Economia Aplicada
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Item Análise comparativa da viabilidade econômica da produção de mamão nos sistemas tradicional e integrada (PI)(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Mendonça, Talles Girardi de; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Costa, Adelaide de Fátima Santana da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783547E6; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5As exigências do mercado internacional de frutas têm colocado aos produtores brasileiros que desejarem acessá-lo, a necessidade de adoção de Boas Práticas Agrícolas (BPA). Entretanto, essas práticas impõem um custo aos produtores, que se constituem em gastos em instalações especiais, processos de certificação e assistência técnica especializada. A Produção Integrada de Frutas (PIF) e o protocolo EUREPGAP (Euro-Retailer Produce Working Group EUREP e Good Agriculture Pratices GAP) são normas que preconizam a adoção dessas práticas e os custos adicionais associados à sua adoção propiciaram o surgimento de discussões a respeito de sua influência sobre a rentabilidade dos produtores. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade econômica do cultivo de mamão no sistema convencional e no sistema de Produção Integrada. A escolha dessa fruta levou em consideração aspectos como importância nas exportações do setor frutícola, estágio de adoção da PIF na cultura do mamão e possibilidade de visita técnica. Para a consecução dos objetivos do trabalho foram elaborados fluxos de caixa representativos dos dois sistemas produtivos, calculados os principais indicadores de viabilidade e feita a análise de risco. Os indicadores calculados foram: a) Valor Presente Líquido (VPL), b) Taxa Interna de Retorno (TIR) c) Payback descontado e d) Relação benefício-custo. A análise de risco foi realizada por meio do modelo de simulação de Monte Carlo. Os resultados indicaram que o cultivo do mamão é viável independente do sistema adotado, e a Produção Integrada apresentou pequeno diferencial favorável em termos de rentabilidade. Quando analisado o risco, em qualquer um dos sistemas, as variáveis preço e produtividade foram as que mais afetaram os indicadores selecionados (VPL e relação Benefício-Custo), indicando que essas são as variáveis mais relevantes do projeto. Pela análise de risco constatou-se, adicionalmente, que a Produção Integrada, embora com pequena diferenciação, apresentou melhores retornos e menores riscos, já que os valores médios dos indicadores selecionados foram maiores neste sistema ao passo que os coeficientes de variação (CV) foram menores. A análise de risco por meio da distribuição acumulada de probabilidade corroborou esse resultado já que a probabilidade de se obter um VPL negativo ou uma relação benefício-custo menor do que 1, ou seja, a probabilidade de fracasso do projeto, embora com pouca diferenciação entre os sistemas, foi superior na produção convencional, indicando que o sistema incorre em maiores riscos. Sendo assim, conclui-se que a Produção Integrada permite aos produtores maiores retornos e menores riscos com pequena diferenciação.Item Análise da dinâmica e do desempenho da indústria sucroalcooleira nacional(Universidade Federal de Viçosa, 2008-05-16) Venâncio, Michelle Moutinho; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Campos, Beatriz Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706069P6; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0A produção de açúcar e álcool no Brasil sempre foi relevante, não apenas em termos domésticos, mas também no que se refere à inserção externa. O País figura, atualmente, como um dos principais players no mercado sucroalcooleiro internacional. Todavia, as recentes mudanças nas propostas de matriz energética mundial, que destacam a importância de ser ampliado o uso de recursos energéticos renováveis (a exemplo do álcool combustível) modificaram as relações de determinação de produção e criaram um ambiente menos estável. Além disso, a partir dos anos 1990 o setor sucroalcooleiro passou por uma grande desregulamentação que se, por um lado, aumentou o potencial de autonomia e produtividade, por outro, aumentou ainda mais a exposição à concorrência. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa consiste em analisar a dinâmica e o desempenho da indústria sucroalcooleira nacional considerando os aspectos mercadológicos, institucionais e de inserção internacional. A metodologia escolhida propõe duas abordagens distintas: em primeiro lugar, uma abordagem econométrica foi implementada para que se pudessem precisar as relações entre preço e produção (direta e cruzada) para açúcar e álcool. Em seqüência, foi utilizado um conjunto de indicadores para avaliar a competitividade internacional do Brasil no mercado de açúcar e álcool. Os resultados mostraram, nas duas análises, que o mercado de açúcar é mais estável do que o de álcool, que apresenta, ao mesmo tempo, maior dinamismo e variabilidade do comportamento. Em todos os indicadores os resultados mostraram que o Brasil é competitivo neste mercado, sendo possível identificar, em praticamente todas as análises a relevância da presença de programas de incentivo setorial. Observaram-se, principalmente na segunda fase da pesquisa, que a desregulamentação teve efeitos, na produção e no preço, importantes para ambos os mercados, sendo mais efetivos para o caso do álcool.Item Análise de investimento em cana-de-açúcar irrigada no noroeste mineiro(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-16) Rodrigues, Caroline Petroll; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/6229162929003267; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5O aumento na demanda dos principais produtos da cana-de-açúcar – o açúcar e o álcool – tanto a nível nacional quanto internacional vêm causando uma expansão das áreas plantadas com a cultura em todo o país. Em virtude da saturação de áreas no estado de São Paulo, principal estado produtor, a ampliação das lavouras de cana-de-açúcar vem acontecendo em outros estados, com destaque para Minas Gerais. O Noroeste de Minas, tradicional região agrícola do estado, vêm recebendo sistemáticos investimentos em unidades processadoras de cana-de-açúcar e a produção da matéria-prima tem se dado em áreas irrigadas por pivô central. Apesar do que se observa na prática, a literatura sugere que a condução de canaviais irrigados é inviável economicamente. Diante desta contradição, este trabalho teve por objetivo de avaliar a viabilidade econômica do cultivo de cana-de-açúcar irrigada por pivô central e, além disso, comparar seu resultado com a viabilidade de outras culturas irrigadas pelo mesmo método. A escolha das culturas a serem comparadas levou em consideração a tradição da região no cultivo de cereais como feijão, milho e soja e, diante disso, foram elaborados cinco possíveis combinações entre as culturas: milho semente e soja, milho e soja, feijão e milho, feijão, soja e milho e milho seguido de duas lavouras de feijão. Para a consecução dos objetivos propostos foram elaborados diversos fluxos de caixa representativos das diferentes culturas, calculados indicadores de viabilidade econômica e feita a análise de risco. Os indicadores calculados foram: a) Valor Presente Líquido (VPL), b) Taxa Interna de Retorno (TIR), c) Período de Payback descontado (PPD) e d) Relação benefício-custo. A análise de risco foi realisada por meio de simulação de Monte Carlo. Os resultados indicaram que, ao contrário do que se pressupunha, o cultivo de cana-de-açúcar irrigada por pivô central é viável economicamente, apresentando VPL positivo, TIR superior à taxa de desconto considerada e relação benefício-custo superior a um. Quando analisado o risco da cultura da cana-de-açúcar, as variáveis preço da tonelada de cana-de-açúcar e preço das operações de corte, carregamento e transporte (CCT) foram as que mais afetaram os indicadores selecionados (VPL e relação B/C). Adicionalmente, a análise de risco, por meio da distribuição acumulada de probabilidade, mostrou que investir em cana-de-açúcar irrigada por pivô central tem entre 20 e 25% de chances de fracasso. Comparativamente às outras culturas, o investimento em cana-de-açúcar é mais vantajoso que as rotação de milho (semente ou não) e soja, porém apresentou desempenho econômico inferior à rotações de cultura que envolvem o feijão. Pela análise de risco constatou-se, adicionalmente, que a rotação entre milho e soja, apesar de proporcionar os piores retornos em relação à cana-de-açúcar, apresentou menores coeficientes de variação (CV). Os maiores coeficientes de variação (CV) foram obtidos nas rotações entre milho e feijão, em virtude da grande variação de preços deste último. A análise de risco por meio da distribuição acumulada de probabilidade, ao contrário, mostrou que a probabilidade de se obter indicadores desfavoráveis (VPL<0 e B/C<1) é menor quando se adotam rotações entre milho e feijão, em relação à cana-de-açúcar e às outras rotações consideradas. Sendo assim, conclui-se que a cana-de-açúcar é viável economicamente e propicia aos produtores retornos superiores aos de milho e soja, porém inferiores ao de rotações que envolvem o feijão.Item Efeitos da crise internacional sobre as exportações brasileiras de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados, 2000 a 2011(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Batalha, Camila Maria Soares; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/7987397011358503; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1A crise financeira internacional, iniciada no mercado americano de hipotecas de alto risco em meados de 2007 expandiu-se para uma crise global e sistêmica, propagando-se de variadas formas e em diferentes graus, por toda a economia mundial. Como conseqüência, a crise financeira interrompeu uma trajetória de crescimento dos fluxos internacionais de comércio, que até 2008, refletia e retroalimentava o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e impactou os países em momentos diferentes. No caso do Brasil a crise financeira internacional interrompeu o ciclo de crescimento do comércio exterior. Ela se propagou para o lado real da economia por intermédio de diversos canais de transmissão, financeiros e reais . Assim, projetar o futuro das exportações brasileiras não depende somente da situação interna do país, mas do comportamento do mercado e do cenário econômico externo, uma vez que os países afetados pela crise respondem por parcela significativa das exportações brasileiras. Nesse sentido, é importante destacar que, quanto maior o grau de abertura financeira, maior a vulnerabilidade das economias periféricas às bruscas mudanças de humores dos investidores estrangeiros, que provocam acentuadas e por vezes, trágicas volatilidades de suas principais variáveis financeiras. Diante deste contexto, tendo-se em vista a integração das economias e a disseminação da crise sobre as nações, o presente trabalho se propôs a avaliar os impactos da crise internacional sobre as exportações brasileiras de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados para os principais parceiros comerciais no período de 2000 a 2011. O referencial teórico utilizado baseou-se nas teorias do comércio internacional e do modelo gravitacional. Como procedimento metodológico, realizou-se estimações de três equações gravitacionais pelo método de efeitos fixos por mínimos quadrados ordinários (MQO) considerando as exportações brasileiras de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados para os principais parceiros comerciais, no período de 2000 a 2011. Como variáveis explicativas foram utilizadas o nível de renda (produto dos PIB s), a distância entre os países, as tarifas médias aplicadas, os índices de robustez macroeconômica e uma dummy para os anos de 2008, 2009 e 2010 para captar os efeitos da crise internacional. Os principais resultados obtidos pelo presente estudo sugerem que as exportações brasileiras para os parceiros comerciais selecionados são afetadas pelos níveis de renda, pela distância e pelo papel desempenhado pelas tarifas aplicadas ao comércio. Como esperado, o aumento do nível de renda, menores distâncias e a redução das barreiras tarifárias contribuem para aumentar o comércio brasileiro com esses países. Em relação à análise dos impactos de variáveis macroeconômicas sobre as exportações brasileiras, os índices inseridos nas equações gravitacionais apresentaram o comportamento próximo ao esperado, indicando que o aumento da robustez macroeconômica dos países resulta em um acréscimo nas exportações brasileiras. O índice de robustez macroeconômica para o Brasil apresentou-se significativo apenas para os produtos básicos, já o índice construído para os países parceiros do Brasil apresentou-se significativo para os produtos semimanufaturados e manufaturados. Assim, pode-se inferir que o índice de robustez macroeconômica do Brasil é mais importante para explicar o comportamento das exportações brasileiras de produtos básicos, ou seja, a estabilidade econômica interna favorece as exportações brasileiras desses produtos. Para os produtos manufaturados e semimanufaturados a robustez macroeconômica dos países importadores é mais relevante para explicar o comportamento das exportações brasileiras desses produtos. Para a dummy de crise os coeficientes apresentaram o sinal esperado, sendo negativo para as três categorias de produtos analisadas. Porém, apresentou-se significativo para os produtos semimanufaturados e manufaturados. O maior impacto da crise sobre os produtos industrializados (semimanufaturados e manufaturados) reforça o argumento de que países com a estrutura econômica e financeira abalada vão direcionar o consumo para o que é necessário, com o intuito de produzir internamente o que se poderia comprar. Conclui-se assim, que a crise internacional restringiu as exportações brasileiras, sofrendo impactos pela queda do nível de renda dos países bem como pela oscilação das variáveis macroeconômicas.Item Efeitos da heterogeneidade institucional sobre o comércio bilateral de produtos agropecuários, 2005 a 2009(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-16) Mendonça, Talles Girardi de; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Souza, Maurício Jorge Pinto de; http://lattes.cnpq.br/7590747036148098; Rocha, Luiz Eduardo de Vasconcelos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885P0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1É crescente, na literatura sobre comércio internacional, a importância atribuída às instituições na determinação dos fluxos comerciais. A existência de infra-estrutura institucional de boa qualidade está associada a menores custos de transação entre os participantes do mercado e, portanto, à maior eficiência dos mercados. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das instituições domésticas e da disparidade institucional entre países sobre os fluxos comerciais de produtos do setor agropecuário. Adicionalmente, pretendeu-se verificar até que ponto a heterogeneidade institucional limitou os ganhos comerciais promovidos pelos acordos regionais. A análise foi operacionalizada por meio da estimação de modelos gravitacionais, nos quais foram inseridas variáveis representativas da qualidade do ambiente institucional doméstico e da disparidade das instituições entre países e seu efeito sobre os resultados dos acordos regionais de comércio. A amostra utilizada no trabalho foi obtida de 83 países por um período de 5 anos (2005-2009). Utilizando-se dessas informações, foram feitas combinações de pares de países o que resultou em 34.030 observações das quais 5.513 foram fluxos comerciais nulos. O método utilizado na estimação das equações foi o modelo Poisson-Pseudo Maximum Likelihood (PPML). Os resultados indicaram que a qualidade do ambiente institucional doméstico não possui efeito significativo sobre os fluxos comerciais de produtos agropecuários, embora os sinais dos coeficientes tenham apresentado o sinal esperado. A disparidade das instituições, representada por dummies de heterogeneidade institucional de diferentes níveis (um, dois e três desvios padrão), apresentou efeito significativo e negativo para dois desvios. O coeficiente da dummy para heterogeneidade de um desvio foi negativo, porém não significativo. Além disso, foi inserida uma variável contínua para representar a disparidade institucional entre países sendo o seu coeficiente negativo e significativo. Esses resultados sugerem que a disparidade institucional entre países atuou no sentido de elevar os custos de transação, reduzindo o comércio de produtos agropecuários. Por fim, foram utilizadas interações entre as dummies de diferença institucional e de acordo regional de comércio no intuito de verificar o efeito da heterogeneidade institucional sobre os fluxos comerciais. Os resultados indicaram que instituições díspares em mais de dois desvios limitaram os resultados dos acordos regionais de comércio. Portanto, embora a qualidade do ambiente institucional doméstico não tenha apresentado efeito significativo sobre os fluxos comerciais de produtos agropecuários, a disparidade institucional entre países contribuiu para reduzir o comércio e limitar os ganhos decorrentes dos acordos regionais.Item Efeitos de custos de transação sobre a integração espacial de mercados regionais de carne de frango no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-18) Mattos, Leonardo Bornacki de; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4581558A1; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1Custos de transação não-desprezíveis restringem a transmissão de choques de preços entre mercados espacialmente separados, o que reduz a possibilidade de os mercados se tornarem economicamente integrados. O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos de custos de transação sobre a integração espacial do mercado interno de carne de frango inteiro resfriado no período de janeiro de 1998 a junho de 2007. Pretendeu-se verificar se os mercados regionais são espacialmente integrados, estudar a dinâmica espacial e temporal de transmissão de preços entre os mercados e investigar a presença de assimetrias e descontinuidades no processo de transmissão de preços, bem como as diferenças entre os custos de transação existentes nos mercados analisados. A metodologia utilizada baseou-se em modelos econométricos formulados a partir da técnica Threshold Cointegration, como os modelos auto-regressivos univariados com threshold (modelos TAR) e modelos vetoriais de correção de erro com threshold (TVEC), bivariados, com dois (TVEC2) e três (TVEC3) regimes. Foram utilizadas séries diárias de preços nas praças que apresentam maior potencial de comercialização e para as quais existem dados disponíveis, em nível atacadista, da carne de frango inteiro resfriado, a saber: São Paulo (SP), Descalvado (SP), Porto Alegre (RS), Litoral Catarinense (SC), Oeste Paranaense (PR), Ponta Grossa (PR), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belém (PA). As estimativas para os custos que devem ser incorridos para transmitir choques de preços entre os mercados indicam a presença de significativas barreiras à transmissão de preços entre os mercados, que provavelmente surgem em função dos custos de transação. Aparentemente, esses custos decorrem, sobretudo, dos custos relativos ao frete, uma vez que, quase sempre, estiveram associados à distância entre o mercado central e cada uma das demais praças. As exceções ocorreram com as praças do Litoral Catarinense, Porto Alegre e, principalmente, do Oeste Paranaense e Ponta Grossa. Quanto à dinâmica de curto prazo, os resultados obtidos mostraram que, de maneira geral, as observações estiveram concentradas nos regimes para os quais não se espera co-integração entre o preço do mercado central e o preço de cada uma das demais praças. Os coeficientes de ajustamento estimados, na maior parte dos casos, ratificaram a posição de São Paulo como mercado formador de preços. Constatou-se, também, que os preços são pouco sensíveis a eventuais desvios da relação de equilíbrio de longo prazo. As estimativas das meias-vidas mostraram ser necessário período relativamente longo de tempo para que os choques de preços sejam eliminados. Os parâmetros de threshold estimados e as meias-vidas calculadas indicaram que o processo de transmissão de preços é assimétrico. Constatou-se ser mais fácil transmitir aumentos de preços ocorridos em São Paulo aos demais mercados do que transmitir as reduções de preços. Elevados custos de transação, provavelmente decorrentes dos custos associados ao frete, e a alta perecibilidade da carne de frango podem explicar, pelo menos em parte, esse resultado.Item Identificação e análise de barreiras não-tarifárias sobre as exportações brasileiras de carne bovina(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-14) Junqueira, Beatriz de Assis; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778979E6; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7; Campos, Beatriz Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706069P6Nos últimos anos, sobretudo a partir da década de 1990, os fluxos internacionais de comércio intensificaram-se de forma significativa. No entanto, apesar da importância e dos ganhos auferidos, os países ainda utilizam-se de políticas comerciais protecionistas, dentre elas, as barreiras não-tarifárias (BNTs), que têm ampliado sua relevância no comércio mundial em razão da redução dos mecanismos tradicionais de proteção tarifária. Mais especificamente, as questões de ordem técnica e sanitária têm apresentado importância significativa nas relações comerciais em âmbito mundial. Embora os efeitos da aplicação desses instrumentos sejam amplos, alguns setores são mais atingidos - como é o caso da bovinocultura de corte brasileira e têm vivenciado diversos entraves comerciais devido a fatores de ordem sanitária, principalmente aqueles relacionados com o aparecimento de focos da febre aftosa. Desse modo, o estudo relativo às restrições impostas, na forma de BNTs, sobre a carne bovina para exportação é de grande relevância, dado o potencial de crescimento do consumo mundial e a importância assumida pelo país no mercado externo nos últimos anos. Os objetivos desta pesquisa consistiram na identificação das principais BNTs incidentes sobre as exportações brasileiras de carne bovina para mercados selecionados (Estados Unidos, Japão, Rússia e União Européia), na estimação do percentual das exportações sujeitas à BNTs e na mensuração dos impactos decorrentes da imposição das mesmas. O referencial teórico utilizado abordou os instrumentos de políticas comerciais, sobretudo as barreiras tarifárias e nãotarifárias. A construção do modelo analítico, por seu turno, envolveu aspectos tanto qualitativos quanto quantitativos. A primeira consistiu na obtenção de informações provenientes das empresas exportadoras de carne bovina e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da aplicação de questionários e entrevistas, respectivamente; a segunda baseou-se na análise de inventário e em modelos de séries temporais. Os resultados obtidos demonstraram que as principais barreiras não-tarifárias impostas sobre as exportações brasileiras de carne bovina são de ordem técnica e sanitária. A avaliação das notificações emitidas pelos mercados revelou que a maioria foi relativa ao acordo SPS, que os Estados Unidos e a União Européia, atuam intensamente no âmbito das disputas sanitárias no Comitê do SPS/OMC e que as principais premissas para essas disputas são relativas às preocupações de segurança do alimento e saúde animal. Analogamente, a análise de inventário revelou alto grau de proteção nos mercados dos Estados Unidos e União Européia, envolvendo muitas linhas tarifárias e alto valor das exportações sujeitas à imposição dessas barreiras. Dentre os eventos identificados como relevantes pelos exportadores brasileiros, cinco apresentaram significância em termos de impacto sobre as exportações, sendo quatro deles relativos a embargos provenientes do aparecimento de febre aftosa ou suspeita de território contaminado pelo Mal da Vaca Louca . As reduções da quantidade importada foram relevantes, com impacto no curto prazo e conseqüente perda para o setor, mostrando que uma melhor compreensão sobre o perfil das BNTs e o dimensionamento de seus efeitos pode colaborar para a construção de ações que venham a minimizar as perdas decorrentes de sua imposição.Item Identificação, análise e implicações do poder de mercado na indústria brasileira de carne de frango(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-09) Profeta, Graciela Aparecida; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/8771374825470483; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Lima, João Ricardo Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3A indústria brasileira de carne de frango apresenta características que apontam para a concentração no setor. Verifica-se também que, basicamente, existem quatro grandes empresas estabelecidas que possuem várias plantas agroindustriais em todo o território. Estas empresas abrangem os maiores centros consumidores, bem como as localidades de abundância de matéria-prima. Com isso, elas têm dominado parte significativa do mercado, nos últimos 10 anos, e dificultado a entrada de novas competidoras. Além disso, devido a fatores que vão desde aqueles relacionados a preços como os determinados por mudanças nos hábitos alimentares das famílias, não se observou produtos substitutos perfeitos ou próximos que poderiam ser uma opção de escolha de compra por parte dos consumidores. Portanto, servindo-se das características de mercado, o presente estudo teve por objetivo identificar e avaliar as implicações do poder de mercado sobre o bem-estar dos consumidores para o período de janeiro de 2003 a outubro de 2009. Para atingir aos objetivos propostos, utilizou-se a Teoria da Nova Organização Industrial Empírica (NEIO), especificamente o modelo teórico de determinação do poder de mercado estável de curto prazo proposto por Bresnahan (1982). Considerando que os mercados são por natureza dinâmicos e que as decisões das empresas, geralmente, visam o longo prazo, aplicou-se a reformulação do modelo de Bresnahan (1982), elaborada por Steen e Salvanes (1999) em que a incorporação do mecanismo de correção de erros permitiu encontrar parâmetros de poder de mercado de longo prazo distintos dos de curto prazo. Conforme sugerem os princípios da Teoria da NEIO, delimitou-se previamente à estimação do parâmetro de conduta médio, o mercado relevante para a carne de frango. Os resultados obtidos da análise de cointegração, indicaram que as carnes de frango, bovina e suína foram produtos relevantes sob a ótica do produto. No caso da dimensão geográfica, a opção pelas praças estudadas considerou a relevância das mesmas em termos de produção e mercado consumidor, bem como a disponibilidade de dados para a realização da pesquisa. O estuda das elasticidades-preço cruzada entre as carnes mostrou que para Oeste paranaense e Belo Horizonte as carnes de frango e bovina foram considerados produtos substitutos entre si, e para Goiânia, os produtos substitutos foram as carnes de frango e suína. No caso de São Paulo e Porto Alegre, observou que as carnes de frango e bovina apresentaram-se como bens complementares entre si. Em se tratando do grau de poder de mercado estimado por meio da formulação dinâmica proposta por Steen e Salvanes (1999), pode-se inferir que os resultados obtidos para o parâmetro de conduta médio de curto prazo apontaram para a rejeição das hipóteses nulas de competição perfeita, de conluio e de poder de mercado pleno para as praças de São Paulo, Oeste-PR e Goiânia, neste caso, pode-se afirmar que existia no período analisado um grau de poder intermediário. Para as demais praças não foi identificar um parâmetro de conduta médio de longo prazo. Com relação ao grau de poder de mercado de longo prazo identificado para cada uma das cinco praças analisadas, os resultados dos testes de hipóteses, sobre os coeficientes encontrados, mostrou que os resultados quanto à presença ou não de poder de mercado obtidos para o curto prazo, de certa forma se mantiveram no longo prazo. Rejeitou-se a hipótese nula de ausência de poder de mercado para todas as delimitações geográficas, e concluiu-se que no longo prazo as empresas tinham poder de mercado, sendo que este variava em magnitude. Portanto, a concentração observada na indústria brasileira de carne de frango, as barreiras à entrada e a carência de substitutos perfeitos para a carne de frango, parecem ter contribuído para a verificação da presença do poder de mercado em três das cinco praças estudadas no curto prazo e em todas no longo prazo, onde se inferiu que para estes mercados as empresas, principalmente as dominantes, atuam em uma estrutura de competição imperfeita influenciando preço e quantidade ofertada no mercado. Tendo em vista a presença de poder de mercado para as praças, procedeu-se ao cálculo das perdas liquidas sociais (DWL) inerentes à conduta anticompetitiva das empresas. Os resultados revelaram que, de maneira geral, para o período de 2003 a 2007 a participação do DWL sobre a receita total da indústria de carne de frango inteira congelada em todas as praças foi expressiva. Ressalta-se que para São Paulo e Porto Alegre, onde a demanda se mostrou inelástica ao preço, a relação DWL/receita apresentou-se mais intensa em termos de valores. Por fim, os resultados obtidos para o DWL corroboraram os encontrados para o grau de poder de mercado nestas delimitações geográficas. Por fim, se pode afirmar que as características estruturais do mercado culminaram em existência e exercício do poder de mercado por parte das empresas atuantes e que por esta razão, os órgãos responsáveis pela garantia da defesa da concorrência devem de forma contínua e, sustentada em aporte teórico e prático, zelar para que atos de concentração sejam eficientes e não meios de aumentar o poder de mercado e, consequentemente, perdas sociais.Item Impactos de regras institucionais na restrição orçamentária dos estados brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-30) Nazareth, Marcos Spínola; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/1843988754932195; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Abrantes, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762361A7; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6As relações federativas que envolvem transferências, resgates financeiros e leis entre união e estados moldam a estrutura de incentivos dos agentes inserindo-os em um ambiente de ação coletiva. Os problemas de ação coletiva considerados neste trabalho, foram os relacionados ao Dilema do Samaritano e do Risco Moral que emergem num sistema federativo em que as esferas inferiores de governo são altamente dependentes de recursos de esferas superiores de governo, sejam eles regulares (transferências constitucionais) ou periódicas (resgates financeiros), como é o caso do sistema brasileiro. A literatura baseada na segunda geração da teoria do federalismo fiscal tem defendido, nos últimos anos, que a imposição de uma restrição orçamentária rígida aos governos subnacionais é condição sine qua non para solução desses problemas. Nesta pesquisa, procurou-se, por meio do emprego de dados em painel, compreender os efeitos de regras institucionais na restrição orçamentária dos estados brasileiros e seus possíveis efeitos na estrutura de incentivos do federalismo brasileiro e o conseqüente impacto na resolução dos problemas de ação coletiva. Os resultados demonstram que os executivos estaduais, de maneira geral, não possuem os incentivos que os façam enfrentar restrição orçamentária rígida. As regras institucionais tendem a relaxar a restrição orçamentária dos estados, ou de outra forma, elevar os gastos a níveis socialmente indesejados, tudo o mais mantido constante. Em outros as palavras, os problemas de ação coletiva não serão solucionados ou minimizados. Portanto, as sugestões de políticas são claras: é preciso implementar hard budget constraints (restrição orçamentária rígida) no federalismo brasileiro com leis e reformas que retire da União o papel de seguradora ou fiadora das finanças dos estados, aumentando a participação das receitas próprias no orçamento regional, estreitando o vínculo entre o contribuinte e o gasto público e diminuindo a importância das transferência intergovernamentais, eliminando os incentivos perversos para expansão dos gastos além do estabelecido pela restrição orçamentária. Devem-se fixar institutos orçamentários que tenham credibilidade ao longo do tempo. É preciso caminhar para um sistema político-eleitoral estável o suficiente a fim de se ter um sistema federal que favoreça o a restrição orçamentária rígida.Item Impactos do programa nacional de crédito fundiário sobre a renda, o patrimônio e a qualidade de vida do sertão nordestino(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-27) Brito, Marcos Antônio de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/6064996324287183; Khan, Ahmad Saeed; http://lattes.cnpq.br/3198350508846033; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4Objetivando mitigar os problemas decorrentes da concentração de terras, renda e da pobreza no meio rural brasileiro, foi criado o Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF. No caso do Nordeste, a principal categoria é o Combate à Pobreza Rural. Portanto, a pergunta que norteia essa pesquisa é a seguinte: quais são os impactos das políticas públicas de financiamento de crédito fundiário sobre a renda e o patrimônio, que repercutem na qualidade de vida dos seus beneficiários? Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo principal avaliar o impacto do crédito fundiário na renda agropecuária e patrimônio, além de mensurar a qualidade de vida dos seus beneficiários. Para tanto, utilizaram-se como referenciais teóricos: políticas públicas, modelo teórico de maximização de receita líquida e a teoria da qualidade de vida. Para avaliar o impacto do crédito fundiário foi utilizado o método de dupla diferença, enquanto a mensuração da qualidade de vida dos entrevistados foi feita usando o método linear da média aritmética e análise fatorial. Desta forma, pôde-se concluir que: o crédito fundiário proporcionou elevado aumento na renda agropecuária dos beneficiários do PNCF, no período de 2006 a 2010. Todavia, esse impacto diminuiu significativamente, no período de 2006 a 2012, mormente devido à baixa pluviosidade e falta de incentivos de programas que complementem as ações do crédito fundiário, como por exemplo o PRONAF. Portanto, houve uma diminuição significativa da renda e do patrimônio dos entrevistados (beneficiários e não beneficiários), no período de 2010 a 2012, devido ao baixo desempenho da agropecuária, por consequência da seca de 2012; durante o período de carência, o impacto do PNCF na renda e no patrimônio mostrou-se negativo e insignificante estatisticamente. Somente a partir do quarto ano é que se observou impacto positivo e significante. Mas, os melhores resultados foram encontrados só a partir do sexto ano de exposição ao Programa. No que concerne à qualidade de vida, encontrou-se um Índice de Qualidade de Vida dos Beneficiários IQVB e não Beneficiários - IQVN dentro do intervalo de média qualidade de vida. Entretanto, o grupo de beneficiários apresentou resultados melhores, na maioria dos indicadores de qualidade de vida, enquanto o grupo de beneficiários mostrou resultados próximos ao limite de baixa qualidade de vida.Item Integração espacial dos estados produtores de açúcar no Brasil e o mercado internacional(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-17) Borges, Sergio Louro; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/3594151862336419; Pereira, Luciane Reis Raposo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795570J9; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Casali, Giovana Figueiredo Rossi; http://lattes.cnpq.br/4324925392049329Este estudo analisou a integração do mercado produtor de açúcar nacional e deste com o mercado internacional, estimando sua extensão, padrão e grau. Na análise, foram utilizadas séries de preços das praças de referência dos cinco estados maiores produtores de açúcar no País: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Alagoas e Pernambuco; para o mercado externo considerou-se os preços da Bolsa de Commodities de Nova Iorque (NYBOT). As séries foram relativas ao período de Março de 2003 a Setembro de 2010, tiveram periodicidade semanal e foram logaritmizadas. Como metodologia para a delimitação da extensão do mercado, utilizou-se o procedimento de Johansen, que consiste em identificar o conjunto de localidades que possuem o mesmo fluxo de informações de longo prazo. Para a análise do padrão de relacionamento entre as localidades, foi utilizado o Vetor de Correção de Erros (VEC) e, para a análise do grau dessa integração, utilizou-se os Perfis de Persistência, que possibilitaram definir o tempo necessário para que cada localidade se ajustasse a choques no equilíbrio. Os resultados da pesquisa confirmaram a hipótese de que as cinco praças nacionais selecionadas são integradas, e que estas se integram ao mercado internacional. Por meio do estudo do padrão da integração verificou-se, como esperado, que o estado de São Paulo apresentou respostas mais rápidas aos choques advindos do mercado externo, sendo assim o mais dinâmico. Também se constatou que o ajustamento de curto prazo no mercado nacional de açúcar não ocorre em grandes proporções por choques de preços nos mercados correlatos. No que se refere à análise do grau de integração do mercado, foi possível verificar que, partindo-se de um choque inicial, dentre os estados brasileiros, o estado de São Paulo teve os ajustamentos mais rápidos que os demais a partir da segunda semana. A diferença entre as duas regiões brasileiras produtoras de açúcar (Norte-Nordeste e Centro-Sul) também foi visível quando analisado o tempo de ajustamento aos choques no equilíbrio, haja vista que no período de 24 semanas o estado de Alagoas, o mais dinâmico da região Norte-Nordeste, apresentou ajustamento de apenas 80% com relação ao equilíbrio, apresentando assim, comportamento muito menos dinâmico que a região Centro-Sul, que já apresentara, no mesmo período, o restabelecimento do equilíbrio de longo prazo.Item Pegada ecológica da atividade agropecuária na Amazônia: o caso do estado do Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-17) Padrão, Glaucia de Almeida; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Homma, Alfredo Kingo Oyama; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780080D9; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/5213278146723474; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5Desde fins da década de 1960, o mundo vem passando por transformações significativas no que tange o pensamento econômico sobre a questão ambiental. No Brasil, apesar de mais de meio século de pesquisas que visam a integração entre economia e meio ambiente, tem havido aumento significativo das taxas de desmatamento nas regiões norte e nordeste do pais, desencadeado pelo processo de expansão da atividade agropecuária para estas regiões. Essa expansão resultou no desmatamento de uma área que vai do leste do Acre ao nordeste do estado do Pará, conhecida como arco do desmatamento. Apesar de a incorporação desta região ter contribuído para o aumento do produto agropecuário e para inserção de tais áreas ao sistema produtivo do país, o desmatamento acelerado decorrente desse processo trouxe consigo resultados graves, que, pela falta de políticas adequadas de proteção às áreas de florestas, podem resultar em prejuízo ambiental de largo porte. Os efeitos da atividade humana sobre o meio ambiente que tiveram início na década de 1960, tomaram notoriedade em fins da década de 1980 e início da década de 1990 com a formulação de acordos e documentos, tais como o Relatório de Brudtland e a Agenda 21, em que foram estabelecidas normas e regras a serem seguidas pelos países a fim de promover um crescimento econômico sustentável. As discussões que permeiam a mensuração dos impactos ambientais das atividades econômicas são ainda muito amplas e apontam para a necessidade de reformulação das metodologias usadas para mensuração de tais impactos. O Brasil, como portador de grande biodiversidade, se destaca estrategicamente nas discussões mundiais sobre o tema. Dentre as principais preocupações, está a expansão da atividade agropecuária na Amazônia Legal, que por ser baseada em um padrão de produção diferenciado do utilizado no centro-sul do país, – pela dificuldade de acesso, estrutura dos solos e tipo de atividade –, é precedida pela incorporação de novas terras para aumento da produção. Dentre os estados da Amazônia Legal, o Acre vem se destacando pelo acelerado crescimento da atividade agropecuária e, consequentemente, do desmatamento. Tendo em vista a expansão da atividade agropecuária no estado do Acre e os impactos dessa expansão sobre o meio ambiente, na medida em que o estado representa uma região estratégica para o país, no que tange a disponibilidade de recursos naturais, o presente estudo tratou de determinar o nível de desmatamento de cada município, ranqueando-os, bem como, estimar a quantidade de áreas bioprodutivas ainda disponíveis no estado. Para tanto, utilizou-se como metodologia de análise a Pegada Ecológica, que é um indicador amplamente conhecido na literatura, e a constituição de um Índice de Degradação (ID). Concluiu-se que a área leste do estado, que está inserida no arco do desmatamento apresenta níveis críticos de desmatamento, com cerca de 70% do território desflorestado, em função, principalmente, da conversão de floresta em áreas de cultivo e pastagens. Tal conclusão é importante, na medida em que permite a formulação de políticas para a preservação do meio ambiente, fortalecendo as áreas de proteção integral e punindo os produtores que descumprem as leis ambientais. Assim, o presente estudo constituiu um primeiro passo na quantificação econômica dos impactos ambientais causados pela atividade humana, e chama a atenção para a necessidade de desenvolvimento de metodologias mais eficazes e específicas que abordem o tema, considerando não apenas o aspecto ambiental, mas todos os aspectos considerados pela sustentabilidade, a saber, a economia, o meio ambiente e a sociedade.Item Regulação ambiental e comércio internacional: fluxos comerciais de grãos Brasil - OCDE(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Padrão, Glaucia de Almeida; Duarte, Jason de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7575373657569182; Garcia, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/5362848930704368; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/5213278146723474; Torres, Daniela Almeida Raposo; http://lattes.cnpq.br/2773152340636494; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4As últimas três décadas do século XX foram marcadas pela crescente preocupação com a relação entre o crescimento econômico e o meio ambiente; preocupação esta que foi gerada pelos conservacionistas influenciados pelas idéias malthusianas de escassez dos recursos, mostrando a necessidade de repensar os padrões de produção e consumo. Novos instrumentos de política pública passaram a ser incorporados na década de 1980, com o objetivo principal de reduzir o trade-off entre o crescimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Quando se tem em mente as relações comerciais entre países, o debate tem gerado crescente interesse nos fóruns de discussão, mas é também marcado por controvérsias. Por um lado estão os defensores do livre comércio, que acreditam que um comércio internacional sem barreiras é promotor de crescimento, geração de renda, redução das desigualdades, e consequentemente, da preservação ambiental. Por outro lado, osambientalistas defendem que a liberalização comercial faria com que os países desenvolvidos se beneficiassem em detrimento dos países menos desenvolvidos, além de estimular práticas produtivas promotoras da destruição do meio ambiente. Dessas discussões emergiram duas abordagens principais que têm sido utilizadas em importantes estudos empíricos sobre o tema: a hipótese de Pollution Haven, que argumenta que as diferenças de padrões ambientais existentes entre os países, levam a uma realocação das indústrias poluentes dos países com regulação ambiental rígida para os países com regulação menos rígida (em geral países em desenvolvimento); e a hipótese de Porter e van der Linde (1995), pela qual a restrição ambiental não reduz a competitividade da indústria em um país; podendo aumentar a competitividade da mesma se a política ambiental for bem definida. É sabido que, historicamente, sempre houve diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, no que tange a formulação de políticas ambientais, marcadas por uma política mais restritiva nos primeiros em comparação com os segundos. Este estudo foi conduzido de maneira a testar empiricamente a hipótese de Pollution Haven para o comércio de grãos brasileiros com destino aos países da OCDE, utilizando como proxy para a restritividade da regulação ambiental os índices de performance ambiental - EPI, e tendo como modelo para testar a equação empírica o modelo gravitacional. Analisando os índices de desempenho ambiental para o Brasil e para os países da OCDE, observou- se grande discrepância entre os países no que tange à formulação de políticas ambientais, haja vista que a regulação ambiental interna é determinada pelos interesses políticos, econômicos e sociais de cada país. No que tange o Brasil, este se encontra classificado abaixo de países desenvolvidos da OCDE na maior parte dos índices, indicando que a regulação ambiental brasileira é menos restritiva em relação aos principais países da OCDE. Isto pode resultar em um entrave às práticas produtivas sustentáveis, uma vez que o interesse global e o bem estar coletivo são postos de lado, em prol do crescimento econômico desordenado e práticas produtivas mais baratas. Os resultados do modelo gravitacional mostraram que a regulação ambiental mais restritiva xvpraticada pelos países da OCDE tendem a intensificar as exportações brasileiras dos grãos considerados neste estudo, nas diferentes categorias de política ambiental, o que indica a comprovação da hipótese de Pollution Haven. Concluiu-se, portanto, que a fiscalização ineficiente das normas ambientais e um abrandamento da regulação ambiental, podem ser explicações para os resultados obtidos. Este resultado torna-se ainda mais grave quando o Brasil tem sua regulação ambiental comparada com países desenvolvidos, indicando que o país tem caminhado na contramão das propostas mundiais de melhoria da qualidade e proteção do meio ambiente, apesar dos progressos feitos com os inúmeros acordos internacionais assinados pelo Brasil. Assim, este estudo constitui um avanço no que tange a análise dos efeitos causados pela regulação ambiental nos fluxos de comércio entre o Brasil e os países pertencentes a OCDE, e chama a atenção para o desenvolvimento e utilização de metodologias mais específicas que abordem o tema, considerando não apenas o aspecto ambiental, mas todos os aspectos considerados pela sustentabilidade, a saber, a economia, o meio ambiente e a sociedade.Item Regulação e eficiência dos modelos de concessões de rodovias no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-30) Profeta, Graciela Aparecida; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/8771374825470483; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Santos, Vladimir Faria dos; http://lattes.cnpq.br/5215950216933713; Nascimento, Ana Carolina Campana; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519Acredita-se que as concessões de rodovias no Brasil melhoraram as condições físicas das vias e aumentaram a segurança dos usuários. Contudo, isto afetou a competitividade dos produtos nacionais frente ao mercado externo, dado que comparativamente às concessões em outros países, as brasileiras apresentam elevados custos com pedágio, em decorrência do crescimento das tarifas que muitas vezes ocorre acima da inflação observada no período. Isto, é, muitas vezes, atribuído ao fato de ser custoso para o Poder Concedente e órgãos reguladores obterem informação completa sobre os dados financeiros e operacionais das concessionárias, permitindo que as mesmas tenham oportunidade de aumentar as tarifas acima do necessário, alegando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. Essas evidências sugerem que o Estado não tem conseguido desenvolver mecanismos capazes de ofertar rodovias em condições adequadas e ao mesmo tempo garantir uma tarifa menos onerosa. Nesse contexto, indaga-se: os modelos de concessões de rodovias no Brasil têm sido mecanismos que garantem a eficiência na oferta do serviço? Para tanto, verificou-se o papel das agências reguladoras, analisou-se os diferentes modelos de concessões e aferiu os níveis de eficiência considerando um ambiente de incerteza. As discussões se sustentaram na teoria da regulação econômica. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se estudo documental para averiguar o papel das agências e examinar características dos diferentes modelos de concessões e aplicou-se o a análise envoltória de dados em dois estágios com o uso da regressão tobit bootstrap de modo a inserir na análise os fatores não discricionários, mas que afetam os níveis de eficiência. Em relação às agências reguladoras, verificou-se que os conselhos diretores, órgãos máximos da agência, são compostos por membros nomeados pelos Governos sem preocupações com a capacidade técnica. Logo, passíveis de ação oportunista de grupos de interesse. No que tange à independência financeira, o que se notou foi que, em alguns casos, o orçamento das agências dependiam, em parte, do percentual de receitas das concessionárias afetando a independência decisória. Quanto aos modelos de concessões, observaram-se diferentes regras em relação à definição do vencedor da licitação, que variam desde as que garantiam a menor tarifa, o maior valor de outorga, ou ainda uma mescla desses dois critérios. Tais diferenças, implicam nos retornos dos negócios, nos valores das tarifas e nos padrões de qualidade, e na eficiência do setor. Quanto à análise empírica, o que se pôde inferir foi que não há evidência de um modelo dominante de concessões de rodovias no Brasil. Todavia, pode-se afirmar que os modelos federal, gaúcho e paulista foram os de melhor desempenho e o modelo paranaense o pior, e isto pode estar associado ao fato de que os dois primeiros tiveram a implantação das agências reguladoras no inicio do período de concessão, e para o Paraná isso só correu em 2012. Além disso, notou-se que a presença da agência foi importante para explicar a eficiência. Portanto, com base nisso, confirma-se a hipótese de que os melhores modelos são aqueles que apresentaram estrutura regulatória associada. Como fator limitante à pesquisa, aponta-se a dificuldade na obtenção de dados que permitissem inserir questões de assimetria de informação no modelo empírico. Neste sentido, como sugestão para futuras pesquisas acredita-se que a inserção de variáveis que contemplem questões de qualidade, assimetria de informação, características específicas das agências e dos modelos possam enriquecer o estudo.Item A segurança do alimento e o comércio internacional de pescados: em comparação Brasil-Chile(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Barbosa Junior, Djalma Adão; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/9598845000761666; Stringheta, Paulo César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781394D8; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158A ligação entre alimentação e saúde faz inerente a interlocução entre as políticas comercial e de segurança do alimento (SA). Enquanto muitos estudos têm abordado como as medidas sanitárias, ou medidas não-tarifárias, de países desenvolvidos afetam as exportações de alimentos advindas de países em desenvolvimento, poucos têm investigado o inverso, isto é, como medidas sanitárias adotadas por países em desenvolvimento impactam suas exportações, ou como se processa a ligação entre política de SA e de comércio internacional nestes países. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a relação entre SA e comércio internacional de pescados de Brasil e Chile entre o período 1995 - 2009. Para tanto, utilizou-se de pesquisas descritiva com dados secundários e análise econométrica. Na análise estatística foi utilizado o modelo gravitacional de comércio. Com a pesquisa descritiva percebeu-se que Brasil e Chile são distintos em termos de relação SA e comércio internacional. Enquanto o Brasil optou por proporcionar inicialmente um alimento seguro para exportação, o Chile deu prioridade inicial ao mercado interno. Observou-se também que ambos países ainda encontravam dificuldade para exportar pescados totalmente seguros par os Estados Unidos da América, entretanto, no Brasil o problema é muito mais intenso. Apesar da análise econométrica mostrar que as exigências brasileiras relacionadas à SA tiveram um efeito positivo sobre suas exportações, fazendo com que o país exportasse quase 500 vezes mais pescados para países desenvolvidos relativamente a países em desenvolvimento, este efeito não foi mantido se comparado com o Chile, com o Brasil exportando cerca de 19 vezes menos pescados com países desenvolvidos, devido à sua exigência de SA. Dessa forma, pode-se afirmar que a estratégia brasileira de produção de um alimento seguro para exportação, no caso os pescados, não foi eficaz, ao menos em parte. Ainda, os resultados parecem indicar que a melhor forma de exportar um alimento seguro é priorizar a qualidade sanitária dos alimentos distribuídos internamente, sendo os alimentos exportados seguros uma consequência.