Economia Aplicada
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Item Demanda de energia elétrica residencial no Brasil segundo os quantis de consumo(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-19) Silva, Niágara Rodrigues da; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; http://lattes.cnpq.br/2695850723126770; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Pereira Júnior, Amaro Olímpio; http://lattes.cnpq.br/2040156874891038O consumo de energia elétrica vem apresentando um ritmo de crescimento robusto no Brasil. Em contrapartida, a política de expansão de oferta de energia vem enfrentando forte limitação face às pressões ambientais contra a construção de novas hidrelétricas. Desse modo, estudos do comportamento da demanda de energia elétrica podem contribuir para a formulação de políticas de gestão de demanda que promovam a conservação de energia. Neste contexto, o presente estudo objetiva estudar os determinantes da demanda por energia elétrica residencial para o Brasil. Em particular, investiga-se a presença de heterogeneidade da elasticidade da demanda em relação ao preço da energia elétrica, à renda e à temperatura segundo os quantis de consumo. Utilizando-se dos microcrados da POF 2008-2009, a demanda por energia elétrica foi estimada por meio do Método de Regressão Quantílica com Variável Instrumental (MRQVI), que permite estimar a demanda condicional nos diversos quantis da distribuição corrigindo o problema de endogeneidade. Os resultados sugerem a heterogeneidade na resposta da demanda por energia elétrica às variações de preço e renda. Os consumidores localizados nos extremos da distribuição são mais sensíveis às variações de preço, com as maiores elasticidaespreço sendo observadas no segmento dos grandes consumidores. Por outro lado, a elasticidade-renda apresentou pouca variabilidade entre os quantis de consumo. Os resultados também indicam que variações de temperatura no verão proporcionam elevações no consumo de energia elétrica, enquanto que uma elevação no inverno gera economia de energia. Por fim, economias de energia podem ser alcançadas com aumentos tarifários para as maiores faixas de consumo, pois os maiores consumidores são mais sensíveis a variações de preços, e também com políticas não tarifárias, com substituição de refrigeradores antigos por novos e mais eficientes.Item Efeitos das mudanças climáticas na demanda de energia elétrica no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-15) Rodrigues, Lora dos Anjos; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; http://lattes.cnpq.br/1288235744570042; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Pereira Júnior, Amaro Olímpio; http://lattes.cnpq.br/2040156874891038A eletricidade vem aumentando sua participação no total do consumo de energia final e se tornando um dos principais componentes do vetor energético no Brasil, ao lado do óleo diesel. As principais classes consumidoras de eletricidade são a industrial, residencial e comercial, respectivamente. O reconhecimento da eletricidade como uma das principais formas energéticas na economia motivou estudos relevantes sobre sua demanda. O estudo da demanda de eletricidade se faz mais importante ainda devido à existência de restrições na expansão da oferta e, assim, necessidade de conservação da energia via gestão da demanda.Os trabalhos empíricos no Brasil têm focado, sobretudo, na questão da elasticidade-preço e elasticidade-renda de demanda por energia. No entanto, eles não incorporam fatores climáticos na verificação de seus determinantes. Já os estudos internacionais, interessados em simular os impactos das mudanças climáticas no consumo de energia, prevêem variações significativas na demanda de energia como forma de resposta adaptativa à elevação da temperatura média projetada. Neste contexto, torna-se evidente a necessidade de um estudo que incorpore fatores climáticos para verificar de forma consistente a relação entre a demanda de eletricidade e seus determinantes. E, forneça informação para o planejamento de políticas de gestão da demanda e de investimentos na expansão da oferta de energia como um todo. Desta forma, a presente pesquisa tem por objetivo investigar os determinantes (elasticidade-preço/renda/temperatura) das demandas residencial, comercial e industrial de energia elétrica do Brasil no período de 1991 a 2002 com ênfase no fator climático. E, verificar o impacto do aumento da temperatura projetada pelos modelos climatológicos para o período de 2010 2100 sobre a demanda de energia elétrica. A demanda residencial foi relacionada com a demanda por conforto térmico (nível desejado de temperatura) no interior das construções e modelada como um problema de otimização do consumidor. As demandas comercial e industrial foram relacionadas com a necessidade de fazer um equipamento elétrico funcionar e modeladas a partir da resolução do problema de otimização do produtor. A estimação dos três modelos foi realizada com dados estaduais em painel dinâmico. Para considerar a ausência de exogeneidade estrita entre as variáveis, optou-se pelo estimador Arellano-Bond. Na simulação foi utilizada uma análise de estática comparativa, em que se obtém a variação do consumo como resposta ao aumento da temperatura trimestral projetado, conforme dois diferentes cenários futuros do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) até o fim do século XXI. De forma geral, os resultados foram satisfatórios para o modelo residencial, que apresentou resultados coerentes e significativos. Assim como na maioria dos estudos brasileiros, a demanda residencial mostrou-se inelástica em relação às modificações na renda e na tarifa. Quanto à temperatura trimestral, diferencial desta pesquisa, mostrou-se determinante para explicar o consumo de energia elétrica do Brasil. Os resultados da simulação sugerem que as demandas residencial e industrial do Brasil e suas regiões poderão aumentar como resposta adaptativa ao aumento projetado na temperatura, devido ao aumento das necessidades de refrigeração. É possível concluir que, é importante considerar os fatores climáticos no estudo da demanda de eletricidade para que se possa obter estimativas confiáveis de sua relação com os seus determinantes e sobre como as diferentes classes adaptarão seu nível de consumo com resposta ao processo de mudanças climáticas. Conclui-se, também, que há necessidade de investimentos em tecnologias que tornem a economia, sobretudo a classe residencial, menos dependente de uma única forma energética. Assim, dota-se o setor energético de informação capaz de auxiliar no provimento adequado e, consequentemente, evitar o comprometimento do ritmo de crescimento econômico nacional, que tem no vetor energético uma das principais forças motrizes.Item Eventos Climáticos Extremos: os efeitos dos fenômenos El Niño e La Niña sobre a produtividade agrícola das regiões Nordeste e Sul do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-09) Araujo, Paulo Henrique Cirino; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; http://lattes.cnpq.br/5611371794712864; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Castro, Rudi Rocha de; http://lattes.cnpq.br/6911466624133651Eventos climáticos extremos podem ser compreendidos como ocorrências, num determinado ano, de inundações, tempestades, geadas, ondas de calor e até mesmo secas prolongadas. A freqüência desses eventos é atribuída na grande maioria das vezes aos fenômenos El Niño e La Niña que, por sua vez, são decorrentes das variações nos níveis de temperatura da superfície do mar do Oceano Pacífico.As consequências dessas alterações no Oceano Pacífico são diretas sobre os níveis de temperatura e precipitação do planeta e, em vários aspectos, tendem a afetar todos aqueles setores da economia dependentes do clima. No caso da agricultura, todo o desempenho, em termos da produtividade, é afetado pelas alterações nos níveis de temperatura e precipitação.Com a finalidade de avaliar os efeitos dos fenômenos El Niño e La Niña sobre o desempenho da produtividade agrícola brasileira, o presente estudo teve como objetivo principal estudar os níveis médios de produtividade das lavouras de cana-de-açúcar, arroz, feijão, trigo, milho e mandioca sob a influência das alterações nos níveis de precipitação e temperatura. Como foco do estudo foi escolhido as regiões Nordeste e Sul do Brasil.A partir de regressões em painel, estimou-se os efeitos das temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico sobre o regime de precipitação e os níveis de temperatura de cada município brasileiro. Numa segunda etapa, relacionou-se os níveis observados de temperatura e precipitação com a produtividade média de cada cultura estudada por meio de modelos em painel de efeitos fixos. Finalmente, quando relacionadas as estimativas encontradas na primeira e segunda etapa da estimação, o produto foi a variação na produtividade média decorrente das alterações causadas pelos fenômenos El Niño e La Niña.Os principais resultados encontrados apontam que a Bahia e o Rio Grande do Sul foram aqueles mais prejudicados pela ocorrência de fenômenos El Niño e La Niña. Neles verificou-se que os níveis de produtividade do milho e da soja foram significativamente reduzidos, de forma que, alguns municípios dessas regiões, podem registrar o total comprometimento de suas lavouras. No geral, perdas foram encontradas para quase todas as culturas estudas nas duas regiões.