Extensão Rural
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Item Por trás do verde: discurso e prática de uma ONG - o caso da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza(Universidade Federal de Viçosa, 1994-06-17) Borges, Cristina Xavier de Almeida; Rocha, Fernando Antônio da Silveira; http://lattes.cnpq.br/5662911258141829O presente estudo focalizou a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), do ponto de vista de suas proposições para o meio ambiente, bem como do sentido político e ideológico implícito nas suas práticas, desde o momento de sua criação, em 1958, até 1990. Dado que este trabalho teve por objeto uma entidade ecológica que se define como conservacionista, inicialmente foi analisada esta postura como uma das correntes representativas do movimento ecológico atual. Para caracterizar a significação sócio-histórica da FBCN, o Conservacionismo foi considerado conceitualmente, mas também em sua realização histórica efetiva, tal como se caracterizou no caso específico dessa entidade. Para as considerações analítico-críticas, os referenciais empíricos, coletados por meio de pesquisa de campo, foram relacionados ao contexto político brasileiro correspondente a cada uma das fases que se distinguem na história da FBCN. Da interpretação geral desses referenciais, resultaram elementos que levaram a considerações de que, ideologicamente, tanto o Conservacionismo como a própria FBCN situam-se, teoricamente, nos limites do pensamento liberal. E, por outro lado, suas propostas e estratégias ecológicas são compatíveis com as concepções de desenvolvimento que o Estado brasileiro tem teoricamente assumido, a partir dos anos 50.Item Formas de intervenção institucional: percepção de produtores rurais da agricultura familiar, organizados em associações comunitárias(Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-09) Fonseca, Zenaido Lima da; Braga, Geraldo MagelaEste estudo analisa as formas de intervenções institucionais de assistência técnica e extensão rural governamentais e não-governamentais e o associativismo no contexto de vários programas e projetos no município de Jacuí-MG. As principais interventoras são EMATER e Cooparaíso. A população deste estudo é composta de 81 produtores da agricultura familiar, representando 100% dos integrantes de todas as associações rurais. As intervenções iniciais da EMATER não visavam à formalização imediata dos grupos, porém esta foi apressada para assegurar a captação de recursos. O associativismo exibe certo grau de paternalismo, mas tem apresentado expressivo avanço na conquista de direitos sociais, culturais e econômicos, por meio da permanente negociação entre suas classes e aproveitamento de oportunidades. A agropecuária beneficiou-se, objetivamente, das influências positivas das instituições interventoras, como EMATER, Cooparaíso, SETAS, EMBRAPA, Banco do Brasil, governo do Estado de Minas, LBA, UFV, SAJ, mediante ações, programas e projetos, entretanto, os resultados de maior impacto ocorreram nas atuações denominadas sociais e de infra-estrutura, dentre as quais se destacam os centros sociais, a eletrificação rural e a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Destaque especial foi dado aos avanços no processo de politização dos integrantes de Associações Comunitárias. Às intervenções são creditados um avanço no processo de democratização do poder e um aumento do espaço para a participação nas decisões de projetos, programas e reivindicações dos direitos. A partir da consciência de classe emergiram lideranças políticas, como prefeito, vice e vereadores das associações, os quais participam da estrutura de poder em Jacuí. A assistência técnica das instituições já foi mais atuante, mas hoje não atinge a massa de produtores, principalmente porque os técnicos locais atendem também a outro município, além da falta de melhor planejamento das ações, capacitação técnica e pedagógica. Os produtores cobram uma visão diferenciada, problematizadora e construtivista dos agentes de extensão. A interação comunidade, extensão, pesquisa e ensino propiciou duas experiências relevantes de estudo da metodologia participativa na produção coletiva de semente de milho e confinamento comunitário de bovinos, desenvolvidos por pequenos agricultores. Os produtores sugerem que seja resgatado o estilo de trabalho adotado nos extintos Clubes 4-S. Tendo em vista que os produtores de Jacuí, em relação à inserção na economia de mercado, estão ainda vinculados ao que Marx denomina de lucro de alienação, há necessidade de as instituições de ensino, pesquisa e extensão buscarem, junto aos produtores, mecanismos que garantam não somente a sobrevivência destes, que nem sempre têm terra, capital, conhecimento formal e tecnologia, mas a participação no processo de desenvolvimento econômico e social brasileiro.