Economia Aplicada
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/6
Navegar
Item Análise da efetividade das estratégias estáticas e dinâmicas de hedge para o mercado brasileiro de café arábica(Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-31) Müller, Carlos André da Silva; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776130T9; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Bressan, Aureliano Angel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791015E9; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0Este trabalho teve a finalidade de analisar a efetividade de estratégias de hedge, em termos de redução de riscos, para o mercado de café arábica, com uso do mecanismo de mercados futuros da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Observou-se, a priori, que o café arábica está entre os produtos mais arriscados do agronegócio brasileiro. Além disso, detectou-se o pouco uso desse mecanismo não só para o café arábica, mas para todo o agronegócio brasileiro, embora os mercados futuros sejam amplamente difundidos como um meio eficaz de reduzir riscos oriundos da comercialização física do produto. De forma geral, a literatura acerca de hedging na linha de investigação de minimização de riscos tem demonstrado divergência em seus resultados, cujo centro da discussão é a inclusão do conteúdo informacional. Entende-se por estratégia de hedge a proporção de contratos futuros realizados em relação à comercialização física do produto feita (ou a fazer) pelo hedger. Para encontrar essas estratégias neste trabalho, foram aplicados o Modelo Clássico de Regressão Linear (MCRL) sobre os retornos dos preços à vista e futuros (sem informações passadas), denominado Estratégia Simples; o Modelo Vetorial de Correção de Erro (VEC), que incorpora o conteúdo informacional na forma auto- regressiva e o inter-relacionamento entre o curto e o longo prazo, denominado Estratégia com Conteúdo Informacional (ECCI). A característica comum dessas estratégias é que elas são estáticas, uma vez que as variâncias e a covariância são constantes, mantendo também os riscos constantes. Por fim, foi encontrada a Estratégia Dinâmica de hedge a partir do modelo GARCH Multivariado BEKK, que inclui os efeitos das informações sobre a volatilidade dos preços (volatilidade condicional). A estratégia é dinâmica porque as variância e a covariância se alteram, modificando os riscos e, como conseqüência, a proporção de contratos futuros em relação à comercialização física. Além dessas estratégias, foram incluídas duas outras estratégias bastante comuns no mercado brasileiro: a não-atuação em mercados futuros, e a cobertura completa, em que o hedge contrata em futuros a mesma proporção de sua comercialização física. Os resultados indicaram que a estratégia que mais reduziu riscos da comercialização de café arábica foi a Estratégia Dinâmica para todos os contratos dentro e fora da amostra, seguidos da Estratégia Simples, da ECCI e da Cobertura Completa. A não- atuação em mercados futuros foi responsável pelos maiores riscos. Para agentes com pequena escala de comercialização, houve indeterminação entre as estratégias, excluída a Cobertura Completa, que não foi aconselhável. Todas elas tiveram redução de riscos semelhantes. Quanto maior a escala de comercialização e, por conseqüência, maior necessidade de contratos futuros, maior a importância da Estratégia Dinâmica de hedge. Concluiu-se que a Estratégia Simples é ainda aplicável para agentes com pequena escala de comercialização, uma vez que demanda pouco tempo de gerenciamento, não necessita de especialistas, podendo ser realizado pelo próprio agente. A conclusão é reforçada pois a Cobertura Completa não foi boa estratégia. No entanto, os valores pagos pela estratégia podem inviabilizar a atuação em mercados futuros. Quanto aos agentes com maior escala de comercialização, a Estratégia Dinâmica passa a ser interessante, sendo aplicável.Item Análise da relação contratual entre produtores de cafés especiais e uma empresa compradora: um estudo de caso na região de Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-29) Silva, Camila Rafaela Bragança de Lima e; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; http://lattes.cnpq.br/5897363387232888; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2Diante da inserção do Brasil no mercado internacional de cafés com qualidade superior, a cadeia produtiva do produto se defronta com problemas complexos e de difícil investigação, como o padrão de relacionamento comercial mais adequado entre os segmentos desta cadeia. Surge, assim, a necessidade de se analisar o padrão dos relacionamentos contratuais entre os elos que compõem a cadeia produtiva. Os contratos são frutos desses relacionamentos necessários para se promover a produção de determinado bem ou serviço, e caracterizam-se como ferramentas para a organização e coordenação de tais ligações comerciais essenciais, que possibilitam a produção e venda de um produto. É nesse contexto que as relações de produção e comercialização de café na região do estudo, a microrregião de Viçosa na Zona da Mata, precisam ser analisadas. Esta região, até o início dos anos 90, era conhecida como uma área que produzia café, em geral, de qualidade inferior, mas, através da pesquisa, extensão e organização, conseguiu reverter o quadro, passando a produzir cafés com qualidade superior posicionando-se entre aquelas que produzem os melhores cafés do mundo. O fortalecimento das associações de produtores e programas municipais de incentivo surgiu na região como suporte para a nova realidade da produção do café. Este estudo foi feito em razão da necessidade de avaliar os motivos e as atitudes relacionadas ao estabelecimento dos contratos formais ou informais em evidência entre os produtores de café em decorrência das exigências que as inovações trouxeram no âmbito deste novo mercado. Utilizou-se, para tal, uma análise qualitativa com dados levantados em entrevistas semi-estruturadas realizadas com cafeicultores associados à ARCA (Associação Regional dos Cafeicultores) e, adicionalmente, por meio do ajustamento de um modelo de regressão, uma análise quantitativa, em que se procurou mensurar a influência de variáveis explicativas selecionadas no estabelecimento de acordos informais entre os produtores de café especial da microrregião de Viçosa e a Illycaffè. Os resultados da pesquisa qualitativa apontaram inexistência de especificidade locacional e temporal para a produção de café especial. A especificidade de ativos humanos foi considerada pequena. Por sua vez, os resultados da pesquisa apontam que a especificidade dos ativos físicos é a principal geradora de incertezas quanto à comercialização do café. Considerando o modelo de escolha proposto por Williamson (1979), chegou-se, então, à conclusão de que a estrutura considerada mais adequada é a de governança bilateral regida por contrato relacional. Os resultados obtidos do modelo de regressão ajustado permitiu concluir que a decisão de engajamento em uma relação contratual é definida principalmente pelo número de dependentes que o produtor possui, pela sua experiência na atividade e pela assistência técnica recebida do comprador da produção. Embora o modelo ajustado tenha apresentado pouca significância nos coeficientes das variáveis explicativas selecionadas, e nenhuma significância de outras, considera-se importante mantê-lo como sugestão para que outras pesquisas definam melhor as variáveis aqui utilizadas.Item Competitividade entre os sistemas integrado e independente de produção de suínos(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-15) Rocha, Denis Teixeira da; Silva, Francisco Carlos de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762759P6; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737717U2; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Santos, Heleno do Nascimento; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788215Y8Partindo das particularidades entre os sistemas de produção de suínos integrado e independente, este trabalho analisou, por meio de um estudo multicasos, envolvendo unidades produtoras de suínos, do tipo confinado e de ciclo completo, esses dois sistemas suinícolas. O estudo teve como base o Estado de Santa Catarina (SC), maior produtor nacional de suínos com predomínio de sistemas de produção integrada, e a região do Vale do Piranga (MG), um dos principais pólos de suinocultura independente do País. O trabalho analisou a competitividade dos dois sistemas de produção de suínos por meio da análise do desempenho de cada sistema diante de diferentes cenários, com base em situações comuns ao setor. Para isso, foram levantadas estruturas de custos e receitas de seis granjas produtoras de suínos, sendo três pertencentes a cada sistema, divididas em três grupos com escalas de produção diferentes. Para analisar o desempenho das mesmas, utilizou-se o método de simulação de Monte Carlo sobre as estruturas levantadas, sendo os resultados gerados dentro da mesma escala de produção e entre escalas diferentes, considerando todo o horizonte dos dados e, por fim, em períodos de tempo específicos, que caracterizassem períodos de baixa (crise) e alta (prosperidade) na atividade. Considerando todo o horizonte de dados analisado para as variáveis determinantes da competitividade da atividade suinícola, observou-se que o sistema de produção integrado de Santa Catarina apresentou maior eficiência interna, refletida por seu menor custo de produção, no qual a variável-chave foi o custo de logística relacionado principalmente com o suprimento de insumos à empresa rural. Entretanto, quando se considerou a eficiência global do sistema, expressa pelas medidas de resultado econômico das granjas, o sistema independente do Vale do Piranga (MG) foi superior, devido, principalmente, à maior eficiência na comercialização do produto no mercado, fruto da estrutura organizacional da cadeia em que está inserido, que lhe permitiu alcançar maiores valores pelo suíno terminado. No que refere à análise dos dados de períodos de tempo específicos, os resultados destacaram a possibilidade de obtenção de maior retorno nas granjas do sistema de produção independente se comparadas às granjas do sistema integrado, durante os períodos de prosperidade da atividade, ao passo que, durante os períodos de crise, essas mesmas granjas apresentaram possibilidade de perdas superiores às integradas. Portanto, os resultados da pesquisa corroboram a percepção dos envolvidos na cadeia suinícola de que o sistema de produção integrado tem uma situação mais estável entre os períodos de alta e baixa, se comparado com o sistema independente. Dessa forma, as granjas suinícolas componentes do sistema de produção independente do Vale do Piranga (MG) foram mais competitivas, em nível de produtor rural, que as granjas do sistema integrado do Estado de Santa Catarina, tomando como base a probabilidade de obtenção de medidas de resultado econômico positivas e os retornos máximos passíveis de ocorrência, que refletem a eficiência do sistema na condução de todo o processo produtivo e traduz-se na sua maior sustentabilidade no longo prazo.Item Retorno e risco dos sistemas de produção de cana-de-açúcar convencional e orgânico na agricultura familiar do Paraguai(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-23) Cardozo, Estela Mari Cabello; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1A produção orgânica de cana-de-açúcar emergiu como uma opção para explorar os novos nichos de mercado internacional, em busca de preços superiores e obtenção de vantagens da atuação em um mercado cuja remuneração é definida de acordo com a certificação da produção orgânica. O número de produtores que produzem sob o sistema de produção orgânico é crescente, embora a atuação no sistema convencional seja a preponderante. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi analisar a competitividade ex-post dos sistemas de produção de cana-de-açúcar orgânico e convencional, adotados pelos produtores paraguaios componentes da agricultura familiar campesina. O estudo baseou-se nos princípios da teoria de competitividade da empresa, mais especificamente na abordagem de custos de produção e de medidas de resultado econômico. Isto posto, utilizaram-se a análise de risco e o método de simulação para dar suporte ao desenvolvimento do trabalho. A estrutura de custo foi baseada nos modelos de custo de produção de cana-de açúcar convencional proposto pelo MAG e de cana-de-açúcar orgânico proposto por AZPA/GTZ (2008), dentro de três faixas de tamanho de propriedades. Essas estruturas e a eficiência técnica e econômica de cada produtor foram analisadas utilizando-se medidas de resultado econômico, conforme a metodologia do IEA, composta pelos seguintes indicadores de custo: Custo Operacional Efetivo (COE), Custo Operacional Total (COT), Custo Total (CT), assim como os indicadores econômicos Receita Total, Margem Bruta Total (MBT), Margem Líquida Total (MLT) e Lucro Total (LT). Quanto aos retornos, os resultados determinísticos e simulados indicaram que os canavieiros orgânicos semimecanizados obtiveram melhores margens que os produtores do sistema convencional semimecanizado nas três faixas analisados. Entretanto, considerando o nível tecnológico tradicional com base nos resultados determinísticos, o sistema convencional apresenta melhores resultados de avaliação econômica que o orgânico, situação revertida com a análise de simulação. Em suma, em uma comparação entre os dois sistemas produtivos, o custo de produção menor favorece o sistema convencional, enquanto o preço mais elevado pago pela cana orgânica faz com que o sistema orgânico se destaque com melhor desempenho econômico nas três faixas analisadas. A respeito dos riscos incorridos pelos produtores dos dois sistemas de produção, verificou-se que o sistema orgânico apresenta menor risco de perdas na produção de cana-de-açúcar. Os resultados favoráveis com relação à competitividade, segundo os resultados da análise determinística, revelam que o Caso Orgânico tradicional (Caso 1) é menos competitivo que Convencional Tradicional (Caso 3) nos indicadores de custos (COE, COT, CT) e MLT, enquanto a produção orgânica tradicional apresenta vantagem competitiva do ponto de vista da Margem Bruta Total com relação ao convencional tradicional. Em resumo, considerando as três faixas de propriedade, apesar de o sistema de produção orgânica semimecanizado ter maiores custos de produção e em média menor rendimento, este sistema aufere maiores benefícios, tornando-se mais competitivo por ser um produto diferenciado. Isto obedece ao fato de o sistema orgânico apresentar maior estabilidade no que se refere ao negócio ao longo dos anos. Do mesmo modo, com base nas simulações praticadas nas informações levantadas dos diferentes sistemas, afirma-se que o sistema de produção orgânico semimecanizado é mais competitivo considerando a produtividade e as medidas de resultado econômico (MBT e MLT) nos três estratos de produtores estudados. Assim, este sistema também é considerado menos arriscado e com menores possibilidades de perdas no longo prazo, porém com grandes chances de aproveitar as vantagens que o mercado orgânico oferece aos produtores. Em contrapartida, pode-se observar que o sistema orgânico tradicional também se apresenta como o mais competitivo com relação ao sistema convencional tradicional, apesar de o nível de tecnologia afetar o custo, e a vantagem competitiva pela mudança influenciar outros determinantes de custos da empresa.