Microbiologia Agrícola

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    Produção, purificação e caracterização de enzimas lignocelulolíticas e lipolíticas fúngicas produzidas em resíduo de macaúba (Acrocomia aculeata)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-27) Lopes, Leandro de Souza; Kasuya, Maria Catarina Megumi Kasuya; http://lattes.cnpq.br/2140571383618706
    Espécies de basidiomicetos possuem a capacidade de crescer em uma série de resíduos agrícolas produzindo um complexo enzimático composto por várias enzimas lignocelulolíticas. Neste trabalho os fungos Lentinula edodes isolado UFV 73, Pleurotus ostreatus isolados PLO 02 e PLO 06, e Pleurotus eryngii isolado PLE 05, foram avaliados quanto a capacidade de produzirem enzimas lignocelulolíticas e lipolíticas quando crescidos em resíduo de coco de macaúba, e se essa produção era afetada pelo tempo de crescimento nesse substrato. Foi realizada a extração da proteína bruta (EEB) e este extrato foi submetido à purificação por cromatografia por exclusão molecular e posterior caracterização das enzimas quando à temperatura, pH, concentração do substrato e estabilidade térmica. Também foi avaliado se os fungos deste estudo apresentariam crescimento em meio mineral sólido no qual a única fonte de carbono foi óleo de oliva. Todos formaram halo alaranjado em meio com rodamina B, indicando a capacidade desse fungo em produzir enzimas com atividade lipolítica. O isolado UFV 73 apresentou atividade máxima de celulase, xilanase, lipase, lacase e manganês peroxidase (MnP) aos 37 dias de incubação. Após as etapas de purificação foram obtidos rendimentos de 489% (Lacase), 264% (MnP), 105% (celulase) e 9,5% (xilanase) em relação ao EEB. A faixa de pH ótimo variou entre as enzimas, sendo que lacase e lipase tiveram atividade máxima em pH 3 e 7, respectivamente. MnP, lacase e lipase tiveram atividade diretamente proporcional ao aumento da temperatura, enquanto, a atividade de celulase e xilanase não teve alteração em função desse parâmetro. A temperatura de maior atividade para MnP e lacase foi de 30 ºC, 42 ºC para lipase, 45 ºC para xilanase, e a celulase manteve-se estável em todas as temperaturas analisadas. Entre os isolados de Pleurotus, o isolado PLO 02 foi o que apresentou maiores atividades de lacase e xilanase, enquanto o isolado PLO 06 foi o que apresentou maiores atividades de lignina peroxidase, manganês peroxidase, celulase e lipase. O melhor resultado na purificação foi para a lacase alcançando rendimento de 105% (PLO 02), 315% (PLE 05) e 504% (PLO 06). As enzimas dos fungos do gênero Pleurotus apresentaram atividade constante em todas as temperaturas analisadas, na qual apenas lignina peroxidase e lipase tiveram picos de atividade em temperaturas próximas a 30 ºC. As melhores atividades para as enzimas lacase, celulase e lipase de Pleurotus ssp. foram em pH 3. A xilanase permaneceu constante em todas as faixas de pH analisadas. A LiP e a MnP tiveram pico de atividade em pH 7. De uma forma geral, a atividade das enzimas de todos os isolados diminuiu nas primeiras duas horas de incubação (redução média de 79 % na atividade de celulase, 64% na de xilanase, 85% na de MnP, 87% na de lacase, 75% na de lipase e 71% na de LiP), permanecendo constante após esse período até as 16 h. As enzimas de todos os isolados seguiram a cinética de Michaelis-Menten. Dentre todos os fungos testados quanto a capacidade de degradar o corante índigo, o EEPP de PLE 05 foi o que demonstrou maior potencial para descoloração, alcançando uma eficiência de 100% após 24 h. Este é o primeiro estudo utilizando resíduos de coco de macaúba para a produção de enzimas lignocelulolíticas e lipases, através da fermentação em estado sólido por estes fungos, os quais apresentam alto potencial de utilização desses resíduos para a produção de enzimas.
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    Cogumelos enriquecidos com lítio: bioacessibilidade, biodisponibilidade e efeito na microbiota intestinal de suínos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-29) Lopes, Leandro de Souza; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/2140571383618706
    Os cogumelos apresentam alto potencial para serem utilizados como fonte de lítio (Li), mas a bioacumulação de Li e outros minerais, status redox e biodisponibilidade são específicos para cada espécie, dependendo da dosagem e do tipo de sal utilizado. Cogumelos enriquecidos com Li podem tornar esse elemento mais bioacessível ao organismo quando o comparamos com o sal Li2CO3, mas ainda não há trabalhos publicados mostrando a biodisponibilidade in vivo desse mineral. Em indivíduos que fazem uso de medicamentos psiquiátricos a base de Li no tratamento de doenças como transtorno bipolar, depressão e ansiedade, a microbiota intestinal sofre mudanças em sua composição, cuja mudança pode estar relacionada aos efeitos desses medicamentos, porém há poucas informações a respeitos dos efeitos do Li na composição microbiona intestinal. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o bioacúmulo de Li em Pleurotus ostreatus (PLO 02) e Pleurotus djamor (PLO 13), além de avaliar a atividade oxidante, co-acúmulo de minerais e bioacessibilidade; avaliar também a biodisponibilidade in vivo de Li em cogumelos enriquecidos de P. djamor em suínos, além de parâmetros como status redox, estresse e acúmulo desse mineral nos tecidos dos animais e efeitos do Li na comunidade microbiona intestinal de suínos. Nossos resultados mostraram que PLO 02 é mais sensível a altas concentrações de Li do que PLO 13, no qual PLO 13 apresentou maior taxa de produção de cogumelos. Observou-se correlação positiva entre o acúmulo de Li e outros minerais presentes no substrato e o efeito do Li no estado redox do fungo. A bioacessibilidade em ambos os fungos foi maior nos cogumelos enriquecidos com Li quando comparado ao comprimido de carbonato de lítio medicinal, e esses cogumelos podem co-acumular minerais e aumentar a atividade oxidativa. No experimento in vivo com suínos, P. djamor enriquecido com Li foi uma fonte mais biodisponível de Li quando comparados à forma Li2CO3, e os cogumelos enriquecidos com Li melhoraram os efeitos das enzimas oxidativas, e em alguns tecidos, os cogumelos enriquecidos com Li apresentaram menor dano oxidativo quando comparados às suas correspondentes dosagens na forma de Li2CO3. Pela análise dos dados do sequenciamento das amostras intestinais verificamos que o Li influencia os índices de diversidade alfa, mostrando diferença nos índices de Simpson, Shannon e Chao-1 no cólon e Chao-1 nas fezes, dependendo do tratamento, particularmente aqueles tratamentos que receberam lítio, aumentando a diversidade, quando comparados aos tratamentos que não receberam nenhuma forma de lítio. O agrupamento taxonômico das variantes da sequência amplicon (ASVs) mostrou que os táxons com maior abundância relativa podem variar entre o íleo, cólon e fezes, com predominância de filos como Firmicutes, Bacteroidota e Proteobacteria nos tratamentos que recebem lítio. Muitos grupos de microrganismos importantes para a saúde animal como Lactobacillus, Ruminococcaceae, Enterorhabdus, Muribaculaceae e Coprococcus tem sua abundância relativa aumentada nos animais que receberam Li e ou Cogumelo enriquecido com Li. Os fungos bioacumuladores de minerais, como o P. djamor e P. ostreatus, apresentam potencial para serem utilizados na saúde humana e animal, pois além de aumentar a disponibilidade de Li, diminui os efeitos tóxicos em indivíduos que fazem o seu uso terapêutico e aumentando populações de microorganismos importantes que mantêm a homeostase do intestino. Palavras-chave: Pleurotus spp. Estresse oxidativo. Carbonato de lítio. Metataxonomia. Ácidos orgânicos.