Economia Aplicada
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Item Alternativas de financiamento para o Regime Geral de Previdência Social e suas implicações na economia brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Tosta, Marielce de Cássia Ribeiro; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766938D7; Almeida, Eduardo Simões de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797699P4; Ponciano, Niraldo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791992U4; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8Desde a Constituição de 1988, o déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) vem aumentando consecutivamente, tornando-se alvo de intensa discussão na agenda dos debates do Brasil. A necessidade de mudanças no RGPS tornou-se consenso no País, para que se alcance o equilíbrio das contas públicas e, por conseguinte, o desenvolvimento da economia. Assim, buscou-se, neste trabalho, conhecer as características relacionadas ao financiamento do RGPS e suas implicações na economia brasileira. Para isso, foram utilizadas as teorias do desenvolvimento econômicas e a de finanças públicas. No modelo analítico, utilizaram-se o índice de Rasmussen- Hirschman, para determinação de setores-chave; os multiplicadores setoriais de produto, emprego, renda e impostos para a economia brasileira em 1996; o modelo de equilíbrio geral computável; e o modelo de simulação demográfico-atuarial para o Sistema Previdenciário Brasileiro (MAPS). Da análise dos resultados encontrados, em primeiro lugar, pode-se ressaltar que a Indústria de transformação foi considerada setor-chave para a economia nacional. Isso significa que esse setor é o de maior envergadura em gerar desenvolvimento para o País, dada a sua capacidade de induzir os demais setores ao processo de transformação estrutural. Deve-se ressaltar também que o multiplicador de produto calculado determinou que se poderia aumentar a capacidade de arrecadação por meio de políticas voltadas à produção dos setores das Indústrias de transformação, Indústrias extrativas e Instituições financeiras, uma vez que esses setores apresentaram melhores resultados do multiplicador de produto; quanto aos demais setores, esse aumento na arrecadação poderia vir dos seus próprios rendimentos, uma vez que estes apresentaram melhores resultados no tocante aos multiplicadores de emprego e renda. Já na análise do modelo de equilíbrio geral, foram considerados seis cenários distintos. De todos os cenários analisados, apenas dois puderam ser considerados como alternativas ao financiamento do RGPS: o cenário 1, que considera nula a alíquota de contribuição do RGPS sem nenhuma contrapartida; e o cenário 6, que utiliza alíquota de 14% sobre o valor adicionado dos setores para financiar o Regime. Em ambos os cenários houve melhora nos níveis de poupança interna e do governo, nos salários, nos rendimentos dos autônomos e não-autônomos (rendimento do capital), do investimento e do consumo das famílias. Foram observados ainda aumento do nível de produção e redução dos níveis de preços no cenário 1 e uma variação positiva e muito pequena dos preços no cenário 6. Todos esses indicadores são corroborados pela análise de bem-estar, que indicou variação positiva da renda para as famílias. No entanto, existem várias incertezas quanto à forma de financiamento proposta no cenário 1. Por esse motivo, a melhor alternativa para minimizar o déficit do RGPS no Brasil seria o sexto cenário. Por fim, da análise do MAPS, ressaltou-se a relevância das despesas da Previdência Rural no custeio do Regime como um todo, sendo estas advindas principalmente das aposentadorias por idade e que elevariam os custos do RGPS até 2030. Esses resultados obtidos no presente trabalho são de suma importância para destacar os efeitos tanto dos setores econômicos quanto das alterações dos impostos no financiamento da Previdência na economia do País, bem como mostrar a relevância da Previdência Rural para o déficit do Regime.Item Comércio internacional e crescimento econômico: uma análise considerando os setores e assimetria de crescimento dos estados brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-12) Silva, Fernanda Aparecida; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/1284751711840665; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158O crescimento econômico é determinado por diversos fatores, tais como progresso tecnológico, crescimento populacional, capital físico e capital humano. Além dessas fontes, podem-se destacar ainda aquelas relacionadas às instituições, corrupção e o comércio internacional. Diante da intensificação do processo de globalização no final da década de 1980 acentuou-se o debate em torno de como o comércio internacional afeta o crescimento econômico. Embora alguns estudos empíricos não concordem que o comércio internacional sempre desempenha efeito positivo sobre o crescimento econômico, como destacado por Bleaney (1997), no caso do Brasil, foi possível verificar que paralelamente ao crescimento das exportações houve um incremento do PIB em todos os estados no período de 1995 a 2011. Considerando essa relação, e a heterogeneidade existente entre as unidades de federação, faz-se relevante analisar os efeitos dos diferentes fatores, com destaque para o comércio internacional, sobre o desempenho econômico brasileiro. Os trabalhos existentes na literatura focam na análise da relação entre comércio mundial e crescimento econômico como um todo. No entanto, a análise dos efeitos do comércio internacional, considerando as exportações e importações por fator agregado e a assimetria no padrão de crescimento dos estados brasileiros ainda foram pouco explorados. Neste contexto, a presente pesquisa objetivou analisar a relação entre comércio internacional dos produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados e crescimento econômico dos estados, no período de 1995 a 2011. Especificamente, buscou-se: i) Analisar o comportamento do padrão de comércio internacional dos estados da federação brasileira; ii) Avaliar o crescimento econômico dos estados brasileiros; iii) Identificar o efeito de diferentes fatores sobre o crescimento econômico das unidades de federação; iv) Analisar como o comércio internacional afetado por medidas não tarifárias impacta o desempenho econômico dos estados; v) Verificar os efeitos do comércio externo sobre o crescimento econômico dos estados, considerando diferentes faixas de crescimento. O embasamento teórico fundamentou-se nas teorias do crescimento econômico e teorias do comércio internacional. Para a operacionalização analítica foram utilizados dados estaduais em painel dinâmico. Na determinação dos parâmetros de interesse utilizou-se o estimador de Arellano e Bond e também a técnica de regressão quantílica. As variáveis utilizadas no modelo foram: comércio internacional, investimento, infraestrutura, educação, dummycrise, população, gasto do governo e parcela do comércio internacional afetado por MNTs. De maneira geral, os coeficientes estimados mostraram-se coerentes e significativos. Com base nos resultados encontrados para o modelo de painel dinâmico, verificou-se que a variável população foi, com exceção, a que não apresentou significância estatística. Além v disso, em relação à variável foco da pesquisa, o comércio internacional, verificou-se que o comércio de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados apresentou relação positiva e estatisticamente significativa com o crescimento econômico dos estados. Ademais, destaca-se que o comércio de produtos semimanufaturados afetado por acordos SPS e TBT exerceu efeito negativo sobre o crescimento econômico dos estados. Já para os produtos básicos e manufaturados, o comércio, quando afetado por MNTs não influenciou o PIB. Ao se levar em conta a assimetria no crescimento econômico das unidades de federação os resultados encontrados indicam que ocorreu mudança no sinal e, ou, na significância estatística, em determinados quantis se comparados ao modelo de painel dinâmico, para variáveis representativas do comércio internacional de produtos manufaturados, população e gastos do governo. É possível concluir que o comércio internacional desempenha papel relevante na determinação da renda dos estados brasileiros, uma vez que a abertura comercial pode levar a uma maior demanda por mão de obra, insumos e serviços relacionados aos setores exportadores e importadores, o que consequentemente acarreta maior crescimento econômico. Conclui-se, também, que há necessidade de expandir tanto o comércio internacional dos estados, quanto de adotar políticas públicas complementares capazes de fomentar o crescimento econômico. Estas políticas devem buscar melhorias principalmente da produtividade e da qualidade do capital humano, que são capazes de estimular o surgimento de novas tecnologias bem como facilitar a absorção de tecnologias já existentes, tornando assim os estados mais competitivos no mercado mundial.Item Condicionantes do desempenho exportador de micro, pequenas e médias empresas da região Sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-17) Carvalho, Heloisa Rosa; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/1292126871084935; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Calegário, Cristina Lelis Leal; http://lattes.cnpq.br/9819358745096431; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4O desafio macroeconômico de ampliação da base exportadora brasileira requer maior participação das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Essas firmas têm sido crescentemente reconhecidas devido ao seu papel de representar a grande maioria das empresas do país e as principais na geração de emprego e renda. Entretanto, são muitas as dificuldades enfrentadas pelas empresas de menor porte para ingressar e, principalmente, manter-se no mercado externo. Assim, buscou-se, neste estudo, identificar os fatores condicionantes da competitividade das MPMEs da região sul do estado de Minas Gerais que permitem que essas firmas participem continuamente do processo de exportação (medida de desempenho). Utilizando a perspectiva teórica da Visão da Firma Baseada em Recursos (VBR), fatores ligados às características individuais das firmas foram analisados e exploraram-se três explicações potenciais para as diferenças entre os dois tipos de empresas (contínuas e descontínuas): a adoção de inovações tecnológicas, a utilização de programas públicos e a participação em redes de empresas. Para testar as diferenças significativas entre os tipos de empresas exportadoras (contínuas/descontínuas) com relação à intensidade de ações internas, um modelo logit ordenado foi utilizado. Identificados os fatores discriminantes entre as duas amostras, um modelo logit binário foi então definido para pesquisar os determinantes do desempenho exportador. Com base na hipótese estabelecida, na revisão de literatura e nos resultados da pesquisa, foi estabelecido um critério de medição representado por um indicador capaz de quantificar o processo de exportação e classificar as empresas com relação à performance exportadora. Os resultados mostraram que os fatores externos à empresa (taxa de câmbio, barreiras comerciais, taxa de juros e diferenças culturais percebidos pelos administradores) são considerados muito importantes, independentemente de serem empresas exportadoras contínuas ou descontínuas. Algumas características das firmas, como tamanho, experiência em mercado internacional e número de países para os quais a empresa exporta, discriminam as duas sub amostras, levando à conclusão de que as empresas contínuas são maiores, têm mais experiência no mercado externo e diversificam mais seus mercados. Ainda, essas características têm impacto direto na permanência na atividade exportadora (medida de desempenho). Quanto à adoção de inovações tecnológicas, os resultados revelaram que as empresas contínuas são mais intensivas ao inovarem em produto, em processo e organizacionalmente, como, por exemplo, na criação de produtos novos para o mercado, na promoção do aperfeiçoamento tecnológico, na alteração de processos tecnológicos, na aquisição de novas máquinas, no controle de qualidade, além de adoção de técnicas avançadas de gestão e mudanças organizacionais, mercadológicas e de recursos humanos. Entretanto, entre todos os itens que foram discriminantes das empresas exportadoras contínuas e descontínuas quanto à capacidade tecnológica, somente dois explicam positivamente e significativamente as diferenças na permanência das empresas no mercado exportador: inovação de processo por processos tecnológicos novos para o setor de atuação e inovação organizacional por mudanças significativas nos conceitos e ou práticas de comercialização. Quanto à utilização de programas públicos, as empresas contínuas utilizam com mais intensidade dois instrumentos financeiros: o Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento de Cambiais Entregues (ACE) e, embora esses programas evitem custos para as empresas, não se mostraram significativos para a permanência no status de exportadora contínua. A participação em redes de empresas não se mostrou determinante do desempenho exportador, embora possua alguns itens que discriminem as empresas amostradas, ligados, principalmente, à cooperação com clientes, fornecedores, universidades e instituições de certificação. Por fim, aproximadamente 49% das empresas foram classificadas como de baixa performance exportadora, das quais mais da metade é descontínua, sugerindo que a maior utilização desses recursos poderia levá-las a obter vantagem competitiva no mercado internacional e permanência na atividade exportadora.Item Efeitos da abertura comercial e da liquidez externa sobre o crescimento do setor agropecuário brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-19) Silva, Márcia Aparecida de Paiva; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4744796Y5; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2O processo de abertura externa brasileira, visto sob a ótica de abertura comercial e liberalização financeira, tem provocado profundas mudanças no cenário político e econômico mundial. Nos países da América Latina, esse processo teve início na década de 1990 e foi implementado com vistas a obter estabilidade macroeconômica. No Brasil, a partir da abertura externa, o setor agropecuário, que sempre teve papel de relevância na economia, destacou-se pela obtenção de superávits na balança comercial e contribuição para a geração de divisas, variáveis essas capazes de promover o aumento da liquidez externa brasileira. Dada a importância do setor agropecuário para o ajuste externo da economia brasileira, o presente estudo teve por principal objetivo analisar as relações da abertura comercial e da liquidez externa com o crescimento do setor agropecuário, no período de 1990 ao primeiro trimestre de 2008. Especificamente, objetivou-se verificar os determinantes externos do setor agropecuário, bem como os efeitos do indicador de abertura comercial e dos indicadores de liquidez externa sobre o crescimento do setor agropecuário. O trabalho foi fundamentado pela teoria da Contabilidade Nacional/Balanço de Pagamentos, que apresenta as relações existentes entre abertura comercial, liquidez externa e crescimento. Analiticamente, utilizou-se o teste de causalidade de Granger/Block Exogeneity Tests e o modelo Auto-Regressivo Vetorial (VAR) Estrutural. Foram utilizados o indicador de abertura comercial, referente à soma das importações e exportações agropecuárias sobre o PIB agropecuário, e os indicadores de liquidez, referentes à razão entre as reservas internacionais e as importações agropecuárias, a dívida externa e as exportações agropecuárias, as reservas internacionais e a dívida externa e à razão entre a dívida externa e o PIB agropecuário. Os resultados mostraram que os indicadores de abertura comercial e liquidez externa são significativos determinantes externos do crescimento do setor agropecuário. No geral, entre 1990 e 2008, o indicador de abertura comercial apresentou efeito positivo sobre o crescimento do setor, impulsionado pelo crescimento das exportações agropecuárias, que ocorreu de modo acentuado no período de 2000 a 2007. O aumento das exportações agropecuárias contribuiu para o aumento das reservas internacionais, a redução do risco da dívida externa e a melhoria da condição de liquidez externa brasileira; esses efeitos, combinados, possibilitaram o efeito positivo da liquidez externa brasileira sobre o crescimento do setor agropecuário. Entretanto, em alguns casos, a alocação do influxo de capital para o acúmulo de reservas, em contraposição à alocação de recursos para o crescimento real da economia, pode ter feito com que o aumento da liquidez apresentasse efeito negativo sobre o crescimento do setor agropecuário. Em alguns outros casos, observa-se que o aumento da dívida externa tem impacto positivo sobre o crescimento do setor. Isso ocorre em razão de o aumento do endividamento possivelmente ser proveniente de empréstimos destinados ao investimento na produção agropecuária, o que apresenta efeito positivo sobre o crescimento do setor agropecuário. Conclui-se que os efeitos verificados podem ser fortemente influenciados por políticas macroeconômicas e de infra-estrutura produtiva. Assim, muitas das relações adversas ao pressuposto de análise podem ter sido decorrentes da realidade política e econômica nacional, que apresentou comportamento fortemente diferenciado entre a década de 1990 e os anos de 2000 a 2008. A década de 1990 foi marcada pela implantação do Plano Real, que, balizada por políticas de estabilização macroeconômica, conduziu à apreciação da taxa de câmbio e ao aumento da taxa de juros e, conseqüentemente, resultou em crescimento das importações comparativamente às exportações, redução do saldo da balança comercial agropecuária e aumento da dívida externa e das reservas internacionais. De modo alternativo, entre 2000 e 2008 foi observado cenário favorável ao equilíbrio das contas externas, caracterizado, principalmente, pela flexibilização da taxa de câmbio e conseqüente obtenção de superávits crescentes na balança comercial agropecuária. Por fim, a estrutura produtiva determina a alocação de recursos, principalmente no que tange ao influxo de capitais, e pode ter influência no efeito da liquidez externa sobre o crescimento do setor agropecuário.Item Efeitos dos custos de transporte e das barreiras comerciais no comercio internacional de café verde(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-20) Almeida, Fernanda Maria de; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Campos, Beatriz Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706069P6; Leite, Carlos Antonio Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783899A4; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0O café, por ser um produto amplamente demandado em todo o mundo, possui grande destaque no comércio internacional. Todavia, assim como em outros produtos agrícolas, os produtores de café estão sujeitos a elevados gastos relacionados com o transporte do grão e com as barreiras comerciais, fatores estes que restringem as suas exportações. Assim, o objetivo principal deste estudo foi avaliar os efeitos que os custos de transporte e as barreiras comerciais têm sobre o comércio internacional de café verde do Brasil e dos principais países exportadores. O referencial teórico utilizado baseou-se em teorias do comércio internacional que explicam os custos de transporte e as barreiras comerciais, no modelo de Heckscher-Ohlin (HO) e nos de retornos crescentes à escala e vantagens comparativas. As ferramentas utilizadas como referencial analítico serviram-se de funções de custos de transporte e da abordagem de modelos de gravidade. Os resultados corroboraram as expectativas de que as variáveis geográficas distância e ausência de litoral afetam, de maneira positiva, os custos de transporte do café verde. Por meio de uma análise descritiva das políticas comerciais, tarifas e notificações TBT e SPS que incidiram sobre o comércio internacional de café verde, foi possível verificar que essas variáveis ainda se fazem presentes de forma considerável em tal comércio, apesar de número significativo de importadores não as adotarem. Conforme o esperado, observaram-se que tanto as tarifas ad valorem quanto às notificações possuíam relação inversa com as exportações brasileiras e mundiais do café. Foram, ainda, mensurados os equivalentes tarifários das notificações TBT e SPS que houve no período entre 2000 e 2006. As estimativas encontradas apontaram que, caso as referidas notificações pudessem ser quantificadas como tarifas ao comércio, suas taxas ad valorem seriam correspondentes a 25,06% e 25,11%, respectivamente, para cada um dos modelos que avaliaram as exportações brasileiras e, a 1,05% e 1,76% para as exportações conjuntas dos cinco principais países exportadores de café (Brasil, Colômbia, Vietnã, Guatemala e Indonésia). Com base nesses resultados e naqueles relativos aos custos de transporte, pode-se concluir que tais fatores atingiram consideravelmente o comércio internacional de café verde e se configuraram como barreiras a esse comércio internacional. Quanto às notificações aos Acordos TBT e SPS aplicados sobre as exportações do produto em análise, observaram-se que estas também se caracterizaram como barreiras comerciais, apesar de que poderiam ter contribuído para a expansão do comércio, já que permitem a padronização do produto de acordo com normas técnicas e sanitárias adequadas e necessárias. Enfim, os resultados encontrados neste estudo permitem avaliações quantitativas e melhor compreensão dos efeitos que os custos de transporte e as barreiras comerciais possuem sobre o comércio internacional de café verde. Por consequência, colaboram para o direcionamento de ações que visam minimizar as perdas decorrentes desses fatores no comércio exterior do setor cafeeiro.Item Estrutura e dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais, 1990 a 2006(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-01) Oliveira, Alessandro de Assis Santos; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5; Gomes, Sebastião Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306J6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779640J7; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do Estado tipicamente produtoras, a saber: o Sudoeste e o Cerrado. Nesse sentido, foram observadas as principais mudanças da produção de café entre 1990 e 2006, por meio da identificação das suas principais fontes de crescimento. O referencial teórico utilizado foi desenvolvido com base nas teorias referentes à modernização da agricultura e no modelo de inovação induzida. O modelo analítico utilizado, denominado Shift-Share, ou diferencial-estrutural, permite decompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográfica e composição, a fim de encontrar os fatores que seriam os responsáveis pelo crescimento (ou queda) da produção. De acordo com os resultados, o cultivo de novas áreas e a substituição de outras culturas pelo café, em áreas já utilizadas pela agricultura, foram os principais fatores que influenciaram o crescimento da cafeicultura em Minas Gerais entre 1990 e 2006. No Cerrado de Minas, os resultados indicam crescimento da produção em função do acréscimo da área colhida e do aumento da produtividade, compensando os efeitos negativos decorrentes do efeito localização. Já no Sudoeste, o aumento da produção de café tem como responsáveis os efeitos área e composição, ou seja, houve expansão da área cultivada e mudança na composição das culturas da região favoráveis à cafeicultura. Constatou-se também que existem diferenças no desempenho da cafeicultura entre as regiões estudadas em alguns subperíodos e que o Cerrado de Minas apresentou bom desempenho da produção mesmo quando o preço do café estava em baixa. A explicação para esses fatos pode estar ligada à presença do CACCER, importante elemento indutor do desenvolvimento da cafeicultura na região, e à ausência de um programa específico para o desenvolvimento da cafeicultura no Sudoeste de Minas. Desse modo, pode-se salientar que a criação de programas e políticas de desenvolvimento da agricultura, direcionados para as regiões produtoras, aparecem como importante alternativa de sustentação para elas; entretanto, tais políticas e programas devem considerar as características de cada região, de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades e particularidades. Finalmente, o conhecimento da dinâmica regional, a partir dessa metodologia e desses resultados, é ampliado e serve como valioso subsídio para o aperfeiçoamento das políticas voltadas para o desenvolvimento das regiões produtoras de café em Minas Gerais.Item Fluxos passados e potencial de comércio internacional do Brasil por setores, 2000 a 2011(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-17) Oliveira, Elizama do Nascimento; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/1123595474150599; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158O crescimento e o desenvolvimento econômico de um país estão diretamente ligados ao comércio internacional, que proporciona a ampliação de uma gama de produtos para consumo, assim como ganhos de eficiência, economias de escala, aumento da competição e consequente redução de preços. Os fatores associados às relações econômicas deste comércio auxiliam no entendimento e na ampliação dos fluxos comerciais e, consequentemente, na criação de novos consumidores. Diversos fatores influenciam o comércio entre países, como o nível de produtividade de cada país exportador, as vantagens comparativas existentes na produção, a proporção empregada dos fatores de produção, a presença de economias de escalas, a ausência ou existência de barreiras comerciais e os fluxos passados de comércio, que, por sua vez, influenciam positivamente o comércio presente, que é um processo dinâmico. Esses fatores são relevantes na determinação do comércio internacional e importantes na definição do potencial de comércio existente entre as nações. O potencial de comércio permite observar o nível de integração dos mercados, a existência de comércio inexplorado e a possibilidade de adoção de políticas comerciais para expansão do comércio. Neste sentido, objetivou-se analisar as variáveis determinantes do comércio internacional brasileiro e identificar o potencial de comércio existente nas transações efetuadas nos três setores em análise - básicos, manufaturados e semimanufaturados - no período de 2000 a 2011. Especificamente, buscou-se: a) avaliar os efeitos dominantes dos fatores que afetam o comércio unilateral entre o Brasil e seus principais parceiros, notadamente os fluxos passados, por setor; e b) identificar, por meio do índice do potencial de comércio, para quais setores e países é possível o Brasil ampliar suas relações comerciais. O modelo teórico usado foi a teoria de comércio internacional e do modelo gravitacional. Para atingir os objetivos propostos na pesquisa, foi estimado um modelo a partir do modelo gravitacional com técnica de dados em painel dinâmico e, em seguida, calculados os índices de potencial de comércio para os setores em estudo e para os pares de países da amostra. As variáveis inclusas neste modelo de análise foram: fluxos de exportações do ano anterior, PIB do país importador, PIB do Brasil, taxa de câmbio do país importador, taxa de câmbio do Brasil, dummy para crise, tarifa ad valorem e distância. Os resultados dos coeficientes encontrados para os setores de produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados indicam que a renda brasileira e a renda do país importador são fortes determinantes das exportações de produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados. Mostram ainda que as exportações passadas confirmam a hipótese de que o comércio internacional segue um processo dinâmico e que as defasagens das exportações dos três setores influenciam positivamente as exportações presentes. Os resultados encontrados para o potencial de comércio indicam que o Brasil obtém sucesso na parceria comercial para o setor de produtos básicos, enquanto, em geral, para os setores de produtos semimanufaturados e manufaturados, existe um potencial de comércio a ser explorado pela maior parte dos países da amostra, indicando uma necessidade de maior integração comercial. Conclui-se pela necessidade de políticas comerciais específicas para os setores de produtos manufaturados e semimanufaturados, de forma que essas políticas incentivem a criação de novas tecnologias na produção e inovação, assim como contribuam para redução dos tributos, estimulando o crescimento e a competitividade no setor industrial. Ademais, é necessária uma política fiscal que contribua para a redução da taxa de juros, de forma a incentivar investimentos na produção e ganhos de produtividade e competitividade. os objetivos propostos na pesquisa, foi estimado um modelo a partir do modelo gravitacional com técnica de dados em painel dinâmico e, em seguida, calculados os índices de potencial de comércio para os setores em estudo e para os pares de países da amostra. As variáveis inclusas neste modelo de análise foram: fluxos de exportações do ano anterior, PIB do país importador, PIB do Brasil, taxa de câmbio do país importador, taxa de câmbio do Brasil, dummy para crise, tarifa ad valorem e distância. Os resultados dos coeficientes encontrados para os setores de produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados indicam que a renda brasileira e a renda do país importador são fortes determinantes das exportações de produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados. Mostram ainda que as exportações passadas confirmam a hipótese de que o comércio internacional segue um processo dinâmico e que as defasagens das exportações dos três setores influenciam positivamente as exportações presentes. Os resultados encontrados para o potencial de comércio indicam que o Brasil obtém sucesso na parceria comercial para o setor de produtos básicos, enquanto, em geral, para os setores de produtos semimanufaturados e manufaturados, existe um potencial de comércio a ser explorado pela maior parte dos países da amostra, indicando uma necessidade de maior integração comercial. Conclui-se pela necessidade de políticas comerciais específicas para os setores de produtos manufaturados e semimanufaturados, de forma que essas políticas incentivem a criação de novas tecnologias na produção e inovação, assim como contribuam para redução dos tributos, estimulando o crescimento e a competitividade no setor industrial. Ademais, é necessária uma política fiscal que contribua para a redução da taxa de juros, de forma a incentivar investimentos na produção e ganhos de produtividade e competitividade.Item Gasto público social dos estados brasileiros: um estudo sob a ótica da eficiência técnica(Universidade Federal de Viçosa, 2011-12-13) Quintela, Mirelle Cristina de Abreu; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/3681376390177012; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Ferreira Junior, Silvio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706305A2; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Os estudos sobre a eficiência do setor público e principalmente a identificação de seus determinantes têm ganhado espaço nas pesquisas em todo o mundo. É notório, a partir dos anos de 1980, um consenso entre os estudiosos que um Bom Estado Democrático deve ser eficiente no desempenho de suas funções, sejam elas provedoras e, ou, reguladoras. Um setor público eficiente, além de não onerar a sociedade acima da medida necessária para o exercício de suas funções, tem grande importância na promoção do desenvolvimento e crescimento de uma sociedade. O Estado, ao exercer suas funções por meio de seus governos ou instituições, está sujeito à interferência por parte dos atores sociais (grupos de interesse, rent-seeking, free rider) e pelas condicionantes ambientais, características regionais, políticas, sócio-econômicas e demográficas. Nesse contexto, a forma como as instituições são constituídas também influi no exercício eficiente das funções do Estado. A partir dessa idéia, objetivou-se avaliar o desempenho e a eficiência do gasto público social dos estados, nas áreas Educação e Cultura, Saúde e Saneamento, Habitação e Urbanismo e Segurança Pública. A análise se dá em nível agregado dos gastos por função orçamentária, para os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, colocando em cena a disparidade regional existente no território brasileiro, no período de 1995 a 2009. O referencial teórico utilizado neste trabalho baseou-se na análise de eficiência de políticaspúblicas, por analogia à teoria de produção das firmas. Para a operacionalização analítica da proposta são construídos Indicadores Agregados de Desempenho do Setor Público (DSP) com o intuito de captar os resultados produzidos pelos governos estaduais em cada uma das áreas analisadas. Para a estimação dos parâmetros de determinação do desempenho agregado do setor público e das eficiências dos estados, lança-se mão da técnica de estimação paramétrica de fronteira de produção estocástica (Stochastic Frontier Approach SFA). A SFA permite a detecção da ineficiência técnica, livre dos efeitos aleatórios, ou seja, livre de fatores que não são de responsabilidade do indivíduo analisado, tais como erros de medição e variáveis omitidas. Para identificar a influência das condicionantes ambientais sobre a eficiência dos estados, em diferentes níveis de eficiência, utiliza-se ainda a técnica de regressões quantílicas. Pelos resultados, de modo geral, foi possível identificar melhora no desempenho agregado dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em detrimento de variações negativas no desempenho dos estados das Regiões Sul e Sudeste, no período. Detectou-se também redução das desigualdades regionais, no que se refere aos resultados produzidos pelos estados na oferta dos bens e serviços incluídos no DSP, em todas as áreas analisadas. Ademais, confirmando a hipótese inicial, constatou-se que as condicionantes ambientais, especificidades regionais, têm poder de determinação significativo sobre a eficiência observada nos estados quando da execução dos recursos públicos, nas áreas analisadas. Constatou-se ainda que esse poder de determinação varia, dependendo do nível de eficiência do estado. Neste caso, quanto maior o nível de eficiência menor a influência das especificidades regionais sobre o nível de eficiência dos estados.Item Identificação e efeitos das barreiras não-tarifárias às exportações brasileiras de carne de frango(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-09) Alves, Marcelo de Castro; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4269057A7; Campos, Beatriz Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706069P6; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6O setor brasileiro de carne de frango passa por um processo de crescimento e modernização, principalmente no que se refere à ampliação das exportações. No entanto, as políticas comerciais impostas ao comércio vêm interferindo nesse cenário promissor. As restrições impostas ao comércio internacional diminuem o avanço das exportações e o acesso a novos mercados, além de implicar redução da competitividade e lucratividade das cadeias produtivas agroindustriais, a exemplo da cadeia avícola nacional, que já enfrenta problemas de infra-estrutura e baixo investimento governamental em controle sanitário. Dessa forma, o estudo sobre as restrições impostas, na forma de barreiras não- tarifárias (BNTs), sobre a carne de frango brasileira para exportação é de extrema relevância, dado o potencial de crescimento das exportações e a importância assumida, no setor, pelo país nos últimos cinco anos. O objetivo geral deste trabalho consistiu em analisar os efeitos das BNTs mais comumente aplicadas nas exportações nacionais de carne de frango, no período de 1996 a 2007. Para isso, foi utilizada uma metodologia que consistiu na abordagem conjunta, quantitativa e qualitativa. Esta última constituiu um estudo múltiplo de caso, realizado in loco, com o objetivo de contextualizar o problema, no que diz respeito à identificação das BNTs impostas ao setor exportador de carne de frango. As barreiras identificadas foram posteriormente utilizadas na abordagem quantitativa, que envolveu a abordagem de inventário, o exame de séries temporais, a função de transferência e a análise de intervenção. Os resultados apontam que as principais barreiras não-tarifárias impostas sobre as exportações brasileiras de carne de aves são, de modo geral, de ordens técnica, sanitária e agrícola. A avaliação das notificações emitidas pelos mercados revelou que a maioria foi relativa ao acordo sobre barreiras sanitárias e fitossanitárias (SPS), que a União Européia e o Japão atuam intensamente no âmbito das disputas sanitárias no Comitê do SPS/OMC e que as principais premissas dessas disputas são relativas às preocupações de segurança do alimento e saúde animal. Analogamente, a análise de inventário revelou alto grau de proteção nos mercados da União Européia, envolvendo muitas linhas tarifárias e alto valor das exportações sujeitas à imposição dessas barreiras. Os eventos identificados como relevantes pelos exportadores brasileiros e que apresentaram significância em termos de impacto sobre as exportações foram sete, entre os quais se destacam a greve dos fiscais agropecuários, à Influenza Aviária na União Européia e o foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. As reduções nas quantidades e valores exportados foram relevantes, com impacto no curto prazo e conseqüente perda para o setor, o que demonstra que melhor entendimento acerca do perfil das BNTs e a magnitude de seus efeitos podem servir de alicerce para a construção de ações que visem mitigar as perdas decorrentes de sua imposição.Item Impacto das medidas SPS E TBT adotadas pelo Brasil sobre suas importações do agronegócio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-09) Caldeira, Valquíria Cardoso; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/1872554704729027; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6As medidas não tarifárias, em especial as Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e as Técnicas (TBT), ampliaram sua participação no comércio internacional. Essas medidas podem gerar efeitos positivos ou negativos ao comércio. Distintos estudos foram realizados no Brasil com vistas a analisar os efeitos das medidas não tarifárias no comércio entre o Brasil e seus parceiros no comércio internacional. Em se tratando dos efeitos dessas medidas aplicadas pelo Brasil sobre as importações do agronegócio, incipientes são os estudos que contemplam este tema. Dessa forma, têm-se como foco de pesquisa os efeitos das medidas regulatórias SPS e TBT emitidas pelo Brasil para o setor do agronegócio para produtos importados selecionados, no período de 2000 a 2011. A hipótese que norteia essa pesquisa é que as medidas SPS e TBT tiveram impacto distinto no período analisado. Em termos gerais, objetivou-se, neste trabalho, analisar o impacto da aplicação de medidas SPS e TBT pelo Brasil para alguns produtos do agronegócio, no período de 2000 a 2011. Especificamente, pretendeu-se identificar e analisar as notificações aos acordos SPS e TBT que incidiram sobre os produtos do agronegócio importados pelo Brasil e avaliar o impacto das medidas SPS e TBT impostas pelo Brasil para cada ano da análise. O referencial teórico utilizado baseou-se nas teorias das barreiras regulatórias ao comércio internacional e nas teorias do modelo gravitacional. Como metodologia, utilizou-se um modelo de gravidade, cuja equação foi estimada pelo método não linear Poisson Pseudo Maximum Likelihood PPML, que permite incluir valores nulos na variável dependente, comportamento esse presente neste trabalho. A amostra utilizada foi obtida de 68 países parceiros comerciais do Brasil para o período de 2000 a 2011. Os resultados da análise descritiva das notificações indicaram que o maior número de notificações SPS foi destinado ao setor de lácteos e, para as TBT, destacou-se a borracha natural. Quanto aos objetivos das notificações, para as medidas SPS, destaca-se o de segurança do alimento e saúde animal e, para as notificações TBT, os objetivos de destaque são os de proteção humana de animais/plantas de pestes ou doenças e segurança do alimento. Em relação aos resultados econométricos, concluiu-se que as notificações SPS em alguns anos facilitaram o comércio e em outros, restringiram. O mesmo aconteceu com as notificações TBT, em alguns anos as medidas foram positivas ao comércio, favorecendo as importações brasileiras, e em outros anos as medidas restringiram o comércio. A hipótese da pesquisa quanto ao efeito distinto das medidas foi aceita, já que as notificações em alguns anos favoreceram o comércio e em outros o restringiram. Em relação às medidas SPS, os anos de 2000, 2009 e 2011 tiveram efeitos positivos para o comércio e apenas o ano de 2003 teve efeito negativo; no caso das medidas TBT, os anos de 2004 e 2006 tiveram efeito negativo para o comércio e o ano de 2011 teve efeito positivo. Em conclusão, a análise desenvolvida possibilita inferir que medidas não tarifárias podem contribuir tanto positiva quanto negativamente para o comércio entre países e, muitas das vezes, podem levar firmas a buscar inovação e maior competitividade, possibilitando a colocação de produtos de melhor qualidade no mercado, de modo a atender uma demanda crescente de consumidores que estão, cada vez mais, exigentes. O aumento da discussão sobre as medidas SPS e TBT podem auxiliar políticas governamentais no sentido de aumentar o caráter informativo das medidas impostas, já que um maior caráter informativo das regulamentações tem efeito positivo sobre o comércio.Item Impacto de medidas não tarifárias na fruticultura brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Alves, Greigiano José; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/9739935534175062; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242As medidas sanitárias e fitossanitárias são normas que visam proteger a saúde animal, vegetal e humana contra contaminantes físicos, químicos e biológicos que possam ser transmitidos por alimentos contaminados provenientes de outros países. Dessa forma, tais medidas, quando reduzem custos através do processo de normatização, afetam o comércio de forma positiva. No entanto, conforme argumentado em alguns trabalhos, essas mesmas medidas podem ser usadas como barreiras ao comércio. Assim, este estudo teve como objetivo verificar o impacto das medidas sanitárias e fitossanitárias SPS, no período de 2000 a 2009, nas exportações brasileiras de sete frutas, a saber: abacaxi, banana, castanha de caju, laranja, maçã, melancia e uva. A hipótese que permeou este estudo foi de que as medidas sanitárias e fitossanitárias foram restritivas às exportações de frutas brasileiras. O referencial teórico baseou-se em teorias do comércio internacional que explicam o efeito das barreiras tarifárias e não tarifárias neste tipo de comércio. O referencial analítico foi composto pelo modelo gravitacional e pelo índice Market Access Overall Trade Restrictiveness Index MA-OTRI. Para alcançar tal objetivo, calcularam-se a tarifa ad valorem equivalente AVE das medidas sanitárias e fitossanitárias e o índice MA-OTRI. Por meio da análise da tarifa AVE, que mensura o impacto das medidas SPS equivalente a uma tarifa, foi verificado em quais anos essas medidas atuaram como barreiras ao comércio e qual o impacto delas nas exportações brasileiras das frutas em estudo. A partir desses resultados foram calculados dois índices MA-OTRI, um levando em consideração os efeitos das medidas SPS e das tarifas (índice MA-OTRIsps) e, o outro, apenas os efeitos das tarifas (índice MA-OTRI). A diferença entre os dois índices mostra o efeito das medidas SPS nas exportações de frutas. Pelos resultados encontrados para a tarifa AVE, pode-se inferir que as medidas sanitárias e fitossanitárias atuaram de forma ambígua, uma vez que tiveram anos em que essas medidas foram barreiras ao comércio e, em outros, facilitadoras do comércio. Quando atuaram como barreiras, o efeito dessas medidas foi significativo, sendo em diversos casos os valores encontrados superiores a 20%. Pelos índices MA-OTRIsps e MA-OTRI, pode-se afirmar que as medidas SPS restringiram as exportações das seguintes frutas: banana, em 2001 e 2003; castanha de caju, em 2003, 2004 e 2008; e maçã no ano de 2004. Para as demais frutas, pode-se inferir que as normas sanitárias e fitossanitárias não restringiram o comércio. Os principais países que notificaram medidas SPS à OMC foram o Japão, os Estados Unidos e a União Europeia. As medidas SPS notificadas à OMC e que foram restritivas às exportações de frutas foram referentes a segurança alimentar, saúde animal, normas fitossanitárias, limites máximos de resíduos, pesticidas e pragas. Os resultados permitiram a melhor compreensão dos efeitos que as medidas sanitárias e fitossanitárias possuem sobre as exportações das frutas brasileiras e fornecem subsídios aos tomadores de decisões públicos e privados da cadeia produtiva de frutas no Brasil.Item Integração espacial entre os mercados brasileiros de suínos(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-07) Rosado, Patrícia Lopes; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Souza, Paulo Marcelo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768563A4; Pereira, Luciane Reis Raposo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795570J9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3A análise da integração de mercados assume papel de grande relevância no desenvolvimento econômico de um país, em razão de a presença de mercados integrados favorecer a redução de deficiências estruturais em resposta a maior fluxo de informação entre as regiões. Assim, a integração facilita a tomada de decisão dos agentes envolvidos e contribui para maior eficiência no mercado. Ademais, há a possibilidade de aumento na especialização e no comércio e, em conseqüência, de melhoria no bem-estar dos produtores e consumidores. Em mercados integrados, as medidas de políticas públicas e privadas são mais eficazes, dado que essas apresentam ajustamento mais rápido e são mais abrangentes. Assim, pela relevância desse tema e importância do setor produtivo suinícola no agronegócio e pelo fato de nenhum estudo dessa natureza ter sido realizado no País com o produto supracitado, objetivou-se, neste trabalho, analisar a integração dos mercados de suínos nos diferentes estados brasileiros, no período de janeiro de 1980 a março de 2005. Foram analisados aspectos relacionados à delimitação espacial dos mercados, à forma de relacionamento entre eles e à determinação dos mercados mais ou menos integrados. Além do mais, analisaram-se os fatores que determinam o grau de integração entre esses mercados. O método utilizado neste estudo baseia-se no enfoque de integração de mercado sob três aspectos: extensão, padrão e grau. O referencial analítico utilizado foi o de séries temporais, mais especificamente a análise de co-integração multivariada. Quanto à extensão espacial do mercado, os resultados indicam que esta é composta pelos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, já que esses se apresentaram engajados numa quantidade significativa de comércio, ao mesmo tempo em que compartilharam uma única tendência de comportamento dos preços. No que se refere ao padrão de relacionamento estabelecido entre os nove estados integrados, observou-se que, embora não existisse localidade dominante quanto ao comportamento de mercado, não havia interação perfeita entre eles. Verificou-se que a maior velocidade de ajustamento ocorreu entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram os estados que reagiram a maior número de desequilíbrios transitórios nas relações de longo prazo. No curto prazo, observou-se que São Paulo foi o principal estado que liderou, significativamente, as variações nos preços da carne suína. Quanto à análise do grau de integração, ou seja, localidades que são mais e menos integradas, constatou-se que os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina foram os que se ajustaram mais rapidamente a desequilíbrios no sistema, possuindo, portanto, maior grau de integração com o mercado. Já os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná apresentaram ajustamento mais lento, indicando que foram menos integrados ao mercado. De modo geral, observou-se que o mercado brasileiro de suínos apresentou grande dinamismo em relação ao comportamento dos preços nas diferentes localidades que compõem o mercado, considerando que todos os ajustes ocorreram relativamente rápido, ou seja, num período de menos de três meses. Em relação à análise dos determinantes do grau de integração no mercado brasileiro de suínos, pode-se dizer que há uma relação direta entre as localidades que possuem maior acesso à infra-estrutura de comunicação, melhores níveis educacionais e melhor infra-estrutura de transporte com o grau de integração, o que permite inferir que há um relacionamento entre o nível de desenvolvimento econômico e social dos estados e o grau de integração. Portanto, medidas direcionadas à melhoria da infra-estrutura de transporte e comunicação, além do aumento do nível educacional da população, podem contribuir para o aumento do grau de relacionamento entre as localidades do mercado e, dessa forma, aumentar sua eficiência e competitividade.Item Medidas não tarifárias e comércio internacional agrícola: os efeitos dos objetivos das notificações aplicadas aos acordos TBT e SPS(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-17) Almeida, Fernanda Maria de; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Souza, Maurício Jorge Pinto de; http://lattes.cnpq.br/7590747036148098; Mendonça, Talles Girardi de; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Atualmente, as medidas não tarifárias, em especial as Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e as Técnicas (TBT), estão entre os meios regulatórios mais utilizados pelos países no comércio internacional. Tais medidas caracterizam-se por possuírem ampla diversidade no que se refere aos tipos de exigências. Dada a grande importância que os produtos agrícolas possuem no mercado internacional, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar os efeitos das notificações aos acordos SPS e TBT sobre o comércio internacional dos produtos agrícolas de maior destaque na pauta de exportação do Brasil, entre 1996 e 2010. Especificamente, pretendeu-se identificar e analisar os objetivos das exigências contidas nas notificações aos acordos TBT e SPS sobre o comércio internacional de produtos agrícolas; e verificar os efeitos dessas exigências sobre a referida comercialização. O referencial teórico utilizado baseou-se em teorias das medidas regulatórias ao comércio internacional em um modelo que explica e descreve o fundamento das chamadas equações de gravidade. Como metodologia, utilizou-se equações de gravidade estimadas pelo método de Seleção Amostral com máxima verossimilhança. Por meio da análise descritiva acerca da evolução das notificações, verificou-se que o maior número de notificações SPS foi destinado ao comércio de soja, carne bovina e de frango e, para as TBT, destacaram-se a soja, o fumo e o açúcar. Quanto aos objetivos, dentre os que mais se destacaram nas notificações SPS encontraram-se segurança do alimento e proteção humana de pestes e doenças. Já para as notificações TBT, estava os de segurança do alimento, proteção humana de pestes e doenças e rotulagem. Em relação aos resultados econométricos, averiguou-se que as exigências direcionadas ao aumento das informações aos consumidores favoreceram positivamente o comércio da maioria dos produtos agrícolas em análise, como exemplo açúcar de cana, café, fumo, carne bovina e de frango. Por outro lado, não evidenciaram-se efeitos padronizados no que se refere às exigências ligadas diretamente à saúde humana e às medidas técnicas, ou seja, eles foram, de modo geral, ambíguos. Para alguns produtos como óleo de soja, medidas com vistas à segurança do alimento, por exemplo, afetam o comércio de modo positivo e, para outros, de forma negativa (açúcar) ou nula (fumo). Considerando-se esta ambiguidade e o fato de que o comércio dos produtos foi beneficiado pelas medidas com o objetivo rotulagem, conclui-se que políticas comerciais e estratégias empresariais podem utilizar-se das embalagens para divulgar as medidas adotadas para atender os demais objetivos contidos nas notificações, de tal modo que os ganhos com o comércio, daqueles produtos cujos efeitos dos diferentes objetivos foram negativos ou nulos, sejam ampliados. Considerando-se isso, os resultados encontrados contribuem para a ampliação das informações a respeito dos efeitos das notificações sobre o comércio desagregados dos diferentes produtos agrícolas e suas respectivas suscetibilidades diante das diferentes exigências impostas pelo mercado internacional.Item O Mercosul e o desempenho do comércio intra-indústria do setor brasileiro de papel e celulose(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-07) Guimarães, Marine Cotta; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776807A7; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Silva, Márcio Lopes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784225D6Neste trabalho, analisaram-se a evolução do fluxo comercial entre o Brasil e os demais partícipes do MERCOSUL, bem como o desempenho do comércio intra-indústria do setor brasileiro de papel e celulose, no período de 1990 a 2005. Para tanto, utilizaram-se como modelo teórico as teorias estratégicas de comércio e de integração regional. O referencial analítico utilizado constituiu-se dos índices de intensidade de comércio (IIC), de orientação regional das exportações (IOR), de Grubel e LLoyd ( GL ) e de Menon e Dixon. O cálculo do IIC apresentou valores maiores que 1, indicando que a formação do MERCOSUL contribuiu para que o comércio entre o Brasil e os demais membros fosse ampliado e que o bloco representa importante mercado para as exportações brasileiras de papel e celulose. Os valores do IOR indicaram que a produção de celulose apresentou orientação de comércio favorável às relações de trocas entre o Brasil e terceiros mercados, enquanto as produções de papel bruto e de artefatos de papel tiveram suas exportações orientadas para as trocas intrabloco. O padrão de comércio entre o Brasil e o Resto do Mundo, para o setor de papel e celulose, foi determinado, em grande parte, pelo padrão de comércio observado no segmento de produção de papel bruto, que após a consolidação do MERCOSUL, em 1994, mostrou-se predominantemente do tipo intra-indústrial. A grande participação da Argentina no fluxo comercial do bloco foi comprovada através do padrão semelhante de comércio verificado nas relações comerciais Brasil Argentina e Brasil MERCOSUL. Em ambos, o setor foi caracterizado, a partir de 1995, como intraindústria, contrariando o comportamento interindustrial observado, em todo o período de análise, nos segmentos de produção de papel bruto e artefatos de papel, e, a partir de 1998, na produção de celulose. Apesar de ter apresentado a mesma tendência, o segmento de papel bruto não foi capaz de definir o comportamento do setor. O comportamento do fluxo de comércio Brasil - Paraguai para o setor apresentou a mesma tendência interindustrial dos segmentos produtivos, enquanto no fluxo comercial Brasil - Uruguai, ficou evidente a predominância, a partir de 1995, do comércio intra-indústria. Novamente, foi a produção de papel bruto que determinou a tendência do índice GL , bem como o padrão de comércio do setor. Por fim, conclui-se que a desagregação por segmentos produtivos possibilitou determinar, com maior precisão, o padrão de comércio do setor, bem como a importância do segmento de papel bruto como impulsionador do comércio intra-indústria. Sugerem-se medidas que visem estimular as exportações do segmento de produção de celulose para o bloco, bem como as exportações totais dos segmentos de produção de papel bruto e artefatos de papel, caracterizados por produtos diferenciados que agregam maior valor às exportações e possuem estabilidade na formação dos preços.Item Produtividade agrícola e segurança alimentar dos domicílios das regiões metropolitanas brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-16) Costa, Lorena Vieira; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/4459571064066337; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6Existem inúmeros caminhos pelos quais o crescimento agrícola pode afetar o desenvolvimento econômico em uma dada sociedade. Um dos principais meios que o crescimento agrícola afeta o nível de bem estar da população consiste na possibilidade de elevação da oferta dos itens alimentícios, que, em geral, reflete-se em menores preços de alimentos, tendo importantes implicações sobre a dieta das pessoas. Em face dessas considerações, buscou-se, neste trabalho, verificar a relação entre a produtividade agrícola brasileira dos principais itens constituintes da dieta da população e a segurança alimentar dos domicílios das regiões metropolitanas brasileiras. Pautou-se, como referencial teórico, nas definições e conceitos da segurança alimentar e nutricional, bem como nas relações entre esse processo e o crescimento agrícola. Como método, utilizou-se um modelo de escolha qualitativa, o probit, que permitiu verificar a associação entre um ganho de rendimento da terra dos grupos de produtos analisados e a probabilidade de segurança alimentar dos domicílios. O trabalho valeu-se de dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 1995-1996, 2002-2003 e 2008-2009. De acordo com os resultados encontrados, podem-se verificar importantes relações entre a elevação do nível de escolaridade do chefe do domicílio, a presença de pessoas menores de 18 anos na família e o fato do domicílio auferir renda per capita inferior a um salário mínimo e a segurança alimentar. Além disso, entre domicílios de todos os estratos de renda, o crescimento da produtividade dos grãos, das verduras e legumes e das frutas associou-se à maior probabilidade de segurança alimentar em pelo menos um dos períodos analisados. Essas mesmas produtividades foram importantes redutoras da probabilidade de insegurança alimentar entre domicílios de baixa e alta renda per capita. Deste modo, conclui-se que os ganhos de produtividade efetivamente associam-se à maior segurança alimentar domiciliar, mesmo que em baixas proporções, devido a alta influência de fatores particulares aos domicílios, como escolaridade e renda. Além disso, do ponto de vista distributivo, conclui-se que o crescimento da produtividade contribui para redução da insegurança alimentar entre todos os estratos de renda.Item O Programa Bolsa-Família e o trabalho infantil no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-13) Araújo, Aracy Alves de; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/5970543576086184; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4O trabalho infantil é um problema que atinge, aproximadamente, 218 milhões de crianças no mundo. No Brasil, em 2007, em torno de 4,8 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, possuíam alguma atividade laboral. Na tentativa de eliminar ou de pelo menos amenizar o problema do trabalho infantil, o governo federal brasileiro vem, ao longo dos anos, adotando políticas que visam combater a pobreza e suas consequências e, para tanto, foi criado, em 2004, o programa de transferência de renda com condicionalidades, o Bolsa- Família. As famílias beneficiárias do PBF, entre outras, precisavam manter as crianças na escola e retirá-las da situação de trabalho. Questiona-se, entretanto, se o Programa Bolsa-Família tem sido um programa social capaz de colaborar para a diminuição do trabalho infantil no Brasil. Guiados pela hipótese de que o Programa Bolsa-Família possibilitou a redução do número de crianças em situação de trabalho, independente do gênero e da região do país onde essa vive, buscou-se, neste trabalho, verificar se ocorreu redução no trabalho infantil entre as crianças pertencentes às famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família, para o ano de 2006. Para alcançar este objetivo foi utilizado o método de pareamento baseado no escore de propensão. Este procedimento consiste em encontrar um grupo de comparação que seja perfeitamente comparável a um grupo de tratamento a partir de uma amostra de não participantes, mas que tenham características observáveis semelhantes ou muito próximas. Em seguida, calcula-se o efeito médio do tratamento sobre o tratado por meio de algoritmos de pareamento não paramétricos. Os dados utilizados são da Pesquisa Nacional por amostra de domicílios PNAD, 2006. Os resultados estimados indicam que o PBF foi eficaz para reduzir o trabalho infantil no Brasil e no Nordeste. Este também se mostrou eficaz para reduzir a quantidade de meninas e de crianças declaradas negras trabalhando. No entanto, quando verificado a eficácia do PBF sob a incidência de trabalho infantil doméstico, notou-se que não houve redução deste tipo de trabalho para o Brasil e, nem tampouco, para o Nordeste. Desta forma, conclui-se que o PBF pode ser importante aliado na redução e eliminação do trabalho infantil no Brasil, mas deve-se considerar que além da pobreza existem outros determinantes deste problema e que as diferenças regionais e de sexo devem ser consideradas nas políticas de enfrentamento deste problema.Item Retornos da escolaridade no Brasil e regiões(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-09) Silveira, Glauber Flaviano; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/9303058581414782; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Um dos determinantes do desenvolvimento econômico de uma nação é o capital humano, sendo a educação um fator crucial na composição deste processo. Dada a relevância do tema, grande número de trabalhos presentes na literatura tem centrado a atenção na determinação dos retornos da escolaridade. Verifica-se, entretanto, na literatura nacional, a predominância de estudos que contemplam em sua unidade de análise o Brasil como um todo ou um Estado (Paraná), em específico. Todavia, vale ressaltar que o Brasil constitui-se de cinco diferentes regiões, e que aspectos relacionados com as diferenças regionais, sociais, culturais, institucionais e econômicas devem ser considerados, principalmente quando se deseja obter maior acerto quanto às medidas implementadas. Neste sentido, no presente trabalho buscou-se avaliar os retornos da escolaridade no Brasil e em suas regiões, em 2009, bem como analisar de que modo o grau de instrução (fundamental, médio ou superior) afeta o retorno da escolaridade dos indivíduos do sexo masculino e feminino. A modelagem teórica utilizada para atender os objetivos propostos foi a equação de salários de Mincer (1958, 1974). Adicionalmente, utilizou-se o método de Heckman (1974, 1979), pois ele possibilita, por meio de um modelo de seleção amostral (Probit), a correção do viés de seleção das informações dos salários, e utilizam-se as variáveis escolaridade dos homens e das mulheres, experiência e dummies para identificar se o indivíduo é branco, sindicalizado, casado e se possui filhos. Os resultados evidenciaram que o retorno da escolaridade no Brasil é positivo, tanto para os homens quanto para as mulheres, o que sinaliza que a educação agrega retornos positivos ao salário. O retorno da escolaridade para os homens foi de 11,06% e para as mulheres de 9,89%, no período de análise. A variável experiência apresentou comportamento semelhante ao observado para a variável escolaridade, ou seja, ela foi positiva e significativa, o que evidencia que maior experiência leva ao aumento de salário, mas a taxas decrescentes, uma vez que o coeficiente da variável experiência ao quadrado foi negativo. A variável raça indicou que os trabalhadores brancos não ganham mais do que os não brancos, enquanto a variável sindicato indicou que os indivíduos que são associados a algum sindicato tendem a ter um retorno salarial maior em relação aos indivíduos não sindicalizados. Na análise em que foram destacadas as diferenças regionais, constatou-se a existência de heterogeneidade entre as regiões, sendo a região Norte a que apresentou o menor retorno da escolaridade e a região Centro-Oeste, o maior retorno. Além disso, os resultados regionais, quando se tem a influência do sexo, indicaram que os indivíduos do sexo feminino possuem taxas de retorno da escolaridade menores que as verificadas para os homens. Por fim, na análise por grau de instrução, verifica-se que os retornos da escolaridade são crescentes e o que o ensino superior é o que traz maior retorno salarial. Enquanto os primeiros quatro anos do ensino fundamental trazem um retorno de 6,35% (6,91%) para os homens (mulheres), o nível superior promove um retorno de 11,24% para os homens e 10,14% para as mulheres. A partir destes resultados, é possível sugerir aos formuladores de políticas públicas e às instituições privadas que especial atenção deve ser dada aos investimentos realizados no nível superior de ensino, de modo que a opção por aumentar o grau de instrução seja uma escolha mais atrativa para a população. Entretanto, isso não implica dizer que os níveis fundamentais e médios não necessitem de atenção, pelo contrário, é prudente investir nestes níveis para que mais indivíduos possam chegar ao nível superior. Com isto, haveria tendência de elevação da produtividade do trabalhador brasileiro e, consequentemente, aumento no crescimento da economia.Item Os setores de produção e de abate e processamento de frangos de corte e seus impactos na economia paranaense(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-19) Souza, Elvanio Costa de; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/5065568119313029; Kureski, Ricardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700047D8; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3Este trabalho objetivou avaliar o poder de encadeamento e os efeitos multiplicadores dos setores econômicos paranaenses, evidenciando os setores de produção e de abate e processamento de frangos de corte (setor Frango e setor Abate de frangos). Para tal, utilizou-se a análise de insumo- produto. Inicialmente, construiu-se uma Matriz de Insumo- Produto para o Estado do Paraná, referente ao ano de 2005. Para verificar o poder de encadeamento dos setores paranaenses, foram utilizados os índices de ligações de Rasmussen-Hirschman, o campo de influência e os índices puros de ligações. Para mensurar os impactos de variações na demanda final dos setores sobre toda a economia, foram calculados os multiplicadores de produto, renda e emprego. Pelos índices de ligações de Rasmussen-Hirschman, verificou- se que os setores Abate de frangos e Frango são os mais importantes no Paraná em termos de encadeamentos para trás. O setor Frango também se mostrou um setor-chave em termos de ligações para frente, não ocorrendo o mesmo com o setor Abate de frangos, uma vez que sua produção se destina principalmente à demanda final. O campo de influência confirmou que o setor Frango está entre os setores com maior impacto sobre seus compradores e que o setor Abate de frangos figura entre os de maior influência sobre seus fornecedores. Os índices puros de ligações também confirmaram que eles são setores-chave no Paraná, sendo o primeiro um setor-chave como ofertante e, o segundo, como demandante. Pelo índice puro total, apenas o setor Abate de frangos deve ser considerado chave. Os dois setores em análise são os que geram os maiores impactos sobre a produção total da economia paranaense quando sua demanda final aumenta em uma unidade monetária. Em termos de efeitos multiplicadores de renda, apenas o primeiro está entre os principais setores do Estado. O setor Abate de frangos coloca-se entre os quinze setores que geram os maiores impactos sobre o emprego estadual ao aumentar sua produção para atender a uma elevação na demanda final. O setor Frango, por sua vez, não apresenta efeitos multiplicadores de emprego significativos no Estado. Ainda que não figurem entre os maiores geradores de empregos diretos no Paraná, eles se encontram entre os cinco setores que geram o maior número de empregos indiretos e induzidos quando aumentam sua produção. Com isso, eles se colocam entre os dez maiores geradores de emprego total no Estado. Dado que os recursos disponíveis para programas de desenvolvimento são, em geral, escassos, o estado deve primar por estimular os setores que possuem os mais importantes efeitos de encadeamento na economia (setores- chave), maximizando os benefícios gerados por tais programas. Desse modo, se houver uma política de desenvolvimento para regiões deprimidas no Paraná, os setores de produção e de abate e processamento de frangos de corte são merecedores de incentivos, visto que, além de sua importância intrínseca em termos de produção, renda e emprego, são setores-chave.Item Transmissão de preços na cadeia produtiva de suínos(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-20) Martins, Alexandra Pereira; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/2854303926268729; Arêdes, Alan Figueiredo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779695E3; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0A cadeia produtiva de suíno no Brasil passa por um processo de crescimento e modernização, principalmente no que se refere à ampliação da participação no mercado internacional de carne suína. No entanto, essa cadeia tem sofrido várias limitações, fatores que estão atrelados tanto à instabilidade de preços do setor de insumos (milho e soja) quanto àqueles do mercado internacional de carne suína, além do próprio mercado interno (baixo consumo). Tem-se, deste modo, um mercado que apresenta grande incerteza com relação a preços. Assim, neste trabalho buscou-se analisar as relações de transmissão dos preços entre os produtores de milho e soja e do preço internacional da carne suína sobre preços recebidos pelos produtores de suínos no Brasil, bem como analisar a integração do mercado internacional de carne suína no período de outubro de 2003 a abril de 2010. Para isso, o trabalho baseou-se na teoria da produção e da integração de preços entre mercados, no modelo teórico, e do Modelo de Autorregressão Vetorial com Correção de Erro (VEC), no modelo analítico. De acordo com os resultados foram constatadas relações independentes entre o preço recebido pelos suinocultores brasileiros e os preços recebidos por produtores brasileiros de soja, de milho e do preço internacional de carne suína, visto que um choque nos preços destes influenciou de forma significativa nos movimentos dos preços recebidos pelos suinocultores. No entanto, não foi verificada participação significativa dos preços recebidos pelos produtores de suíno do Brasil nos preços recebidos pelos produtores brasileiros de milho e de soja, bem como no preço internacional de carne suína. Assim, pode-se inferir que os preços recebidos pelos produtores brasileiros de soja e de milho e da carne suína no mercado internacional são relevantes para explicar o comportamento do preço recebido pelos produtores de suínos no Brasil. Porém, esse comportamento do preço não é harmônico, pois choques originados dos preços dos produtores brasileiros de suínos têm pouca influência sobre o preço recebido pelos produtores de milho, de soja e do preço internacional de carne suína. As funções de impulso-resposta evidenciaram que os preços dos produtores de suínos do Brasil sofrem por um longo período as interferências causadas pelos choques dos preços dos insumos e da carne suína no mercado internacional. No mercado internacional de carne suína, composto pelos principais exportadores de carne suína e dos principais importadores de carne suína do Brasil, observou-se que os preços de exportação de carne suína do Canadá e o de importação da Argentina foram os que mais influenciaram nas mudanças ocorridas nos preços da carne suína do Brasil; e que o preço da carne suína do Brasil influenciou de forma significativa os preços do mercado internacional de carne suína, dos Estados Unidos e do Canadá, além dos preços dos seus principais importadores de carne suína. Portanto, os preços pagos por Cingapura à carne suína brasileira foram altamente significativos nas mudanças de preços dos Estados Unidos, do Canadá, da União Europeia e do mercado internacional de carne suína. A única exceção verificada foi no preço da União Europeia, cujos preços mostraram-se mais vulneráveis aos preços dos Estados Unidos, da Argentina e de Cingapura e pequena relação com o preço da carne suína do Brasil, visto que este apresentou forte participação nos demais mercados de carne suína em análise. Pelo exposto, pode-se dizer que o mercado de carne suína do Brasil apresenta forte integração de preços no mercado mundial dessa carne.Item Valoração econômica da Gruta do Maquiné em Cordisburgo MG: uma aplicação do método do custo de viagem(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-15) Paula, Zélia Rodrigues de; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4247627E6; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7A Gruta do Maquiné é um importante ativo ambiental do Município de Cordisburgo, no Estado de Minas Gerais. Formada ao longo de milhares de anos pela própria natureza, suas especificidades a colocam como fonte enriquecedora de conhecimento e também como fonte geradora de renda, fazendo-se, portanto, essencial a sua proteção. O conhecimento do perfil do visitante da Gruta do Maquiné e a estimativa da demanda de visitantes são informações que podem contribuir para melhor tomada de decisão dos gestores municipais, estaduais e nacional desse ativo. Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho consistiu em determinar o valor econômico do ativo ambiental Gruta do Maquiné - MG. Especificamente pretendeu-se: a) traçar o perfil do turista da Gruta do Maquiné; b) analisar a resposta dos consumidores às variações na taxa de admissão da Gruta do Maquiné e o excedente do consumidor por município; c) analisar a resposta dos consumidores às variações na taxa de admissão da Gruta do Maquiné e o excedente do consumidor por indivíduo. A teoria que deu sustentação a este estudo foi a de demanda e a de bens públicos, que fornece o suporte necessário às metodologias de valoração econômica para a estimação dos preços dos ativos ambientais. O procedimento analítico usado foi o método do custo de viagem. Os dados foram obtidos por meio de questionários (298) aplicados aos visitantes da gruta no mês de julho de 2007. Os resultados obtidos demonstram que a maioria dos visitantes possui alto nível de escolaridade; em geral viajam acompanhados e visitam a gruta pela primeira vez. Observou-se ainda que os turistas que viajam em carro próprio apresentam demanda maior por visitas à Gruta do Maquiné e que a maior parcela de visitantes detém renda entre 2 e 5 salários mínimos. O valor médio estimado para a Gruta do Maquiné MG com dados agrupados por município, ou seja, a disposição total média a pagar por visitas à Gruta de Maquiné, revelada pelos visitantes de cada região, foi R$ 80.654,81. A disposição total média a pagar por visitas à Gruta, revelada pelos visitantes, quando avaliada por indivíduos foi ainda menor, R$ 12.688,32, comparativamente àquele valor obtido por município. Conclui- se, portanto, que os valores estimados não traduzem a real disposição dos indivíduos a pagarem por visitas à Gruta do Maquiné, visto que o método aplicado permitiu estimar somente o valor de uso direto do ativo, que representa apenas uma pequena parcela do valor econômico total deste ativo ambiental.