Microbiologia Agrícola
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Item Caracterização de fungos filamentosos do queijo minas artesanal da região da Canastra(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) CESAR, Isabel Cristina da Rocha; Martin, José Guilherme Prado; 2165251978220321Produzido desde o início do século XIX, o Queijo Minas Artesanal (QMA) constitui um dos mais antigos e tradicionais queijos produzidos no Brasil. Sua produção é caracterizada pelo uso de leite cru recém-ordenhado em propriedades rurais, geralmente sendo submetido à maturação. De grande importância econômica, a fabricação do QMA é responsável pela geração de renda de inúmeros produtores rurais. Durante o processo de maturação, o complexo ecossistema microbiano dos queijos começa a se desenvolver, sendo que a diversidade microbiana determinará suas características organolépticas finais. Durante sua maturação, tanto os microrganismos iniciantes, que se desenvolvem primeiro, como aqueles microrganismos que não atuaram na acidificação inicial, participam ativamente desse processo. Dentre as principais fontes de microrganismos não adicionados intencionalmente no produto incluem-se a matéria- prima, os manipuladores, equipamentos, o ar e as salas de maturação. Dependendo das condições de umidade e temperatura das salas de maturação de queijos, os fungos podem se multiplicar rapidamente. Dessa maneira, a presença de fungos ambientais nesses locais constitui um fator importante, uma vez que são responsáveis por uma maturação desejável ou indesejável, uma vez que atuam alterando sabor, aparência e coloração do produto. Este estudo teve como objetivo caracterizar a micobiota de fungos filamentosos de QMA produzidos nos nove municípios produtores da região da Serra da Canastra. Para a obtenção dos isolados, técnicas como isolamento direto e suabe foram utilizadas. Os mesmos foram identificados por meio de sequenciamento da região ITS utilizando-se os primers ITS1 e ITS4. Dentre os isolados presentes no QMA, o fungo predominante foi Fusarium solani (21,8%), seguido de Geotrichum candidum (16,4%), Aspergillus versicolor (16,4%), Penicillium westerdijkiae (11%), Penicillium steckii (7,3%), Mucor circinelloides (3,6%), Mucor sp. (3,6%), Penicillium citrinum (3,6%), Fusarium oxysporum (3,6%), Fusarium lichenicola (1,81%), Aspergillus nomius (1,81%), Diaporthe infecunda (1,81%), Trichothecium roseum (1,81%), Debaryomyces hansenii (1,82%), Kodamaea ohmeri (1,82%) e Moniliella sp. (1,82%). A partir desses resultados, foi possível observar a variação da diversidade de espécies presentes no QMA da Serra da Canastra dentre as propriedades produtora.Item Isolamento e caracterização de fungos promotores de crescimento da rizosfera de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-19) Reis, Helbert Rocha; Costa, Maurício Dutra; 814948057932269O uso excessivo de fertilizantes causa grandes impactos econômicos e ambientais, tornando necessária a elaboração de métodos de cultivo sustentáveis. Para tal, os microrganismos promotores de crescimento e, especial, os fungos revelam-se como promissora ferramenta biotecnológica, por participarem de processos importantes no solo. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar fungos com potencial de promoção de crescimento da rizosfera de eucalipto. As amostras de solo rizosféricos foram coletadas das raízes de Eucalyptus grandis no setor de Silvicultura do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brazil. O isolamento resultou na obtenção de 62 isolados fúngicos de interesse, diferenciados pelas características morfológicas das colônias. Os isolados foram testados quanto seu potencial de promoção de crescimento in vitro de Eucalyptus grandis e os mais promissores tiverem seus mecanismos de promoção testados. O teste de promoção de crescimento in vitro evidenciou o potencial de promoção de crescimento dos isolados testados, apresentando incremento de matéria seca total das plantas de 20 a 620%. Os isolados selecionados produziram ácido indol acético e giberelinas em proporções que variaram de 0,96 a 64,33 µg mL-1. Quanto à solubilização de fosfato, apenas um dos isolados foi capaz de solubilizar os diferentes tipos de fosfato utilizados. Todos os isolados produziram sideróforos do tipo hidroxamato, no intervalo entre 15 e 56,67 µg mL-1. No teste de compostos voláteis, apenas efeitos inibitórios ao desenvolvimento das plantas foram estatisticamente significativos. Portanto, os isolados demonstraram potencial de promoção de crescimento em diferentes níveis e por mecanismos distintos, possibilitando a exploração desses potenciais para o desenvolvimento de tecnologias aplicáveis no cultivo de eucalipto.Item Produção, purificação e caracterização de enzimas lignocelulolíticas e lipolíticas fúngicas produzidas em resíduo de macaúba (Acrocomia aculeata)(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-27) Lopes, Leandro de Souza; Kasuya, Maria Catarina Megumi Kasuya; http://lattes.cnpq.br/2140571383618706Espécies de basidiomicetos possuem a capacidade de crescer em uma série de resíduos agrícolas produzindo um complexo enzimático composto por várias enzimas lignocelulolíticas. Neste trabalho os fungos Lentinula edodes isolado UFV 73, Pleurotus ostreatus isolados PLO 02 e PLO 06, e Pleurotus eryngii isolado PLE 05, foram avaliados quanto a capacidade de produzirem enzimas lignocelulolíticas e lipolíticas quando crescidos em resíduo de coco de macaúba, e se essa produção era afetada pelo tempo de crescimento nesse substrato. Foi realizada a extração da proteína bruta (EEB) e este extrato foi submetido à purificação por cromatografia por exclusão molecular e posterior caracterização das enzimas quando à temperatura, pH, concentração do substrato e estabilidade térmica. Também foi avaliado se os fungos deste estudo apresentariam crescimento em meio mineral sólido no qual a única fonte de carbono foi óleo de oliva. Todos formaram halo alaranjado em meio com rodamina B, indicando a capacidade desse fungo em produzir enzimas com atividade lipolítica. O isolado UFV 73 apresentou atividade máxima de celulase, xilanase, lipase, lacase e manganês peroxidase (MnP) aos 37 dias de incubação. Após as etapas de purificação foram obtidos rendimentos de 489% (Lacase), 264% (MnP), 105% (celulase) e 9,5% (xilanase) em relação ao EEB. A faixa de pH ótimo variou entre as enzimas, sendo que lacase e lipase tiveram atividade máxima em pH 3 e 7, respectivamente. MnP, lacase e lipase tiveram atividade diretamente proporcional ao aumento da temperatura, enquanto, a atividade de celulase e xilanase não teve alteração em função desse parâmetro. A temperatura de maior atividade para MnP e lacase foi de 30 ºC, 42 ºC para lipase, 45 ºC para xilanase, e a celulase manteve-se estável em todas as temperaturas analisadas. Entre os isolados de Pleurotus, o isolado PLO 02 foi o que apresentou maiores atividades de lacase e xilanase, enquanto o isolado PLO 06 foi o que apresentou maiores atividades de lignina peroxidase, manganês peroxidase, celulase e lipase. O melhor resultado na purificação foi para a lacase alcançando rendimento de 105% (PLO 02), 315% (PLE 05) e 504% (PLO 06). As enzimas dos fungos do gênero Pleurotus apresentaram atividade constante em todas as temperaturas analisadas, na qual apenas lignina peroxidase e lipase tiveram picos de atividade em temperaturas próximas a 30 ºC. As melhores atividades para as enzimas lacase, celulase e lipase de Pleurotus ssp. foram em pH 3. A xilanase permaneceu constante em todas as faixas de pH analisadas. A LiP e a MnP tiveram pico de atividade em pH 7. De uma forma geral, a atividade das enzimas de todos os isolados diminuiu nas primeiras duas horas de incubação (redução média de 79 % na atividade de celulase, 64% na de xilanase, 85% na de MnP, 87% na de lacase, 75% na de lipase e 71% na de LiP), permanecendo constante após esse período até as 16 h. As enzimas de todos os isolados seguiram a cinética de Michaelis-Menten. Dentre todos os fungos testados quanto a capacidade de degradar o corante índigo, o EEPP de PLE 05 foi o que demonstrou maior potencial para descoloração, alcançando uma eficiência de 100% após 24 h. Este é o primeiro estudo utilizando resíduos de coco de macaúba para a produção de enzimas lignocelulolíticas e lipases, através da fermentação em estado sólido por estes fungos, os quais apresentam alto potencial de utilização desses resíduos para a produção de enzimas.Item Caracterização de fungos filamentosos do queijo minas artesanal da região da Canastra(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) César, Isabel Cristina da Rocha; Martin, José Guilherme Prado; http://lattes.cnpq.br/2165251978220321Produzido desde o início do século XIX, o Queijo Minas Artesanal (QMA) constitui um dos mais antigos e tradicionais queijos produzidos no Brasil. Sua produção é caracterizada pelo uso de leite cru recém-ordenhado em propriedades rurais, geralmente sendo submetido à maturação. De grande importância econômica, a fabricação do QMA é responsável pela geração de renda de inúmeros produtores rurais. Durante o processo de maturação, o complexo ecossistema microbiano dos queijos começa a se desenvolver, sendo que a diversidade microbiana determinará suas características organolépticas finais. Durante sua maturação, tanto os microrganismos iniciantes, que se desenvolvem primeiro, como aqueles microrganismos que não atuaram na acidificação inicial, participam ativamente desse processo. Dentre as principais fontes de microrganismos não adicionados intencionalmente no produto incluem-se a matéria-prima, os manipuladores, equipamentos, o ar e as salas de maturação. Dependendo das condições de umidade e temperatura das salas de maturação de queijos, os fungos podem se multiplicar rapidamente. Dessa maneira, a presença de fungos ambientais nesses locais constitui um fator importante, uma vez que são responsáveis por uma maturação desejável ou indesejável, uma vez que atuam alterando sabor, aparência e coloração do produto. Este estudo teve como objetivo caracterizar a micobiota de fungos filamentosos de QMA produzidos nos nove municípios produtores da região da Serra da Canastra. Para a obtenção dos isolados, técnicas como isolamento direto e suabe foram utilizadas. Os mesmos foram identificados por meio de sequenciamento da região ITS utilizando-se os primers ITS1 e ITS4. Dentre os isolados presentes no QMA, o fungo predominante foi Fusarium solani (21,8%), seguido de Geotrichum candidum (16,4%), Aspergillus versicolor (16,4%), Penicillium westerdijkiae (11%), Penicillium steckii (7,3%), Mucor circinelloides (3,6%), Mucor sp. (3,6%), Penicillium citrinum (3,6%), Fusarium oxysporum (3,6%), Fusarium lichenicola (1,81%), Aspergillus nomius (1,81%), Diaporthe infecunda (1,81%), Trichothecium roseum (1,81%), Debaryomyces hansenii (1,82%), Kodamaea ohmeri (1,82%) e Moniliella sp. (1,82%). A partir desses resultados, foi possível observar a variação da diversidade de espécies presentes no QMA da Serra da Canastra dentre as propriedades produtoras.Item Prospecting of endophytic fungi producing volatile organic compounds: taxonomy, identification of volatiles and potential uses for the biological control of postharvest diseases(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-17) Gomes, André Angelo Medeiros; Pereira, Olinto Liparini; http://lattes.cnpq.br/2862163921055255In the search for alternative strategies to control of postharvest diseases in fruits and vegetables aimed at reducing the use of fungicides, was conducted a prospection to endophytic fungi capable of emitting volatile compounds with antimicrobial properties. Through parallel growth technique, directed towards the isolation of fungi producing volatile antimicrobials, endophytic isolates of coffee and carqueja plants were obtained and in preliminary test inhibited the growth of Aspergillus ochraceus by the emission of volatile compounds. The presence of at least three distinct species of Muscodor was verified, and a new taxon of Simplicillium by clarifying the identity of the endophytic isolates obtained through comparative studies of morphological structures, BLAST of gene sequences and phylogenetic analyzes. M. yucatanensis, Muscodor sp. and M. coffeanum isolates were obtained from coffee branches, the latter also isolated in leaves of carqueja. The antimicrobial activity of these isolates was demonstrated against Aspergillus species frequently associated with coffee beans by in vitro mycofumigation. In addition, mycofumigation with M. coffeanum CDA 741 inhibited the growth of A. ochraceus inoculated in coffee beans. The compounds present in the volatile mixture emitted by each isolate were identified by solid-phase micro-extraction gas chromatography and mass spectroscopy. Simplicillium sp. CDA 734, a new species of endophytic Cordycipitaceae from coffee plants, will be proposed through comparative studies of its morphology combined with phylogenetic analyzes. Simplicillium sp. CDA 734 inhibited the growth of A. ochraceus, A. tubingensis, A. sydowii and A. niger by mycofumigation. Among the compounds identified in the volatile mixture emitted by Simplicillium sp. CDA 734, 1-Propanone, 1-(5-methyl-2-furanyl)-, Cyclopropane, 1- ethoxy-2,2-dimethyl-3-(2-phenylethynyl)-, and 2-Propenoic acid, 3-(2-formyl-4- methoxyphenyl)-, ethyl ester, (E)- were those with the highest percentage of peak per area. In mycofumigation of organic strawberries inoculated with Colletotrichum acutatum e Botrytis cinerea, M. coffeanum CDA 739 decreases 100 and 81% the incidence of anthracnose and gray mold in the fruits, respectively. Mycofumigation through sachets containing rye grains colonized by M. coffeanum CDA 739 significantly reduced the incidence of anthracnose in fruits inoculated with C. acutatum, making possible its use in large-scale to control postharvest strawberry diseases through mycofumigation.Item Diversidade de micro-organismos endofíticos em eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-29) Miguel, Paulo Sérgio Balbino; Costa, Maurício Dutra; http://lattes.cnpq.br/8644923911722035Árvores pertencentes ao gênero Eucalyptus estão entre as mais cultivadas em todo o mundo. O rápido crescimento do eucalipto e a sua adaptabilidade a vários ambientes podem ser compreendidos pelo estudo da comunidade microbiana presente nessa planta. Essa comunidade é composta por micro-organismos endofíticos e epifíticos. Endofíticos colonizam os tecidos internos de plantas saudáveis sem causar sintomas ou efeitos negativos à planta. Neste estudo, foram avaliadas a diversidade e a distribuição de fungos endofíticos em folhas e exsudatos xilemáticos de plantas de eucalipto com 18 e 72 meses de idade. As coletas foram realizadas no início do período chuvoso e durante os períodos chuvoso e seco. Avaliou-se, também, a diversidade de bactérias, fungos e leveduras em plantas provenientes de diferentes fases de desenvolvimento: jardim clonal, sombreamento, recém-saídas do sombreamento, expedição e campo. A diversidade microbiana foi relacionada à concentração de açúcares. Após extração de DNA de folhas e exsudatos xilemáticos, os amplicons obtidos por amplificação das subunidades do rRNA 16S, 18S e 26S foram utilizados na DGGE e as bandas eluídas dos géis foram sequenciadas. A avaliação da composição da comunidade bacteriana em folhas do jardim clonal, sombreamento, recém-saídas do sombreamento, expedição e campo também foi comprovada pelo isolamento e sequenciamento do rRNA 16S das colônias. A comunidade de fungos endofíticos foi afetada pela idade das plantas e pela sazonalidade. A análise filogenética mostrou a dominância de fungos dos filos Ascomycota e Basidiomycota. Neste estudo, foi apresentado o relato inédito de Marasmius alliaceus, Ganoderma boninense, Alloclavaria purpurea, Coniophora puteana, Boletus rubropunctus, Dichomitus squalens, Fusarium solani, Wallemia sebi e Teratosphaeriaecea sp. como habitantes dos exsudatos xilemáticos em plantas. No viveiro, a colonização endofítica da parte aérea de eucalipto foi dependente das fases de desenvolvimento da planta. Neste estudo, foi relatada pela primeira vez a presença das leveduras dos gêneros Pichia sp., Candida, Nilaparvata, Saturnispora sp., Malassezia, Bensingtonia e das espécies Rhodosporidium fluviale e Aureobasidium pullulans como endofíticas em eucalipto. Bactérias dos filos Firmicutes, Proteobacteria, classes Alfa, Beta e Gamma, e Actinobacteria foram identificadas na comunidade investigada. Nessa comunidade, as espécies Novosphingobium barchamii, Rhizobium grahami, Stenotrophomonas panacihumi, Paenibacillus terrigena, Paenibacillus darwinianus e Terrabacter lappili foram identificadas pela primeira vez como endofíticas. Proteobacteria foi o filo mais representativo em folhas de mudas nas fases de sombreamento e recém-saídas do sombreamento; e Firmicutes, em plantas a campo. Observaram-se correlações negativas entre os teores de glicose, frutose e sacarose e os índices de diversidade e riqueza microbianas. A distribuição das espécies de fungos, leveduras e bactérias endofíticas em eucalipto mostrou ser distinta e específica para as fases de desenvolvimento da planta. Algumas espécies bacterianas encontradas apresentam potencial para fixação de nitrogênio.Item Obtenção e regeneração de protoplastos e cariótipo eletroforético de fungos micorrízicos de orquídeas(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-14) Coelho, Irene da Silva; Araújo, Elza Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/2191695584157582O objetivo deste trabalho foi padronizar as condições de obtenção e regeneração de protoplastos de Epulorhiza repens e Ceratorhiza sp. e determinar o cariótipo eletroforético de Ceratorhiza sp. Para o fungo Epulorhiza repens, a maior produção de protoplastos, 8,0 x 10 6 protoplastos/mL, foi obtida em KCl 0,6 M, na presença de 15 mg/mL de “Lysing Enzymes” e 0,5 g de micélio fúngico com 2 dias idade, após fragmentação em liquidificador. A maior freqüência de regeneração obtida foi de 8,5 % quando sacarose 0,5 M foi utilizada como estabilizador osmótico. Do total de protoplastos obtidos, 58,6 % eram uninucleados, 21,4 % binucleados e 20 % anucleados. Para o fungo Ceratorhiza sp., a maior produção de protoplastos, 4,0 x 10 7 protoplastos/mL, foi obtida em NaCl 0,6 M, na presença de 15 mg/mL de “Lysing Enzymes” e 15mg/mL de Glucanex, 0,5 g de micélio fúngico com 2 dias de idade, após fragmentação em liquidificador. A maior freqüência de regeneração obtida foi de 6,7 % utilizando sacarose 0,5 M como estabilizador osmótico. Do total de protoplastos obtidos, 61 % eram uninucleados, 24,6 % binucleados, 3,2 % trinucleados e 11,2 % anucleados. O cariótipo eletroforético do fungo Ceratorhiza sp. apresentou no mínimo, 3 cromossomos cujos tamanhos foram estimados em 4,6; 3,5 e 2,2 Mb. A maior intensidade da banda de 4,6 Mb sugere que esta possa estar representando dois cromossomos, sendo o tamanho do genoma estimado em pelo menos 14,9 Mb. O estabelecimento de protocolos otimizados para obtenção e regeneração de protoplastos dos fungos Epulorhiza repens e Ceratorhiza sp. é importante, permitindo o estabelecimento de técnicas de transformação genética, o isolamento de mutantes, a determinação de cariótipo eletroforético e o cruzamento de linhagens. O cariótipo de Ceratorhiza sp. é importante para a determinação do número e do tamanho dos cromossomos, para se estimar o tamanho do genoma e a localização de genes relacionados à formação de micorrizas.Item Crescimento micelial de Agaricus blazei em diferentes substratos(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-20) Manabe, Akihiko; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/5394322139148448O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da produção micelial de Agaricus blazei em meio líquido com diferentes composições, para uso em produção de semente-inóculo e composto miceliado. Observou-se que a taxa de crescimento micelial dos isolados AB51, LF e SO em meio BDA e em composto comercial foi semelhante. Quando esses isolados foram cultivados em meio de cultura líquido, à base de batata, acrescido de glicose, também não foi observada diferença entre o crescimento dos isolados. Porém, quando esse meio foi acrescido de sacarose (açúcar comercial não refinado), o isolado SO foi o que produziu maior massa micelial seca. Ao cultivar o isolado LF em meios de cultura à base de farelos de arroz, farinha de mandioca e,ou fubá, observou-se que nos meios que continham o farelo de arroz, houve maior produção de massa micelial seca. O inóculo líquido, preparado com a mistura de 2% de farelo de arroz e 2% de farinha de mandioca, foi muito eficiente na produção de semente-inóculo à base de grãos de arroz, permitindo uma colonização uniforme do substrato, quando comparado ao inóculo sólido, devido a uma melhor distribuição do micélio fúngico. Entretanto, ao utilizar o inóculo líquido para a inoculação do composto comercial pasteurizado ou esterilizado, mesmo nos casos em que o fungo foi cultivado em meio contendo extrato do composto, não houve crescimento micelial. Pode-se concluir que a produção de pré-inóculo utilizando meio líquido enriquecido com farelos de arroz e,ou farinha de mandioca é uma técnica viável e promissora para a produção de inóculo-semente, por favorecer o crescimento micelial e também pelo baixo custo desses substratos.Item Diversidade microbiana na rizosfera de plantas em competição(Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-22) Monteiro, Larissa Cassemiro Pacheco; Costa, Maurício Dutra; http://lattes.cnpq.br/2607865949936213As plantas exercem influência sobre as populações microbianas associadas às raízes e, por meio da exsudação radicular, promovem mudanças na comunidade microbiana do solo. Quando duas plantas encontram-se em competição, a estrutura da comunidade microbiana rizosférica difere daquela observada nas monoculturas. Os diversos grupos de microrganismos presentes na rizosfera desempenham papéis importantes que podem influenciar positiva ou negativamente o desenvolvimento das plantas e as interações por elas estabelecidas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os grupos taxonômicos microbianos presentes no solo rizosférico de plantas em competição e em monocultivo e relacioná-los com as atividades de promoção de crescimento já relatadas. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação do Departamento de Microbiologia, da Universidade Federal de Viçosa. Duas espécies de culturas, Zea mays L. e Glycine max (L.) Merr., e três espécies de plantas daninhas, Ageratum conyzoides L., Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy, e Bidens pilosa L., foram avaliadas. O DNA de células presentes no solo rizosférico foi extraído e, em seguida, foi realizada a amplificação por PCR do gene rRNA 16S e da região ITS de fungos, seguida do sequenciamento conduzido na plataforma Illumina MiSeq. Para as amostras de solo rizosférico de Zea mays em monocultura e em competição com plantas daninhas foram obtidas 200.408 sequências de bactérias, 3.062 sequências de arqueias e 528.560 sequências de fungos. Já para as amostras de solo rizosférico de Glycine max, foram obtidos 210.376, 3.107 e 371.526 sequências de bactérias, arqueias e fungos, respectivamente. Em todos os tratamentos avaliados o maior número de Unidades Taxonômicas Operacionais (UTOs) foi registrado para bactérias, seguido de fungos e por último de arqueias. Muitas das UTOs encontradas são compartilhadas por todos os tratamentos. No entanto foi possível classificar taxonomicamente aquelas que são exclusivas em cada tratamento. Os resultados mostram que os filos de Bacteria mais abundantes foram Proteobacteria, Actinobacteria, Acidobacteria, Verrucomicrobia e Cloroflexi. Crenarchaeota foi o filo mais abundante de Archaea e Ascomycota o filo mais abundante de Fungi. O filo Glomeromycota, que compreende todos os fungos micorrízicos arbusculares, também foi observado. Esses fungos apresentam importantes papéis ecológicos, incluindo a promoção de crescimentos de plantas. Bactérias envolvidas na ciclagem do nitrogênio também foram identificadas, como as oxidantes de amônia pertencentes ao Filo Nitrospirae e as arquéias pertencentes ao grupo Thaumarchaeota (Filo Crenarchaeota), e as bactérias fixadoras de nitrogênio pertencentes às ordens Rhodobacterales e Rhizobiales, e à família Frankiaceae. A competição entre culturas e plantas daninhas altera os perfis da comunidade microbiana associada à rizosfera dessas plantas, ficando evidente a capacidade que as plantas possuem em influenciar a comunidade microbiana a ela associada, recrutando microrganismos específicos a depender da condição de competição. A comunidade microbiana rizosférica, por sua vez, pode interferir na modulação dessas interações, afetando a habilidade competitiva das plantas.Item Diversidade de fungos micorrízicos e endofíticos associados a orquídeas ameaçadas do bioma Mata Atlântica(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-06) Oliveira, Sabrina Feliciano; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/6199735302515772O Brasil possui uma grande biodiversidade de orquídeas, principalmente de espécies epífitas. Dentre essa diversidade ressaltam-se as espécies Hadrolaelia jongheana, Hoffmannseggella cinnabarina, Hoffmannseggella caulescens presentes em diferentes formações vegetacionais da Floresta Atlântica. As espécies pertencentes à família Orchidaceae associam-se com fungos micorrízicos para promover a germinação de sementes e o estabelecimento do protocormo em seu ambiente natural. O conhecimento da diversidade da comunidade microbiana com qual a orquídea mantém essa associação é de extrema relevância para a compreensão da ecologia e complexidade das associações simbióticas. O presente trabalho teve como objetivo estudar a diversidade genética dos fungos associados às orquídeas H. jongheana, H. cinnabarina, H. caulescens, utilizando-se abordagens moleculares, como a contrução de bibliotecas de clones e amplificação do DNA diretamente das raízes. Os valores do índice de diversidade de Shannon-Wiener para H. cinnabarina, coletada em distintas áreas, foram diferentes, sugerindo que os fatores locais influenciam na diversidade. Observamos que as comunidades fúngicas das três espécies de orquídeas analisadas apresentaram alta diversidade, sendo a composição dessas comunidades estruturalmente diferentes entre si de acordo com as análises do LIBSHUFF. A construção de bibliotecas de clones permitiu identificar táxons de fungos basidiomicetos e ascomicetos associados às raízes dessas plantas. Os fungos basidiomicetos encontrados, em sua maioria, são potenciais candidatos a fungos micorrízicos de orquídeas. Ao passo que, os ascomicetos identificados são, possivelmente, fungos endofíticos dessas plantas. Além disso, verificamos que essas orquídeas tropicais são generalistas em suas associações micorrízicas com fungos rizoctonióides sebacinóides e tulasnelóides. Estes resultados são relevantes à medida que são informações importantes para traçar estratégias de conservação para espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e endêmicas de um importante e ameaçado hotspot.