Extensão Rural
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Item A dinâmica e o papel da extensão rural na agricultura familiar na província de Niassa – Moçambique(Universidade Federal de Viçosa, 2022-10-05) Marassiro, Mateus João; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/7959096212036605A agricultura constitui o pilar para o desenvolvimento e a luta contra a fome nos países da África Subsaariana. Esse setor emprega cerca de 70% da população e contribui aproximadamente com 25% do PIB. Em Moçambique, a agricultura é considerada a base de desenvolvimento desde a primeira constituição da República em 1975. No entanto, a literatura aponta que o setor enfrenta múltiplos desafios como, por exemplo, políticas públicas ineficientes e insuficiência de recursos humanos e financeiros. É nesse contexto que o trabalho analisou os Serviços de Extensão Rural (SER) públicos a partir da sua dinâmica e modos de execução, buscando compreender a caracterização desses serviços e sua colaboração na agricultura familiar na província de Niassa - Moçambique. A pesquisa, de caráter exploratório e descritivo, recorreu à abordagem qualitativa e quantitativa. O seu desenvolvimento, contemplou a utilização de dados primários e secundários. Para a obtenção dos dados primários foram utilizados como instrumentos de coleta a aplicação de questionários junto a agricultores e técnicos dos distritos de Sanga e Muembe e entrevistas semiestruturadas com os chefes do SER. Para a seleção dos agricultores recorreu-se a amostragem probabilística aleatória simples, ao censo para os extensionistas e à amostragem não probabilística por conveniência para os funcionários na posição de chefe ao nível provincial e distrital. Assim, a pesquisa foi realizada entre os meses de janeiro e junho de 2020 e abrangeu 220 agricultores, 30 técnicos e 10 chefes. Utilizando o software SPSS, realizou-se a estatística descritiva, teste qui-quadrado e t-student para testar as hipóteses do estudo. A agricultura é descrita como a principal ocupação, servindo de fonte de alimentos e renda do agregado familiar. Os agricultores obtêm um rendimento médio de 1,15 ton./ha na cultura de milho, o que não difere do rendimento médio nacional. Entre adversidades observadas, os SER cobrem uma pequena parcela dos agricultores familiares e as infraestruturas de estrada estão degradadas, influenciando negativamente nos processos produtivos. Assim, a contribuição dos SER na agricultura ainda é fraca, destarte cerca de 70% dos agricultores estão no limiar da pobreza. A abordagem difusionista é predominante na atuação dos técnicos de extensão rural e a participação dos agricultores nas atividades de extensão é ínfima. O setor agrário enfrenta desafios de insuficiência de recursos humanos, materiais e financeiros para a realização das atividades. Para que esse setor contribua para a redução da fome e da pobreza é necessário desenhar e implementar políticas e estratégias robustas que considerem as realidades locais e os contextos dos agricultores. Deste modo, o desenvolvimento de uma ação extensionista pautada na comunicação, no diálogo e na efetiva participação dos agricultores figura como importante estratégia para a melhoria dos serviços prestados e o alcance de resultados satisfatórios. Para tanto, visando o aprimoramento do atendimento aos agricultores, das tecnologias sociais disponibilizadas que as tornem viáveis frente à reduzida capacidade financeira dos agricultores, é necessária a capacitação regular dos técnicos de extensão, incluindo a abordagem não só de aspectos técnicos como também de conteúdos sociais. Palavras-chave: África Subsaariana. Desenvolvimento rural. Abordagem de Extensão Rural. Política de extensão rural. Pobreza.Item A ação extensionista frente aos desafios da Ater digital: uma análise sobre a Emater-DF(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-06) Lopes, Renato de Carvalho; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/0537142997844003Ante ao contexto geral do serviço público de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Brasil, na última década, é possível observar que as múltiplas atividades educativas, comunicativas, mediadoras e assistenciais realizadas pelos extensionistas rurais estão cada vez mais inseridas em um ambiente digital e virtual de trabalho, por vezes, substituindo, mesclando ou complementando as práticas presenciais destes profissionais. Neste sentido, presume-se que as diferentes ações de Ater mediadas pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) e pela Internet, têm participado diretamente dos processos de ensino-aprendizagem, construção e troca de saberes entre os extensionistas rurais e os beneficiários de Ater. A Internet também tem se mostrado medular no momento de pandemia do novo coronavírus SarCov-2, causador da Covid-19. A doença, que tem provocado perdas de milhões de vidas e graves danos socioeconômicos pelo mundo, demandou medidas de isolamento e distanciamento social para conter o seu avanço, o que fez acentuar a necessidade de comunicação sem a presença física das pessoas. Logo, o serviço de Ater, que historicamente tem se apropriado das TDICs em suas intervenções, também buscou ampliar sua comunicação e interação por meio de plataformas virtuais junto aos agricultores e suas famílias, no referido contexto. Todavia, os extensionistas rurais têm se defrontado com diferentes desafios neste campo de atuação, adentrando o universo do trabalho digital, fortuitamente, sem o devido suporte técnico, capacitação ou posse de equipamentos adequados para sua execução, além de enfrentarem o possível aumento de sua jornada, carga e volume de trabalho diário. Há, ainda, os problemas relativos à patente exclusão digital no meio rural; as questões éticas e morais sobre as práticas de extensão rural que podem ou não acontecer em ambiente digital; e os problemas sobre a segurança de dados pessoais dos beneficiários de Ater, que são cotidianamente acessados pelos extensionistas. Nessa perspectiva, a presente dissertação trata-se de um estudo de caso, cujo objetivo é analisar o processo de planejamento, organização e execução das atividades realizadas pelo serviço de Ater, ora mediadas por TDICs e Internet, sendo estas ações recentemente denominadas por “Ater digital”. Tomou-se como lócus e sujeitos da pesquisa, respectivamente, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e os seus extensionistas rurais. Foi disponibilizado a estes trabalhadores um questionário contendo cinquenta questões de múltiplas escolhas e quatro questões abertas, que foram acessados e respondidos por meio da plataforma virtual Google Forms. Buscou-se compreender como os técnicos da Ater vêm se apropriando dos recursos digitais como suporte metodológico em suas abordagens junto aos agricultores, resgatando o histórico do serviço de extensão rural no Brasil e no Distrito Federal; discutindo questões sobre exclusão digital nos espaços rurais; e analisando parte do cotidiano laboral dos extensionistas da Emater-DF, incluindo as atividades realizadas presencialmente e por teletrabalho durante o período de pandemia de Covid-19. Palavras-Chave: Extensão Rural. Ação Extensionista. Ater Digital. Pandemia de Covid-19.Item Políticas públicas de Ater: avaliação dos processos do Programa Mais Gestão(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-04) Faria, Adilson Ferreira; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/0052515027915587Diante da necessidade de consolidação das cooperativas da agricultura familiar, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem empreendido inúmeros esforços para melhorar sua gestão e o acesso a mercados. Dentre essas ações, é lançado em 2012, um programa estruturado e com metodologia própria, denominado ATER Mais Gestão (Mais Gestão). Esse beneficiou 457 cooperativas, distribuídas em 18 estados do país, com investimentos de 57 milhões. Nesse cenário, a presente pesquisa buscou avaliar a percepção dos processos dessa política pública durante a execução do edital SAF/DATER 06/2012 que contemplou 168 cooperativas. A avaliação foi realizada por meio de indicadores de desempenho fornecidos por elementos da cadeia de valor do Programa e a metodologia 6 E’s de desempenho. Para a obtenção dos dados da pesquisa foram aplicados questionários nos diretores das cooperativas no período de dezembro de 2015 a março de 2016, perfazendo uma mostra de 24 cooperativas. Dos resultados obtidos, destaca-se a perda de 24% do desempenho geral do Programa, ocorrendo as maiores avaliações negativas em 2 subdimensões de resultado, a eficiência com 32% dos seus pontos e a efetividade com perda de 31%. A dimensão de esforço teve perda total de 17%, sendo que as cooperativas sinalizaram que o volume de recursos investidos poderia ser otimizado e que atrasos no Programa ocasionou perda de credibilidade, comprometendo os resultados alcançados. Com relação à avaliação das executoras, ocorreu perda de 23% no desempenho dessas organizações. Conclui-se que o Mais Gestão, a fim buscar melhores resultados, deve buscar formas de maior inserção das cooperativas em mercados e que demanda do acompanhamento sistemático por parte do MDA das suas ações. Destaca-se também a necessidade de revisão da metodologia em seus processos finais, ou seja, na delimitação do plano de aprimoramento e nas visitas técnicas, etapas que tiveram maior impacto negativo nos resultados alcançados pelo Mais Gestão.Item A ausência presente e o silêncio que fala: impasses da extensão universitária(Universidade Federal de Viçosa, 2005-06-30) Santos, Juliane Gonçalves dos; Botelho, Maria Izabel Vieira; http://lattes.cnpq.br/0077640312902337Este estudo problematiza as relações e interações da Universidade Federal de Viçosa junto ao Movimento de Atingidos por Barragens do Alto Rio Doce, com ênfase na assessoria prestada pela Universidade aos atingidos pela UHE de Fumaça, no município de Diogo de Vasconcelos (MG). Buscou-se, assim, identificar contribuições, impasses e prováveis conflitos advindos desta relação. A análise e discussão dos dados foi pautada não só nos pressupostos da Teoria Social do Discurso (TSD), uma das perspectivas atuais da Análise Crítica do Discurso (ACD), mas também a partir desta abordagem buscou-se situar a discussão seguindo as reflexões da Teoria da Ação Comunicativa (Habermas, 1984) e de conceitos nucleares como orientação instrumental, mundo da vida e mundo dos sistemas. Esta pesquisa permitiu reconhecer a relevância do papel da Universidade Federal de Viçosa nas atividades de extensão universitária que desenvolve, especialmente as que concernem à assessoria que, desde 1995, atua junto ao Movimento de Atingidos por Barragens do Alto Rio Doce. Entretanto, também identificou-se que a assessoria aos atingidos pela barragem de Fumaça enfrentou problemas e questões que afetam a rotina da universidade, como maior disponibilidade para conjugar uma efetiva prática extensionista com o ensino e a pesquisa. Dentre outras questões, a experiência e os desencontros na assessoria aos atingidos pela UHE Fumaça, embora pareça ter sido uma questão pontual, apontam para a necessidade de se promover reflexão e discussão mais profundas acerca da possibilidade de se estar operando um modelo de assessoria vertical, pouco participativa e desvinculada dos reais interesses dos assessorados.Item O Capital Social como fator de desenvolvimento rural sustentável nos serviços de ATER do INCAPER(Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-24) Barbosa, Nilson Araujo; Ferreira Neto, José Ambrósio; http://lattes.cnpq.br/3069116756563554O presente estudo buscou analisar a influencia do Capital Social existente nas comunidades, em seu desenvolvimento rural sustentável tendo a ATER como seu agente promotor. Para tanto, a pesquisa utilizou os conceitos de Capital Social e de desenvolvimento rural na perspectiva de que os serviços de ATER possam ser influenciados positivamente pelo Capital Social presente nestas comunidades. O estudo foi realizado na região noroeste do estado do Espírito Santo, especificamente nos municípios de Nova Venécia e de Água Doce do Norte, sendo estes, os municípios com o maior e com o menor IDHM desta microrregião, respectivamente. Para tanto, inicialmente se realizou uma pesquisa bibliográfica, perpassando sobre os conceitos de Capital Social, de desenvolvimento rural e também de ATER. Em seguida realizou-se a pesquisa de campo na qual se utilizou de instrumentos para coleta de dados, quais sejam, a aplicação de questionários aos agricultores assistidos pelo Incaper nestes municípios e entrevistas semiestruturadas aos agentes públicos responsáveis pela ATER nos referidos municípios. O objetivo geral da pesquisa foi analisar o Capital Social das comunidades como fator de Desenvolvimento Rural Sustentável na operacionalização dos serviços de ATER do INCAPER. Nesse sentido concluímos que as questões socioculturais intrínsecas das comunidades, ou seja, o Capital Social em termos de elementos de confiança, cooperação e reciprocidade, podem contribuir para o desenvolvimento rural sustentável numa perspectiva emancipadora e multifacetada, na medida em que os serviços de ATER são facilitados em comunidades com maior estoque deste bem, sendo este um bom instrumento para análise dos processos de intervenção social no meio rural. Contudo, reiteramos que além do Capital Social, há ainda que se considerar outros fatores que de igual modo colaboram para que as transformações possam ocorrer no meio rural, pois ao atuarem de forma integrada e convergente propiciam o desenvolvimento. Desse modo, além do Capital Social e da ATER, outros fatores estruturantes, são fundamentais para que se possa ter de fato um desenvolvimento rural sustentável, que seja socialmente justo, culturalmente respeitado, economicamente viável e ambientalmente sustentado.Item "Tá achando que aqui só tem bobim da roça?": meios de vida e participação de sujeitos rurais na elaboração de um plano municipal de desenvolvimento rural sustentável(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-23) Mucci, Carla Beatriz Marques Rocha e; Mafra, Rennan Lanna Martins; http://lattes.cnpq.br/1036369720878958O foco empírico dessa dissertação é problematizar os efeitos da construção participativa na elaboração do PMDRS. Algumas abordagens conceituais foram mobilizadas: i) a abordagem dos meios de vida, responsável por oferecer um olhar sobre os processos de desenvolvimento rural com foco nos sujeitos e nas relações que estes estabelecem com o ambiente; ii) a abordagem da democracia deliberativa, responsável por conformar um quadro teórico e empírico bastante influente no modo como os Estados atuais buscam construir suas políticas e produzir legitimidade pública de suas ações; e iii) a abordagem da reforma gerencial do Estado, que pretende problematizar em que medida aos Estados atuais é possível produzir processos de gestão pública eficientes, pautados pelo planejamento, inspirador a um compromisso gerencial supostamente mais efetivo. Especificamente, os objetivos visam (1) verificar se as práticas metodológicas de pesquisa-ação e de mediação dialógica podem ser estimuladoras à emergência da ação comunicativa, (2) analisar se um planejamento construído de modo dialógico foi capaz de acolher demandas vindas diretamente dos próprios rurais e carrega uma potencialidade de fortalecimento dos seus meios de vida e (3) avaliar se um Plano construído via ação comunicativa torna-se capaz de enfrentar a racionalidade administrativa do Estado. Com relação ao uso das práticas metodológicas de pesquisa- ação e mediação dialógica, os sujeitos rurais devem partilhar estar atentos para que as reflexões e os debates que acontecem durante as reuniões sejam compartilhados com os outros moradores dos espaços dos quais eles representam. Ressalta-se que este Plano pretende produzir efeitos que possam desenvolver o meio rural do município, no intuito de fortalecer a vida dos sujeitos e tornar a política pública mais democrática. Entretanto, o poder comunicativo não é o único que anima o Estado, pois embora tenha assumido uma postura gerencial, o poder administrativo é profundamente burocrático. No entanto, a discussão gerada via ação comunicativa oportunizou o diálogo com o Executivo, com o Legislativo e, juntos, primam em promover o desenvolvimento do meio rural.Item A percepção dos conselheiros do CEDRAF/MG sobre a operacionalização da ATER(Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-11) Souza, Marcelo de; Oliveira, Marcelo Leles Romarco deOs aspectos institucionais da Extensão Rural estão relacionados com as diferentes esferas políticas criadas pelos governos federal e estaduais, principalmente, com o objetivo de se repensar novas formas de atuação dos serviços de ATER mediante a participação da sociedade civil e do público beneficiário. Neste contexto, destaca-se a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) e os seus desdobramentos políticos posteriores - Lei Geral de ATER e ANATER. O objetivo desse trabalho é discutir a Extensão Rural brasileira na atualidade sob as diretrizes e preceitos da PNATER, partindo do debate em torno da criação da política pública até os seus desdobramentos políticos posteriores – Lei Geral de ATER e ANATER – tendo como fio condutor a visão e experiência dos conselheiros do CEDRAF/MG. Para tanto, foram empregados entrevistas semiestruturadas, observações participantes em reuniões, fóruns e conferência, articulados com a análise de atas, leis, manuais operacionais, planos, relatórios, entre outros, do CEDRAF-MG e demais documentos relativos à política nacional de ATER. Apesar do avanço da política de ATER, há deficiências estruturais tanto no órgão coordenador da política de ATER, o MDA, assim como se demonstrou certa fragilidade das entidades executoras de ATER em operacionalizar a política em Minas Gerais, mesmo levando-se em consideração o profícuo grau de organização e articulação entre essas entidades, principalmente entre as entidades não governamentais. À guisa de análise tentou-se buscar os motivos da fragilidade apontada pelos representantes do CEDRAF-MG aplicando a teoria de figuração de Norbert Elias quando se nota que as cadeias de interdependência tornam-se mais frágeis e opacas em virtude do maior número de grupos sociais que exercem entre si controles mútuos e de uma correlação de forças maior no âmbito estadual que ainda define os rumos para a agricultura mineira e brasileira de uma forma geral.Item Avaliação do modelo de assistência técnica privada em uma cooperativa de cafeicultores das Matas de Minas: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-30) Castro, Thiago Teixeira Sant’ana e; Protil, Roberto Max; http://lattes.cnpq.br/9789784501765028A penetração do capital industrial na agricultura modificou as relações no campo. As indústrias de insumos agrícolas passaram a coordenar a modernização da agricultura e vêem nas cooperativas agropecuárias, que detêm grande número de técnicos extensionistas, fortes parceiras na distribuição de seus produtos e na difusão de novas tecnologias. As condições estabelecidas nessas parcerias inserem outros interesses na relação entre cooperado e sua cooperativa, o que pode desmobilizar todo o quadro social e consequentemente levar à perda de competitividade dessa empresa no mercado, Este estudo teve por objetivo analisar os serviços de assistência técnica prestados aos cooperados de uma importante cooperativa agropecuária situada no complexo agroindustrial do café das Matas de Minas. Essa cooperativa estabelece parcerias com indústrias de insumos químicos e utiliza seus técnicos extensionistas, denominados de consultores técnico-comercias, como representantes das indústrias parceiras. Para a coleta de dados foram utilizados questionários aplicados a distância, por meio da ferramenta SurveyGizmo,aos consultores técnico-comerciais e questionários aplicados de forma presencial, utilizando Escala Likert de cinco pontos, aos cooperados da cooperativa. Analisou-se a percepção dos consultores técnico-comerciais a respeito dos serviços prestados, sobre os conceitos de extensão rural e assistência técnica e os trabalhos de organização do quadro social empreendido pela cooperativa. Levantou-se as atividades mais realizadas pelos consultores técnico-comerciais com intuito de mapear o foco de sua atuação. Com relação aos cooperados, utilizou-se o critério de relevância dos serviços de assistência técnica proposto pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Conclui-se que embora a equipe de assistência técnica de uma cooperativa necessite realizar funções que fomentem a participação dos cooperados, o departamento técnico centraliza suas ações nas orientações técnicas produtivas, estimulando a utilização de insumos no processo produtivo. Apesar disso, os cooperados percebem que as recomendações realizadas pelos técnicos são relevantes.Item Extensão rural e juventude: a experiência dos clubes 4-S em Minas Gerais (1950- 1980)(Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-18) Souza, Solange Batista de; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/2391647645337400O presente trabalho teve o intuito de analisar a atuação dos Clubes 4-S em Minas Gerais, por meio do trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG). A partir de uma pesquisa documental no acervo de documentos da EMATER-MG e da realização de entrevistas com extensionistas que trabalharam durante a vigência do Clube 4-S, foi possível formular uma narrativa sobre a história da Extensão Rural e sua atuação na vida da Juventude Rural mineira entre as décadas de 1950 a 1980. Foi possível identificar que a implantação do Clube 4-S em Minas Gerais possibilitou mudanças no meio rural, no entanto, algumas transformações não alcançaram toda juventude, o que culminou em um processo de exclusão no meio rural.Item Operacionalização de políticas públicas em contextos locais: A PNATER na Chapada Diamantina Bahia(Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-24) Andrade, álvaro Antônio Xavier de; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; http://lattes.cnpq.br/7243233021457511; Albino, Pablo Murta Baião; http://lattes.cnpq.br/6978191281302700; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/9640368530350343A Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER, instituída pela lei 12.188 de 11 de janeiro de 2010, foi construída no intuito de ser o norte para as entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que buscam acessar seus recursos. Ela foi elaborada tendo por base as reorientações para as ações e métodos da Ater no Brasil, após ser constatado que o modelo vigente, pautado no difusionismo, ferramenta de implantação do modelo modernizante adotado pelo Estado para a agropecuária nacional, de fato ocasionou diversos problemas. Dentre os quais, a concentração da propriedade da terra, o aumento do êxodo rural, dos impactos ambientais e da exclusão socioeconômica de parte dos agricultores familiares do Brasil, em especial nas regiões Norte e Nordeste. Elaborada tendo por base as perspectivas trazidas pelo novo modelo de Ater, uso de metodologias participativas, adoção de agricultura de base ecológica, valorização dos saberes locais, democratização da gestão da política, por exemplo, a PNATER, para efetivar-se, necessita que ocorram mudanças tanto nas ações dos extensionistas, quanto nas ações das instituições de Ater. Somando-se a estes fatos, a questão de ser uma política universal, única para todo o território nacional e para seus diferentes beneficiários, acredita-se que possíveis percalços possam ocorrer em sua operacionalização nos diferentes contextos locais nacionais. Pressupõe-se, portanto, que diversidades tais como, características sociais, econômicas, ambientais, institucionais, entre outras, afetam a eficiência das políticas públicas, fazendo com que haja resultados diferentes nas distintas regiões onde são operacionalizadas. Desta maneira, este trabalho pretende identificar como está ocorrendo a operacionalização da PNATER sob os serviços de Ater da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola EBDA diante dos trabalhos de sua gerência regional sediada em Seabra, na Chapada Diamantina - BA. Assim, buscou-se identificar, a partir da percepção da equipe de extensionistas desta gerência regional, como a PNATER se materializa nas ações e nos programas da EBDA. Constatou-se que a PNATER não é, de fato, o norte dos trabalhos de Ater da equipe local, só estando presente para a maioria dos servidores entrevistados de forma indireta, pois, parte dos programas trabalhados pela equipe local possui relação com os princípios e objetivos desta política pública. A maioria dos entrevistados sequer conhece o documento que deveria ser a baliza de seus trabalhos, sendo que, existe mais de um caso onde o servidor declara nem saber da existência da lei responsável por instituir esta política pública.
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