Educação
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Resultados da Pesquisa
Item Formação continuada de professores, dimensões e configuração da identidade: narrativas sobre experiências(Universidade Federal de Viçosa, 2024-02-27) Paula, Michele Pereira de; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3242560040894366A formação docente, em sentido mais amplo, é um dos indicadores da qualidade da educação e a formação continuada de professores tem sido considerada fulcral perante as transformações educacionais que correspondem às exigências sociais do século XXI. À luz dos estudos de Day (2001), Gatti (2006, 2008, 2013-2014), Nóvoa (2005, 2007, 2019, 2021), Imbernón (2010) e Barreto (2015), compreendemos a formação continuada de professores como domínio importante ao desenvolvimento profissional e à composição da identidade docente. Contemplamos, nesta pesquisa, o objetivo de compreender as ações de formação continuada de professores da educação básica de município mineiro de médio porte, relacionando as dimensões de composição da identidade docente e suas implicações para o desenvolvimento profissional. Consideramos os questionamentos: Quais ações, experiências e/ou estratégias de formação continuada foram propostas aos professores da educação básica na rede municipal de um município mineiro no período de 2017 a 2021? Quais dimensões da identidade docente são constituídas pelos professores nas propostas de formação continuada e que implicações apresentam no desenvolvimento profissional? Para responder a essas questões, trabalhamos com a abordagem qualitativa de pesquisa, em uma investigação biográfica-narrativa, com foco na abordagem experiencial, delineada pelos pressupostos de Souza (2006), Finger e Nóvoa (2010), Clandinin e Conelly (2011). O trabalho de André (1983), com a proposta de análise de prosa, é o aporte para analisar as narrativas de cinco professoras da educação básica e interpretar as dimensões que as constituíram profissionalmente. A caracterização das dimensões identitárias foi destacada pelos aspectos motivacionais, sociorepresentacionais e emocionais presentes nas narrativas das professoras participantes. Como resultados, apontamos experiências esparsas de formação continuada distantes das dimensões mobilizadas como substanciais à profissão. Destacamos, ainda, a desarticulação das ações de formação continuada associadas às dimensões relevantes à composição da identidade docente e pouco favorecimento ao desenvolvimento profissional de professores. Palavras-chave: Formação continuada de professores. Dimensões da identidade docente. Narrativas de professores.Item A produção de atividades de Geometria por professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental(Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-13) Silva, Gislaine de Freitas; Santos, Silvana Claudia dos; http://lattes.cnpq.br/7412472445649609Na presente pesquisa, objetivamos compreender como professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental produzem atividades de Geometria, para serem desenvolvidas com o GeoGebra. O estudo possui cunho qualitativo, por envolver a percepção dos sujeitos, permitir o estudo de fenômenos na perspectiva deles e levar em consideração o meio em que atuam. Assim, a produção dos dados advém no contexto de uma ação de formativa continuada docente, desenvolvida com sete (7) professoras atuantes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Viçosa - Minas Gerais. Nesse processo, utilizamos, como procedimentos metodológicos, a aplicação de um questionário e a observação participante da ação formativa. Destacamos que o registro ocorreu por meio de anotações em um caderno de campo, gravações de áudio de todos os encontros e prints das atividades desenvolvidas. Nessa ação formativa, os professores participantes foram convidados pelas ministrantes a desenvolver e elaborar atividades de geometria com o GeoGebra. A análise teve início concomitante à produção deles, com um aprofundamento posterior e, nesse processo, chegamos a duas categorias, que apresentamos em forma de artigos: “O engajamento docente numa ação formativa com o uso das tecnologias digitais” e “Os desafios docentes ao usar tecnologias digitais em uma ação formativa”. Antes de realizarmos a análise dessas duas categorias, apresentamos um Estado do Conhecimento, visando mapear pesquisas relacionadas à temática formação continuada de professores relacionada às tecnologias digitais no ensino de matemática e o desenvolvimento de atividades autorais por parte dos docentes em processo de formação continuada. Como principal resultado, constatamos que as participantes da ação formativa, apesar dos desafios enfrentados, se engajaram durante todo o processo de realização das atividades de Geometria com o uso do GeoGebra e que a construção colaborativa foi essencial para o maior entendimento e a produção das atividades. Pontuamos que o fato de ter sido uma ação formativa colaborativa e de ter ocorrido no ambiente de trabalho das docentes contribuiu para o envolvimento delas e permitiu uma reflexão sobre a prática docente. Palavras-chave: Educação Matemática. Formação Continuada de Professores. Tecnologias Digitais. GeoGebra. Geometria.Item Contribuições do estágio supervisionado docente para a formação colaborativa de professores(Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-04) Souza, Mirelle Barbosa de; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/5449125159818839O Estágio Supervisionado Docente (ESD) pode ser compreendido como elemento fundamental para auxiliar a formação inicial e continuada de professores. No ESD o estagiário em formação inicial pode aliar os conhecimentos teóricos à prática docente. Além disso, pode experienciar a docência, enquanto proporciona aos professores em exercício, possibilidades de formação continuada e de mobilizar novos saberes e aprendizagens pedagógicas. Por isso, uma relação saudável, harmônica e formativa, entre esses dois sujeitos, pode favorecer tanto o professor regente do estágio como o próprio estagiário em formação inicial, contribuindo em uma formação em via dupla, ou seja, uma formação colaborativa. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo compreender as potencialidades e fragilidades do Estágio Supervisionado Docente na promoção de experiências colaborativas e formativas entre o professor regente e estagiário. Para fundamentar teoricamente a pesquisa foram mobilizados os estudos de autores que discutem a formação de professores e o ESD, tais como: Nóvoa (1995); Tardif (2002); Zeichner (1992); Imbernón (2010); Mizukami (2002); Schön (1983); Lüdke (2001); Pimenta e Lima (2017), entre outros. Tendo como abordagem metodológica a pesquisa qualitativa, foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas e questionários online. A análise de dados se apoiou na análise de prosa proposta por André (1983). Os participantes da pesquisa foram professores de ciências e biologia, regentes de estágio e estudantes do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UFV que estavam matriculados nas disciplinas obrigatórias do ESD no momento da pesquisa. O primeiro contato ocorreu por meio de um formulário online explicando o objetivo do trabalho e verificando o interesse em participar da pesquisa. Aqueles que se dispuseram a participar, foram encaminhados para o processo de entrevista semiestruturada. Ao todo, foram realizadas três entrevistas com os professores regentes e três entrevistas com os estudantes em processo de estágio supervisionado. Os resultados indicaram uma colaboração consolidada entre os estagiários e os professores regentes, principalmente em se tratando da troca de experiência. Além disso, o ESD se mostrou relevante ao colocar, pela primeira vez, o estudante em contato com o ambiente escolar. Esta pesquisa foi essencial para refletirmos sobre a relação existente entre os professores regentes e os estagiários, e apresentou elementos indicadores de uma prática colaborativa. Por fim, este trabalho proporcionou contribuições significativas e esperamos ainda que venha subsidiar cursos de formação de professores, especialmente no contexto da pesquisa. Palavras-chave: Estágio Supervisionado Docente. Formação colaborativa. Aprendizagem da docência.Item A Potência de um devirencontro entre uma escola e o espectro autista: deslocamentos, diferença e inclusão(Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-12) Azevedo, Matheus Modesto de; Lopes, Eduardo Simonini; http://lattes.cnpq.br/6806641744178969A estética deleuzo-guattariana ao nos apresentar o rizoma como um conceito, auxilia-nos a pensar e afirmar a vida como redes de conexões. Nesta dissertação nos valemos do entre como dimensão existencial em que emergem modos de relação, de territórios, de deslocamentos. O encontro entre uma docente e um aprendiz com autismo traça o sentido central de nossos estudos: acompanhar os modos de relação que se constroem na diferença e no cotidiano de uma sala de aula, e como tal relação faz ressonância com as dinâmicas da escola pesquisada. À potência de um devirencontro, nossas investigações se deslizam a fim de produzir ciências outras, desenhando mapas e seguindo processos. Portanto, utilizamos da narrativa cartográfica como ferramenta para construção metodológica. À arte cartográfica, os afetos compuseram traçados que consideraram a potência dos atravessamentos possibilitados por cada encontro, materializando-se em títulos e temáticas distintas. A aposta na imprevisibilidade ao lançarmo-nos no território de pesquisa, com a intenção de participar das significações inscritas no contexto de uma sala de aula junto de uma docente e um aprendiz com autismo, dá abertura a deslocamentos revelando outros sujeitos, dispositivos e movimentos, para além da docência e do aprendiz com autismo. Caos, cais, bifurcações, desencontros, tensões… Devirencontro, talvez seja sobre acontecimento, sobre modos de relações, sobre invenções e produções de escolas costuradas por linhas costumeiras, mas também por outras linhas, outros/as praticantes. Devirencontro são também deslocamentos, diferença, avessos e outros nomadismos. Longe de pontuar conclusões tecidas em verdades ou legitimidades, esta pesquisa ressalta que caracteriza-se como uma dimensão que parece não querer findar-se, apresentar dada. Um pesquisa com inconclusões minúsculas que sublinha a variedade e multiplicidade de acontecimentos e rizomas que parecem apostar no infinito, no não- ter-fim: desvios, criações e outros possíveis. Palavras-chave: Devirencontro. Docência. Autismo. Inclusão. Deslocamento.Item Patrimônio cultural no processo de ensino-aprendizagem no município de Ervália/MG(Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-05) Lessa, Tatiane; Fonseca, Valter Machado da; http://lattes.cnpq.br/9754322080201601A educação patrimonial é imprescindível para conhecer e reconhecer os patrimônios, a cultura, a história e a memória de diversos grupos. Contudo, o conceito de patrimônio cultural se modificou e se ampliou ao longo do tempo, e, nesse movimento, não só bens artísticos e históricos são valorizados e reconhecidos, mas também as mais diversas formas de tradições. Em Ervália, Minas Gerais, os bens tombados são de origem elitista e religiosa, porém, eles e as mais variadas tradições culturais poderiam ser utilizados de forma crítica e construtiva no processo de ensino-aprendizagem, principalmente na educação patrimonial. Nesse sentido, o presente trabalho buscou averiguar como a educação patrimonial ocorre na prática em escolas estaduais do município, onde foi enviado um questionário aos educadores que nelas atuam, para averiguar informações, aprofundar análises e construir sínteses. Com as respostas dos educadores, novos conhecimentos podem ser pensados e construídos para o processo educacional, levando em consideração o que os educandos já sabem. Algumas propostas de intervenções também foram apresentadas, direcionadas a uma boa condução de práticas educativas que envolvam educandos, educadores e a população do município em torno da educação patrimonial. Palavras-chave: Educação Patrimonial. Ensino. Bens tombados. Patrimônio.Item Memórias e experiências de professoras alfabetizadoras: saberes e aprendizagens(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-20) Ferreira, Karen Laíssa Marcílio; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/6527446379885437O campo de estudos sobre a formação de professores tem crescido substancialmente nos últimos 20 anos, o que pode ser constatado, dentre outros fatores, pelo considerável aumento das produções científicas sobre a temática, pela utilização de metodologias próprias para os estudos e pela melhor definição do seu objeto de estudos – o professor. Uma das principais tendências observadas a partir dos anos 2000 foi o crescente interesse dos pesquisadores em estudar a figura do professor, seus saberes, suas práticas, suas representações e suas opiniões. A presente pesquisa se inseriu nesse contexto, localizando no professor e na sua experiência um lócus para elucidar a principal questão deste estudo: como as professoras aprendem a alfabetizar? Buscou, portanto, explorar aspectos da formação e da prática docente de professoras alfabetizadoras, no intuito de compreender como ocorre essa aprendizagem, bem como quais saberes são mobilizados nesse contexto. Além dessa fonte, a pesquisa contou com um referencial teórico que abordou: os modelos e paradigmas da formação de professores, com autores como Saviani (2008), Diniz-Pereira e Soares (2019), Zeichner (2013), dentre outros, e as aprendizagens, os saberes e os conhecimentos desenvolvidos pelos professores no exercício profissional da docência, em que autores como Schulman (1986; 1997), Schön (2000), Tardif (1991), Mizukami (2004), Pimenta (2007), dentre outros, foram trazidos para as discussões. As outras vozes que se somaram a esta dissertação foram as de quatro professoras que atuam na educação infantil e no ensino fundamental. Com o intuito de recorrer às memórias e experiências dessas professoras acerca de seus saberes e conhecimentos, nos valemos do instrumental da entrevista narrativa, no sentido de refletir sobre quais os saberes da formação e da prática profissional fundamentam as suas práticas de alfabetização e/ou letramento e que fomentam a sua aprendizagem da docência. Em razão do contexto da pandemia do SARS-CoV-2, as entrevistas foram realizadas de forma on-line, por meio da plataforma Google Meet. Acreditamos que as memórias e experiências ligadas à formação e à constituição dos saberes que se articulam e emergem de sua prática docente foram fonte fundamental para refletir sobre como essas professoras aprendem a alfabetizar. A análise das entrevistas narrativas nos possibilitou delinear três saberes que são mobilizados por essas professoras: o saber teórico e prático da formação, o saber compartilhado entre pares e o saber da condição do aluno. Também nos possibilitou compreender que as professoras mobilizam diferentes espaços, conhecimentos, saberes e interações para constituir sua atuação docente, de modo que sua aprendizagem da docência não finda no momento da formação inicial, mas permeia o espaço da atuação docente e nele continua se desenvolvendo. Além disso, pudemos compreender que as práticas de alfabetização e letramento exercidas pelas professoras transpassam o período previsto para o ciclo de alfabetização dos alunos do ensino fundamental I, de forma que elas lançam mão dessas práticas mesmo na educação infantil e nos anos finais do ensino fundamental. Sendo assim, entendemos que para dar conta da sua atuação o professor não se vale de um único saber em suas práticas, mas de uma mescla de suas aprendizagens, que estão ligadas ao planejamento de suas atividades, às questões organizacionais do ambiente escolar, às relações engendradas com os pares, bem como a todo conhecimento teórico e também prático construídos no tempo da formação inicial. Portanto, os professores aprendem a alfabetizar à medida que adentram a profissão, se relacionam com seus pares e com os alunos e relacionam seus conhecimentos teóricos e práticos para elaboração e execução de suas atividades. Palavras-chave: Alfabetização e letramento. Formação de professores. Pesquisa narrativa.Item Desenvolvimento profissional e aprendizagem da docência na supervisão do estágio curricular em história: narrativas de professores da educação básica(Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-01) Derossi, Caio Correa; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2861629420221016A presente investigação desenvolvida nos âmbitos do Grupo de Estudos e Pesquisas Formação do Educador e Práticas Educativas (FORMEPE) e da Linha 1 “Educação Pública: Sujeitos e Práticas” teve como base de filiação o campo da formação de professores, em específico o estudo dos docentes de História da Educação Básica que atuam como supervisores do estágio curricular. Nesse sentido, objetivou-se compreender e analisar os processos de aprendizagem e desenvolvimento da docência de professores da Educação Básica que atuam como supervisores de estágios de licenciandos em História. A questão que nos mobilizou foi se a supervisão do estágio curricular, realizada pelos professores de História da educação básica, poderia ser considerado um espaço de desenvolvimento e aprendizagem profissionais da docência. A pesquisa segue a abordagem qualitativa, de naturezas bibliográfica, descritiva e (auto)biográfica, que ancorou suas categorias em vasta fortuna crítica da literatura especializada. A investigação contou com quatro professores como participantes. A produção dos dados foi feita a partir das pesquisas documental, bibliográfica e da entrevista narrativa, dividida em seis eixos temáticos, que enfocaram a trajetória de vida pessoal, os processos de escolarização, à docência, a supervisão, as práticas pedagógicas e o trabalho remoto na pandemia. Como resultados, as narrativas encaminharam que a partir de trajetórias diversas, os movimentos de desenvolvimento e de aprendizagem aparecem ressignificados nas histórias compartilhadas, com o recorte no espaço supervisivo. A partir das narrativas, pode-se observar a preponderâncias dos percursos e memórias narrados nas aprendizagens e desenvolvimento da docência, evidenciando que o espaço da supervisão é também formativo e constitutivo da docência, já que na posição de supervisores, eles revisitam suas formações, práticas e trajetórias de vida, marcando uma aprendizagem e um desenvolvimento permanentes na profissão. Palavras-chave: Desenvolvimento Profissional da Docência. Aprendizagem da Docência. Narrativas (Auto)biográficas. Professores de História.Item Escola da Ponte, educação e autonomia: uma investigação sobre a gestão de metodologias ativas e formação de professores no contexto brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-17) Gilbert, Anmaly Natália Miguel Monteiro; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://lattes.cnpq.br/4264915600222407Na presente dissertação, realiza-se uma discussão relevante para o contexto educacional contemporâneo, englobando o seguinte problema de pesquisa: como ocorre o processo de formação de professores que buscam a autonomia dos estudantes, sob o olhar da gestão e com inspiração na pedagogia da Escola da Ponte em duas instituições do Brasil? Como objetivo geral, visa-se apresentar duas instituições brasileiras – Escola Maria Peregrina e APOV –, que adotam metodologias ativas e promovem a formação dos professores voltada para a autonomia e para a aprendizagem das crianças. Para tanto, baseia-se em John Dewey e Paulo Freire, entre outros autores, para discutir experiências educacionais que buscam estimular a autonomia de crianças e adolescentes. Nesta pesquisa, estão presentes três instituições de ensino: a Escola da Ponte, em Portugal; a Escola Maria Peregrina, em São José do Rio Preto (SP), e uma instituição não formal de educação, a APOV, situada em Viçosa (MG). A partir de entrevista com os gestores dos estabelecimentos de ensino brasileiros, foi possível compreender o funcionamento da Escola Maria Peregrina e da APOV, bem como a formação oferecida aos professores, pela sua metodologia baseada na individualidade e na autonomia de todos os sujeitos presentes nesses contextos. Assim, é possível afirmar que novas experiências pedagógicas estão surgindo e se tornando realidade, inclusive no âmbito público. Palavras-chave: Autonomia. Formação de Professores. Metodologias Ativas.Item A monitoria nas licenciaturas: analisando processos de aprendizagem profissional da docência(Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-02) Oliveira, Kamilla Botelho de; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/8696645993712072Esta pesquisa teve como campo de estudos a formação de professores. Nesse contexto, tivemos como objetivo analisar a monitoria como atividade de aprendizagem da docência e de construção de saberes profissionais e suas implicações na formação inicial de professores. Especificamente, buscamos caracterizar o perfil destes monitores; descrever suas atividades; identificar os saberes docentes presentes na monitoria, suas fontes de aquisição e relação com tais saberes; verificar se o exercício da monitoria motiva os monitores a seguir a carreira docente e se auxilia na construção de uma identidade docente; compreender processos de aprendizagem dos saberes e fazeres; identificar estratégias e embates vividos na atividade. Buscando compreender as fontes do saber docente e construir categorias analíticas sobre o tema, nos baseamos em autores como Tardif (2011), Gauthier et al.(1985); para analisar a relação com o saber nos respaldamos em Charlot (2000; 2005; 2013); na análise da identidade docente, nos embasamos em autores como Dubar (1997) e Chakur (2000; 2001). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, que teve como participantes estudantes de cursos de Licenciatura que atuam como monitores na UFV. Para produção de dados, realizamos pesquisa documental, analisando leis e resoluções sobre a monitoria; aplicamos 22 questionários para caracterização do perfil dos monitores; realizamos Grupo Focal com 4 destes sujeitos para discussão sobre saberes, identidade e socialização profissional; dialogamos por aplicativo de mensagem para complemento dos dados. Percebemos que a atividade de monitoria originou-se no método Lancasteriano, ampliando-se e modificando-se até a chegada ao Ensino Superior; tem se configurado, regimentalmente, como alternativa para auxiliar professores e estudantes e para que o monitor possa aprender a ser professor. No contexto da UFV, as análises mostram ampliação dos direitos dos monitores, e substituição de terminologias nos regimentos da UFV que indicam valorização de postura crítica dos envolvidos. Diante da análise do perfil dos participantes, percebemos que são jovens de 20 a 31 anos, maioria branca, do gênero feminino, solteiros e sem filhos, embora haja outras etnias, gêneros masculinos e não binário, casado e viúvo com filhos. Consideramos que os monitores têm construído ou reforçado saberes disciplinares, curriculares e pedagógicos durante a monitoria, tendo este último uma frequência maior; quanto às fontes dos saberes as principais são: o contato com diferentes pessoas, como estudantes e professores, textos e vídeo aulas. Constatamos a construção de diferentes figuras do aprender, por meio do (re)aprendizado de conteúdos; domínio de atividades e objetos; relações com diferentes sujeitos. Além disso, os monitores parecem ter o “desejo de saber”, demonstrando motivação para desenvolver a atividade e incentivando estudantes a ter “gosto pelo aprender”. A configuração da identidade profissional na monitoria pode ser compreendida por meio de características docentes as quais os monitores consideram possuir, pelas responsabilidades assumidas e enfrentamento de conflitos. Assim, inferimos que monitoria constituiu, para os participantes da pesquisa, em atividade de aprendizagem da docência. Porém, é necessário aprofundamento na temática, ampliando no contexto do Ensino Superior, em especial na UFV, e socialização do conhecimento produzido, buscando um projeto formativo que possa contribuir para a prática dessa atividade. Palavras-chave: Formação Docente. Monitoria. Aprendizagem da profissão.Item Entrelaçamentos entre a formação docente para o ensino de matemática e o uso das tecnologias digitais nos cursos de Pedagogia(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Castro, Samira Bahia e; Santos, Silvana Claudia dos; http://lattes.cnpq.br/7003766050886310A presente pesquisa teve como objetivo investigar os possíveis entrelaçamentos entre a formação do professor dos anos iniciais para o ensino de matemática, e o uso das tecnologias digitais no contexto dos cursos presenciais de Pedagogia das universidades federais mineiras. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, na qual foram analisados os projetos políticos pedagógicos (PPP) dos cursos de Pedagogia das universidades federais mineiras que oferecem as disciplinas de ensino de matemática e de tecnologias digitais como obrigatórias. Além disso, foram realizadas visitas a essas universidades, nas quais observamos a realidade educativa dos futuros professores, realizamos entrevistas semiestruturas com os docentes que lecionam, no curso de Pedagogia, a disciplina relacionada com o ensino da matemática e aplicamos questionários semiabertos a um grupo de estudantes de Pedagogia, que já tinham cursado ou estivessem cursando as disciplinas relacionas à tecnologia e ao ensino da matemática. Os elementos obtidos por meio da análise dos PPP e da observação foram registrados em um caderno de campo e as entrevistas foram gravadas em áudio. Para a análise, usamos a triangulação, visando maior credibilidade dos resultados. Como resultados temos que os cursos pesquisados se preocupam em oferecer uma formação crítica a seus estudantes, tanto em relação à matemática quanto ao uso de tecnologias. Porém, o uso de tecnologias ainda é feito de forma restrita pelos professores entrevistados, o que pode fazer com que os discentes tenham dificuldades em relacionar o seu uso com o ensino de matemática. Percebemos também que as vivências dos estudantes influenciam diretamente na forma como eles pensam a sua futura prática docente, sendo que aqueles que passaram por experiências negativas com a matemática ao longo de sua trajetória, tendem a ter mais dificuldades com os conteúdos e acreditam ter mais dificuldades para ensiná-los futuramente. Nesse sentido, os docentes entrevistados conseguem perceber que os estudantes trazem traumas em relação à disciplina, e procuram com a sua prática reduzir as barreiras apresentadas pelos discentes, tendo êxito em alguns casos. Por fim, temos que as escolas, em geral, ainda enfrentam desafios para incluir as tecnologias, não apenas nas aulas de matemática, mas nos processos de ensino e aprendizagem como um todo, seja pela precariedade dos recursos, pela falta de profissionais capacitados para seu uso, ou pela resistência do corpo escolar. Palavras-chave: Alfabetização matemática. Ensino e aprendizagem. Formação de professores.