Microbiologia Agrícola

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    Obtenção de linhagens de Streptococcus equinus HC5 com produção aumentada de bovicina HC5 por evolução adaptativa em laboratório
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-10-25) Dias, Rodrigo Gonçalves; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://lattes.cnpq.br/6990992577566729
    A bacteriocina bovicina HC5, sintetizada por Streptococcus equinus HC5, é capaz de inibir o crescimento de diversos microrganismos patogênicos e deteriorantes de alimentos. Além disso, o peptídeo é termotolerante, resistente ao pH ácido e apresenta baixa toxicidade in vivo, o que confere vantagens para sua aplicação industrial. Obter maior rendimento de produção e efetiva recuperação é um dos principais gargalos para viabilizar o uso da bovicina HC5. Neste projeto, S. equinus HC5 foi submetido a diferentes temperaturas de incubação para avaliar os efeitos do estresse térmico no crescimento deste microrganismo. Posteriormente, foi utilizado a técnica de evolução adaptativa em laboratório (EAL) por estresse térmico com o objetivo de selecionar linhagens de S. equinus HC5 com maior produção de bovicina HC5. Foi observado, neste estudo, que a temperatura ótima de crescimento do S. equinus HC5 é 42 °C e que temperaturas maiores que 49 °C inibem completamente o crescimento da cultura. O processo de EAL em batelada foi mantido por 400 gerações (100 dias) em temperaturas de 47 °C e 48 °C. Oito linhagens com fenótipos distintos foram selecionadas, sendo que destas, duas apresentaram produção aumentada de bovicina HC5 entre 26% e 140% (P < 0,05). A linhagem com a maior produção da bacteriocina apresentou expressão diferencial dos genes biossintéticos da bovicina HC5, e foi observado maiores níveis de expressão do gene que codifica para o peptídeo precursor (bvcA) (P < 0,05). Além disso, as linhagens adaptadas apresentaram modificação na composição dos ácidos graxos de membrana, com aumento da concentração de ácidos graxos saturados (P < 0,05). A linhagem obtida ao final do processo de evolução apresentou maior resistência ao estresse térmico, demonstrando maior taxa de crescimento específico (µ = 1,33 ± 0,02 h -1) e biomassa (DO600nm = 4,03 ± 0,06) a 48 °C em relação à linhagem selvagem (µ = 0,98 ± 0,04 h - e DO600nm = 1,96 ± 0,12) (P < 0,05). Os resultados desta pesquisa indicam que a EAL é uma estratégia eficaz para a seleção de linhagens de S. equinus HC5 com produção aumentada da bacteriocina bovicina HC5.Palavras-chave: Bacteriocinas. Bactérias lácticas. Estresse térmico.