Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Item Modelagem da adesão e formação de biofilme em monocultura de Escherichia coli, Listeria monocytogenes e Salmonella enterica subsp. enterica e avaliação da interação em cocultura com Enterococcus faecalis(Universidade Federal de Viçosa, 2018-05-24) Alves, Roberta Barbosa Teodoro; Pena, Wilmer Edgar Luera; http://lattes.cnpq.br/8933004880646704A adesão e formação de biofilmes por bactérias patogênicas e deteriorantes são indesejáveis na indústria de alimentos devido aos problemas de contaminação e a difícil remoção no processo de higienização. Desta forma, é importante quantificar e minimizar o risco de adesão e fatores que o afeta, uma ferramenta para 1sso é utilizar a microbiologia preditiva, que permite prever as influências das condições ambientais no comportamento microbiano. Além disso, os biofilmes são formados por várias espécies bacterianas, e possíveis Interações entre as espécies podem ocorrer, por exemplo, as interações sinérgicas podem tornar os membros desta comunidade mais tolerantes e resistentes aos sanitizantes, já nas interações competitivas ou antagônicas pode ocorrer a presença de micro-organismos inibidores de outros individuos nos biofilmes. Nesse contexto, a primeira parte do trabalho aborda o desenvolvimento de modelos matemáticos preditivos de adesão e formação de biofilmes das bactérias Escherichia coli, Listeria monocytogenes, e Salmonella enterica subsp. enterica e E. faecalis, em função dos efeitos do pH e temperatura. Utilizou-se microplacas de poliestireno com 96 poços contendo caldo Brain Heart Infusion em pH ajustado para a adesão e formação de biofilmes, os ensaios foram conduzidos em diferentes combinações de pH (4, 5,6, 7,8,€e 9) e temperatura (5 °C, 15°C, 25 °C, 25 °C e 45 °C). Com os dados experimentais, modelos de probabilidade de regressao logistica foram construidos para cada bacteria, os modelos apresentaram bom ajuste com poder preditivo adequado e, verificou-se que com o aumento da temperatura o risco de o evento acontecer é maior. Na segunda parte do estudo os objetivos foram verificar as interações sinérgicas em cocultura entre as bactérias e avaliar a capacidade antagônica de E. faecalis em competir, excluir ou deslocar os patógenos durante a formação dos biofilmes em diferentes temperaturas e correlacionar essa inibição com as propriedades de autoagregação e coagregação. Finalmente, determinar a cinética de inativação dos micro-organismos patogênicos presentes nos biofilmes em monocultura e em cocultura com E. faecalis sob ação do sanitizantes dicloroisocianurato de sódio e cloreto de benzalcônio e avaliar se houve aumento da resistência para inativação dos biofilmes quando cultivados em cocultura. Poucas ocorrências de efeitos sinérgicos foram encontradas na formação de biofilmes entre os isolados, em 144 combinações houve somente quatro efeitos sinérgicos que foram: S. enterica e L. monocytogenes nas temperaturas de 15 CempH8€e9,a25 CempH8e também E. coli e E. faecalis na temperatura de 35 CepH8. E. faecalis teve pouca capacidade em inibir a formação de biofilmes dos patógenos, promovendo baixas reduções decimais (<1 ciclos log) pelos três mecanismos investigados: competição, exclusão ou deslocamento. A capacidade de coagregação de E. faecalis com os patógenos também foi baixa e, esta baixa porcentagem de coagregação (< 20%) pode indicar porque houve pouca capacidade de inibir ou diminuir a adesão desses patógenos pelos mecanismos de inibição de biofilmes testados. As cinéticas de inativacao dos biofilmes dos patógenos em monocultura ou cocultura com E. faecalis sob ação dos sanitizantes teve um bom ajuste ao modelo bifásico de Cerf, e permitiu informações detalhadas sobre as taxas de inativação correspondentes às subpopulações sensíveis e resistentes e com base nas análises dos parâmetros cinéticos f, kmax, kmax? € valores D, além do tempo de redução de 4 ciclos log ficou claro que não houve aumento da resistência do composto clorado na inativação de todos os patógenos nos biofilmes em cocultura. Nos biofilmes de Salmonella e E. coli em cocultura com E. faecalis também não apresentaram resistência ao cloreto de benzalcônio, entretanto, Listeria em biofilmes de cocultura com E. faecalis, demostrou pelos paramentros cinéticos que ocorreu um aumento da resistência ao cloreto de benzalcônio. As imagens de microscopia eletrônica de varredura obtidas para o biofilme em monocultura e cocultura mostraram que não houve diferença visual na arquitetura dos biofilmes para as espécies estudadas.Item Qualidade e diversidade microbiana da água obtida pelo sistema de purificação instalado no prédio dos Laboratórios de Qualidade e Segurança de Alimentos(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-12) Alves, Roberta Barbosa Teodoro; Fontes, Edimar Aparecida Filomeno; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792339T8; Carvalho, Antônio Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781655T2; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; http://lattes.cnpq.br/8933004880646704; Bernardes, Patrícia Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4711525D7; Pires, Ana Clarissa dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776833U9A água purificada exerce um papel fundamental na rotina laboratorial e em diversas aplicações, exigindo elevado grau de pureza. Deste modo, foi realizada uma avaliação da qualidade da água distribuída pelo sistema de purificação de água instalado nos Laboratórios de Qualidade e Segurança de Alimentos do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV. A primeira parte do trabalho aborda a qualidade físico-química e microbiológica da água potável que alimenta o sistema de purificação e também a qualidade da água obtida e distribuída nos pontos de uso. A instalação e as condições de operação e desempenho do sistema de purificação de água foram avaliados. A avaliação da água potável que abastece o sistema de purificação permitiu constatar uma boa qualidade, tanto para as especificações físico-químicas (alcalinidade 20,3 mg·L-1 CaCO3, condutividade 62,7 μS·cm-1, cloro residual livre 0,84 mg·L-1, pH 6,17, temperatura 25 °C, índice de saturação de Langelier -3,76, dureza 20 mg·L-1 CaCO3, e sílica 15,2 mg·L- SiO2) quanto microbiológicas (1,24 log10 UFC·mL-1). A água purificada obtida pelo sistema esteve sempre de acordo com as especificações físico-químicas e microbiológicas estabelecidas pelo fabricante do equipamento e pela Farmacopeia Brasileira. A água purificada distribuída foi aprovada nas especificações físico-químicas, porém o nível de contagem de bactérias heterotróficas estava acima do permitido (>2 log10 UFC·mL-1), o que pode comprometer alguns resultados analíticos dos laboratórios. Foi verificado ainda que higienização do reservatório de água potável e do reservatório de água purificada deve ser feita a cada 6 meses, uma vez que os resultados deste procedimento mostraram redução significativa (p<0,05) na contagem de bactérias heterotróficas. Além disso, o sistema deve apresentar manutenção e reposição dos elementos filtrantes e acessórios do equipamento. A segunda parte do estudo teve como objetivo identificar os isolados bacterianos por meio de técnicas moleculares. Com o sequenciamento do gene ribossômico 16S rDNA, as espécies identificadas na água potável foram Aneurinibacillus aneurinilyticus, Enterococcus faecium, Escherichia fergusonii e Enterobacter cloacae subsp. Dissolvens. Na água purificada, foram encontradas as espécies Acinetobacter calcoaceticus e Staphylococcus warneri e na água distribuída, Enterococcus faecium e Enterobacter cloacae subsp. Dissolvens. A superfície dos isolados identificados foi submetidas à medida do ângulo de contato, com intuito de fazer a previsão teórica da adesão em função da hidrofobicidade das superfícies dos micro-organismos e da superfície do Loop de distribuição. As espécies e a superfície estudadas foram consideradas hidrofílicas. A adesão não foi termodinamicamente favorável (ΔG adesão >0) entre a superfície e todas as espécies identificadas. Os resultados de predição termodinâmica foram compatíveis com as contagens de bactérias heterotróficas da superfície de polipropileno (loop de distribuição) que atingiram valores de aproximadamente 5 log10 UFC·cm-2, indicando que não se caracteriza como biofilmes.