Economia Aplicada
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Item Análise das evidências de poder de mercado no segmento de distribuição de gasolina C no Brasil, de 2002 a 2008(Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-12) Fernandes, Rosangela Aparecida Soares; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/6432993441872985; Vasconcelos, Silvinha Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797645Y4; Barbosa, Cleber; http://lattes.cnpq.br/8796028694822223O setor de distribuição de gasolina C é concentrado em nível nacional e regional. Além disso, existem desvantagens econômicas das firmas entrantes comparativamente às grandes empresas já estabelecidas, relacionadas não apenas às maiores capacidades de armazenamento dos produtos, mas também à localização das bases que, via de regra, são instaladas em regiões próximas as unidades produtoras. Também, não existe uma diversidade de combustíveis substitutos próximos da gasolina C que representem alternativas para o mercado consumidor. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o grau de poder de mercado na distribuição de gasolina C e o impacto sobre o bem-estar social no Brasil, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008. O trabalho foi realizado à luz da Teoria da Nova Organização Industrial Empírica (NEIO), sob uma abordagem proposta por Bresnahan (1982). Além disso, foi utilizada uma formulação dinâmica desse modelo, que permitiu identificar o grau de poder de mercado estável no longo prazo. Entretanto, delimitou-se previamente o mercado relevante de produto, álcool hidratado e gasolina C. Os resultados obtidos sugerem que a gasolina C e o álcool hidratado encontram-se no mesmo mercado relevante de produto. As estimativas modelo estático evidenciaram que para, Brasil e regiões, os parâmetros de conduta se revelaram muito distantes do conluio perfeito. Portanto, a hipótese de que existe poder de mercado nas regiões geográficas analisadas não foi aceita. Por outro lado, exceto no caso da região Norte em que o parâmetro de conduta revelou-se estatisticamente não significativo, a hipótese de competição perfeita foi descartada. Já no modelo dinâmico, o parâmetro de conduta estimado para o Brasil não foi estatisticamente significativo. De maneira geral, para os mercados regionais, os resultados obtidos corroboram a rejeição da hipótese de existência de expressivo poder de mercado por parte das empresas distribuidoras de gasolina C. A elevada concentração nos mercados regionais e as barreiras à entrada parecem não serem suficientes para permitir o exercício de poder de mercado pelas distribuidoras de gasolina C. Nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste os parâmetros comportamentais refletiram a elevada competição entre as distribuidoras, não associada às condições estruturais e as características da demanda do mercado consumidor. No Sul e Nordeste, os parâmetros de conduta resultantes foram comparativamente mais elevados. A concorrência intra-regional entre regiões limítrofes, a demanda permanentemente reprimida, em casos isolados, e a demanda elástica em relação ao preço da gasolina C e álcool hidratado podem consistir em elementos impeditivos ao exercício de poder de mercado. Por último, não foi possível verificar perdas de bemestar suficientemente significativas para a sociedade. Esse resultado foi obtido a partir da mensuração do Deadweight Loss (DWL), uma vez que este se revelou baixo em todos os mercados geográficos. Portanto, não ocorreram perdas significativas para a sociedade em decorrência da inexistência de poder de mercado expressivo por parte das distribuidoras de gasolina C.Item Análise econométrica da produtividade total dos fatores na Amazônia Legal, 1990-2004(Universidade Federal de Viçosa, 2007-12-03) Gomes, Sérgio Castro; Santana, Antônio Cordeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780793Y2; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792894Z0; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0O desempenho econômico da Amazônia Legal e de seus estados é avaliado com base na mensuração do índice de produtividade total dos fatores (PTF), obtida a partir da utilização do modelo de crescimento exógeno formulado por Solow (1956) e do modelo ampliado pelo capital humano proposto por Mankiw et al. (1992). Analisa-se as variáveis econômicas tomadas como proxy do capital físico (índice quantitativo sintético), humano (anos de estudo), social (número de novas cooperativas), natural (taxa de desmatamento) e dos instrumentos de política regional, FNO e FINAM (valor dos incentivos fiscais concedidos), relativizando-se os dados com os registrados para a região Sudeste. Avaliou-se o efeito dos diversos fatores sobre o índice da PTF, em termos estático e dinâmico. A hipótese ambiental de Kuznets é testada empiricamente. O instrumental metodológico utilizado para alcançar os objetivos está calcado na modelagem de dados em painel. Os modelos de Efeitos Fixos e de Efeitos Aleatórios são avaliados de acordo com os testes de especificação de efeitos aleatórios e de Hausman. Para estimação dos parâmetros das regressões são utilizados os métodos within para Efeitos Fixos, MQGF, Efeitos Fixos com variáveis instrumentais, MQ2E e o MMG aplicado no modelo de dados de painel dinâmico. Dentre os resultados observados, destacam-se pela importância: Há evidências significativas da relação positiva entre cada um dos capitais humano, social, natural e físico, com PTF. O FINAM, mostra-se negativamente correlacionado com a PTF, enquanto o FNO apresenta correlação positiva. O incremento da atividade de exploração e transformação mineral, as obras de infra-estrutura e as exportações do setor agropecuário contribuíram, significativamente, para a manutenção da tendência de crescimento da PTF na região. O baixo crescimento da taxa de acumulação do capital se deve, em grande medida, à redução de crédito para o setor produtivo, apesar de a taxa de retorno do capital físico ser elevada para a região. A trajetória crescente da PTF na Amazônia Legal, para o período de 1990 a 2004, resulta das condições macroeconômicas impostas pela conjuntura econômica nacional. O quadro regional relacionado ao capital humano mostra que é preciso que se eleve o número de pessoas com nível de educação superior e que se reduza o número de analfabetos na região amazônica, para que seja possível sustentar as elevadas taxas de retorno do capital físico, uma vez que os avanços tecnológicos associados ao acúmulo de capital físico podem não ser absorvidos pela mão-de-obra da região. As políticas de incentivo fiscal para a Amazônia, precisam ser orientadas para os investimentos que possibilitem: a ampliação do capital físico, a melhoria da qualificação do capital humano, o uso racional dos recursos naturais renováveis e não renováveis, e promova as redes de relacionamentos imprescindíveis ao crescimento virtuoso. Há evidências de que a abundância do capital natural da região é importante para o seu crescimento econômico. Como o capital natural é abundante na região e as empresas não conseguem incorporar em suas planilhas de custo os danos causados pelo uso dos recursos naturais, os retornos proporcionados pelo capital físico passam a ser preponderantes. Daí a importância do aperfeiçoamento da política ambiental como forma de estabelecer o valor social do bem natural de modo a modificar a alocação de recursos por parte das empresas que utilizam os recursos naturais em seus processos de produção. A relação entre renda per capita e taxa de desmatamento, ajustada com base em um modelo não-linear, mostra evidências significativas para aceitação da hipótese ambiental de Kuznets para a região amazônica.Item Avaliação do Desempenho das Cooperativas Participantes do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (PROCAP-AGRO)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-29) Neves, Mateus de Carvalho Reis; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Bressan, Valéria Gama Fully; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/6219989686268691; Costa, Davi Rogério de Moura; http://lattes.cnpq.br/4833566943646302; Bialoskorski Neto, Sigismundo; http://lattes.cnpq.br/9982846254680876As cooperativas, de modo geral, não possuem os mesmos mecanismos de capitalização e financiamento disponíveis às empresas de capital privado, como emissão de debêntures ou negociação de ações em bolsas de valores. Pesa ainda o fato de, em geral, não haver incentivo aos associados em responder às possíveis chamadas de capital. Neste sentido, são relevantes programas governamentais que visam dar suporte às cooperativas no que tange a financiamento de suas operações; sobretudo no caso de cooperativas do ramo agropecuário, alicerçadas em atividades que, por natureza, são permeadas de riscos de preço, climático, de demanda, etc. Iniciativas como o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (PROCAP-AGRO) podem ter papel proeminente no auxílio financeiro a estas cooperativas. Assim, é relevante questionar se as cooperativas que obtiveram financiamento através do PROCAP-AGRO passaram por alguma mudança em sua eficiência operacional e na sua estrutura financeira. A metodologia utilizada envolveu indicadores financeiros e análise econométrica. Ademais, entrevistas semiestruturadas realizadas nas cooperativas visitadas serviram como base para coleta de informações qualitativas. Como resultados, percebe-se que, quanto à análise financeira, os indicadores do grupo de Solvência, Garantia de Capitais, Crescimento e Capital de Giro exibiram melhorias estatisticamente significativas após o PROCAP-AGRO. Porém, quando analisado o impacto do Programa sobre os indicadores, somente no indicador de Rentabilidade foi possível inferir melhoria causada pelo Programa. Com relação à eficiência técnica, os resultados somente conseguiram captar efeito positivo do PROCAP-AGRO naquelas cooperativas do Grupo 2, com Faturamento Bruto superior R$ 500 milhões, sendo seu efeito negativo na eficiência das cooperativas do Grupo 1, com Faturamento Bruto inferior a R$ 500 milhões. Em síntese, os resultados sinalizam para um comportamento diverso entre os grupos de cooperativas considerados, provavelmente como consequência do uso distinto dado aos recursos em cada um destes grupos.Item Cenários de incentivos ao setor pesqueiro da Região Norte do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-08-29) Lopes, Maria Lúcia Bahia; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Santana, Antônio Cordeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780793Y2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/4629419656109116; Ponciano, Niraldo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791992U4; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3As políticas de desenvolvimento regional estão voltadas, principalmente, para o fortalecimento de cadeias produtivas e arranjos produtivos locais (APL). No caso da Região Norte, o setor pesqueiro está sendo alvo de tais políticas que buscam sua capitalização e estruturação. Numa perspectiva em longo prazo da economia pesqueira regional, isso pode determinar os níveis futuros de produção e sua atualização tecnológica. Visando contribuir para o debate sobre os efeitos das políticas públicas sobre a atividade pesqueira e sua contribuição para o crescimento da economia regional, investigou-se a seguinte hipótese: as políticas públicas de expansão do crédito, subsídios e incentivos fiscais estimulam a atividade pesqueira na Região Norte do Brasil; proporcionam a elevação da produção e da renda e melhoram o nível de bem-estar da população local, contribuindo para o desenvolvimento da atividade em níveis competitivos, promovendo o crescimento da região Norte do Brasil. Para a obtenção de resposta para essa questão, utilizaram-se o Modelo Aplicado de Equilíbrio Geral para a economia da Região Norte em 1999, por entender que estes são os mais adequados para o problema em análise, uma vez que tem sido amplamente utilizado em estudos sobre efeitos de políticas econômicas. As respostas obtidas das simulações mostraram que o cenário 1, expansão do crédito em 30%, apesar de sinalizar um impacto negativo sobre o PIB, demonstrou que pode melhorar a remuneração dos fatores e minimizar os impactos negativos sobre a atividade, sinalizando com uma elevação na oferta da pesca industrial e com redução dos seus preços. Observou-se queda na produção da pesca artesanal e aquicultura que pode ter relação com a baixa competitividade do setor, que tem seus recursos drenados para os outros setores da economia regional, já que o modelo de equilíbrio geral capta a interrelação entre todos os mercados. O cenário 2, redução dos impostos em 25%, mostrou resultados coerentes com a teoria da tributação sendo mais favoráveis para a atividade de pesca economia da Região Norte, mostrando tendência de crescimento para a economia regional. O cenário 3, diminuição dos custos em 35% para a pesca industrial e artesanal, demonstrou ser o menor retorno para a atividade pesqueira, muito embora tenha se mostrado importante para o crescimento da economia regional, sinalizando com um crescimento do PIB de 0,1334%. Observaram-se, em todos os cenários, quedas no bem-estar da população nortista, uma vez que a queda na arrecadação tende a reduzir a oferta de outros serviços públicos para a sociedade.Item The commons dilemma revisited: toward an integral approach(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-21) Meyer, Leandro Frederico Ferraz; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Martins, Marcelo Lobato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789678A0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798886H2; Guevara, Arnoldo José de Hoyos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783571J2; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6Neste estudo, eu exploro as implicações da Teoria de Desenvolvimento em Estágios Emergentes da Personalidade de Humanos Adultos (Clare W. Graves), em problemas de ação coletiva. A teoria de Graves oferece um modelo empiricamente fundamentado de desenvolvimento bio-psico- social de humanos adultos no qual a tensão permanente entre as capacidades de auto-afirmação (agency) e auto- adaptação (communion) do self origina uma sucessão de modelos mentais que emergem de forma hierarquicamente estruturada conectando crenças, sistemas de valores, idéias de moralidade e visões de mundo como resultado do inter-relacionamento entre as variáveis ambientais e a ativação das capacidades potenciais do organismo. As características distintivas de cada estágio de desenvolvimento propostas por Graves (oito níveis existenciais) fornecem a base para a formulação de hipóteses específicas, relativas ao comportamento dos atores humanos em situações de ação coletiva. Em particular, a superposição cíclica das capacidades de auto-afirmação e autoadaptação, ao longo dos estágios de desenvolvimento bio-psico-social descritos por Graves, delineiam um padrão de egocentrismo decrescente, acompanhado por aumento da autonomia comportamental e ampliação do círculo de participantes (seres humanos ou não) que são incluídos nas considerações morais do agente tomador de decisão. Eu sugiro que estas características apresentam evidentes e importantes implicações na nossa compreensão da dinâmica das interações sociais em situações de ação coletiva. Ao posicionar a concepção de Graves no centro da análise destas situações, eu enfatizo temas na pesquisa da subjetividade e desenvolvimento da consciência que têm recebido atenção inadequada nas principais abordagens sobre ação coletiva e o chamado dilema da cooperação . Neste sentido, ao ser correlacionada com uma ampla gama de observações empíricas e modelos teóricos de desenvolvimento da consciência, devidas a Ken Wilber, a concepção de Graves fornece a tese substantiva que eu submeto a teste experimental nesta revisão do dilema dos comuns , qual seja: a diretriz fundamental para promoção de mudanças institucional e comportamental direcionadas a resolver ou atenuar problemas de ação coletiva deve levar em conta, e até mesmo focalizar, os potenciais e as leis próprias da transformação interior e do despertar da consciência humana. Isso porque, contrariamente ao pressuposto pelo modelo unitário de racionalidade (otimização da utilidade esperada), a resposta comportamental à estrutura de incentivos não pode ser adequadamente prevista pela simples consideração das variáveis situacionais. Em vez disso, e para que se obtenham os resultados esperados, aquilo que de fato constituirá tal estrutura precisa ajustar-se ao estágio de desenvolvimento subjetivo dos participantes. Mais ainda, dadas tanto a natureza qualitativa das transformações interiores, delineada acima, quanto o fato de que estas transformações expressam o despertar de potencialidades humanas universais, conforme Ken Wilber, a consideração séria destes processos abre perspectivas totalmente novas sobre como atuar em problemas de ação coletiva e para a promoção das mudanças institucionais e comportamentais sustentáveis. Reciprocamente, a concepção de estruturas de incentivo que assumem um modelo único e representativo de todos os indivíduo, normalmente fundamentada nos pressupostos cognitivos estáticos que caracterizam o chamado homem econômico , pode produzir resultados inesperados e desastrosos. Para investigar as implicações e a robustez intercultural da concepção Graves nas situações de ação coletiva, as hipóteses comportamentais derivadas do seu modelo foram testadas em condições experimentais variadas, conforme estabelecidas em protocolos testados em outras aplicações relaciondas à gestão de recursos de propriedade comum e à provisão de bens públicos. Eu começo identificando três principais estágios teóricos de desenvolvimento psico-social presentes numa amostra de 322 sujeitos brasileiros por meio de uma aplicação confirmatória da Análise Fatorial sobre os perfis individuais dos participantes. Estes foram em seguida expostos a três situações experimentais, como segue: (1) um dilema de apropriação envolvendo três condições diferentes (sem oportunidade de regulação; duas oportunidades de comunicação direta, sem custo, e sem instrumento de fiscalização; repetidas oportunidades de aplicação de multas em valores variáveis, mediante pagamento de taxa específica); (2) um dilema de provisão de um bem público envolvendo nove níveis de contribuições mínima requerida; e (3) um dilema de eqüidade/risco conforme representado pelo Jogo do Ultimato. Eu exploro as relações estatísticas (correlações bivariadas e análises de regressão linear multivariada) entre os escores fatoriais nos principais estágios de desenvolvimento identificados previamente e as respostas comportamentais produzidas pelos participantes, nas várias situações experimentais. Os resultados sugerem que as caracterizações dos estágios de desenvolvimento descritas no modelo de Graves são culturalmente robustas e que elas provêem uma base segura para prever o comportamento e discriminar a motivação subjetiva destes comportamentos dentro das situações experimentais. Eu insiro a concepção de Graves no contexto da pesquisa institucional em ação coletiva usando a Teoria Integral de Ken Wilber. A Teoria Integral fornece o mapa conceitual para um tratamento mais amplo e equilibrado dos diversos domínios existenciais e epistemológicos. Nesta aplicação, ela provê a base teórica para integrar as dimensões comportamental, sistêmica, psicológica e cultural relacionadas aos problemas de ação coletiva. A contribuição de Wilber fortalece e estende a visão de Graves, sugerindo que as características de redução do egocentrismo e ampliação do escopo da ação moral descrevem uma tendência universal, divisada em virtualmente todos os modelos de desenvolvimento humano, como expressão básica do despertar da consciência integral (Kósmica). Eu utilizo estes achados para apoiar a generalização dos resultados experimentais produzidos nesta pesquisa e o significado profundamente espiritual envolvido na tese substantiva deste estudo.Item Desigualdade, crescimento econômico e armadilhas da pobreza no Brasil: 1996 a 2007(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-18) Moreira, Renata Couto; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/2303257575161768; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Lima, João Ricardo Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2A verificação dos canais que perpetuam o crescimento e que, simultaneamente, atuam na promoção da distribuição da renda, da riqueza, e na redução da pobreza, permite formular pontos críticos acerca da atuação do Estado na resolução deste típico "problema da ação coletiva". Este consiste em sanar o conflito distributivo existente em uma sociedade, entre a concentração do produto gerado na economia, e de privilégios individuais a restritos grupos hegemônicos, e a garantia de justiça social e bem estar coletivo para a ampla maioria da população. O trabalho discutindo estas implicações no Modelo de Crescimento Endógeno Dirigido por Externalidades, foi usado como referencial teórico para pesquisar esta questão. Um problema que surge deste trabalho e que foi foco deste estudo é, se podem as condições de pobreza e desigualdade serem parte relevante da explicação do baixo desempenho econômico de um país, ou uma região. Em particular, refez-se a questão para o Brasil e seus estados. O objetivo geral foi verificar a relevância e os canais de propagação das relações entre o crescimento econômico, e variações na desigualdade e na pobreza, no processo histórico de desenvolvimento dos estados brasileiros de 1996 a 2007. Como objetivos específicos, focou-se a análise nas assimetrias de acesso à educação e ao crédito perpetuando estas relações. Considerou-se que a superestrutura dada por normas e instituições sociais historicamente construídas, assim como a forma como os bens de capital estão distribuídos entre os indivíduos, como determinantes do comportamento do crescimento da renda ao longo do tempo. Os resultados se estendem a um contexto em que os bens de capital estão distribuídos de forma desigual entre as pessoas, considerando caminhos de transferência de tecnologia entre países, ou estados, para explicar como este fato limita o acesso dos agentes mais pobres ao mercado financeiro e investimentos produtivos. O nível de tecnologia a que o país, ou região, tem acesso, passa a depender do nível de "qualificação" dos trabalhadores, medidos para cada estado neste estudo pelos anos completos de estudos médios e a taxa de analfabetismo. As assimetrias no acesso aos bens de capital implicam pela teoria em imperfeições no mercado de trabalho e de crédito, inviabilizando seu acesso aos agentes mais pobres. O desenvolvimento deste último foi medido pelas operações de crédito para os estados brasileiros. Impossibilitados de estabelecer empreendimentos produtivos potenciais, como acontece no Brasil, em suas disparidades regionais, e entre seus estados analisados, exercem efeito desacelerador sobre as taxas de crescimento de longo prazo da economia. Este, pôde ser mensurado pelo uso de modelos dinâmicos em sistemas de equações simultâneas com os dados dispostos em painéis. Pode-se concluir que a desigualdade atuou reduzindo as taxas de crescimento no longo prazo, como verdadeira armadilha da pobreza, estabilizando a economia brasileira em um processo cíclico de desigualdade-pobreza- baixo-crescimento. Corrobora também a favor da adoção de políticas redistributivas pelo Estado para a resolução deste problema, como discutido na Transformação Produtiva com Equidade e na Teoria das Armadilhas da Pobreza.Item Dinâmica da produtividade da mão-de-obra na agropecuária de Minas Gerais: um estudo de convergência(Universidade Federal de Viçosa, 2011-01-31) Pessoa, Filipe de Morais Cangussu; Salvato, Márcio Antônio; http://lattes.cnpq.br/2172044497745150; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/4959861751059144; Torres, Daniela Almeida Raposo; http://lattes.cnpq.br/2773152340636494; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9O setor agropecuário mineiro experimentou, a partir da década de 60, um aumento expressivo de sua produtividade da mão-de-obra na agropecuária com o uso de insumos, equipamentos e técnicas modernas de cultivo, impulsionados pela revolução verde. Contudo, a implementação da política de modernização do setor, que viabilizou tais avanços, se deu de forma heterogênea ao longo do estado de Minas Gerais, o que gerou disparidades regionais. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar se, por trás dessa tendência ascendente de produtividade e de sua distribuição dispare ao longo do estado, existe um processo de convergência, em que regiões agropecuárias de baixa produtividade estariam reduzindo o hiato existente em relação às regiões agropecuárias de alta produtividade. Para tanto, buscou-se analisar a sensibilidade de ocorrência ou não deste fenômeno a diferentes níveis de agregação geográfica (microrregiões e municípios), metodologias de teste e períodos de análise. Os resultados apontam que as microrregiões mineiras não apresentaram um processo de β-convergência absoluta e σ-convergência. Ao se modelar sua distribuição de produtividades mediante densidades de distribuição, vê-se que esta sofreu um deslocamento de massa para a esquerda, indicando piora na mesma. Utilizando-se um processo estacionário de primeira ordem de Markov, em sua versão discreta e contínua, para captar a dinâmica de evolução da distribuição de produtividades obteve-se um resultado de alta persistência. Os municípios apresentaram um processo de β-convergência absoluta, contudo, não foi verificado σ-convergência. Sua distribuição de produtividades também sofreu um deslocamento de massa para a esquerda. Já sua dinâmica de evolução apresentou um processo de convergência em direção a classes inferiores de produtividade. Conclui-se que o crescimento econômico não está sendo capaz de reduzir as diferenças regionais e que as políticas públicas direcionadas ao setor deveriam ser mais bem pensadas, visando não somente ao crescimento da produção. Dado que o desenvolvimento da agropecuária está em grande medida associado às habilidades e ao nível de escolaridade de seus trabalhadores e empresários, deve-se buscar a redução de tais desigualdades pela redução das desigualdades em termos de capital humano. Para tanto, políticas de treinamento da mão-de-obra rural, no ensino tradicional e alternativo, devem ser formuladas em conjunto com políticas de estímulo ao aumento da produção.Item Eficiência produtiva dos estabelecimentos agropecuários brasileiros: uma análise para grupos de área total(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-05) Oliveira, Hélton Neves Canguçu; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/2455626593920688; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9A relação entre produtividade e tamanho do estabelecimento agropecuário tem sido tema controverso na literatura, para o qual os resultados são mistos a depender da origem da imperfeição de mercado, de modo que para que obtenham resultados confiáveis exige-se introdução de variáveis de controle. Neste estudo, sugere-se investigar a heterogeneidade produtiva através da desagregação em grupos de área total e utilização das terras, segundo apropriação, para as regiões brasileiras a partir de escores de eficiência produtiva. Para tanto, faz-se uso de DEA (Data Envelopment Analysis) em dois estágios com procedimento desenvolvido por Simar e Wilson (2007) e introdução de testes estatísticos formalizados para detecção de outliers. A fonte de dados é o Censo Agropecuário de 2006. O controle para heterogeneidade de desempenho produtivo se mostrou adequado principalmente para pequenos e médios produtores, em caso de lavoura temporária ou pecuária. Entre os resultados rejeitouse a hipótese de que os pequenos estabelecimentos possuem maior eficiência produtiva que os demais. Os estabelecimentos nos quais os produtores estão na condição de arrendatário ou proprietário foram identificados como os mais eficientes. O fraco desempenho produtivo dos pequenos e médios estabelecimentos sugere serem importantes as imperfeições de mercado e estrutura fundiária como impedimentos para o desenvolvimento agrícola, ressaltando a necessidade de políticas de assistência técnica, haja vista o enorme espaço para melhoramentos dentro da fronteira de produção eficiente atual.Item Eficiência técnica e de escala das cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná(Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-03) Souza, Uemerson Rodrigues de; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4710499J8; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8; Bressan, Aureliano Angel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791015E9O cooperativismo agropecuário brasileiro ao longo dos anos passou por transformações que influenciaram significativamente o rumo dos negócios praticados pelas cooperativas. Cooperativas de muitos estados experimentaram mudanças em seu foco de atuação, passaram a atuar em novas bases produtivas e seguindo a tendência dos mercados direcionaram suas atividades para o processamento e comercialização de produtos agrícolas que proporcionassem maiores níveis de retorno de suas atividades. No entanto, as mudanças não ocorreram apenas em termos de foco dos negócios, mas também nos processos de produção industrial, no perfil da gestão das cooperativas e nas estratégias para se tornarem mais competitivas. Tais transformações ocorreram como resposta ao aumento da concorrência entre as empresas do agronegócio, às exigências dos mercados internacionais e da necessidade de se tornarem mais eficientes, como forma de garantir a longevidade dos negócios cooperativos. Nesses aspectos, foram selecionadas as cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, que a partir da forte tradição agrícola do Estado experimentaram novas experiências em termos de gestão, modernização tecnológica, crescimento de participação de mercado e também as barreiras existentes ao desenvolvimento de tais cooperativas no Brasil. Dessa forma, buscou-se analisar os níveis de eficiência técnica e de escala, além dos fatores que conferem maior eficiência a tais cooperativas. A investigação da eficiência e de seus determinantes faz-se relevante, pois as cooperativas agropecuárias no Brasil enfrentam grandes desafios em termos de financiamento de suas atividades e também pelas políticas de financiamento de seus cooperados, que de certo modo influenciam significativamente em seu desempenho operacional. Portanto, a proposta deste estudo foi identificar a relação entre eficiência e as necessidades de financiamento das cooperativas agropecuárias paranaenses, como forma de avaliar a capacidade de expansão de suas atividades e os fatores que diferenciavam as cooperativas mais eficientes. Como suporte teórico, utilizaram-se os conceitos de eficiência e de gestão financeira, os quais refletem os aspectos técnicos e financeiros das cooperativas. Foram pesquisadas 49 cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, amostra que representou 62% do total de cooperativas do Estado. Os dados financeiros levantados corresponderam ao período de 2006. A metodologia utilizada para mensurar a eficiência foi análise envoltória de dados (DEA) e para identificar os fatores que diferenciam as cooperativas mais eficientes foi empregada a técnica de análise discriminante. A análise foi feita de forma global e estratificada, como forma de mensurar a eficiência das cooperativas conjuntamente e também de acordo com seus respectivos tamanhos. Desse modo, a partir da análise estratificada verificou-se que as cooperativas consideradas de grande porte apresentaram maiores níveis de eficiência em relação às cooperativas menores. A segunda inferência realizada foi de que as cooperativas superutilizam suas unidades de produção, sendo necessária a realização de investimentos em sua capacidade produtiva, especificamente em termos de redimensionamento das plantas produtivas, construção de novas unidades e modernização tecnológica. Após a mensuração dos níveis de eficiência, buscou-se analisar os fatores financeiros que diferenciavam os grupos de cooperativas eficientes e não eficientes. A partir da discriminação, identificou-se que as cooperativas mais eficientes são aquelas que possuíam maior nível de capital de giro, apresentaram maior rentabilidade de suas vendas, de seus investimentos e também de seu patrimônio líquido. Além disso, as cooperativas classificadas pelo modelo como eficientes apresentaram maior necessidade de capital de giro e possuíam menores prazos para pagamento de suas obrigações. Em síntese, a realidade identificada mostrou que as cooperativas agropecuárias paranaenses avançaram em termos de maior retorno de suas operações; no entanto, estas buscaram capital de terceiros de longo prazo para financiar seus investimentos produtivos e também necessitavam de maior nível de capital de giro para financiar suas operações de curto prazo, que são caracterizadas principalmente pelo financiamento das atividades de seus cooperados. Para que as cooperativas consigam avançar de forma ainda mais significativa, é necessária a formulação de políticas de financiamento mais bem definidas (considerando o montante de capital próprio e de terceiros), manutenção de maior nível de capital de giro e o ajustamento de suas políticas de crédito ao perfil de cada cooperativa.Item Estrutura de mercado e inovação na indústria de produção de sementes de milho, soja e algodão no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-09) Silva, Felipe de Figueiredo; Garcia, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/5362848930704368; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/8410789681169860; Duarte, Jason de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7575373657569182; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242Ao longo da década de 90, a indústria de sementes brasileira passou por uma série de transformações como a criação da Lei de Proteção de Cultivar (LPC) e do Registro Nacional de Cultivares (RNC), assim como pelo processo de fusões e aquisições (F&A). Essas alterações, junto à introdução dos organismos geneticamente modificados (OGMs), culminaram na reconsolidação da indústria, que ocasionou modificações na estrutura, e na forma como a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) são conduzidos. Em especial, os mercados de sementes de milho, soja e algodão apresentam estruturas, no mínimo, moderadamente concentradas com barreiras à entrada, o que, segundo o modelo de Estrutura, Conduta e Desempenho (ECD), pode ocasionar ineficiências no mercado. Ademais, Schumpeter e Arrow discutem, sob o enfoque do progresso econômico, a relação entre inovação e concentração. Em vista desse cenário, no primeiro capítulo, para o período entre 1999 e 2010, a partir do modelo ECD, esses mercados são investigados sob os aspectos da estrutura, como concentração e barreiras à entrada; da conduta, como inovação e processo de F&A; do aparato regulatório e das políticas públicas, como a LPC; edo desempenho, mensurado a partir da evolução dos preços e do efeito das inovações realizadas. No segundo capítulo, para o mesmo período, o enfoque da investigação é dado na relação entre concentração e inovação a partir de um modelo que considera as inovações criadoras ou modificadoras da demanda. Os métodos utilizados levam em consideração, para a relação entre concentração e inovação, as variáveis instrumentais Mínimos Quadrados de Dois Estágios (MQ2E) e Método dos Momentos Generalizados (GMM). Além disso, procura-se investigar, a partir do método de Mínimos Quadrados Não Lineares, como a oportunidade tecnológica e as questões de apropriabilidade produtividade e extensão afetam a intensidade da pesquisa. Os dados foram obtidos junto ao RNC e às Superintendências dos Ministérios de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entre os resultados, destaca-se que os mercados de sementes de milho e algodão são altamente concentrados, enquanto o de soja é moderadamente; que os acordos de licenciamento e transferência de tecnologia afetaram a estrutura de mercado expandindo as participações das empresas detentoras da tecnologia e disseminando-a nos mercados em que essas empresas não atuam; quenão há consenso sobre o resultado da relação entre concentração e inovação; que a introdução dos OGMs alterou a forma como essa relação ocorre, apontando que, para milho e algodão, essa relação é inversa, e para soja, ela é direta; que a pesquisa pública assim como as empresas públicas impactam positivamente na intensidade de pesquisa nos três mercados; e que o RNC atuou como instrumento de proteção à inovação e a sua extensão impacta negativamente sobre os três mercados, em menor magnitude sobre o de milho.Item Fusões e incorporações e o desempenho das cooperativas de crédito brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-09) Amaral, Isis de Castro; Bressan, Valéria Gama Fully; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/0608670562394907; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Protil, Roberto Max; http://lattes.cnpq.br/2752435119365984As cooperativas de crédito possuem um importante papel econômico e social no Brasil. Intermediam as operações financeiras de seus membros, procurando fazê-lo ao menor custo possível; facilita o acesso ao crédito àqueles que estão às margens do tradicional sistema bancário e atuam como regulador de mercado, impedindo a prática de taxas abusivas pelos bancos tradicionais. No entanto, a expansão das atividades das cooperativas de crédito tem sido limitada por questões pertinentes a sua própria natureza e devido a concorrência acirrada. Questões como a limitada escala de operação, devido ao fato de atuarem isoladamente, tem levado as cooperativas a dificuldades de alavancarem mercado. Diante disso, as fusões e incorporações tem surgido como alternativa a permanência e crescimentos destas instituições, sendo relevante analisar o impacto que as F&A exerceram sobre o desempenho das cooperativas que já ingressaram um processo de F&A entre os anos de 2001 e 2008. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo analisar o efeito das F&A sobre o desempenho das cooperativas de crédito. Especificamente, analisar os fatores mais relacionados ao nível de desempenho destas cooperativas. A análise empírica proposta foi baseada na Análise Envoltória de Dados e no modelo de regressão quantílica. Os resultados identificaram ter ocorrido melhora no desempenho das cooperativas após as F&A, tanto com relação aos fatores técnicos quanto de escala. Com relação aos fatores mais relacionados a esta melhora de desempenho, destacou-se o nível de imobilização do capital próprio e a despesa administrativa. Por fim os resultados sinalizaram a presença de instituições mais sólidas e com maior sustentabilidade financeira após terem ingressado um processo de F&A.Item Identificação de poder de mercado no segmento de leite in natura e UHT(Universidade Federal de Viçosa, 2011-12-15) Scalco, Paulo Roberto; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/4259596733099005; Martins, Paulo do Carmo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728064T0; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Fernandes, Rosangela Aparecida Soares; http://lattes.cnpq.br/6432993441872985O crescimento dos índices de concentração, em diversos setores da economia, foi o fato que sempre preocupou os economistas e serviu de justificativa para a realização de estudos acerca da questão de poder de mercado. Nesse sentido, o setor lácteo brasileiro não passou à margem dessa preocupação. O processo de reestruturação observado no setor, a partir da década de 1990, resultou numa onda de fusões e aquisições que atingiu todos os elos da cadeia produtiva e culminou no aumento da concentração de mercado. Ao mesmo tempo, observou-se o aumento expressivo da produção, produtividade e do volume médio produzido por estabelecimento, enquanto que o número de produtores rurais, excluídos da atividade, aumentou e os preços pagos pelo leite in natura caíram consideravelmente, ao longo de boa parte do período. Nesse contexto, os primeiros indícios de poder de mercado foram investigados pelas CPIs instaladas nos principais estados produtores e continua sendo foco de atenção na literatura econômica até os dias atuais. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo identificar o grau de poder de mercado nos dois principais elos da cadeia produtiva, ou seja, entre os produtores de leite e os laticínios e entre os laticínios e varejistas. Para o alcance do objetivo, foram delimitados os mercados relevantes para cada elo da cadeia como o mercado de matéria-prima, representado pela comercialização de leite in natura, entre os produtores rurais e laticínios, restrito as fronteiras mesorregionais, enquanto que o mercado atacadista foi delimitado à comercialização de leite tipo UHT entre os laticínios e varejistas, composto por um mercado único formado pelos estados do RS, PR, SP, MG e GO. Os resultados encontrados sugeriram que a conduta da indústria de laticínios, no mercado de matéria-prima, se aproxima muito mais de um mercado com dinâmicas de concorrência perfeita, à exceção da messoregião do Vale do Paraíba Paulista em que os resultados indicaram poder de oligopsônio, entretanto, as distorções causadas pelo poder de mercado foram pequenas. Com relação ao mercado atacadista, uma vez que o mercado é representado por um oligopólio bilateral, os resultados indicaram que a indústria de laticínios é tomadora de preço enquanto os varejistas exercem poder de oligopsônio. A estimativa do parâmetro de conduta foi 0,638 demonstrando que o mercado se afasta, consideravelmente, de um mercado perfeitamente competitivo e evidenciando o poder de mercado que os varejistas exercem sobre a indústria de laticínios e de forma indireta, sobre toda a cadeia produtiva láctea.Item Impacto da certificação sobre a eficiência técnica da cafeicultura de montanha de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-13) Sousa, Lucas Oliveira de; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/3459914170593534; Santos, Ricardo Bruno Nascimento dos; http://lattes.cnpq.br/3685339264701382O objetivo desse estudo foi analisar a contribuição da certificação da propriedade cafeeira para a eficiência técnica da cafeicultura na Região de Montanha de Minas Gerais. Para isso, três abordagens metodológicas foram utilizadas: i) análise envoltória de dados; ii) regressão quantílica; e, iii) propensity score matching. Os resultados da análise da eficiência técnica apontaram para um baixo desempenho técnico da produção de café nessa região. A certificação mostrou ser um importante fator associado à eficiência técnica das grandes propriedades com maior nível de eficiência, mas a produtividade foi a variável que mais se destacou como fator associado à eficiência técnica das propriedades cafeeiras da Região de Montanha de Minas Gerais. As análises de impacto da certificação mostraram que a certificação apresentou impacto negativo sobre a eficiência técnica das médias propriedades certificadas da Região de Montanha de Minas Gerais. Porém, indicaram que os gastos com insumos de uma propriedade certificada são muito mais elevados, se comparados aos gastos de uma propriedade semelhante, mas sem certificação. Esses gastos associados à certificação comprometem a eficiência técnica, mas colaboram positivamente para a produção de cafés, especialmente os de melhor qualidade, nas pequenas, médias e grandes propriedades da região. Dessa forma, como a maior parte da produção de café não é remunerada pela existência de selo de certificação e sim pela qualidade do café, pode-se concluir que a certificação contribui para a melhoria na renda da atividade cafeeira.Item Impactos da cooperação em atividades de P&D das firmas brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-20) Sousa, Alexandre Gervásio de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/6420233615748933; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Fernandes, Rosangela Aparecida Soares; http://lattes.cnpq.br/6432993441872985; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6A cooperação entre firmas, institutos de pesquisa e o setor privado incentiva a melhora dos transbordamentos dos fluxos de conhecimento entres esses agentes econômicos. O trabalho teve como objetivo a análise dos fatores associados à decisão das firmas de manufatura de se envolverem em atividades de cooperação em P&D e verificar seu efeito sobre o desempenho destas. A metodologia utilizada baseou-se na estimação de modelos Probit que foram utilizados para a estimação do propensity score para a determinação do impacto da cooperação sobre o desempenho das firmas. Utilizaram-se os microdados da Pesquisa de Inovação Tecnológica de 2008 (Pintec). Na análise da cooperação para P&D das firmas de manufatura, identifica-se a apropriabilidade como determinante da decisão de cooperar, o que revela a preocupação de uma empresa sobre o efeito free-riding que um parceiro pode obter sobre seus esforços para P&D. Os incoming spillovers e as complementariedades revelam a importância dada aos fluxos de informações na decisão de cooperar para P&D. O compartilhamento de custos e riscos ressalta a falta de financiamento privado externo e de um mercado de capital de risco, além da alta percepção dos riscos da atividade inovativa. A importância das habilidades e capacidade de absorção das firmas é mostrada pela significância do tamanho da firma. O compartilhamento dos custos e riscos, os incoming spillovers, além das complementariedades, mostraram-se relevantes na determinação da decisão de cooperação para P&D das firmas de manufatura de alta intensidade tecnológica. Na análise dos resultados dos determinantes da cooperação para P&D das firmas de manufatura de média alta intensidade tecnológica, de tais firmas com concorrentes e instituições de pesquisa, tem-se que três determinantes são sistematicamente significativos: o compartilhamento de custos e riscos, o tamanho das empresas e as complementariedades. Em relação à cooperação para P&D das empresas da indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica tem-se os incoming spillovers foram sistematicamente significantes. Vale ressaltar que, nesse caso, a intensidade de P&D tem um efeito negativo sobre a decisão de cooperar. A respeito dos determinantes dos acordos cooperativos das firmas de manufatura de baixa intensidade tecnológica, observou-se que a apropriabilidade representa um aprendizado sobre o controle de fluxos de informação. Os determinantes da cooperação para P&D, segundo a intensidade tecnológica dos setores, apresentam padrões específicos para cada classe de intensidade tecnológica, o que mostra que medidas adotadas em prol da cooperação para P&D podem afetar os setores industriais de forma distinta. A respeito dos impactos da cooperação sobre o desempenho das firmas, conclui-se que a cooperação para P&D com instituições de pesquisa tem um efeito positivo sobre o faturamento do agregado das firmas inovadoras da indústria de transformação e sobre as firmas industriais de alta intensidade tecnológica. Nesse caso, os resultados indicam a influência da cooperação sobre a taxa de sucesso das inovações de produto. A cooperação para P&D produz o mesmo efeito sobre as firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica, contudo, neste caso, acredita-se que haja o aumento da taxa de sucesso das inovações de processo. A cooperação de firmas inovadoras de alta intensidade tecnológica com universidades e institutos de pesquisa e a cooperação das firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica tem um impacto positivo sobre as exportações. Ademais, tem-se que a cooperação para P&D aumenta os investimentos em P&D interno das firmas inovadoras da indústria de transformação de baixa intensidade tecnológica.Item Impactos da restrição ao crédito rural nos estabelecimentos agropecuários brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-15) Santos, Ricardo Bruno Nascimento dos; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/3685339264701382; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Oliveira Júnior, Jose Nilo de; http://lattes.cnpq.br/0375695813972210; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0O crédito rural foi implementado no final da década de 1960 e desde então se tornou uma das principais políticas agrícolas do Brasil. A partir da sua criação, o programa contou com subsídios governamentais, obtidos através das taxas de juros, compensando, em parte, a transferência de recursos do setor agrícola promovido pelo processo de substituição de importações. O direcionamento da política de crédito, na prática, beneficiou apenas os estabelecimentos rurais que detinham grande concentração de terras, fazendo com que grande parte dos recursos do crédito fossem direcionados a grandes estabelecimentos rurais. A concentração gerada por esse direcionamento da política de crédito fez com que a maioria dos pequenos e médios produtores rurais não tivesse acesso ao crédito, gerando um processo de restrição creditícia no Brasil. Em meados da década de 1990, com o intuito de diminuir a desigualdade da distribuição creditícia, surgiram políticas direcionadas para pequenos agricultores. Entre essas políticas a mais conhecida foi o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que possibilitou o acesso ao crédito a uma significativa parte dos pequenos produtores rurais. Dado que o volume de crédito tem aumentado ao longo da década 2000 acompanhado pelo aumento dos recursos e número de participantes do Pronaf ao longo desses anos, estará o programa de crédito rural aumentando a produtividade e a renda dos estabelecimentos participantes? Uma alternativa para avaliar a importância do financiamento aos estabelecimentos rurais é verificar se a restrição de crédito diminui a produtividade e a renda desses estabelecimentos. A hipótese desta tese é que a política de crédito tende a aumentar a produtividade dos estabelecimentos rurais. O objetivo principal deste trabalho é verificar para o Brasil e para as grandes regiões o impacto da restrição do crédito se a intervenção do governo via Pronaf teve efetividade no ano de 2006, para isso, foram elaborados três cenários. No primeiro cenário, são analisados os produtores que obtiveram ou não o crédito rural, em um segundo momento, é analisada apenas a política do Pronaf, comparando-a com os demais estabelecimentos que receberam outro tipo de crédito, no terceiro momento são analisados apenas os estabelecimentos que se enquadram como agricultores familiares. Os modelos de restrição de crédito mostraram que o valor da produção e os gastos com insumos aumentam a probabilidade de obter crédito. A experiência (idade) e os dirigentes que estão há muitos anos à frente do estabelecimento reduzem a probabilidade de ter o crédito rural no Brasil e nas regiões, porém quando aplicado apenas à agricultura familiar, diante do Pronaf, a experiência aumenta a probabilidade de receber o crédito. Quanto aos resultados das diferenças das médias da produtividade da terra e do trabalho observa-se que, na avaliação da restrição do crédito para todos os tipos de crédito, apenas na região Nordeste houve produtividade da terra maior para os estabelecimentos beneficiados pela política de crédito, nas demais regiões ou foi favorável aos não beneficiados ou a política não teve efeito. A produtividade do trabalho também foi maior para os estabelecimentos que tiveram restrição ao crédito, resultado que se repetiu para o modelo de restrição do Pronaf. O melhor desempenho em termos de produtividade do trabalho dos estabelecimentos com restrição pode estar associado à crise observada no setor agropecuário entre os anos de 2004 e 2006, que ampliou o preço dos insumos agrícolas e reduziu o preço e a renda dos produtores rurais no ano estudado, implicando menor contratação de mão de obra para manter a produção.Item A indústria de construção brasileira sob a ótica da demanda efetiva(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-23) Teixeira, Luciene Pires; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/1319899208053589; Macedo, Luiz Antônio de Matos; Silva, Antônio Braz de Oliveira e; http://lattes.cnpq.br/2907572425394470; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1O escopo deste estudo é analisar o setor da construção brasileira, identificando o impacto das variáveis econômicas e estruturais consideradas sustentáculos do produto setorial nas economias estaduais, no período 1990 a 2006. Busca-se caracterizar sua estrutura produtiva, analisar a trajetória do produto setorial no contexto da política macroeconômica do período e identificar a importância dos gastos do Estado na estabilidade do produto setorial, avaliando os reflexos das políticas governamentais de incentivo ao setor no crescimento das economias estaduais. A indústria de construção é um setor-chave na estrutura da economia brasileira, com fortes efeitos de encadeamento produtivo e importantes multiplicadores que são estabilizadores de renda e emprego. Tais encadeamentos intersetoriais indicam que a construção fornece significativo estímulo ao crescimento do produto nacional. Além disto, seus produtos finais aumentam a infraestrutura econômica, promovendo benefícios permanentes sobre a produtividade sistêmica e o padrão de bem-estar social. Portanto, é um setor que se qualifica como poderoso instrumento de políticas governamentais e que deveria ser considerado prioritariamente nas decisões públicas e nos programas de desenvolvimento sustentado e dinâmico. O sistema teórico proposto por Keynes é capaz de explicar as flutuações no produto da construção brasileira nas duas últimas décadas, apontando as políticas macroeconômicas neoliberais adotadas no Brasil como responsáveis pelo baixo desempenho setorial. No caso das economias estaduais, as oscilações no produto da construção refletem as estratégias fiscais restritivas e o volume e condições de crédito inadequados aos investimentos de longo prazo, resultantes do crescimento econômico instável e da crise fiscal e financeira dos governos. O enfraquecimento do papel do Estado como promotor do desenvolvimento econômico pôs em xeque o desempenho da construção nacional no período considerado.Item Poder de mercado nas exportações de leite em pó para o Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-26) Pinha, Lucas Campio; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/6163773433756591; Reis, Janderson Damaceno dos; http://lattes.cnpq.br/0648522809346485; Siqueira, Kennya Beatriz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762340P2Há indícios de que Argentina e Uruguai exerçam poder de mercado no que tange as exportações de leite em pó integral e desnatado para o Brasil. As firmas dos dois países supracitados exportam quase a totalidade destes derivados para o Brasil, ao passo que há uma regionalização do comércio internacional destes produtos, visto que é um comércio ainda em expansão em que os países tendem a comercializar com parceiros próximos. Assim, não há concorrência de outros países, da mesma forma em que há indícios de barreiras à entrada e a baixas elasticidades preço e preço cruzado no Brasil de leite em pó. O objetivo central do presente trabalho é verificar a existência do poder de mercado nas exportações de leite em pó integral e desnatado provenientes de Argentina e Uruguai para o Brasil. Para isto, utiliza-se o modelo de demanda residual com o intuito de alcançar o objetivo e testar as seguintes hipóteses: a primeira hipótese de que a Argentina exerce poder de mercado nas exportações de leite em pó integral e desnatado para o Brasil; a segunda hipótese de que o Uruguai também exerce poder de mercado nas exportações destes derivados lácteos para o Brasil; a terceira hipótese de que, caso haja poder de mercado nas exportações de leite em pó integral, a Argentina exerça em maior grau; e por fim, a quarta hipótese de que no caso do leite em pó desnatado o Uruguai exerça um poder de mercado de maior magnitude, caso ele exista. As funções de demanda residual são estimadas por três métodos distintos: mínimo quadrado de dois estágios, seemingly unrelated regressions e mínimo quadrado de três estágios, ao passo que testes estatísticos são realizados para verificar possíveis problemas econométricos. Os dados são mensais e compreendem o período de janeiro de 2002 a julho de 2003. Os resultados das funções de demanda residual das exportações de leite em pó integral de Argentina e Uruguai para o Brasil indicam que o primeiro exerce um poder de mercado em maior magnitude que o segundo (ambos exercem poder de mercado), o que está de acordo com o equilíbrio de Cournot, visto que na média da amostra a Argentina apresenta uma maior parcela de mercado. Já com relação às funções de demanda residual das exportações de vii leite em pó desnatado a Argentina não demonstrou poder de mercado, ao passo que o Uruguai exerceu um poder de mercado significativo. Desta forma, este resultado também é coerente com o equilíbrio de Cournot, visto que na média o Uruguai apresentou maior parcela de mercado. A primeira hipótese do presente trabalho é rejeitada, já que a Argentina não exerce poder de mercado nas exportações de leite em pó desnatado para o Brasil. Por sua vez, a segunda, terceira e quarta hipóteses não são rejeitadas. Isto sugere que deveria haver maior preocupação do Brasil em buscar meios de elevar a concorrência nas importações de leite em pó, já que assim os preços tenderiam a ser menores e os consumidores se beneficiariam neste aspecto. Como a entrada de um novo país exportador nestes mercados é dificultada devido às características do comércio internacional de leite em pó, além do fato do Brasil fazer parte do Mercosul, é sugerido que o país incentive a concorrência entre os dois países (Argentina e Uruguai) e também com os produtos internos, o que demandaria maior investimento, redução de custos da matéria prima, oferta de crédito para as firmas, redução de custos que prejudicam a competitividade nacional, entre outros. Isto com o intuito de elevar a produção nacional de leite em pó e tornar o Brasil mais competitivo no cenário internacional, aumentando a concorrência com as importações e tendendo a reduzir os preços.Item Regulação e eficiência em cooperativas de crédito(Universidade Federal de Viçosa, 2011-01-31) Sucupira, Grazielle Isabele Cristina Silva; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/9796496968062397; Gonçalves, Rosiane Maria Lima; http://lattes.cnpq.br/9727521548920368; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0As cooperativas de crédito são instrumentos capazes de promover o desenvolvimento local e cumprem o papel de inserção financeira da população, principalmente a de baixa renda. Como integrantes do sistema financeiro nacional, são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Nos últimos anos, aconteceram diversas modificações na legislação voltadas às cooperativas de crédito com intuito de fortalecer e consolidar o segmento. A legislação visa a garantir a segurança do sistema financeiro, de seus participantes e da economia, trazendo benefícios tanto para a sociedade quanto para as instituições financeiras. Contudo, implica também custo para as cooperativas, na medida em que tem que se adaptar e seguir as exigências. Neste sentido, esta pesquisa teve como foco analisar a relação entre regulação e eficiência nas cooperativas de crédito do Sicoob. No capítulo 1, determinou-se o custo regulatório no qual as cooperativas incorrem devido ao cumprimento de exigências legais de 2004 a 2009. No capítulo 2, analisou-se a eficiência das cooperativas incluindo no modelo um produto indesejável que se refere à inadimplência, modelado por meio de uma abordagem da Análise Envoltória de Dados que incorpora estes outputs. Ainda neste capítulo, procedeu-se à análise dos determinantes da eficiência das cooperativas de crédito de 2004 a 2008, utilizando um modelo Tobit em painel. Os resultados indicaram um elevado custo regulatório entre as cooperativas, composto primordialmente pelo custo de oportunidade do capital da reserva de liquidez. Estes custos apresentaram aumentos progressivos no decorrer do período, sendo que grandes cooperativas tendem a ter maior custo que as pequenas. No tocante à eficiência, as cooperativas apresentaram escores médios de 0,80 nos anos em estudo implicando possibilidade de aumento dos produtos em 20% sem aumento nos insumos. Os principais determinantes da eficiência das cooperativas foram: taxa de dividendos , custo regulatório , taxa de inadimplência , número de associados , sendo que as duas últimas variáveis apresentaram relação positiva, na qual aumentos em seus valores elevam a eficiência, enquanto aumentos no custo regulatório e taxa de dividendos reduzem a eficiência das cooperativas. Além destas variáveis, foram identificadas diferenças de eficiência entre as cooperativas filiadas a determinadas centrais, ainda que as cooperativas de crédito rural, de livre admissão e de empregados privados sejam menos eficientes que as cooperativas de empresários. Pelos resultados obtidos, conclui-se que a regulação tem impactado negativamente a eficiência das cooperativas de crédito analisadas.Item Restrições financeiras em cooperativas agropecuárias(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-19) Gonçalves, Rosiane Maria Lima; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Resende Filho, Moisés de Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796349A6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/9727521548920368; Perobelli, Fernanda Finotti Cordeiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706392H0; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0As cooperativas são reconhecidas como instituições de direitos de propriedade vagamente definidos. Esse problema amplia as limitações de acesso a recursos financeiros impostas pelas imperfeições do mercado de capital, restringindo os investimentos, o que reduz as possibilidades de crescimento e maior competitividade no mercado. Nesse contexto, originam-se os problemas de agência, na relação entre os administradores da cooperativa e cooperados, bem como os problemas na relação entre a cooperativa e os agentes financeiros, uma vez que as cooperativas, principalmente as de pequeno porte, oferecem menores garantias. Essa situação, gerada por termos legais específicos às cooperativas, conduziu o desenvolvimento da hipótese deste estudo, em que foi assumido, a priori, que as cooperativas agropecuárias de pequeno porte enfrentam mais restrições financeiras que as de grande porte para financiar os investimentos efetuados em ativos operacionais fixos. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar se as cooperativas agropecuárias brasileiras sofrem restrições financeiras para financiamento dos seus ativos operacionais fixos, utilizando como amostra cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, no período de 1999 a 2007. Pretendeu-se verificar se os investimentos nessas cooperativas são restritos pela disponibilidade de fundos internos, investigando a sensibilidade do investimento a fluxo de caixa. Buscou-se identificar também o comportamento dos investimentos em cooperativas de diferentes tamanhos. A metodologia utilizada baseou-se em modelos econométricos de Dados em Painel, para estimar a equação de investimento, e de Vetores Autorregressivos com Dados em Painel (PVAR), para a construção da variável Q Fundamental, proxy para oportunidades de investimento. Foram utilizados dados secundários de 60 cooperativas agropecuárias, fornecidos pela Central das Cooperativas do Estado do Paraná, primeira central de cooperativas brasileira a estabelecer uma padronização contábil para o segmento de cooperativas agropecuárias, o que permite análise comparativa dessas informações. Os resultados do Modelo Q de Investimento indicaram, quando analisada a amostra completa de cooperativas, que os investimentos destas são influenciados pelas oportunidades de investimento. Quando adicionada a variável fluxo de caixa, formando o Modelo Q de Investimento Aumentado, foi constatado que os investimentos das cooperativas, apesar de afetados pelas oportunidades de investimento, também são influenciados pelas restrições financeiras, que limitam a obtenção de recursos por essas cooperativas. Pela análise das subamostras, foi possível verificar que pequenas e grandes cooperativas apresentam restrições financeiras; para as pequenas, as oportunidades de investimento não exercem influência sobre os investimentos. Portanto, as cooperativas, dado o seu ambiente legal e institucional, ficam expostas às imperfeições do mercado de capital, independentemente de seu tamanho, sendo necessárias algumas mudanças estruturais que propiciem direitos de propriedade assegurados e maior flexibilidade para a gestão de capital nas cooperativas.Item Seguro depósito e Moral Hazard nas cooperativas de crédito brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2009-05-05) Bressan, Valéria Gama Fully; Resende Filho, Moisés de Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796349A6; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669; Pinheiro, Laura Edith Taboada; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4162287E6; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4O cooperativismo de crédito é de notória importância no cenário financeiro internacional e tem demonstrado potencial de crescimento no Brasil, além de ser um importante instrumento de inclusão de pequenos empreendimentos ao sistema financeiro. Todavia, para que as cooperativas de crédito possam fomentar o desenvolvimento do país, fornecendo serviços financeiros, é fundamental que elas possuam mecanismos de proteção dos depósitos dos seus associados, além de possuírem estruturas financeiras sólidas. Neste sentido, esta pesquisa teve como foco central avaliar a relação entre seguro depósito e Moral Hazard nas cooperativas de crédito filiadas ao Sicoob-Brasil. Adicionalmente realizou-se um estudo empírico para as cooperativas filiadas ao Sicoob-Crediminas, devido à implementação do mecanismo de seguro depósito ter ocorrido seis anos antes do que no Sicoob-Brasil. No capítulo 1, foram avaliadas as evidências de dominação de membros tomadores ou de membros aplicadores de recursos nas cooperativas de crédito brasileiras filiadas ao Sicoob-Brasil, assim como ao Sicoob-Crediminas. No capítulo 2, estimou-se a probabilidade de insolvência das cooperativas de crédito filiadas ao Sicoob-Brasil e ao Sicoob-Crediminas, que serviu como uma das proxies para o Moral Hazard. No capítulo 3, verificou-se a questão do Moral Hazard das cooperativas de crédito brasileiras após a implementação do Fundo Garantidor do Sicoob e do Fundo Garantidor de Depósitos no Sicoob-Crediminas. A metodologia utilizada nos capítulos 1 e 3 foi análise de dados em painel e, no capítulo 2, o modelo de regressão logística. Os resultados obtidos indicam que as cooperativas de crédito filiadas ao Sicoob-Brasil, assim como ao Sicoob-Crediminas apresentaram dominação por membros tomadores. Os principais determinantes do índice de dominação nas cooperativas brasileiras foram: “empréstimo/capital social”, “idade”, “patrimônio líquido ajustado/ativo total” e “despesas operacionais/ativo total”. As probabilidades de insolvência média geradas foram de 15% para as cooperativas filiadas ao Sicoob-Brasil e de 5% para as cooperativas filiadas ao Sicoob-Crediminas. E os principais determinantes da insolvência nas cooperativas de crédito foram: a) Operações de crédito vencidas /Carteira Classificada Total; b) Capital Institucional/ Ativo Total; c) Ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa/Ativo total; e d) Rendas de prestação de serviços /Despesas administrativas. Os resultados estimados para avaliar a existência do problema de Moral Hazard nas cooperativas de crédito filiadas ao Sicoob-Brasil e ao Sicoob-Crediminas após a implantação do Fundo Garantidor do Sicoob e do Fundo Garantidor de Depósitos indicaram que o seguro depósito não gerou problemas de Moral Hazard. Por fim, constatou-se que tanto para o Sicoob-Brasil, quanto para o Sicoob-Crediminas, a dominação de membros tomadores não implicou aumento de risco nas cooperativas de crédito.