Economia Aplicada
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Item Análise da desindustrialização brasileira a partir de modelos de consistência de estoque e fluxos(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-10) Sonaglio, Cláudia Maria; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/3610325971698745; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Feijó, Carmem Aparecida do Valle Costa; http://lattes.cnpq.br/9040659895653917; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8A literatura econômica hetorodoxa, mais precisamente a corrente kaldoriana, atribui ao setor industrial um papel estratégico no crescimento das economias. E, diante da importância da indústria para a dinâmica econômica, as discussões sobre o possível processo de desindustrialização da economia brasileira despertou a necessidade de realização de estudos a fim de se identificar os efeitos da redução de participação do setor industrial na produção do país. A apreciação da taxa real de câmbio é apontada como responsável pela redução da competitividade externa das manufaturas brasileiras e, esta apreciação cambial, estaria ocorrendo em função dos diferenciais entre as taxas de juros doméstica e internacional. Dado esse contexto, o objetivo deste estudo é avaliar os impactos de mudanças na política monetária e cambial e de alterações na composição da pauta de exportações sobre o desempenho da economia, utilizando um modelo de equilíbrio geral com fechamento kaleckiano-estruturalista. A estruturação do modelo analítico inclui a determinação do produto pelo enfoque da demanda agregada, os setores atuam abaixo da plena capacidade, com preços e quantidades endógenas e os investimentos são determinados por uma equação independente do nível de poupança. Além disso, tal abordagem permite utilizar variáveis nominais, o que viabiliza a análise da interação entre o lado real e financeiro da economia. Formalmente, seguem-se os princípios dos modelos de consistência de estoque e fluxos. Os dados foram calibrados para 2003 e o modelo tem capacidade de redizer os efeitos de políticas econômicas em um intervalo de até cinco períodos. Os resultados simulados, quando comparados com os dados observados na economia brasileira, indicam um bom ajustamento do modelo, o que permite, assim, o seu uso na análise dos cenários de política monetária (expansionista), política cambial (depreciação do câmbio real) e de alterações exógenas na pauta de exportações. Quando simulado uma política monetária expansionista observa-se uma depreciação da taxa real de câmbio, como predito pela literatura. As exportações, em especial de bens manufaturados, respondem ao aumento da competitividade, incentivando os investimentos e gerando aumento na renda. Impactos positivos sobre os agregados econômicos são observados também em um cenário de taxa de câmbio depreciada. O melhor desempenho do setor externo implica em elevação dos investimentos produtivos, em especial nos segmentos industriais, o que agrega ao país os ganhos decorrentes da diversificação da estrutura produtiva. Ressalta-se que a ampliação da produção nos setores industriais minimiza os efeitos e retardam a instauração do processo de desindustrialização na economia brasileira. Todavia, a análise de redução da participação dos bens manufaturados na pauta de exportações reforça os efeitos contracionistas obtidos em um ambiente de juros nominais elevados e consequente apreciação cambial. A perda de competitividade dos bens manufaturados no cenário internacional se reflete de forma negativa sobre o produto, a renda e os níveis de investimentos. Os resultados obtidos reforçam a importância do setor de manufaturas para o crescimento econômico, principalmente em um ambiente de taxa de câmbio competitiva.Item Competitividade internacional, produtividade e padrão distributivo na cadeia produtiva da carne bovina(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-07) Franchini, Alinne Alvim; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775540A2; Alvim, Maria Isabel da Silva Azevedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732130D0; Campos, Beatriz Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706069P6; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6O início dos anos 1990 no Brasil pode ser definido como o marco inicial da abertura de mercado e de referência na construção de um novo ambiente competitivo que registrou profundas e sucessivas transformações na dinâmica e estrutura da economia brasileira. Diante deste novo cenário, vários segmentos produtivos nacionais passaram por um processo de reestruturação produtiva e organizacional, com conseqüentes ganhos de produtividade e competitividade. Assim, este estudo tem como objetivo geral avaliar a competitividade internacional dos segmentos da produção de carne bovina in natura e industrializada pós 1990, enfatizando os determinantes da competitividade e seus impactos na distribuição funcional da renda setorial, isto é, os efeitos distributivos dos ganhos de competitividade e produtividade. Para tal é realizada uma descrição de cenários com relação ao segmento de carne bovina, em dois níveis de desagregação (cenário doméstico e nacional), com a posterior utilização de indicadores como: Vantagem Comparativa Revelada, Constant Market Share, Taxa de Auto-Suprimento, Comércio Intra-indústria, Produtividade da Mão-de-obra e Custo Unitário Relativo da Mão-de-obra. Mensura-se competitividade a partir da observação da evolução de custos de produção, rentabilidade e remuneração, também é feita uma relação com a distribuição dos ganhos obtidos com o aumento de produtividade e competitividade, a partir da análise desagregada das variáveis que compõem cada um desses indicadores.Item The dynamics of farm milk price formation in Brazil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-18) Siqueira, Kennya Beatriz; Kilmer, Richard Lee; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796127H2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762340P2; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Perez, Ronaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763156J5O setor lácteo é um dos maiores setores da economia agrícola do País. Entretanto, este setor tem sofrido significativas mudanças no período pós-liberalização. Por isso, é importante saber quais mudanças ocorreram na integração espacial do mercado e na formação do preço do leite no nível de produtor. Este problema é importante para o desenvolvimento do setor lácteo e ainda não foi estudado no Brasil. O objetivo geral deste trabalho é analisar a dinâmica de formação do preço do leite no Brasil. A teoria adotada é uma versão de Faminow e Benson (1990), desenvolvida para um mercado olipsionista no Brasil. A metodologia é uma modificação de Gonzalez-Rivera & Helfand (2001), a qual é composta de extensão do mercado, padrão de interdependência e grau de integração do mercado. A extensão do mercado é determinada através da medida do índice de autosuficiência, teste de raiz unitária e procedimento de Johansen. Este último é focado na busca de uma tendência comum entre as séries temporais. O padrão de interdependência é estudado usando a análise do vetor de correção de erros, em associação com Directed Acyclic Graphs. Por último, o grau de integração é medido pelas funções de impulsoresposta derivadas da decomposição de Bernanke. Como resultado, verificou-se que o mercado lácteo no Brasil é composto por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nas regiões Norte e Nordeste existem vários mercados locais. Constatou-se também que este mercado tem uma baixa velocidade de ajustamento a choques e não existe um líder na formação de preço no Brasil.Item Efeitos da instabilidade da taxa de câmbio no comércio setorial entre Brasil e seus principais parceiros comerciais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-28) Bittencourt, Geraldo Moreira; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/8599303963994672; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Casali, Giovana Figueiredo Rossi; http://lattes.cnpq.br/4324925392049329A taxa de câmbio é considerada uma das variáveis mais relevantes de uma economia aberta em seu relacionamento com o exterior. No entanto, o aumento da integração no mercado financeiro, a difusão do sistema de câmbio flutuante e a onda de liberalização comercial da década de 1980 e início de 1990 expuseram países desenvolvidos e em desenvolvimento a grandes oscilações nas taxas de câmbio. Como resultado, os efeitos da incerteza cambial sobre os fluxos comerciais internacionais vêm, cada vez mais, tornando-se interesse particular para muitos pesquisadores e formuladores de políticas. No caso do Brasil, o comércio exterior tem alcançado números recordes de exportação e importação, sendo a China, EUA, Argentina, Holanda, Japão, Alemanha e Chile, seus principais parceiros comerciais nos setores de máquinas e equipamentos de transporte, manufaturados, metais e minerais, agropecuário e químico. Entretanto, ressalta-se que o Brasil e seus parceiros comerciais passaram por diferentes momentos de instabilidade econômica e consequente flutuações de preços e taxa de câmbio, o que tem afetado o comércio e a alocação de investimentos. Diante desse cenário de incertezas cambiais e de evolução da participação brasileira no comércio internacional, o presente estudo se propôs a avaliar como a instabilidade cambial tem afetado os fluxos de exportações e importações setoriais do Brasil com seus principais parceiros comerciais, no período de 1989 a 2011. Os impactos das barreiras tarifárias, custos de transporte (distância) e níveis de renda também foram analisados. Para responder a essa questão, foram realizadas estimações de uma equação gravitacional para as exportações e importações setoriais entre o Brasil e seus principais parceiros comerciais considerados, no período de 1989 a 2011. Os principais resultados obtidos pelo presente estudo sugerem que o crescimento do nível de renda, a redução das barreiras tarifárias e menores distâncias contribuem para aumentar o comércio brasileiro com esses países. Em relação à avaliação dos efeitos da incerteza cambial sobre o comércio setorial brasileiro, os resultados para as importações e exportações revelaram que a instabilidade cambial e o efeito third country (instabilidade cambial de um terceiro país) são prejudiciais para todos os setores, evidenciando que os dois fluxos de comércio setorial entre o Brasil e seus principais parceiros comerciais são negativamente afetados não só pela própria incerteza cambial, mas também pela volatilidade da taxa de câmbio dos parceiros. No entanto, o que diferencia os resultados para as exportações e importações é a maior variabilidade e magnitude dos coeficientes estimados para os fluxos de importações setoriais do Brasil, o que evidencia a relevância de estudos como este, com análises desagregadas por setores e tipos de fluxo comercial. Conclui-se assim, que esses impactos diferenciados por setores, quando considerada a instabilidade cambial do país e dos parceiros, podem ser em decorrência de um encarecimento do capital estrangeiro demandado por setores que necessitam de elevados níveis de investimentos iniciais, como o setor de máquinas e equipamentos, metais e minerais e manufaturados, consequência de um setor financeiro em desenvolvimento, ou no caso dos fluxos comerciais como um todo, consequência da incerteza que faz com que os empresários passem a investir em setores para os quais possuem maior conhecimento de mercado e menores riscos, ou simplesmente priorizar o mercado doméstico.Item Efeitos potenciais do NAFTA sobre a agricultura do Estado de Colima - México(Universidade Federal de Viçosa, 1995-12-11) Gonzalez, Saul Martinez; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Gomes, Sebastião Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306J6; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796127H2; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3Neste trabalho, pretende-se explicar o comportamento da agricultura em Colima, no período de 1980-1992 e analisar os possíveis efeitos do Nafta na agricultura do Estado. Na primeira parte da análise, divide-se o período em duas etapas. A primeira corresponde à fase de crise da economia mexicana e, em conseqüência, da agricultura mexicana, e investiga-se quais foram as políticas adotadas pelo Estado para ajustar a economia e quais os seus efeitos sobre a agricultura, além de identificar as culturas mais afetadas. Essa etapa (1982-1985) caracteriza-se pela recessão, inflação, queda das exportações e políticas macroeconômicas de ajuste, entre elas a abertura comercial. Na segunda etapa (1985-1988), evidenciam-se a forte abertura comercial do México e seus efeitos na economia e, particularmente, na agricultura do país e de Colima, ou seja, qual foi o comportamento da oferta agrícola, dadas as suas características de sua estrutura agrícola. Isso permitirá explicar o que aconteceu com a agricultura durante esse período. Na segunda parte do trabalho, pretende-se analisar o que acontece na agricultura com a implantação do Nafta. Para isso, é necessário identificar os produtos agrícolas de Colima que apresentam vantagens comparativas e quais poderão competir no mercado internacional. É a partir dessas informações que se analisam os possíveis efeitos da liberalização em Colima, estruturando cenários teóricos de efeitos na sua estrutura agrícola. Assim, o objetivo deste estudo é responder a duas perguntas: o que aconteceu na agricultura de Colima na primeira etapa da liberalização comercial? O que acontece quando o Nafta começa a influenciar a liberalização? A análise retrospectiva permitirá compreender as tendências e explicar o presente, assim como as mudanças na estrutura do produto agrícola em Colima durante o período considerado. Para atingir este objetivo, serão analisados a importância e o comportamento dos indicadores da oferta no período de 1980 a 1992, assim como a sazonalidade e a produtividade de cada cultura no Estado de Colima: milho, feijão, arroz, sorgo, cana- de-açúcar e café, limão, manga, banana, melão. Serão analisados a demanda no mercado e os preços domésticos, assim como o mercado exterior, suas principais características por produto e comportamento dos preços internacionais. Em relação ao marco teórico, será utilizada a teoria do comércio internacional sob o enfoque neoclássico das vantagens comparativas, utilizando como modelo de mensuração os custos dos recursos domésticos e a Matriz de Análise de Política, desenvolvida recentemente para analisar os efeitos micro e macroeconômicos de políticas comerciais.Item Exportações e crescimento econômico: uma análise da economia brasileira no período entre 1962 e 2009(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Carvalho, Henrique Duarte; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/7552625336212384; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Vasconcelos, Cláudio Roberto Fóffano; http://lattes.cnpq.br/8375210112682781O presente estudo tem o objetivo de verificar se o crescimento da renda externa favorece a obtenção de saldos comerciais positivos, o que faz do crescimento das exportações fator condicionante do crescimento da economia nacional. Inicialmente, com o objetivo de observar as características das exportações brasileiras, foram analisados os padrões de diversificação e tradicionalidade das exportações, em seguida foi testado empiricamente a relação entre as exportações e o crescimento econômico brasileiro no período entre 1962 e 2009. De posse das informações sobre as características das exportações, foi verificado se os saldos da balança comercial brasileira foram responsáveis por restrições ao crescimento da economia brasileira, os resultados obtidos permitiram observar o potencial de crescimento brasileiro promovido pelas contas externas.Para verificar a taxa de crescimento determinadas por condições relativas ao equilíbrio das contas externas foi utilizado o modelo de Thirlwall, em que a taxa de crescimento de um país pode ser estimada através da razão entre a taxa de crescimento das exportações e a elasticidade renda das importações.Para tanto, estimou-se a taxa de crescimento econômico brasileiro compatível com o equilíbrio das contas externas utilizando três métodos, sendo estes o teste de co-integração de Engle-Granger, o teste de co-integração de Johansen e uma metodologia que ainda não havia sido utilizada na literatura correspondente, utilizando técnicas para dados em painel para os setores exportadores da economia brasileira. A partir dos resultados iniciais desse trabalho foi possível observar uma estreita relação entre o crescimento da renda mundial, da renda doméstica e consequentemente das exportações. Observou-se que a economia brasileira cresceu a uma taxa inferior a seu potencial durante quase todo o período entre 1962 e 2009, com taxas de crescimento compatíveis com o equilíbrio das contas externas entre 4,45%a.a. e 6,45%a.a., ambas superiores a taxa de crescimento observada de 4,41%a.a., o que indica a possibilidade de um maior crescimento econômico sem apresentar restrições no longo prazo causadas por problemas no balanço de pagamentos. Foi confirmado pelos resultados que no longo prazo, a solução segura encontrada para continuar a elevar a taxa de crescimento do Brasil, em consonância com o equilíbrio do balanço de pagamentos da conta corrente, é a promoção das exportações de forma a elevar a elasticidade renda das exportações em ritmo mais acelerado do que o crescimento da elasticidade renda das importações. Nesse sentido, buscou-se analisar a forma pela qual as mudanças na renda e preços afetam as exportações, mensurando as contribuições dos setores exportadores para o processo de crescimento brasileiro, as elasticidades estimadas sugerem importantes diferenças entre os setores exportadores e que os efeitos da renda mundial superam os efeitos dos preços na explicação do crescimento das exportações brasileiras. Para mensurar a importância desses efeitos na prática foi estimada a taxa da depreciação do câmbio consistente com o equilíbrio da balança comercial que quando comparada à taxa de câmbio real permite observar a sensibilidade das exportações brasileiras frente à favorecimentos de políticas cambiais e a aumentos da renda no resto do mundo. Os resultados apresentam que a demanda externa e que o desalinhamento apresentado pela taxa de câmbio real em relação à consistente com o equilíbrio da balança comercial representam importantes fatores de influência sobre o dinamismo e desempenho das exportações brasileiras. Um destaque deve ser dado à grande influência positiva dos movimentos de renda externa nas exportações brasileiras e que a manutenção de um nível de taxa real de câmbio para preservar a rentabilidade e competitividade das exportações é essencial, porém pode não ser suficiente para a expansão das exportações ao longo do tempo.Item As finanças públicas nos estados brasileiros: uma avaliação da execução orçamentária, no período de 1995 a 2004(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-19) Ferreira Junior, Silvio; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706305A2; Conceição, Junia Cristina Peres Rodrigues da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782665E3; Baracho, Maria Amarante Pastor; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785428Z7; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2A despeito de que a União, historicamente, sempre procurou sustentar a articulação do pacto federativo, mediante ajuda financeira aos estados, a Constituição de 1988 solidificou a restrição orçamentária fraca nas esferas subnacionais, que contribuiu para a instituição de uma gestão fiscal pouco responsável, o que resultava em déficits primários e crescimento contínuo da participação das dívidas estaduais no estoque da dívida pública. O sucesso inicial do Plano Real, simultaneamente ao agravamento da crise das finanças estaduais, permitiu ao executivo federal adotar amplo conjunto de medidas de controle sobre as finanças públicas, sob a égide de que a austeridade fiscal é condição necessária à redução das taxas de juros e, em última instância, ao crescimento sustentado. Por outro lado, existe a concepção de que o comprometimento com a austeridade fiscal estaria comprometendo a realização de investimentos e demais serviços públicos, o que legitimaria as reivindicações dos governos estaduais. O fato é que o problema é muito mencionado, mas pouco dimensionado. A dicotomia entre as concepções dos governos federal e estaduais, reflete a carência de estudos que forneçam indicações mais precisas, detalhadas, abrangentes, transparentes e contínuas em relação ao desempenho das execuções orçamentárias estaduais. Ao mesmo tempo, tal carência em nada contribui para a transparência das ações governamentais, dificultando a avaliação sistemática e não viesada dessas ações por parte das sociedades organizadas. Diante do exposto, o presente estudo avalia a evolução das execuções orçamentárias estaduais, a partir do ano de 1995, quando se deu impulso ao processo de reformas estruturais e institucionais nas esferas estaduais, até o ano de 2004. A avaliação procura conciliar as necessidades de contenção fiscal, de atendimento às demandas sociais locais e de alocação eficiente das despesas públicas, dentro da concepção de que se deve gerar o mínimo de gravame tributário possível. A revisão teórica a respeito das atribuições do Estado na economia, incluindo o aspecto federativo, permitiu delinear três fases de desenvolvimento do pensamento hegemônico, a saber: A welfare economics, a Public Choice Theory e a New Institutional Economics/New Political Economy. Seguiu-se a uma retrospectiva das finanças do setor público brasileiro, incluindo o aspecto federativo, no contexto da redefinição do papel do Estado. Posteriormente, procurou-se descrever e caracterizar o sistema brasileiro de planejamento, de orçamento e de gestão, dando tratamento especial aos critérios de classificação das receitas e despesas orçamentárias e os principais indicadores utilizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Como modelo teórico, partiu-se do conceito de excesso de gravame do sistema tributário, utilizado nas abordagens clássicas e neoclássicas, que é gerado quando este sistema introduz distorções nas decisões dos agentes econômicos, implicando numa situação Pareto-inferior. Procurou-se distinguir este conceito do que seria o excedente de gravame dos gastos públicos, sendo este gerado pela ineficiência administrativa do Estado. Em seguida, detalhou-se o conceito de eficiência na alocação dos gastos orçamentários, por meio da sua analogia aos princípios da teoria da produção. Quanto às conclusões do presente estudo, pode-se afirmar que as ações adotadas desde a criação do Parafe, em 1995, até a Resolução 78, em 1998, permitiram dar condições aos estados de cumprirem as regras estabelecidas pela LRF, em 2000, quando, a partir daí, todos os estados passaram a adotar uma postura fiscal austera. Contudo, evidenciou-se que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul não têm conseguido estabilizar e reduzir o estoque das suas dívidas. Uma vez que estes são os quatro maiores estados, em termos de receita orçamentária total, e detêm quase a metade da população brasileira, potencializa-se a pressão por novas negociações junto à União. Verificou-se, por outro lado, que o crescente ônus aplicado às sociedades dos respectivos estados (aumento nas arrecadações próprias) tem se constituído num mecanismo indireto de financiamento do excedente de gravame nas administrações públicas estaduais. Caracteriza-se o aumento da ineficiência na alocação dos gastos orçamentários, cujo excedente nada mais é do que uma parcela da renda retirada da sociedade que não contribui para a geração de bens e serviços públicos e nem mesmo é utilizado para o abatimento do estoque das dívidas dos estados. Este excedente - que pode refletir toda a sorte de intermediações institucionais excessivas, burocracias, privilégios de classe e relações de poder - resulta em benefícios pecuniários direcionados apenas ao pessoal direta ou indiretamente ligado às funções administrativas. Na ausência desse excedente, haveria aumento nas despesas em funções-fim, que, além de gerar aumento dos benefícios pecuniários para o pessoal ligado a essas funções, geraria, também, benefícios provenientes do aumento, ou da melhoria, dos bens e serviços ofertados à coletividade, além de todas as externalidades positivas envolvidas. Nesse sentido, o excedente de gravame orçamentário promove o agravamento das desigualdades sociais locais. Não se pode negar que a inexistência de crescimento econômico expressivo, associada a uma política de taxas reais de juros elevadas (fatores exógenos à ação dos governos estaduais), acaba por cancelar os efeitos positivos da austeridade fiscal sobre os estoques das dívidas dos grandes estados. Entretanto, a afirmação de que o comprometimento com o ajuste fiscal tem restringido a realização de investimentos e demais serviços públicos estaduais é astuciosa, tendendo a enfocar apenas um dos lados do problema.Item Fluxo de capitais de portfólio: efeitos sobre a economia brasileira sob o regime de câmbio flutuante(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-09) Vieira, Norberto Martins; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735445D2; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0Em um contexto de grande mobilidade internacional de capitais de curto prazo, devido ao grande fluxo desse tipo de investimento direcionado à economia brasileira sob condições de juros favoráveis e tendo em vista sua retirada verificada nos períodos de crises internacionais ou choques desfavoráveis , o País pode se defrontar com uma reversão súbita do movimento desses capitais. A entrada excessiva de capitais de curto prazo na economia brasileira pode desencadear uma série de problemas, conduzindo à deterioração de importantes variáveis e relações macroeconômicas. O objetivo do trabalho foi analisar a respeito dos condicionantes e impactos do fluxo de capitais de curto prazo na economia brasileira em relação ao Risco-Brasil, diferencial entre juros nacional e internacional e taxa real de câmbio, particularmente, sob o regime de câmbio flutuante. Desse modo, dada a perspectiva de um modelo para economia aberta, procurou-se avaliar a importância da taxa real de câmbio para explicar as variações observadas no valor total das exportações brasileiras, bem como da renda externa e das exportações totais para as variações na renda nacional no período de 1999 a 2009. Inicialmente, a análise propõe-se a confirmar, a partir da não validação da hipótese da paridade descoberta, a possibilidade de obter ganhos com a operação de arbitragem de juros no Brasil. Essa hipótese sustenta a suposição da entrada de capitais no País. A metodologia utilizada baseou-se em um modelo Vetorial de Correção de Erro (VEC), que confirmou a rejeição da validade da hipótese da paridade descoberta da taxa de juros para o Brasil no período de abril de 1999 a outubro de 2009. Posteriormente, tendo como base a confirmação da possibilidade de obtenção de ganhos com arbitragem na economia brasileira, foi estimado um modelo de Vetores Autorregressivos Estruturais (SVAR) a fim de investigar a respeito dos condicionantes e impactos do fluxo de capitais de curto prazo em relação ao Risco-Brasil, diferencial entre juros nacional e internacional, e taxa real de câmbio na economia brasileira. A partir deste modelo, também foram testadas a importância da taxa real de câmbio para explicar as variações observadas no valor total das exportações brasileiras e da renda externa e das exportações totais para as variações na renda nacional. De acordo com os resultados, de maneira geral, o modelo especificado apresentou resultados coerentes com as pressuposições teóricas. Confirmou-se a hipótese que o aumento do risco associado ao país provoca uma fuga de capitais do país doméstico em busca de opções mais seguras para seu investimento. Além disso, pode-se concluir que o aquecimento da demanda internacional incentivou as exportações brasileiras no período. Confirmou-se a hipótese de que a entrada de capitais externos no Brasil resulta em valorização da taxa real de câmbio. Este resultado não é desejável uma vez que as exportações são um importante componente para a composição da renda interna brasileira. Contudo, o diferencial entre juros internos e externos não foi estatisticamente significativo contemporaneamente para explicar o fluxo de capitais de portfólio na economia brasileira. Da mesma forma, as relações contemporâneas entre a taxa real de câmbio e o valor total das exportações não foram estatisticamente significativas no período analisado.Item Impactos da formação espacial de preços na competitividade relativa da fruticultura irrigada do Estado do Ceará(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-25) Sousa, Eliane Pinheiro de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/9139125336083863; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Khan, Ahmad Saeed; http://lattes.cnpq.br/3198350508846033; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4As áreas irrigadas cearenses possuem estruturas produtivas e de infraestrutura distintas. As atividades frutícolas desenvolvidas nessas áreas estão sujeitas às imperfeições do mercado, visto que os produtores submetem-se aos oligopólios na compra de insumos modernos e aos oligopsônios na venda das frutas produzidas nessas áreas. Essas distorções econômicas ocorrem em função da dispersão espacial da produção, logo esses fruticultores se deparam com processos de formação de preços, para insumos e produtos, que propiciam custos de transferências diferenciados para cada uma das regiões. Assim, este trabalho avalia como os processos de determinação espacial de preços, para insumos e produtos, determinam as diferenças de competitividade entre as atividades frutícolas, praticadas nas regiões de fruticultura irrigada do Estado do Ceará (Baixo Acaraú, Baixo Jaguaribe, Cariri, Centro-Sul, Ibiapaba e Metropolitano). A mensuração da origem dessas diferenças pode subsidiar na formulação de medidas de políticas públicas, que visem à promoção de um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões cearenses, gerando mais emprego, renda e divisas para o Estado. Para esse fim, empregou-se um modelo aplicado de equilíbrio geral espacial. Esse instrumental possibilitou a simulação de políticas destinadas à redução nas diferenças de competitividade das atividades frutícolas, desenvolvidas nessas áreas, que podem ser provenientes da redução nos custos de transferência por meio de melhorias na infraestrutura de transportes; de mudanças tecnológicas e organizacionais; e, ou, da ação conjunta dessas medidas de intervenção. Os resultados obtidos com a simulação de redução nos custos de transferência, mediante a construção da rodovia Padre Cícero, indicaram acréscimos nos níveis das atividades frutícolas nas regiões beneficiadas e, como consequência, redução em seus preços, tornando esses setores produtivos mais competitivos. Quanto às simulações de mudanças tecnológicas, verificou-se que a substituição do sistema de irrigação via inundação, vigente na bananicultura da região Centro-Sul, pelos sistemas de irrigação localizada, ocasionaria a realocação das atividades produtivas dessa região, fazendo com que aumentem os preços de suas atividades. No caso de incorporação da técnica de fertirrigação, constatou-se crescimento nos níveis de atividades dos setores envolvidos, o que resultou em menores preços. Ademais, foram avaliados os impactos das mudanças organizacionais, de forma que os fruticultores que participaram de integração vertical e os que dispuseram de menor progresso tecnológico tiveram maior poder de mercado em suas transações comerciais. A implementação desses choques fez com que os recursos provenientes desse maior poder de mercado fossem redistribuídos entre as atividades dentro da área irrigada contemplada. No tocante aos níveis de bem-estar dos agentes econômicos considerados, verificou-se que, em todos os cenários avaliados, os níveis de bem-estar acompanharam o sentido da alteração da renda, porém suas variações porcentuais foram muito menores do que as ocorridas com a renda, indicando que parcela considerável do crescimento da renda foi absorvida pela variação positiva de preços. Diante disso, constatou-se que o indicador de variação de renda refletiu melhor o ganho dos produtores, uma vez que o modelo especificado não permite a interação desses produtores com o resto da economia. Assim, este estudo contribuiu no sentido de identificar medidas de políticas públicas que reduzam as diferenças regionais de competitividade das atividades produtivas, desenvolvidas nas áreas cearenses de fruticultura irrigada.Item Impactos da política de desenvolvimento produtivo na economia brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-14) Coronel, Daniel Arruda; Azevedo, André Filipe Zago de; http://lattes.cnpq.br/0625926234026025; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/9265604274170933; Gurgel, ângelo Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761467Y6; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6O governo Lula, como forma de fomentar o setor industrial, lançou, em 2008, a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que abrange 24 setores. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo verificar o impacto dessa política na economia brasileira, por meio do modelo de equilíbrio geral computável (GTAPinGAMS). As análises foram feitas com base na redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), propostos pela PDP. Também construiu-se um cenário alternativo com alterações uniformes nas alíquotas do IPI para os treze setores considerados. A fim de evitar a repetição desnecessária na condução da análise, os impactos setoriais da PDP foram analisados por grupos de produtos, segundo a intensidade tecnológica, conforme a classificação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os resultados da simulação, com base na PDP, indicaram que as medidas de política tiveram efeitos positivos no agrupamento de baixa intensidade tecnológica, a exceção do setor de têxtil e confecções. No agrupamento de baixa-média intensidade tecnológica, observou-se que a expansão da produção doméstica não foi suficiente para atender o crescimento do consumo. No agrupamento de média-alta tecnologia, ocorreram aumentos na produção e redução das importações de bens de capital e expansões da produção e da demanda doméstica de veículos automotivos. Essa acelerada expansão da frota nacional de carros resultou no crescimento da dependência externa de petróleo. O crescimento do setor aeronáutico foi prejudicado pelas medidas contidas na PDP. Para a construção civil, observaram-se aumentos nas exportações e quedas nas importações. Em termos gerais, a implementação das medidas tributárias de estímulos setoriais resultou em ganhos no nível de bem-estar para a sociedade brasileira. Entretanto, houve uma redução do saldo da balança comercial dos treze setores em US$ 1,63 bilhões, o que contraria a hipótese do trabalho. No cenário alternativo, apenas com a redução de 50% do IPI, aplicadas uniformemente sobre todos os setores, observaram-se aumentos na produção, exportação e consumo de todos os setores de baixa intensidade tecnológica. No setor de média-baixa tecnologia, os resultados foram relativamente melhores do que na simulação anterior, visto que a expansão do consumo de energia fóssil foi bastante inferior. No setor de média-alta tecnologia, os destaques foram os aumentos da produção e do consumo do setor automotivo que, apesar de serem positivos, foram também bem menores do que na simulação anterior. Estas alterações nos níveis de produção e de consumo reduziram a pressão sobre o setor energético da economia brasileira. Para o setor de alta tecnologia, os incentivos de redução uniforme do IPI geraram aumentos na produção e exportações, o que indica a superioridade da proposta de redução uniforme para este setor. Em relação ao setor de construção civil, observaram-se aumento das exportações e queda nas importações diante de um consumo inalterado. Neste segundo cenário, a redução do saldo comercial dos treze setores examinados (US$ 623 milhões) representa 38% da redução anterior. A principal conclusão deste estudo é que as medidas contidas na PDP foram relativamente eficientes para evitar os efeitos negativos da crise internacional, mas a discriminação de alíquotas adotada entre setores não se apresenta superior a uma redução uniforme do IPI como instrumento de política industrial.Item Investimento direto externo no Brasil: efeitos no crescimento, nas exportações e no emprego(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-07) Fernandes, Elaine Aparecida; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Santana, Antônio Cordeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780793Y2; Viana, José Jair Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798135H0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3A globalização da economia mundial conduz a um maior incremento nas transações financeiras internacionais e, também, nas quantidades de investimento direto do exterior. Diante desse aumento do investimento direto, acredita-se que haveria uma complementaridade entre essa forma de financiamento externo e a poupança doméstica, aumentando a taxa de investimento da economia receptora, o que substitui com vantagem os fluxos de aplicações de curto prazo. Entretanto, quando se observa a relação entre IDE e Formação Bruta de Capital Fixo no Brasil, constata-se que mesmo havendo uma melhoria nessa relação, a entrada de IDE não significa um aumento na taxa de investimento. Esse comportamento ascendente do IDE não foi acompanhado pelo crescimento do estoque de FBCF, o que comprova a sua baixa contribuição para o aumento da taxa de investimento na economia. Quanto ao crescimento da economia brasileira, a contribuição do IDE não foi como aquela preconizada pela teoria. A análise da decomposição do IDE mostra que a maior parte foi destinada a aquisição de ativos já existentes. Deste modo, a internacionalização consistiu na transferência de ativos de propriedade de empresas nacionais para investidores estrangeiros, sem a contrapartida proporcional de novos investimentos de empresas brasileiras na economia nacional. Além disso, não houve, também, a contrapartida na geração de receita exportadora adicional, por esses investimentos terem se concentrado nos setores produtores de bens não-comercializáveis ou nos setores produtores de bens industriais destinados ao mercado interno. Neste sentido, os fluxos de IDE não geraram, diretamente, aumentos da capacidade de produção e de exportação da economia brasileira, tratando-se, muito mais, de um processo de transferência patrimonial. No que se refere ao nível de emprego, o crescimento da participação do capital estrangeiro na economia nacional não apresentou um padrão definido. Por um lado, a indústria extrativa com maior intensidade de IDE aumentou o número de pessoal ocupado ao longo do período analisado. De forma contrária, a indústria de transformação com maior intensidade de IDE diminuiu consideravelmente a sua quantidade média de empregos. Por outro lado, o setor de serviços apresentou comportamento bem diferenciado do setor industrial. Esse setor recebeu enormes quantidades de IDE e esse aumento esteve ligado, de modo geral, a geração de maior quantidade de postos de trabalho. É importante salientar que, de forma contrária ao que ocorreu no setor de manufaturados, apesar do emprego ter aumentado no setor de serviços, os salários, retiradas e outras remunerações diminuíram de forma bastante expressiva. Neste contexto, cresce a busca por emprego com redução da quantidade média do emprego industrial e aumento na quantidade média do emprego no setor de serviços. Por fim, é importante observar que o processo de investimento direto no Brasil não resultou em uma maior participação das empresas sediadas no país e nem de seus produtos no comércio mundial. Entretanto, aumentou consideravelmente o passivo externo da economia e a importância da economia brasileira como consumidora de bens intermediários produzidos em outros países. Apesar dessa ineficácia em termos da geração de divisas, é importante ressaltar que, por meio do IDE, foram eliminadas enormes deficiências tecnológicas, com melhoria significativa na produtividade e na qualidade dos serviços prestados. Nesse sentido, deve-se considerar a formulação de uma nova política de investimento estrangeiro de maneira integrada às políticas industrial e de comércio exterior. Portanto, o Brasil deve se preparar para capacitar-se como destino de investimentos voltados à produção para abastecimento de mercados globais, sem excluir, naturalmente, os atrativos representados pelos mercados local e regional.Item O mercado de câmbio e a taxa de câmbio na economia brasileira: 1999 a 2007(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-20) Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Rocha, Luiz Eduardo de Vasconcelos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885P0; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6O processo de abertura comercial e de flexibilização da conta capital, iniciado nos anos 1990, aliado à adoção de um regime de câmbio flutuante a partir de janeiro de 1999, fizeram da taxa de câmbio uma das principais variáveis econômicas brasileiras. Diante disso, este trabalho analisou os impactos de variações na taxa de câmbio sobre as demais variáveis econômicas como taxa interna de juros, exportações líquidas, preços internos e valor da produção. Isso se torna ainda mais interessante quando é levado em consideração que no período da análise, de janeiro de 1999 a março de 2007, vigorou um regime de câmbio flutuante. Os resultados apresentados pelas políticas monetária e fiscal nesse regime seriam significativamente diferenciados aos que ocorreriam em um regime de câmbio controlado, que vigorou, praticamente, nos últimos cinqüenta anos na economia brasileira. Contudo, o mercado cambial brasileiro pode apresentar alguns vieses que seriam gerados, por exemplo, pela existência de um prêmio de risco cambial significativamente volátil, a ocorrência de erros e/ou desvios das expectativas racionais e a desconsideração da simultaneidade entre a taxa interna de juros e a taxa de câmbio. Sendo assim, verificou-se a existência de cada um desses vieses, concluindo que apenas o viés de simultaneidade ocorreu no período. Esse resultado, aliado ao de que os agentes do mercado de câmbio brasileiro formam suas expectativas racionalmente, possibilitou concluir que, ao considerar a simultaneidade entre a taxa de câmbio e a taxa interna de juros, o mercado cambial brasileiro estaria sendo eficiente no período analisado. Para eliminar o viés de simultaneidade foi utilizada a metodologia de equações simultâneas, valendo-se do estimador de Mínimos Quadrados em Dois Estágios (MQ2E). Em suma, o resultado referente à verificação de viés no mercado de câmbio possibilitou concluir que o prêmio de rico cambial existe, no período da análise, mas, ele não varia significativamente a ponto de influenciar a determinação da taxa de câmbio. Além disso, não foi possível rejeitar a hipótese de que os agentes do mercado de câmbio agem de forma racional. Mesmo ocorrendo intervenções governamentais nesse mercado, comprovado pela estimativa de um índice de intervenção para período analisado, as informações referentes à essas intervenções foram assimiladas pelos agentes de modo a eliminar esse viés. Restou apenas o viés de simultaneidade, eliminado pela estimação por MQ2E. Incorporando a informação da simultaneidade, foi estimado um modelo monetário contendo as equações da paridade descoberta dos juros, do equilíbrio no mercado de moeda e de bens, da paridade do poder de compra e das exportações líquidas, para o período de janeiro de 1999 a março de 2007. A partir daí foram realizadas simulações que possibilitaram concluir que variações na taxa de câmbio afetam significativamente o nível da taxa interna de juros, das exportações líquidas e, consequentemente, da produção brasileira. Além disso, foi possível observar que as políticas monetárias, representada por variações na taxa de juros, tiveram maior influência sobre a produção do que políticas fiscais. O trabalho possibilitou verificar também que, embora as exportações líquidas tenha sido a grande responsável pelo crescimento da economia brasileira no período, seus efeitos foram praticamente anulados pelas altas taxas de juros praticadas e, que pequenas reduções nos juros internos são capazes de gerar um estímulo consideravelmente maior sobre o crescimento da produção, se comparado com variações de mesma magnitude sobre as exportações líquidas.Item O redirecionamento intersetorial do investimento direto estrangeiro na Indústria Brasileira: impactos sobre a economia nacional(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-28) Silva, Breno Augusto da Silva e; Baer, Werner; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/0012656515535381; Gurgel, ângelo Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761467Y6; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6O investimento direto estrangeiro tem crescido nos vários países do mundo, sobretudo nos países emergentes e, o setor no qual ele é aplicado pode ser determinante para o crescimento econômico. No Brasil, especificamente, o setor de manufaturados tem perdido participação relativa nos investimentos destinados ao país, o que pode constituir um dos entraves a um maior desenvolvimento do Brasil. Este trabalho tem como objetivo geral verificar se o redirecionamento do investimento direto estrangeiro para setores-chave da indústria brasileira seria capaz de resultar na expansão da economia nacional e em uma maior competitividade internacional. Especificamente, o trabalho busca: determinar em que setores os investimentos diretos estrangeiros resultariam em um maior retorno à economia brasileira em termos de valor bruto da produção e bem-estar; e determinar os ganhos potenciais de competitividade e de crescimento das exportações, em setores que sejam considerados de maior valor agregado. Para a realização dos procedimentos de análises dos choques intersetoriais e de simulação, utilizar-se-á um modelo de Equilíbrio Geral Computável, multirregional e multissetorial, com base no Modelo GTAPinGAMS. Os resultados mostraram que o setor vencedor no caso de maior ganho de valor bruto da produção na ocorrência de choques de 10% de investimento é a indústria química (média-alta tecnologia), em termos de maiores ganhos da economia e próprio setor; no caso das exportações é a indústria de metálicos (média baixa tecnologia) em termos de ganhos da economia e do próprio setor; no caso das importações, destacam-se indústria do petróleo (média-baixa tecnologia), como aquele que menos eleva as exportações da economia e indústria química (média-alta tecnologia), como a que menos eleva importações do próprio setor. O que mais eleva a balança comercial da economia é a indústria de alimentos (baixa tecnologia) e sua própria balança comercial é a indústria de metálicos. O maior ganho de bem-estar proporcionado à economia em termos de variação equivalente ocorre com o choque de investimentos na indústria química. Assim, os resultados mostram que investimentos em alguns setores de média-baixa e média alta tecnologias poderiam resultados em ganhos maiores que aqueles de baixa tecnologia.