheres; e o outro o trabalho infanto-juvenil. O primeiro ensaio buscou averiguar o impacto de períodos antagônicos sobre o diferencial de rendimento de homens e mulheres, nos diferentes estratos de renda. Já o segundo ensaio buscou verificar se contextos econômicos distintos têm impacto sobre a alocação das crianças entre trabalho e estudo e suas combinações. Como resultado, para o primeiro ensaio, constatou-se o período de crescimento trouxe considerável avanço no sentido de igualdade salarial de gênero, resultando na redução do hiato a partir do 10° quantil. Mesmo com a crise, houve continuidade dessa queda, pelo menos para os trabalhadores que pertenciam ao intervalo compreendido entre o 10° e o 65° quantil, enquanto que em alguns estratos, mais especificamente os que estão no intervalo compreendido entre o 70° e 80° quantil, percebeu- se um aumento do hiato salarial em comparação ao ano de 2013, se configurando em um possível caso do denominado exército de reserva. No segundo ensaio, pôde-se inferir que a década de 2003 a 2013 resultou, através do crescimento econômico e implementação de política públicas de combate à pobreza e trabalho infantil, no aumento do capital humano. Ou seja, as crianças e adolescentes tornaram-se mais propensas a dedicar o tempo exclusivamente ao estudo, reduzindo, consequentemente, a probabilidade de unicamente trabalhar, conciliar estudo e trabalho ou estarem inativas. A trajetória reverteu-se em 2014. Houve incorporação, por parte do mercado de trabalho, da mão de obra infanto-juvenil e redução na propensão de dedicar-se integralmente à escola. De forma geral, observou-se que os dois segmentos estudados apresentaram comportamentos distintos, de acordo com o ano em que se analisa, confirmando a necessidade de se realizar pesquisas tais como a aqui executada. Palavras-chave: Diferencial de rendimento por gênero. Regressão quantílica. Trabalho infanto-juvenil. Regressão multinomial multinível.Item Determinantes do consumo de água no processo produtivo da indústria de alimentos e bebidas(Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-28) Freitas, Hugo Deleon de; Fernandes, Elaine Aparecida; http://lattes.cnpq.br/1726618765360635Estudos sobre o consumo da água vêm ganhando cada vez mais importância no Brasil e no Mundo. A busca por sustentabilidade aliada aos constantes casos de escassez de água tem elevado essa importância. Com isso, são muitas as atividades econômicas atingidas pela escassez desse recurso, principalmente aquelas em que a água é considerada um dos principais insumos, como a indústria de alimentos e bebidas. Portanto, procurar entender fatores capazes de afetar a redução do uso da água em uma indústria que tem grande representatividade na indústria brasileira é fundamental para busca mais eficiência no uso desse recurso natural. Para isso, foi utilizando o método probit multinível, com o objetivo de analisar como os fatores relacionados a gastos com P&D, apoio do governo em inovação, regionais, tamanho da empresa, capital estrangeiro, capacitação tecnológica, localização da matriz e origem das fontes de informações foram capazes de afetar a probabilidade de redução do consumo de água na indústria de alimentos e bebidas no período 2012-2014. Dentre os resultados pode-se destacar a importância do investimento em P&D na redução do consumo de água, mostrando como o investimento em inovação é capaz de gerar eficiência no uso da água na indústria analisada. Além disso, outro fator relevante foi o apoio do governo, indicando a continuidade e amplificação do mesmo como estratégia capaz de tornar mais eficiente o uso de água no processo de produção da indústria em questão. Por fim, é importante destacar que apesar das empresas de bebidas e de alimentos serem diferentes em seus processos produtivos, os fatores analisados afetam de maneira semelhante esse dois tipos de setores. Com isso, pode-se concluir que politicas públicas voltadas para redução do consumo de água podem ter o mesmo efeito para os dois setores e, além disso, esse resultado indica que nessa indústria, as empresas podem copiar estratégias internas de uso mais eficiente da água de um setor para o outro. Palavras-chave: Água. Inovação. Indústria.Item Mudanças estruturais e não linearidades da taxa de câmbio em um modelo Kaldoriano de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-13) Ribeiro, Matheus Pereira; Gabriel, Luciano Ferreira; http://lattes.cnpq.br/1147035628095883O presente trabalho tem como problema de pesquisa analisar a influência da taxa de câmbio real (RER) e do hiato tecnológico no crescimento do produto. Tem-se por objetivo formalizar uma equação da taxa de crescimento do produto restrito pelo Balanço de Pagamentos que leve em consideração o hiato tecnológico e não linearidades da taxa de câmbio real. A partir das contribuições de Kaldor (1970) e dos trabalhos seminais de Dixon e Thirlwall (1975) e Thirlwall (1979) (o modelo KDT), bem como extensões desses modelos, foi possível observar a importância da estrutura produtiva, da competitividade extra preço e de fatores tecnológicos para explicar o crescimento. O presente modelo pode ser considerado uma extensão dos trabalhos de Missio e Gabriel (2016) e de Gabriel e Missio (2018), que formalizaram uma função que mostra como a produtividade responde a mudanças estruturais. O primeiro estudo apresenta uma função que mostra como as mudanças estruturais respondem, de maneira linear, à RER e ao Sistema Nacional de Inovação e o segundo, de forma não linear, à RER. Por sua vez, o presente estudo tem como contribuição: a) a formulação de uma função que relaciona mudanças estruturais ao hiato tecnológico e à não linearidades da RER; b) a endogeninização das elasticidades-renda do comércio internacional em relação ao hiato tecnológico; e c) a formalização do hiato tecnológico tendo como determinantes a diferença entre o estoque de conhecimento e a diferença do capital humano entre as economias na fronteira do conhecimento e os países seguidores. Conclui-se que desvalorizações cambiais estão associadas a um maior crescimento econômico até determinado ponto crítico e, após isso, passam a ter uma relação inversa. Isso se deve à relação da RER com a participação da indústria na economia, que afeta a produtividade, alterando a competitividade via preço e, consequentemente, os componentes do comércio internacional. Porém, a relação máxima entre RER e crescimento é condicionada ao hiato tecnológico. Se a distância tecnológica for muito grande, não haverá aumento da demanda por produtos industriais devido à baixa qualidade dos bens comercializáveis, mesmo que a economia seja competitiva em termos de preço. Ainda, foi possível apresentar um canal ao qual a redução do hiato tecnológico, proporcionado por melhoras exógenas do capital humano e aumento do estoque de conhecimento, pode levar à elevação do crescimento, seja por meio de mudanças estruturais ou pela melhoria da competitividade extra preço. O primeiro processo se deve ao aumento da lucratividade na indústria proporcionado pela maior qualidade dos produtos e, logo, da demanda pelos bens comercializáveis. O segundo está ligado ao aumento da atratividade dos bens domésticos, o que se reflete nas elasticidades-renda das exportações e das importações. Assim, foi possível observar como desvalorizações e a redução do hiato tecnológico podem levar a um novo processo de causalidade cumulativa. Essas variáveis estão associadas a mudanças estruturais que, por sua vez, tem efeito sobre a produtividade, o que altera os preços domésticos, afetando as exportações e, logo, o crescimento, levando a um novo ciclo de crescimento via mecanismo de Kaldor-Verdoorn (que atribui uma parcela do crescimento da produtividade ao próprio crescimento da renda).Item Distribuição de energia elétrica: uma análise microeconômica dos custos operacionais do setor(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-13) Falcão, Renato de Oliveira; Cirino, Jader FernandesA atividade de distribuição de energia elétrica constitui um monopólio natural, tendo como principais características econômicas os elevados custos fixos e rendimentos crescentes de escala, com custo médio e marginal decrescentes. Para as empresas de distribuição de energia elétrica, os custos operacionais constituem uma parcela importante das tarifas de energia que chegam até ao consumidor. Com base nas mudanças ocorridas no setor elétrico brasileiro e no ambiente regulatório, o estudo dos custos operacionais das empresas de distribuição de energia e a determinação dos níveis da economia de escala em que essas empresas encontram operando se mostra importante, uma vez que podem produzir impactos nas tarifas de energia elétrica ao consumidor final. Assim, o principal objetivo do estudo foi confirmar a premissa adotada pelo Modelo da ANEEL no cálculo da tarifa de energia elétrica que leva em consideração que o setor de distribuição de energia elétrica opera com retornos de escala crescentes. Especificamente, o estudo objetivou analisar o comportamento de variáveis relacionadas aos custos operacionais das distribuidoras no período analisado, determinar as curvas dos custos operacionais médios e marginal do setor de distribuição de energia elétrica brasileiro no período 2007-2016, verificar se o setor de distribuição de energia elétrica opera com retornos de escala crescentes, verificar a existência de monopólio natural no setor de distribuição de energia elétrica e identificar onde cada empresa estaria na curva de custo médio operacional do setor de distribuição de energia elétrica brasileiro. A partir dos resultados apresentados é possível concluir que o setor de distribuição de energia elétrica brasileiro opera em economia de escala e com retornos de escala crescentes, sugerindo que o Modelo de regulação price cap está trazendo maior eficiência na aplicação dos custos operacionais das distribuidoras de energia. Também é possível concluir que o setor de distribuição de energia de fato é um Monopólio Natural, com custos médios e marginais decrescentes. Porém ao analisar isoladamente cada empresa é possível inferir que decisões empresariais distintas e características da área de concessão faz com que o comportamento do seu custo médio seja semelhante ou diferente daquele que foi verificado quando se analisa o setor, sugerindo que políticas regulatórias podem ser aprimoradas para que todas as empresas apresentem o mesmo comportamento verificado para o setor.Item Efeitos da corrupção sobre a eficiência institucional dos países e seus impactos sobre o crescimento econômico(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-13) Rodrigues, Loredany Consule Crespo; Gomes, Adriano Provezano; http://lattes.cnpq.br/4653139923936098A corrupção é um problema relevante enfrentado por boa parte dos países e seus prejuízos os afetam em diversos aspectos: sociais, econômicos e políticos. Nesse sentido, o efeito da corrupção sobre as instituições pode ser um dos determinantes do baixo desempenho econômico dos países, dada a importância dessas para o crescimento econômico de uma nação. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo central identificar o efeito da corrupção sobre a eficiência das instituições e quanto essa influencia o desempenho econômico dos países. Para alcançar tais objetivos, inicialmente, calculou-se o índice de eficiência institucional dos países por meio da análise envoltória de dados. Com essas medidas, foi possível mensurar o impacto da corrupção sobre a eficiência e o quanto essa influencia a performance econômica dos países. Os resultados revelam que os países institucionalmente eficientes são também os menos corruptos. Além disso, a corrupção tem efeito significativo e negativo sobre a eficiência das instituições no grupo de países institucionalmente mais eficientes. Adicionalmente, verifica-se que a eficiência institucional está diretamente relacionada com o desempenho econômico dos países, independente do seu nível de renda, revelando a importância das instituições para o crescimento econômico. Diante de tais resultados, ou seja, levando-se em consideração que a corrupção prejudica a eficiência institucional e que quanto mais eficientes as instituições, melhor a performance econômica dos países, conclui-se que a corrupção impacta negativamente o processo de crescimento econômico por meio das instituições. Em outras palavras, a partir do momento que a corrupção reduz a eficiência institucional, ela afeta indiretamente o desempenho econômico dos países. Diante desse quadro, é de extrema importância a criação e implementação de políticas públicas que combatam a corrupção, pois, assim, as instituições se tornarão mais eficientes e, consequentemente, os países economicamente mais prósperos.Item Crescimento da indústria de transformação brasileira e capital humano: uma análise entre os anos de 1998 e 2011(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-11) Amancio, Geisa Rafaela Sousa; Fernandes, Elaine Aparecida; http://lattes.cnpq.br/2476549295169359O capital humano é um fator importante para a produtividade e o processo de inovação das firmas brasileiras, bem como para o crescimento e o desenvolvimento da economia como um todo. A teoria do capital humano incorporou o vínculo existente entre investimento em capital humano e crescimento da produtividade do indivíduo. Contudo, parece não haver consenso na literatura acerca dos meios pelos quais ele impacta o crescimento. Desta forma, a presente dissertação procura investigar a participação do capital humano na composição e no crescimento do produto das firmas da indústria brasileira. O objetivo é avaliar se o investimento realizado em fatores que contribuem para a acumulação de capital humano, como P&D e educação formal, estimulam o desempenho das empresas. A partir de dados da Pesquisa Industrial Anual - PIA e da Pesquisa de Inovação - PINTEC, adota-se a metodologia de painel dinâmico e assume-se que o produto no tempo t-1, além da acumulação de capital humano apresenta algum efeito sobre o produto das empresas da indústria de transformação. Ao realizar os primeiros testes verifica-se que, em geral, o produto passado tem impacto positivo sobre o produto do ano corrente. No entanto, ao analisarmos os gastos com capital humano, essa relação em alguns momentos se inverte, tornando-se negativa, e em outros apresenta-se não significativa. Todavia, os fatores relacionados ao capital físico e mão de obra influenciam o produto de forma expressiva, bem como a produtividade total dos fatores. O comportamento, ora negativo, do investimento em capital humano demonstra a necessidade de adequação do modelo de investimento adotado, assim como, uma melhor configuração das políticas e métodos de valoração do capital humano.Item Indústria e complexidade econômica: uma análise das mesorregiões brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-16) Almeida, Beatriz Pereira de; Fernandes, Elaine Aparecida; http://lattes.cnpq.br/5804992098629429Um dos temas mais controversos e em destaque na literatura econômica nacional atualmente é o da desindustrialização brasileira. Há a corrente contrária à tese e a favor. Dentre aqueles a favor, as consequências possivelmente perniciosas da chamada desindustrialização precoce ou reprimarização da economia são discutidas. Economistas estruturalistas consideram a indústria o motor do crescimento econômico e, por isso, a desindustrialização precoce teria consequências negativas para o crescimento. Este trabalho objetivou contribuir para a discussão desse processo sob uma ótica inovadora, a abordagem do Product Space. Através dela foi possível realizar inferências a respeito das consequências do processo de desindustrialização da economia brasileira. Além disso, outra característica do trabalho ainda pouco explorada na literatura, é a desagregação dos dados para uma análise regional do problema. A desagregação por mesorregiões é inédita dentro do escopo dos trabalhos sobre a desindustrialização brasileira. Concluiu-se que, apesar da perda de participação da indústria de transformação, os setores de baixa intensidade tecnológica têm crescido e ganhado participação em todas as regiões brasileiras. A análise da complexidade econômica deixa claro que a economia brasileira está passando por uma mudança estrutural que beneficia os setores primários e as indústrias tradicionais, pouco sofisticadas. Isso mostra que o estoque de capacidades produtivas brasileiro vem caindo, o que pode acarretar consequências negativas para o crescimento econômico. A análise de discriminante, confirma as características negativas desse processo, associando a complexidade à maior renda das mesorregiões. Políticas industriais e de desenvolvimento regional devem levar em conta essas considerações, de modo que as localidades desenvolvam atividades rumo ao centro do espaço de produtos.