Extensão Rural

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/168

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Os dançadores do Rosário ganham novos trajes: congada, igreja e amigos da congada em Brás Pires-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-01-14) Ferreira, Rodrigo de Souza; Botelho, Maria Izabel Vieira; http://lattes.cnpq.br/0403376630808068
    O presente trabalho teve como foco a inserção do Grupo de Congada Rosário da Aliança na Festa de Nossa Senhora do Rosário em Brás Pires/MG e a relação estabelecida com a sociedade abrangente, em especial com a Paróquia local e com a agremiação denominada “Amigos da Congada”. Visando compreender as transformações que, recentemente, marcaram tal inserção, foi discutida a atuação da Igreja Católica, ao longo do tempo, frente àquela manifestação da cultura afro-brasileira. Originalmente vinculados a irmandades religiosas, grupos de congada viram, a partir do século XIX, essas formas associativas perderem a expressividade e o poder representativo que tiveram durante o período colonial. Estas passaram a sofrer com restrições mais severas, pois a Igreja Católica, imbuída dos ideais romanizadores, intensificou seu controle sobre práticas da religiosidade popular. Nesse ínterim, muitos grupos de congada passaram por um processo de intensa marginalização. Entretanto, o rigor que marcara as relações da Igreja com determinadas expressões culturais, no século XIX e início do século XX, arrefeceu-se com as propostas do Concílio Vaticano II – 1962/1965. A partir de então, houve uma tendência de incorporar, nos ritos oficiais, manifestações de cunho folclórico ou popular. Voltando-se para o caso específico de Brás Pires, pôde-se notar que os ideais do Vaticano II somente tomaram corpo a partir de inícios da década de 1990, quando o Grupo de Congada local conseguiu romper o tabu que restringia a sua atuação à festa de rua, passando a participar também dos ritos internos da Igreja. Além dessa “abertura” da Igreja Católica, um outro aspecto observado foi a crescente atuação da agremiação “Amigos da Congada” junto ao Congado em Brás Pires. Formado por pessoas alheias àquela manifestação, tal agremiação vem, nos últimos anos, oferecendo suporte material ao Grupo de Congada e, como conseqüência, exercendo grande influência sobre a prática do Grupo, sobretudo, no que se refere ao aspecto organizacional.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Capitalismo, ciência e natureza: do ideário iluminista do progresso à crise ambiental contemporânea
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-12-02) Ferreira, Rodrigo de Souza; Botelho, Maria Izabel Vieira; http://lattes.cnpq.br/0403376630808068
    Há um paradoxo fundamental na lógica operacional do sistema capitalista, que determina que este seja um sistema autodestrutivo. Esse paradoxo pode ser expresso pela seguinte equação: o consumo de recursos naturais é diretamente proporcional ao ritmo do crescimento econômico. Portanto, quanto mais efetivo é o sucesso do modelo econômico capitalista, mais intensa é a dilapidação dos seus próprios meios de reprodução, ou seja, mais perto ele se encontra da carestia e, logo, da ruína. Pari passu às transformações que determinaram a ascensão e a expansão do capitalismo como modelo econômico hegemônico, surgiu e se projetou também de forma hegemônica uma lógica de pensamento que respaldou e incitou a lógica operacional da exploração capitalista, não obstante todas as correntes contrárias. Essa lógica de pensamento, que pode ser traduzida como ideário (ou filosofia) do progresso, se assenta na ideia de que a expansão do saber científico e tecnológico é determinante para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, uma vez que viabiliza a ampliação da produção e do consumo de bens materiais. Ao admitir que a produção e o consumo são os indicadores máximos da prosperidade das nações e da qualidade de vida dos indivíduos, esta perspectiva infere que quanto maiores são os níveis de produção e consumo, mais próspera é a nação e, em última instância, mais felizes são seus cidadãos. Tornando-se hegemônica, essa lógica de pensamento se afirmou como a melhor expressão da própria racionalidade humana, legitimando todos os esforços voltados para a ampliação da capacidade produtiva e, logo, do consumo. Sob a égide do ideário do progresso, a ciência moderna se tornou um dos principais instrumentos da expansão capitalista. A especificidade da forma de produção do conhecimento científico estimulou (e estimula) incrementos técnicos sucessivos, que, em última instância, determinaram (e determinam) o ritmo do crescimento econômico e, logo, do escasseamento dos recursos naturais. Portanto, o ideário do progresso contribuiu decisivamente para a produção do cenário de crise ambiental contemporânea.