Economia Aplicada
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Item Análise do risco de liquidez em cooperativas de crédito de economia solidária(Universidade Federal de Viçosa, 2011-12-08) Melo, Edson Santos; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/9635399761231727; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Bressan, Valéria Gama Fully; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669As cooperativas de crédito rural sempre foram apontadas como uma das principais alternativas para democratizar o acesso ao crédito, principalmente para os pequenos agricultores familiares. No entanto, tais cooperativas estão sujeitas as normalizações vigentes no Sistema Financeiro Nacional e, também, a todos os riscos inerentes da atividade financeira. Assim, o objetivo principal deste estudo foi analisar os principais indicadores que podem contribuir para a probabilidade de ocorrência do risco de liquidez nas cooperativas de crédito rural com interação solidária do Sistema Cresol, durante o período de 2001 a 2009. O referencial teórico baseou-se na assimetria de informação presente no cenário cooperativista, no risco relacionado às instituições financeiras e na importância das demonstrações contábeis na análise econômica e financeira das cooperativas de crédito. Para se atingir o objetivo geral proposto, utilizou-se como referencial analítico um modelo logit binário com dados em painel e um modelo logit multinomial, sendo que neste último consideraram-se várias faixas de risco de liquidez. Entre os modelos analisados no logit binário, o modelo logit em painel com efeitos aleatórios foi o que melhor se ajustou aos dados, sendo a variável dependente a ocorrência da cooperativa ser classificada como líquida ou ilíquida. Verificou-se por este modelo os indicadores que contribuíram para determinar a ocorrência do risco de liquidez nas cooperativas analisadas, quais sejam: utilização de capital de terceiros, provisionamentos, volume de crédito, relação entre depósitos totais e operações de crédito e a idade da cooperativa. Enquanto os indicadores de utilização de capital de terceiros e provisionamentos contribuíram para elevar o risco de liquidez, os demais indicadores exerceram influência contrária no mesmo. Ao analisar o risco de liquidez por meio do modelo logit multinomial, classificaram-se as cooperativas numa faixa que compreendia um risco muito baixo a um risco muito alto de liquidez. Utilizou-se neste modelo as mesmas variáveis estimadas no modelo logit binário. O indicador utilização de capital de terceiros destacou-se como aquele que mais contribui para elevar a probabilidade das cooperativas analisadas estarem em alto risco de liquidez, seguido pelo indicador provisionamentos. Entre os indicadores que mais contribuíram para reduzir a probabilidade da existência do risco de liquidez, destacou-se o indicador relação entre depósitos totais e operações de crédito, que reduzia em até 11 pontos percentuais a probabilidade das cooperativas de crédito rural com interação solidária do Sistema Cresol estarem em alto risco de liquidez. Por fim, apesar de algumas limitações presentes no trabalho, o mesmo vem contribuir para preencher uma lacuna existente em relação ao entendimento do risco de liquidez nas cooperativas de crédito rural que operam sob o sistema de economia solidária.Item Crescimento econômico, desigualdade de renda e políticas sociais no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-08) Vidigal, Vinícius Gonçalves; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/6542753239631295; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1A literatura econômica não apresenta um consenso sobre a relação entre crescimento e desigualdade de renda. Estudos têm sido desenvolvidos em nível de países, mas as várias diferenças existentes dificultam as análises e tornam relevante a investigação em nível regional. Muitos desses estudos e, também, a recente queda da desigualdade no Brasil em anos de crescimento econômico apontam para uma relação negativa entre desigualdade e crescimento. Portanto, justifica-se conhecer a associação existente entre desigualdade de renda e crescimento econômico, de modo a confirmar a validez de políticas de redução de desigualdades e de promoção do crescimento. Destarte, o presente estudo teve por objetivo analisar os efeitos da desigualdade de renda e das políticas sociais sobre o crescimento econômico dos estados brasileiros no período de 1996 a 2006. Especificamente, buscou-se: verificar qual a relação existente entre desigualdade de renda e crescimento econômico no Brasil; avaliar os impactos exercidos pelas políticas públicas de assistência social sobre o crescimento; e examinar a influência das mudanças de governo nas respostas do crescimento em relação a variações nas políticas sociais. O referencial teórico consistiu no modelo de Solow na sua versão aumentada, formulada por Mankiw et al. (1992), a qual inclui o nível de capital humano como fator explicativo do produto. Utilizou-se como instrumental metodológico a econometria de dados em painel, incluindo testes de raiz unitária, heterogeneidade, autocorrelação e dependência seccional, de modo a se obter estimativas da influência da desigualdade e das políticas sociais sobre o crescimento. Os principais resultados demonstraram que, no referido período, a desigualdade na distribuição de renda, medida pelo índice de Gini e pela participação dos 40% mais pobres da população na renda, influenciou negativamente o crescimento econômico dos estados brasileiros, ou seja, maiores níveis de desigualdade produziram menor crescimento. Em adição, observou-se que os gastos públicos com assistência social exerceram efeitos positivos sobre o crescimento no segundo governo FHC (1999-2002) e no primeiro governo Lula (2003-2006). Verifica-se, a partir disso, a importância de políticas sociais que visem à redução da desigualdade como meio de proporcionar maior crescimento econômico e, principalmente, melhores condições de vida à população brasileira.Item Desenvolvimento regional e convergência de renda nos municípios do Estado do Ceará(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-21) Barreto, Ricardo Candéa Sá; Almeida, Eduardo Simões de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797699P4; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774829Z7; Perobelli, Fernando Salgueiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703617J2; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6O problema da pesquisa investigado neste estudo refere-se à inserção e ao fortalecimento econômico de cidades estratégicas do interior do Ceará no processo de desenvolvimento regional. A hipótese é de que o futuro destas depende não apenas do mercado baseado no princípio da eficiência econômica, mas também do planejamento estadual, com políticas apropriadas de desenvolvimento para cada agrupamento formado no interior com um equilíbrio estável entre forças centrípetas e centrífugas. Os objetivos gerais deste trabalho foram estudar se a desconcentração regional das atividades econômicas nos municípios do estado do Ceará foi eficiente e verificar se houve entre eles convergência e transbordamento espacial no período de 1996 a 2003. A metodologia utiliza técnicas da Econometria Espacial, estimando um modelo com o intuito de captar externalidades que afetam o crescimento do PIB per capita dos municípios cearenses, verificando as variáveis que influenciam diretamente o desenvolvimento dos municípios vizinhos, seu PIB per capita e a formação de clusters espaciais. Para tal, dividiu-se a análise em duas etapas. Na primeira, utilizou-se o método da Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Na segunda, implementou-se um modelo de convergência espacial para verificar se, no período de análise, as disparidades regionais aumentaram ou diminuíram. Os resultados indicaram autocorrelação positiva para todos os anos analisados, a formação de clusters significativos de municípios de alto crescimento do PIB per capita circundados por municípios de alto crescimento do PIB per capita e municípios de baixo crescimento do PIB per capita circundados por municípios de baixo crescimento do PIB per capita em todos os anos. No que se refere à convergência, os resultados mostram que, no período de 1996 a 2003, houve convergência de PIB per capita, ou seja, houve uma diminuição das disparidades regionais. Contudo, ressaltam-se questões inerentes ao processo de desenvolvimento e crescimento econômico, planejamento de médio e longo prazos, tipologias regionais, dentre outros. Foram também investigadas as principais forças econômicas por trás do desenvolvimento intermunicipal de 1996 a 2003, dentro do estado do Ceará, sobretudo a relação entre crescimento do PIB per capita, acesso ao mercado, atratividade espacial e amenidades locais, usando o método de análise da Econometria Espacial com dados de painel. Os resultados obtidos permitiram identificar a possível formação de um clube de convergência, no Estado, entre os municípios que mais cresceram. Interessante é notar também que as desigualdades dão-se principalmente entre os municípios mais industrializados: Fortaleza, Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Maranguape, todos da Região Metropolitana de Fortaleza, e Sobral e o interior do Estado. Embora algumas mudanças, no que diz respeito à velocidade de convergência, possam ser percebidas, de modo geral as posições relativas não se alteram e as desigualdades são mantidas. Além disso, ficou destacada na pesquisa a importância do capital humano, do capital social, da infra-estrutura e das economias de urbanização (em que os custos de transportes se inserem), dos mercados regional e metropolitano, das externalidades positivas e negativas pelo efeito do meio industrial, do efeito congestão da densidade demográfica e de outras amenidades urbanas do desenvolvimento econômico dos municípios. O modelo econométrico de convergência condicional mostrou que o crescimento do PIB per capita foi afetado negativamente pelas variáveis criminalidade e densidade demográfica, e positivamente pelas variáveis capital humano, infra-estrutura, capital social, meio industrial e potencial dos mercados regional e metropolitano. A desigualdade regional no Ceará é muito grande. Estima-se que um período de 51 anos é necessário para o nível inicial de renda per capita atingir metade do nível do estado estacionário (nível de equilíbrio), controlando a heterogeneidade espacial deste processo por efeitos fixos. Em resumo, foi comprovado que a influência de determinado município sobre o seu vizinho é de suma importância, uma vez que permite identificar níveis de interdependência dentro do estado do Ceará. E, além disso, no período analisado, comprovou-se um movimento de homogeneização no estado do Ceará, ou seja, desconcentração espacial da renda per capita.Item Efeitos da pluriatividade e rendas não-agrícolas sobre a pobreza e desigualdade rural na região Nordeste(Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-07) Lima, João Ricardo Ferreira de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Silva, Aldenôr Gomes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787471Y4; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4Na região Nordeste existe uma grande quantidade de famílias rurais com pelo menos um membro ocupado em atividades não-agrícolas. Porém, é também onde se concentra o maior percentual de famílias pobres. A pobreza se reflete nos indicadores sociais, como a maior taxa de mortalidade infantil entre as regiões brasileiras, menor esperança de vida ao nascer e taxa de analfabetismo mais elevada. O desenvolvimento do meio rural nordestino é, então, parte fundamental de uma estratégia de desenvolvimento nacional. Dado que diversas agências de pesquisa e financiamento internacionais têm considerado que o estímulo ao não-agrícola pode contribuir para melhorar as condições de vida das famílias rurais, este trabalho busca analisar os efeitos da pluriatividade e rendas não-agrícolas sobre a pobreza e desigualdade no Nordeste brasileiro. O referencial teórico está relacionado à oferta de mão de obra rural, focando a possibilidade dos membros da família se alocar em múltiplas fontes de ocupação. Segundo esta abordagem, a família compara as opções de trabalho e aloca seu tempo total disponível de forma a maximizar sua função de utilidade. É utilizado o modelo de seleção amostral com logit multinomial tanto para analisar os determinantes da escolha da família entre os tipos de ocupação quanto para estimar a renda média considerando a possibilidade de viés de seleção. A partir das rendas estimadas são feitas simulações visando prever qual a renda da família agrícola se fosse pluriativa ou não-agrícola; a renda da família pluriativa, caso se tornasse exclusivamente agrícola ou não-agrícola; finalmente, a renda da família não-agrícola se passasse para agrícola ou pluriativa. Com as rendas observadas e estimadas são calculados os índices de pobreza FGT (Foster-Greer-Thorbecke), o índice de concentração de Gini e as elasticidades crescimento-renda e Gini da pobreza. A fonte de dados é a Pnad de 2003 e 2005, visando captar diferenças nos resultados considerando um ano sem e outro com chuvas regulares. Com relação aos determinantes de ocupação, independente da condição climática, anos de estudo, número de componentes da família, ser do tipo contaprópria ou empregados e residir no estado do Piauí eleva a chance da família ser pluriativa. Residir no rural mais distante do urbano, possuir uma razão de dependência mais elevada e residir em Alagoas, Sergipe ou na Bahia, reduz esta chance. A primeira simulação realizada com todas as famílias agrícolas ou todas pluriativas indicou que o não- agrícola é importante para redução da pobreza e da concentração. Em simulação posterior, considerando os diferentes tipos de família, os resultados indicam que o não- agrícola é importante para redução da pobreza. Com relação à concentração, a desigualdade não se reduz se a família agrícola passar para pluriativa. A parcela agrícola da renda é tão concentrada que o incremento com a parte não-agrícola não tem efeito na redução das disparidades. Desagregando as informações para os estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, que são mais propensos às atividades não- agrícolas, os resultados confirmam o efeito positivo sobre a redução da pobreza e demonstram que as rendas não- agrícolas também podem contribuir para redução da concentração. O efeito não é tão forte quanto na redução da pobreza, mas pode ser utilizado em conjunto com instrumentos específicos que visem à redução da concentração da renda na região. A análise das elasticidades demonstra que o crescimento da renda das famílias pluriativas tem maior efeito na redução da pobreza, relativo às famílias agrícolas, sendo a redução da desigualdade um fator bastante relevante para puxar as famílias para a parte de cima da linha da pobreza. Conclui-se que a pluriatividade e as rendas não-agrícolas são importantes para reduzir a pobreza e a concentração no rural nordestino, confirmando as hipóteses testadas na pesquisa.Item Mudanças recentes nos ciclos de negócios brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-24) Lopes, Luckas Sabioni; Chauvet, Marcelle; http://lattes.cnpq.br/0029580161463777; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/6272544093682738; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Alexopoulos, Joana GeorgiosA presente tese contém dois artigos. No primeiro novos fatos sobre os ciclos de negócios ocorridos no Brasil entre 1947 e 2012 são oferecidos. Utiliza-se um método de extração do componente cíclico do produto interno bruto (PIB) que combina o resultado de diversos filtros Hodrick-Prescott, criando um conjunto de informações que é robusto aos problemas de quebras estruturais e de seleção de filtros. As principais conclusões do artigo são que os ciclos econômicos no país são assimétricos, com expansões mais longas que recessões; a tendência de crescimento da economia tornou-se visivelmente mais suave após os anos 1980; e, há uma quebra na volatilidade do PIB ocorrendo aproximadamente nos anos de 1996 ou 1997, quando o país se tornou mais estável. Foi também verificado que a taxa de crescimento de longo prazo da economia reduziu-se em 50%, de um valor de 8% ao ano no período de 1947 a 1980, a 4% no período seguinte. O segundo capítulo estuda profundamente a questão da Grande Moderação aplicada ao caso brasileiro, investigando quais fatores geraram a queda observada na volatilidade da inflação e do produto no país. Para tanto, estima-se um modelo dinâmico de equilíbrio geral estocástico (DSGE) Novo Keynesiano, através de técnicas bayesianas, ao longo de diferentes amostras para o período de 1975 a 2012. De acordo com os resultados obtidos, a Grande Moderação Brasileira começou no ano de 1995, quando a volatilidade da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) caiu significativamente. Detectaram-se também instabilidades nos parâmetros que descrevem o setor privado, a política monetária e a variância dos choques exógenos. Com respeito às causas desse fenômeno, mudanças na política monetária e nos choques explicam a redução na volatilidade da inflação (aproximadamente 50% cada, de acordo com algumas especificações). Entretanto, nas estimações em primeira diferença, percebeu-se que alterações na inclinação da curva de Phillips também foram importantes para a estabilização da inflação. Em relação ao PIB, a redução da variância dos choques foi o único fator por trás de sua maior estabilidade. A Grande Moderação no Brasil é, portanto, fruto de um misto de política monetária efetiva, de mudanças no setor privado e de um ambiente macroeconômico favorável.Item Participação feminina e rendimento no mercado de trabalho: análises de decomposição para o Brasil e as regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Salvador(Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-10) Cirino, Jader Fernandes; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; Machado, Ana Flávia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785799A6; Silva, Aldenôr Gomes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787471Y4; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6Neste trabalho, procurou-se determinar as principais características das mulheres que mais contribuíram para o aumento da participação feminina no mercado de trabalho nacional e das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (RMBH) e Salvador (RMS) no período compreendido entre 1986-2006, assim como os aspectos atuais de tal participação e rendimento no ano de 2006. Para tanto, procedeu-se, inicialmente, a uma análise de decomposição univariada da taxa de atividade feminina (TAF), cujos resultados encontrados para o Brasil e as regiões metropolitanas foram similares, sendo a escolaridade a única variável capaz de explicar consideravelmente o aumento da participação feminina na força de trabalho. Outro aspecto importante a ser destacado foi o aumento da participação das esposas, as quais apresentaram a maior elevação da TAF no período. Quanto aos grupos socioeconômicos, em termos gerais as mulheres que mais contribuíram para a evolução da TAF global nos mercados considerados foram: as urbanas, as esposas com um filho morando no domicílio, com 26 a 50 anos, pardas e com 9 a 11 anos de estudo. Passando-se, então, para o estudo dos aspectos atuais da participação e rendimento feminino nos mercados de trabalho considerados, verificou-se que os principais determinantes para tal participação, estimados a partir de um modelo Probit, foram: renda domiciliar per capita líquida, escolaridade, idade, posição no domicílio, presença de filhos pequenos e raça, sendo, para o Brasil, importante também as variáveis regionais. No que tange ao rendimento do trabalho das mulheres, os determinantes mais importantes, estimados a partir de um modelo de Seleção Amostral, foram: educação, idade, raça, posição na ocupação, setores de atividade e tipo de ocupação, sendo também significativas para o mercado nacional, os regressores regionais e de localização do domicílio (urbano ou rural e área metropolitana). Ressalta-se que as estimativas de todos os modelos no trabalho foram feitas através do Método da Máxima Pseudo- Verossimilhança, a fim de levar em conta as características do plano amostral da PNAD, garantindo, dessa forma, a confiabilidade das medidas de variância e dos testes de hipóteses relacionados a tais modelos. Complementando o estudo do panorama atual da inserção feminina nos mercados de trabalho analisados, realizou-se o procedimento de Oaxaca-Blinder para decompor os diferenciais de rendimento entre os sexos e entre as RMBH e RMS. Sobre essa metodologia, destaca-se que, diferentemente da maioria dos trabalhos, dois aspectos foram contemplados neste estudo: a estimativa de erros-padrão dos coeficientes da decomposição e a solução do problema de indeterminação relacionado à obtenção da parcela do termo não explicado devido à incorporação de variáveis dummies no modelo de rendimento. Quanto aos resultados de tal decomposição e no que tange ao diferencial de rendimento entre os sexos, verificou-se que, a despeito de as pessoas ocupadas do sexo feminino apresentarem, em termos médios, atributos produtivos superiores aos dos trabalhadores do sexo oposto, notadamente em termos de escolaridade, elas mostraram, na média, menores rendimentos/hora, confirmando a existência de certa discriminação contra elas. Quanto à decomposição regional, verificaram-se maiores rendimentos/hora na RMBH, resultado da maior concentração e aglomeração econômica de tal região quando comparada com a da RMS.Item Perfil de desenvolvimento dos municípios mato-grossenses: uma análise comparativa entre os que plantaram e não plantaram soja, 2000 e 2010(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Castro, Lucas Siqueira de; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/2614632226593533; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9A expansão da soja para o Estado do Mato Grosso a partir da segunda metade do século XX trouxe um padrão de desenvolvimento considerado por muitos concentrado e desigual sob as perspectivas econômicas, sociais e ambientais. Assim sendo, este estudo procurou diferenciar o processo de desenvolvimento dos municípios do Mato Grosso com base na soja, buscando quantificar e classificar a evolução dos municípios que plantaram e que não plantaram tal cultura entre os anos de 2000 e 2010. Visando identificar os fatores explicativos que levaram ao desenvolvimento diferenciado, aplicou-se a análise fatorial exploratória, em virtude do grande número de variáveis envolvidas, obtendo-se cinco fatores: medida da qualidade de vida (F1), efeitos do plantio da soja (F2), perspectivas gerais de desenvolvimento (F3), perspectivas do desenvolvimento econômico (F4) e perspectivas do desenvolvimento ambiental (F5). Com os escores fatoriais, construiu-se um Índice Geral de Desenvolvimento Socioeconômico (IGDSE) para mensurar tais desigualdades. Para o ano de 2000, de acordo com o IGDSE, os municípios que empregavam a soja em suas atividades se desenvolveram em média cerca de 20,46% a mais que os municípios que não plantaram tal cultura. Em 2010, esses municípios apresentaram uma evolução média ainda maior de 23,37%. Na tentativa de traçar perfis de desenvolvimento para os municípios mato-grossenses foi feita uma análise de cluster de casos, objetivando formar grupos homogêneos. Os grupos formados de melhor resultado, tanto para o ano de 2000 quanto para 2010, compreenderam os municípios que mais plantaram soja nos seus respectivos anos, nas regiões Oeste, Médio-Norte e Sudeste, reforçando o transbordamento da cultura entre eles. Como apoio ao desenvolvimento dos municípios, o Estado e o Governo Federal devem levar em consideração políticas públicas que sanem essas desigualdades e melhorem como um todo os níveis de desenvolvimento regional, sejam estas desigualdades relacionadas à expansão dessa cultura ou atreladas a outras atividades.Item Pobreza e desigualdade rural na Região Sudeste sob o enfoque da pluriatividade e rendas não-agrícolas(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-09) Moreira, Roni Barbosa; Lima, João Ricardo Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/0810395434028874; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6A pluriatividade, definida como a combinação de atividades agrícolas e não-agrícolas pelos membros de uma mesma unidade familiar, e a questão pertinente às rendas não-agrícolas emergem num contexto de busca por melhores condições de vida no meio rural brasileiro. Neste sentido, espera-se que a pluriatividade e as rendas não-agrícolas atuem como uma alternativa para o incremento da renda das famílias residentes no meio rural, propiciando, assim, alteração nos níveis de pobreza e desigualdade de renda. Essa pesquisa tem como objetivo identificar os efeitos da pluriatividade e das rendas não-agrícolas sobre os níveis de pobreza e desigualdade rural na região Sudeste em 2008. Especificamente, pretende-se analisar os fatores que interferem na caracterização da família como sendo agrícola, não-agrícola e pluriativa; identificar o efeito da pluriatividade sobre a pobreza a partir do diferencial de renda auferida pelas famílias agrícolas e pluriativas; e avaliar a contribuição das rendas não-agrícolas sobre a redução da desigualdade no meio rural. O referencial teórico utilizado é o modelo de utilidade conjunta, segundo o qual os membros da família agem coletivamente a fim de maximizar uma função simples de utilidade. Os principais determinantes das escolhas das famílias em relação às três alternativas possíveis foram estudados por meio do modelo de seleção amostral com logit multinomial, realizando-se, posteriormente, o cálculo das medidas de pobreza e concentração de renda, quais sejam, os índices FGT, proporção de pobres, hiato da pobreza e severidade da pobreza e o índice de concentração de Gini, além das medidas de elasticidade da pobreza considerando variações nas rendas e no índice de desigualdade. Foram utilizados os dados da PNAD referente ao ano de 2008. As variáveis mais relevantes na determinação das escolhas das diferentes alternativas de ocupação foram: anos de estudo, local de moradia, idade da população economicamente ativa, número de componentes da família, trabalhadores por conta própria e empregados. Simulando todas as famílias como agrícolas ou pluriativas, observa-se a renda mais elevada para as famílias pluriativas, sendo que para estas existe um número maior de famílias cuja renda está acima do nível médio. Os resultados dos índices de pobreza FGT mostram que a menor xi proporção de pobres é encontrada para a renda observada das famílias pluriativas seguida das não-agrícolas e das exclusivamente agrícolas, da mesma forma o hiato e a severidade da pobreza. Os índices de concentração de Gini mostram o mesmo comportamento, as famílias pluriativas possuem o menor valor e uma concentração maior para as não-agrícolas e agrícolas. Simulando as rendas para cada tipo de família, percebe-se que quando as famílias pluriativas e não-agrícolas passam a ser agrícolas os índices de pobreza sofrem uma relativa piora, mostrando que para estas famílias a pobreza é maior. Os melhores resultados ocorrem nos casos em que as famílias são pluriativas. Fica evidente, portanto, que o fato da família ser pluriativa contribui como alternativa para o incremento da renda e redução da pobreza. Simulando que tanto as famílias pluriativas quanto não-agrícolas se dedicam exclusivamente às atividades agrícolas, aumenta-se a concentração de renda. Caso as famílias agrícolas fossem pluriativas, a concentração de renda diminui, ou seja, a parcela de renda não-agrícola reduz a desigualdade das famílias. Os resultados para as elasticidades permitem constatar que a pobreza é mais sensível quando se modificam os níveis de desigualdade em comparação a alterações na renda média.Item Poder de mercado no segmento de picapes pequenas da indústria automobilística brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-12) Farias, Christiano Alves; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4487615H6; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7; Vasconcelos, Silvinha Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797645Y4Este trabalho avaliou o poder de mercado no segmento de picapes novas de pequeno porte da indústria automobilística brasileira. Os veículos desse segmento são utilizados como bens de capital no processo produtivo de boa parte das empresas brasileiras, em especial pelas pequenas e médias empresas, além de possuírem alto valor agregado e significativo desenvolvimento tecnológico. Esse mercado se caracteriza por uma estrutura oligopolizada, com firmas oferecendo produtos diferenciados, em que a concorrência se dá entre marcas e não entre firmas, com alta concentração. Assim, o mercado apresenta condições que podem proporcionar a existência e o exercício do poder de mercado por parte das firmas, ou seja, há condições necessárias à ocorrência de condutas anticoncorrenciais que implicam perda de bem-estar social. Diante disso, o trabalho teve como objetivo geral verificar a existência e a origem do poder de mercado, bem como analisar seu exercício e implicações de sua utilização por parte das empresas produtoras no segmento de picapes de pequeno porte, no período de outubro de 2003 a maio de 2007. Para isso, foi utilizado um modelo desenvolvido por Cotterill, Franklin e Ma (1996), que proporciona índices de mercado capazes de mensurar o poder de mercado total e os poderes que o compõem: o poder unilateral e cooperativo ou colusivo. Para o cálculo destes, foi estimado, de maneira conjunta, um sistema de equações de demanda e de funções de reação de preço através do método de estimação SUR. Foram consideradas no estudo as marcas Strada (Fiat), Montana (General Motors), Saveiro (Volkswagen) e Courier (Ford), que juntas possuem praticamente a totalidade das vendas de picapes de pequeno porte no Brasil. De modo geral, os resultados estimados foram bons, sendo a maior parte dos parâmetros estimados estatisticamente significativos, além de todos os sinais coerentes com a teoria econômica. A partir da pesquisa realizada e dos resultados obtidos, concluiu-se que todas as firmas detentoras das marcas analisadas detêm poder de mercado. Esse poder é formado a partir de duas fontes básicas: o poder unilateral e o poder cooperativo. Todas as marcas apresentaram níveis de poder de mercado unilateral: a Strada obteve um poder comparativamente alto, seguida da Saveiro e Montana, com valores medianos, e da Courier, com menor valor. Os resultados do trabalho indicam que o poder de mercado unilateral das marcas parece ser justificado principalmente pelos seguintes quesitos: preços das picapes, capacidade de desenvolver e incorporar inovações, liquidez do mercado secundário e tipo de suspensão adotada. Outros elementos que podem explicar, ainda que com menor relevância, as diferenças de poder unilateral são os custos de opcionais importantes, como: ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas e valores e seguro. A Strada, por exemplo, foi a marca que, de maneira geral, implementou com sucesso o maior número de inovações e re- estilizações, seguida da Saveiro. Elas também apresentaram os maiores mercados secundários no período analisado. Os valores do poder unilateral obtidos pelas marcas sugerem que as estratégias de diferenciação de produto adotadas pelas firmas nesse mercado obtiveram sucesso, principalmente para a Strada, e também apontam para um alto grau de dificuldade de entrada de concorrentes nesse mercado, podendo, por exemplo, haver a necessidade de despender elevado gasto com propaganda. Verificou-se, também, que há tanto a presença de cooperação quanto a de rivalidade entre as firmas. A Saveiro foi a única que obteve cooperação das outras firmas no tocante às suas ações de preço; as demais marcas se depararam não com colusão, mas com a rivalidade das outras fabricantes de picapes de pequeno porte. A marca que mais enfrentou competição das demais foi a Courier, seguida da Strada e Montana. Quanto ao poder de mercado total, decorrente da interação do poder de mercado unilateral e cooperativo, a Saveiro foi a que desfrutou do mais alto grau de poder, devido ao poder unilateral e ao conferido pela cooperação das demais marcas. A Strada, apesar de possuir o maior poder unilateral, teve seu poder reduzido por defrontar com o maior grau de rivalidade das demais participantes do mercado, resultando no segundo maior poder de mercado total. Também a Montana e a Courier, com o terceiro e o quarto maior poder unilateral, respectivamente, tiveram o seu poder reduzido devido à rivalidade das demais firmas. Dessa maneira, há tanto poder unilateral quanto colusão nesse mercado; este último se dá em um cenário muito específico. Apesar de não ser objetivo deste trabalho mensurar variações no bem-estar-social, os dados apontam para diminuição do bem-estar da sociedade com a existência do poder de mercado no segmento de picapes de pequeno porte.Item O potencial de desenvolvimento endógeno dos municípios paranaenses(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-10) Piacenti, Carlos Alberto; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/0011350452603974; Lima, Jandir Ferrera de; http://lattes.cnpq.br/8590492041554583; Leite, Carlos Antonio Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783899A4; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8O objetivo deste estudo foi identificar, dentre os municípios paranaenses, aqueles considerados economicamente deprimidos e, assim, determinar seu potencial de desenvolvimento endógeno. Para tanto, o estudo analisou três diferentes dimensões, que agregaram indicadores econômicos, sociais e institucionais dos municípios paranaenses. Para o estudo, utilizou-se a teoria do desenvolvimento endógeno, que pressupõe o protagonismo dos atores locais, interagindo em laços de cooperação territorial, constituindo, assim, o capital social do município. Entende-se que esse capital social, atuando de forma conjunta com outras formas de capitais (capital humano, capital cívico, entre outros), promove o desenvolvimento econômico do município. Assim, a pesquisa traçou o ranking de municípios economicamente deprimidos, conforme o grau do seu potencial de endogenia. As conclusões abrangeram cada uma das três dimensões e, de forma específica, a determinação do potencial de desenvolvimento endógeno dos municípios economicamente deprimidos. Na dimensão social, o índice de educação utilizado para medir o capital humano determinou que 59,90% do total dos municípios paranaenses apresentaram baixo nível de capital humano. A dimensão institucional, que serviu de proxy para determinar o capital social dos municípios paranaenses, indicou que é baixíssima a participação da população nos conselhos municipais. Somente sete municípios no Estado apresentaram um grau elevado de participação, o que corresponde a 2% dos municípios do Paraná. A pesquisa também demonstrou que 35% dos municípios paranaenses não apresentam condições de alavancar a demanda efetiva das suas economias via gastos públicos ou investimentos e manutenção da infraestrutura municipal. Na dimensão econômica, dos 399 municípios, foram identificados 266 como economicamente deprimidos, representando 66,67% do total de municípios paranaenses, sendo que 85 deles foram classificados como de baixo potencial de desenvolvimento endógeno. Assim, 21,30% dos municípios paranaenses não apresentaram nenhum indicador econômico e socioinstitucional acima dos respectivos indicadores médios do Estado. Aproximadamente 70% desses municípios foram emancipados há mais de trinta anos e, nesse grupo, muitos estão com mais de cem anos de existência. O estudo conclui que os municípios paranaenses classificados como economicamente deprimidos são também, por extensão, municípios que apresentam baixos indicadores de capital humano e de capital social. Sobretudo, o estudo sugere que os municípios deprimidos devam ser tratados de forma diferenciada, tal como ocorre com as pequenas propriedades agrícolas, ou seja, com a formulação de políticas públicas específicas para eles, que estimulem a diversificação das atividades econômicas, privilegiando ações que gerem condições de permanência da população jovem nesses municípios. Tais políticas podem contribuir, assim, para que esses municípios retenham e consigam estimular seu capital humano e social.Item Qualidade ambiental e qualidade de vida nos municípios do Estado do Rio Grande do Sul(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-19) Rossato, Marivane Vestena; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4518781U1; Ilha, Adayr da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797888U4; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; Waquil, Paulo Dabdab; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723027P8O Estado do Rio Grande do Sul aparece nos relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos estados de melhor nível de desenvolvimento humano do país. No entanto, os indicadores de qualidade ambiental revelam níveis muito baixos para o Estado, indicando fraca associação entre qualidade de vida e qualidade ambiental. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi identificar as associações entre qualidade ambiental e qualidade de vida no Estado, no ano 2000, considerando-se ainda as diferenças regionais. Pretendeu-se, também, quantificar o nível de qualidade ambiental, bem como elaborar um Índice de Desenvolvimento Humano-Ambiental que considera a qualidade ambiental na representação do nível de desenvolvimento humano para os municípios gaúchos. Como arcabouço teórico, utilizaram-se os modelos da economia circular e sustentável e das externalidades. O procedimento analítico constou das técnicas estatísticas de análise fatorial e análise de cluster, a partir das variáveis selecionadas nos Censos Demográfico, de População e Agropecuário, da FIBGE; e na Fundação Estatística do Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados indicaram que as relações de produção, representadas pela urbanização, mapeiam a oferta dos serviços de saneamento, os quais demonstraram relacionar-se, de forma direta, com as condições de saúde. Sem apresentar vocação industrial, no ano 2000 a maioria dos municípios gaúchos foi detentora de baixos índices de potencial poluidor da indústria, essencialmente os municípios da região da Campanha. No entanto, municípios altamente industrializados como Canoas, Caxias do Sul e Porto Alegre apresentaram altos índices de potencial poluidor da indústria. A poluição por fonte industrial, que acompanha a produção industrial do Estado, apresentou associação negativa com a taxa de mortalidade infantil. Salienta-se que nos municípios mais industrializados a população possuidora de elevado padrão de vida pode usufruir de melhor atendimento à saúde, contudo está habitando um meio potencialmente poluído por fonte industrial. Os resultados da associação entre condições econômicas e habitacionais revelaram que a população detentora de maior padrão de vida estava habitando espaços mais densos. A densidade demográfica demonstrou-se associar, de forma negativa, às taxas de mortalidade infantil. Já a qualidade do solo apresentou-se maior nos municípios com menor desenvolvimento econômico, situação que ficou evidente na região da Campanha, que apresentava problemas de erosão com origem nas formas de produção estabelecidas. O fator representativo da composição florestal indicou que apenas 16,58% do território gaúcho era coberto por florestas, e a associação mantida com as condições de saúde humana apresentou-se negativa. A análise das relações entre condições econômicas e qualidade ambiental, através de uma configuração espacial, indicou que as regiões gaúchas com maior nível de renda estavam apresentando baixa qualidade ambiental, situação oposta ocorria com os municípios detentores de menor nível de renda. O nível de qualidade ambiental dos municípios gaúchos estava 45 pontos porcentual abaixo do máximo (100%). O Índice de Desenvolvimento Humano-Ambiental construído e proposto para indicar o nível de desenvolvimento resultou num índice médio igual a 0,25. Dessa maneira, o estudo permitiu concluir que o nível de qualidade ambiental apresentado pelo Estado se constituiu em um redutor do nível de desenvolvimento humano. Assim, conclui-se que a população gaúcha detentora de maiores níveis de renda estava habitando espaços com baixa qualidade ambiental, com relação aos indicadores considerados. Evidencia-se, então, a importância de se considerar a qualidade ambiental na determinação do desenvolvimento humano. Os resultados atingidos reforçam a necessidade de instituições ligadas ao desenvolvimento econômico e social incluírem a variável ambiental em seus modelos de desenvolvimento, visando a um desenvolvimento sustentável.Item Regulação no setor de distribuição de energia elétrica no Brasil: análise de metodologias alternativas para a definição dos custos operacionais eficientes(Universidade Federal de Viçosa, 2013-01-30) Nascimento, Ana Carolina Campana; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519; Bressan, Aureliano Angel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791015E9; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o órgão responsável pela regulação do setor de energia e, consequentemente pela definição das tarifas praticadas pelas distribuidoras. Alterações importantes nos mecanismos de tarifação do segmento de distribuição têm ocorrido nos últimos anos, sendo a mais recente ocorrida em 2011, ano que se iniciou o terceiro ciclo de revisões tarifárias (3CRTP). Neste ciclo, a definição dos custos operacionais eficientes, utilizados na definição das tarifas, passa a se basear em metodologias de eficiência comparativa, considerando ainda características das áreas de concessão. Uma vez que a definição dos custos operacionais eficientes e, por consequência as tarifas, dependem diretamente de medidas de desempenho, existem três pontos principais: a escolha dos benchmarks, as técnicas usadas para medir o desempenho das empresas e a forma como os resultados da análise de eficiência serão utilizados na definição destes custos. Além disso, tem-se que na estimação das eficiências de custos das distribuidoras pelos métodos de benchmarking, utilizam-se apenas informações a respeito de insumos e produto. Porém, existem fatores exógenos a empresa que impactam os custos de distribuição e podem refletir diferenças nos índices de eficiência das empresas, as denominadas variáveis ambientais. Existem diferentes formas de tratar estas variáveis na análise de eficiência e as principais concentram-se na adoção de uma correção dos índices fornecidos pelos métodos de benchmarking a partir da estimação de um modelo de regressão em um segundo estágio. No caso brasileiro, devido a grande heterogeneidade existente entre as áreas de concessão, estas variáveis necessitam de tratamento adequado, de modo a não influir no resultado final de comparação entre as empresas. O grande problema enfrentado pelos reguladores é a variedade de métodos disponíveis, com princípios e pressupostos muito diferentes, cada qual com suas vantagens e desvantagens e que, algumas vezes, provêm resultados inconsistentes. Deste modo, a avaliação de condições de consistência é uma etapa importante uma vez que, caso as mesmas sejam cumpridas, facilitaria a escolha entre as abordagens. Devido a falta de consenso sobre qual a melhor estratégia e a busca por resultados que gerem incentivos a melhorias em termos de eficiência e qualidade, que sejam compatíveis a realidade das distribuidoras, neste estudo apresenta-se uma análise de consistência dos métodos atualmente utilizados pela ANEEL, bem como a comparação dos resultados encontrados por métodos alternativos descritos na literatura. Essa análise tem por objetivo auxiliar a escolha do método mais adequado ao tratamento das especificidades do caso do setor de distribuição de energia brasileiro. Para este fim, foram utilizadas diferentes formulações dos principais modelos de benchmarking para a análise de eficiência de custos das empresas distribuidoras de energia elétrica e, a verificação da consistência foi realizada. Utilizaram-se dados referentes a 59 empresas distribuidoras de energia elétrica brasileiras, bem como variáveis associadas às referidas áreas de concessão, no período entre os anos de 2003 a 2009. Os resultados encontrados permitiram verificar que os escores gerados pelos métodos adotados pela ANEEL não são consistentes entre si. Além de não apresentar consistência na correta identificação dos piores desempenhos, visto que o percentual de concordância com os demais métodos avaliados é baixo. Ademais, estes sofreram maiores influências das variáveis ambientais, em relação dos demais métodos. Com relação às demais metodologias avaliadas, os resultados obtidos indicam que a utilização de uma metodologia única aplicada ao conjunto de todas as distribuidoras, ao invés de combinações de métodos tendo como base diferentes grupos, pode ser uma alternativa interessante, visto que se obtém o aumento da precisão das estimativas. Na consideração das variáveis ambientais, pode-se concluir que a inclusão destas variáveis no processo pode alterar de maneira significativa tanto os índices de eficiência quanto o ranking e posterior identificação das melhores e piores práticas, o que demonstra a importância das mesmas na definição dos índices de eficiência. Observou-se também um impacto maior das variáveis ambientais na definição das melhores práticas e ainda que os resultados associados aos métodos de fronteira estocástica apresentaram-se mais coerentes com o que se espera, uma vez que as variáveis ambientais, apesar de importantes, não apresentaram efeito maior que as gerenciais. De modo geral, apesar de não esgotar as possiblidades de análises e variáveis para a solução do problema, deve-se ressaltar que, dependendo do método, os resultados obtidos são discordantes e, portanto, a escolha daquele a ser utilizado e, principalmente da forma como ele será utilizado para a definição dos custos operacionais eficientes, deve ser feita de maneira criteriosa visando uma melhor adequação a realidade enfrentada pelas empresas.Item Relações entre crédito e crescimento econômico no Brasil, 2000 a 2006(Universidade Federal de Viçosa, 2007-12-10) Chinelatto Neto, Armando; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Perobelli, Fernando Salgueiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703617J2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6O crédito tem grande importância econômica, uma vez que permite agilidade nas transações e expansão da economia por meio da intermediação financeira e do fornecimento de liquidez aos agentes econômicos. Percebe-se que um dos motivos do baixo crescimento econômico brasileiro é a escassez do crédito, porém, após crises entre 2000 e 2003, iniciou-se a recuperação da concessão de crédito, principalmente do crédito para pessoas físicas. Mesmo com esta recente trajetória de crescimento da relação crédito/PIB, ainda está abaixo do observado em países desenvolvidos ou em países emergentes. Diante deste quadro, são utilizados modelos de Vetores Auto-regressivos com Mecanismo de Correção de Erro para analisar a relação entre o crescimento da economia brasileira e o crédito concedido para consumidores e empresas no período de junho de 2000 a março de 2006. Com base nas teorias dos ciclos econômicos, é discutida a inter-relação entre variáveis econômicas no curto e longo prazos, sendo estabelecidas relações entre fatores financeiros e o crescimento econômico nesses horizontes de tempo dentro do contexto do modelo neoclássico. Em concordância com a teoria, o PIB é a variável determinada endogenamente pelas variáveis de crédito. Ao analisar as condições de estabilidade das variáveis e das relações estabelecidas entre elas, foi possível identificar uma relação de longo prazo, revelando que o PIB sofre um ajuste positivo em função do crescimento do crédito para pessoas físicas, mas existe trade off entre PIB e crédito concedido para empresas. No curto prazo, somente o aumento do crédito para empresas está associado ao crescimento do PIB, sendo necessário de 14 a 15 meses para corrigir as discrepâncias entre o valor efetivo e seu valor de longo prazo. De maneira geral, o aumento do PIB no curto prazo está associado ao aumento do crédito para empresas e, no longo prazo, está associado ao aumento do crédito para pessoas físicas. Diante de um choque nas variáveis de crédito, para pessoas físicas há propagação dos impactos positivos, mas, para empresas, os impactos positivos são temporários. Também se verifica que o crédito para pessoas físicas tem grande poder de explicar a variância do crédito ao longo do tempo. Por outro lado, o crédito para empresas tem maior poder de explicar a variância de previsão em períodos futuros. Os resultados encontrados permitem tecer algumas conclusões sob o ponto de vista macroeconômico. No caso brasileiro, o crédito para pessoas físicas representa consumo presente e estimula investimento futuro. Por outro lado, o crédito para empresas representa investimento e crescimento no presente, porém precisa ser um canal contínuo para que resulte em crescimento sustentado.Item Transmissão de preços de milho branco entre os mercados grossistas moçambicanos de Maputo e Nampula e o mercado sul africano, 2007/2013(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-17) Chambo, José Jacinto; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/2297647858055998; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Costa, Thiago de Melo Teixeira da; http://lattes.cnpq.br/3856349103878126O milho (Zea mays L.) é o principal cereal produzido na África e a cultura alimentar mais importante de Moçambique. A sua importância na segurança alimentar da população, principalmente das camadas mais pobres, é abundandamente conhecida, e a sua escassez é muitas vezes sinônimo de fome e calamidades. O milho tem papel importante como alimento-base; transformado em farinha, constitui o principal componente da cesta básica e da dieta alimentar das famílias moçambicanas. É também uma fonte segura de renda para as famílias pobres, que não conseguem produzir culturas de maior retorno e que requerem o uso elevado de insumos, como, por exemplo, tabaco, algodão, cana-de-açúcar, entre outros. Em Moçambique, 72% de pequenas e médias explorações são produtoras de milho, ocupando 44% da área agrícola total do país. A região norte, onde se localiza Nampula, caracterizada por possuir condições agroecológicas ótimas, é a maior produtora de milho- branco, que, além de abastecer o centro e norte do país, também flui para a região sul e para países vizinhos do norte. Deficiências na infraestrutura de transporte e armazenamento têm resultado em altos custos para abastecer essas regiões de milho proveniente de Nampula. A região sul, onde se localiza Maputo, é caracterizada por baixos índices de produção agrícola devido às suas condições naturais, que não permitem o desenvolvimento de agricultura em grande escala. As indústrias moageiras que transformam o milho em farinha, ração e outros derivados estão localizadas em Maputo e têm importado milho da África do Sul devido, entre outros motivos, à facilidade de comprar grande quantidade em pouco tempo, ao deficiente fluxo de produto e de informação, à qualidade, aos preços e à infraestrutura, ao passo que Nampula tem apresentado grandes excedentes. Estudos que possam disponibilizar informação do mercado grossista e que relacionam o maior produtor, Nampula, e o maior consumidor, Maputo, com o principal exportador de milho para Moçambique, a África do Sul, não foram encontrados. Informações dessa natureza tornam-se úteis aos fazedores de políticas e atores da cadeia de produção na tomada de decisões. O propósito deste trabalho foi analisar a transmissão de preços de milho entre os mercados grossistas moçambicanos de Maputo e Nampula e o mercado sul-africano, no período de janeiro de 2007 a maio de 2013, utilizando dados de preços semanais. Especificamente, pretendeu-se descrever o mercado de milho em Moçambique e suas relações com o mercado sul-africano; verificar se os mercados de milho branco de Maputo e Nampula e África do Sul são integrados; e determinar a magnitude de transmissão de preços entre esses mercados e a validade da Lei de Preço Único (LPU). Para alcansar os objetivos, utilizou-se a metodologia do modelo dos Vetores Autorregressivos (VAR) e do modelo de Correção de Erro (VEC). Esses modelos permitem fazer essas análises por meio de teste de causalidade, teste de cointegração bivariado e multivariado de Johansen, para verificar relações de longo prazo entre as variáveis, função impulso-resposta e decomposição da variância do erro de previsão. Os resultados mostraram que Moçambique ainda tem uma agricultura com nível de produção e uso de tecnologias baixos quando comparados com os da África do Sul, a qual dispõe dos mais altos padrões tecnológicos e de organização. Os preços dos mercados de Nampula e Maputo apresentam relação causal bidirecional, causal unidirecional de África do Sul para Maputo e nenhuma relação causal entre África do Sul e Nampula. O teste de Johansen mostrou a existência de um vetor de cointregação ou relação de longo prazo entre as séries de pares dos mercados de Maputo vs África do Sul, Maputo vs Nampula e Nampula vs África do Sul e entre os mercados de Maputo, Nampula e África do Sul. No entanto, a variável África do Sul se mostrou estatisticamente não significativa nas equações de longo prazo. Somente os mercados moçambicanos de Maputo e Nampula são integrados entre si. A elasticidade de transmissão de preços entre Maputo e Nampula indica que variações em um mercado não são repassadas na sua totalidade para o outro mercado no longo prazo durante o período em análise, ressaltando a não predominância da Lei do Preço Único nesses mercados. Os preços de Maputo tendem a receber mais influência dos preços de Nampula do que da África do Sul. As funções de impulso-resposta e da decomposição da variância do erro indicam que o mercado de Nampula tem maior poder de explicação sobre os preços de Nampula e Maputo. Nenhum mercado explicou os preços da África do Sul.Item Valoração econômica das unidades de conservação da Serra de São José, MG: abordagem da disposição ao trabalho voluntário(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-09) Vieira, Patrícia Fernanda da Silva Pereira; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Campos, Eneida Maria Goddi; http://lattes.cnpq.br/7584975033192267; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/7149628565035113; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4A Serra de São José está localizada no Estado de Minas Gerais, nas cidades históricas de Tiradentes, São João del Rei e Prados, bem como nos municípios de Santa Cruz de Minas e Coronel Xavier Chaves. Sua vegetação é composta por remanescentes da mata atlântica, campo rupestre, cerrado e matas de galeria. Nessa serra também existem diversas espécies de orquídeas e várias piscinas naturais. Além disso, a serra abriga muitas espécies de libélulas, anfíbios, aves e algumas espécies de mamíferos ameaçados de extinção (lobo-guará, jaguatirica, entre outros). Em virtude desse rico patrimônio natural, o governo do Estado de Minas Gerais decretou duas unidades de conservação na área da serra, quais sejam, uma Área de Proteção Ambiental (APA) e um Refúgio de Vida Silvestre (REVS), que foram criadas em 1990 e 2004, respectivamente. Contudo, apesar de ser protegida por decretos, a Serra de São José tem sido degradada pela urbanização desordenada, venda ilícita de orquídeas, queimadas, trilhas de motocicletas, mineração etc. Diante desse contexto, o principal objetivo do presente trabalho foi estimar o valor econômico dos serviços ambientais providos pela Serra de São José no município de Tiradentes, MG. Para isso, aplicou-se o método da valoração contingente, usando como medidas de valoração as variáveis disposição a pagar (DAP) e disposição ao trabalho voluntário (DATV). Os dados dessas variáveis e outros dados relevantes foram coletados em uma pesquisa de campo, em que foram entrevistados 218 moradores de Tiradentes, em 2008. Destes moradores, 72,48% estariam dispostos a pagar e 75,23% estariam dispostos a trabalhar voluntariamente, ou seja, grande parte dos entrevistados se dispôs a pagar e a trabalhar voluntariamente para conservar e preservar os serviços ambientais fornecidos pela Serra de São José. As maiores médias da DAP pertenciam aos entrevistados que recebiam, individualmente, 3,5 salários mínimos por mês, possuíam ensino técnico, estavam na faixa etária 18-25 anos, eram do sexo feminino, visitavam a serra atualmente e pretendiam visitá-la no futuro. Por sua vez, os maiores valores médios da DATV, medida em horas, foram daqueles moradores que recebiam, individualmente, 1,5 salários mínimos por mês, possuíam o terceiro grau completo, encontravam-se na faixa etária 25-32 anos, eram do sexo masculino, nunca visitaram a serra, mas pretendiam visitá-la no futuro. Ademais, quando a quantidade de horas de trabalho voluntário foi convertida em termos monetários pelo valor do salário-hora de cada entrevistado, verificou-se que as maiores médias da DATV monetária pertenciam aos moradores que tinham renda individual mensal de cinco ou mais salários mínimos por mês, eram pós-graduados, estavam na faixa etária 46-53 anos, eram do sexo masculino e nunca visitaram a serra, mas pretendiam visitá-la no futuro. Quanto às estimativas do valor econômico, para que estas fossem consistentes e confiáveis, somente foram utilizados os dados da DAP e da DATV dos moradores que apresentaram uma consciência ecológica, conheciam previamente os problemas ocorrentes na serra, consideraram a mesma relevante, não responderam valores discrepantes e não apresentaram vieses. Sendo assim, utilizando a mediana, estimou-se que os entrevistados pagariam, individualmente, R$ 10,00 por mês para melhorem o fluxo dos serviços ambientais da Serra de São José. Já o valor mediano da DATV individual foi de R$ 22,64 por mês. Estes valores individuais, ao serem multiplicados pelo número de habitantes residentes na zona urbana de Tiradentes, resultaram em R$ 588.840,00 e R$ 1.333.133,76; os quais são os valores econômicos anuais obtidos a partir da DAP e da DATV, respectivamente. Como se observa, o valor econômico da DATV é mais que o dobro do valor da DAP, ou seja, por meio do trabalho voluntário, os moradores dessa cidade agregariam maior valor aos serviços ambientais da serra. Estes valores poderão ser utilizados pelos órgãos responsáveis pela proteção da Serra de São José, seja para a alocação de recursos públicos, seja como parâmetros para execução de sanções nos casos de degradação desse relevante recurso natural.Item Variação de renda familiar, desigualdade e pobreza no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-10) Guimarães, Patrick Wohrle; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774653D4; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3Nesse trabalho busca-se investigar as relações entre crescimento econômico, distribuição de renda e pobreza no período de 1995 a 2005, mostrando a relevância do esclarecimento dessas relações para implementação de políticas públicas que visem à melhoria das condições sociais. Inicialmente o estudo mostra a evolução da pobreza, da distribuição de renda e da flutuação da renda média familiar per capita ao longo do período analisado. Com essa descrição inicial, as relações entre tais grandezas são feitas a partir da seleção de três modelos: um que relaciona as variações nos indicadores de pobreza e os principais componentes que respondem por essa variação modelo de decomposição das fontes; outro que simula os efeitos da variação da renda familiar per capita e dos indicadores da concentração sobre o nível de pobreza modelo de elasticidade; e, por fim, um modelo que associa as relações entre concentração de renda e crescimento econômico no estrato mais alto de renda. Os resultados obtidos mostram que a desigualdade da distribuição de renda tem se reduzido de maneira lenta e gradual. Levando em conta o índice de Gini, a queda da desigualdade de renda foi de 5,19%, sendo a maior parte dessa redução alcançada em período mais recente (2001-2005). Um fato importante nessa redução diz respeito à parcela mais pobre da população que está se apropriando de uma parcela maior da renda. Por outro lado, as medidas de pobreza sofreram um aumento generalizado e o número de pessoas pobres, em média, no período mais recente (2001-2005) tendeu a se estabilizar em 32%. No período de 2001-2005, as medidas de pobreza que dão maior peso aos mais pobres têm se reduzido. Por fim, a renda real familiar per capita média proxy para o crescimento econômico permaneceu estagnada. O modelo de decomposição das variações nas medidas de pobreza mostra que nos períodos em que houve redução da pobreza no Brasil, o fator responsável por essa redução ainda foi o crescimento econômico. Adicionalmente, o modelo de elasticidade mostra que o efeito potencial da redistribuição é maior do que o efeito potencial do crescimento econômico. Dessa dicotomia entre o real e o previsto, podem ser estabelecidas as seguintes considerações: a) sob níveis de concentração de renda mais baixos, mesmo taxas de crescimento muito baixas produzem efeitos muito maiores; b) existe uma dependência entre o nível de concentração de renda inicial e o efeito do crescimento; e c) taxas de crescimento pequenas num país muito desigual condenam o país a um quadro social desigual.