Microbiologia Agrícola

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    Trocas gasosas, fluorescência da clorofila e crescimento de alfafa em resposta ao alumínio, ao pH e à relação cálcio:magnésio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-04-19) Feitosa, Ávila Maria Bastos Santos; Borges, Arnaldo Chaer; http://lattes.cnpq.br/8680386497639364
    Este trabalho teve como objetivo o estudo dos efeitos do alumínio, do pH e da relação Ca:Mg sobre o crescimento, as trocas gasosas e a fluorescência da clorofila em alfafa no estádio de desenvolvimento R6 (um nó com uma flor aberta). No primeiro experimento, utilizou-se o fatorial completo 4 x 2 x 2, sendo quatro relações Ca:Mg (100:0, 75:25, 50:50 e 25:75), duas -1 concentrações de Al (0 e 50 μmol L^-1) e duas fontes de nitrogênio (simbiótico ou mineral) na solução nutritiva a pH 4,5. No segundo, utilizou-se um fatorial completo 4 x 2, sendo quatro relações Ca:Mg e dois valores de pH (5,0 e 6,0). Nos dois experimentos, as raízes das plantas foram inoculadas com a mistura das estirpes de Sinorhizobium meliloti, BR 7408 e BR 7409, sendo o Ca e o Mg adicionados na forma de sulfato. As plantas cultivadas com N simbiótico, na presença ou ausência do alumínio, apresentaram baixo desenvolvimento e ausência de nodulação, seguida de morte. Tal fato foi atribuído à atividade do íon hidrogênio. Os efeitos específicos das relações em mitigar a toxicidade da acidez e do alumínio foram comprovados pelo aumento na massa seca, na nodulação, na taxa fotossintética, na condutância estomática e na intensidade de coloração verde das plantas correspondentes ao tratamento com relação 75:25. A deficiência de magnésio nas plantas, na relação 100:0, induziu a limitações no crescimento, na taxa fotossintética por unidade de área foliar, na condutância estomática e na captura e transferência de energia pelo complexo antena. Os resultados evidenciaram que, quando prevalece a condição de acidez, há maior demanda de cálcio em relação à de magnésio para mitigar os efeitos tóxicos da acidez e do alumínio.
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    Atividades das enzimas de assimilação de nitrogênio em mudas de eucalipto com ectomicorrizas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-09) Chiquete, Adalberto Antônio Sukumula; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/3618761311154205
    A atividade de glutamato desidrogenase (GDH), glutamina sintetase (GS) e glutamtato sintase (GOGAT) foi determinada em três isolados dos fungos ectomicorrízicos Pisolithus sp. (PT90A e RV82) e Laccaria laccata (ME46), crescidos por 25 dias na presença 2,26 mmol L^-1 de N-NH4^+, N-NO3^- ou N-NH4^+/N-NO3^- (1:1). A atividade de todas as enzimas variou entre os isolados e também com a fonte de nitrogênio utilizada no meio de crescimento. Em geral, os maiores valores de atividade foram observados no micélio do isolado RV82 Pisolithus sp. Este isolado também produziu maior quantidade de proteína. Não foi observado crescimento micelial do isolado ME46 quando cultivado em meio contendo N-NO3^- como única fonte de nitrogênio. Foi também estudado, em tubetes com 50 cm³ de areia, o efeito de N-NO3^-, N-NH4^+ ou N-NH4^+/NO3^- (1:1), nas doses de 50, 75, 100 ou 200 mg Kg^-1, sobre a colonização micorrízica, a produção e composição mineral da matéria seca, bem como as atividades das enzimas de assimilação de nitrogênio redutase do nitrato (RN), GDH, GS e GOGAT, em mudas de E. grandis inoculadas com os isolados acima. A atividade das enzimas de assimilação do nitrogênio na planta variou de acordo com a fonte e a dose de N aplicada e o fungo inoculado. Em geral, a atividade das enzimas na parte aérea das plantas foi maior do que na raiz, observando-se sempre maior atividade nas plantas inoculadas em relação às não inoculadas. No sistema radicular de plantas inoculadas com o ME46 e no das não-inoculadas não foi detectada atividade de RN e GDH. A produção de matéria seca e o conteúdo de nutrientes foi maior nas plantas inoculadas em relação às não-inoculadas.Concluiu-se que associação ectomicorrízica influencia a eficiência de utilização de diferentes formas de N pelas plantas, por alterar a atividade das enzimas de assimilação desse elemento.
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    Isolamento, caracterização e regulação do gene que codifica nitrato redutase em Crinipellis perniciosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-19) Silva, Viviane Aline Oliveira; Queiroz, Marisa Vieira de; http://lattes.cnpq.br/8202608711801644
    Neste trabalho foram realizadas a clonagem e a caracterização parcial de um fragmento de 7,1Kb contendo o gene que codifica a nitrato redutase no fungo basidiomiceto Crinipellis perniciosa. A análise da seqüência parcial desse fragmento revelou a organização em cluster do gene nia com o gene que codifica a nitrito redutase e permitiu uma comparação filogenética com seqüências homólogas em outros fungos filamentosos. Foi realizada, também, a análise parcial comparativa das seqüências putativas das proteínas homólogas ao regulador geral positivo AREA, ao regulador específico NIRA e ao transportador de nitrato CRNA, depositadas no banco de dados do projeto genoma de C. perniciosa. O alinhamento das seqüências revelou maior proximidade genética de C. perniciosa ao fungo basidiomiceto Hebeloma cylindrosporum. A caracterização do gene nia em dez isolados de C. perniciosa de distintos biótipos e regiões geográficas por PCR-RFLP e hibridização revelou polimorfismo para os isolados do biótipo-S e biótipo-L. Não foi possível agrupar os isolados por hospedeiro ou região geográfica a partir da comparação das seqüências do gene que codifica a nitrato redutase, porém, os dados evidenciaram variabilidade genômica intraespecífica nessa espécie. A transformação da linhagem mutante niaD- de Penicillium griseoroseum, PG63, com o plasmídeo contendo o fragmento de 7,1 Kb resultou no isolamento de poucos transformantes. A complementação da mutação em P. griseoroseum, com o gene heterólogo do basidiomiceto C. perniciosa demonstrou que o gene niaCP é expresso e funcional, sugerindo estar sujeito a um controle de regulação similar ao do gene niaD desse organismo. A análise da regulação do gene nia de C. perniciosa por RT-PCR foi feita a partir de RNA total extraído de micélio cultivado em diferentes fontes de nitrogênio. O transcrito detectado na presença de nitrato como indutor e ausência de fontes de nitrogênio prontamente metabolizáveis sugere uma via de regulação específica e geral. A transcrição do gene niaCP foi ativada também no micélio cultivado no meio acrescido do fruto de cacau liofilizado e moído. Estes resultados sugerem uma provável importância da enzima nitrato redutase para C. perniciosa durante o seu desenvolvimento no hospedeiro.
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    Transporte eletrocinético e dinâmica dos efeitos da desnutrição sobre a superfície celular e adesão de bactérias
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-09-19) Rocha, Ulisses Nunes da; Tótola, Marcos Rogério; http://lattes.cnpq.br/8021162998428736
    A remediação de áreas contaminadas com petróleo ou seus derivados pode ser realizada com a utilização de bactérias que apresentem características que possibilitem a degradação desses compostos ou sua transformação em formas menos tóxicas. Os processos de biorremediação requerem muitas vezes o transporte de microrganismos selecionados através de matrizes porosas com baixa condutividade hidráulica, o que pode ser alcançado pela técnica de eletrocinese. Esse processo pode resultar em condições de meio estressante para as bactérias, levando a modificações das características da superfície celular, da capacidade de adesão e, conseqüentemente, da eficiência de transporte. Este trabalho teve por objetivos estudar as propriedades da superfície celular que influenciam a adesão de isolados de bactérias a um solo franco argiloso; as alterações dessas características mediadas pela escassez de nitrogênio; e a aplicação da eletrocinese, no mesmo solo, como ferramenta para o transporte de esporos de Bacillus subtilis LBBMA 155 e de células desnutridas de Pseudomonas sp. LBBMA 81A. As bactérias com menores valores de hidrofobicidade e de cargas celulares superficiais positivas, caracterizadas como Stenotrophomonas maltophilia LBBMA 105A e isolados LBBMA F3 e 86 (não-identificados), apresentaram também as menores tendências de adesão às partículas de solo. As propriedades da superfície celular que afetam a adesão das bactérias às partículas de solo foram alteradas durante a manutenção das células em meio com escassez de nitrogênio. As modificações apresentaram um padrão diferenciado para cada um dos isolados testados. Portanto, o emprego da desnutrição requer criteriosa avaliação para vislumbrar se as alterações resultantes atendem aos requisitos necessários para a utilização das células desnutridas em uma dada aplicação biotecnológica. No ensaio de transporte mediado pela eletrocinese, as células vegetativas desnutridas de Pseudomonas sp. LBBMA 81A e os esporos de Bacillus subtilis LBBMA 155 foram distribuídos hiperbolicamente ao longo de todo o corpo-de-prova, constituído de cilindro de solo adensado. Os esporos de B. subtilis LBBMA 155 foram transportados com maior eficiência do que as células vegetativas desnutridas de Pseudomonas sp. A tendência de adesão ao solo não foi fator determinante no transporte das células. O maior transporte dos esporos de B. subtilis foi atribuído ao maior valor de cargas superficiais negativas nessa estrutura. Este trabalho demonstra que a eletrocinese pode ser utilizada para o transporte de bactérias em solos com baixa condutividade hidráulica.
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    Quorum sensing em bactérias psicrotróficas proteolíticas isoladas de leite
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-29) Pinto, Uelinton Manoel; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300
    Por meio de um mecanismo denominado quorum sensing, diversas bactérias podem comunicar-se umas com as outras e coordenar a expressão gênica de acordo com a densidade populacional de forma semelhante aos organismos multicelulares. Este trabalho teve como objetivo investigar a produção de moléculas sinalizadoras de quorum, conhecidas como homoserinas lactonas aciladas (AHLs), por bactérias psicrotróficas proteolíticas isoladas de leite cru refrigerado. Verificou-se também se a atividade proteolítica de Pseudomonas fluorescens 07A é dependente da densidade populacional. Foram avaliados 53 isolados psicrotróficos proteolíticos e sete estirpes ATCC quanto à produção de AHL em meio sólido utilizando as bactérias Agrobacterium tumefaciens A136, Chromobacterium violaceum CV026 e Escherichia coli pSB403 como sistemas monitores ou sensores da presença de AHL. A produção de moléculas sinalizadoras foi freqüente entre os isolados psicrotróficos proteolíticos, constatando-se que, aproximadamente, 89 % das estirpes avaliadas foram produtoras de AHL. A extração de moléculas autoindutoras foi realizada em dois isolados, Serratia liquefaciens 016 e P. fluorescens 07A e, a presença de AHL nos extratos foi confirmada pelas estirpes monitoras C. violaceum CV026 e A. tumefaciens KYC55, respectivamente. A produção de AHL pelo isolado P. fluorescens 07A foi determinada em meio de cultivo à base de triptona suplementado com 0,25 % de cálcio (TYEP + CaCl 2 0,25 %) e em meio de constituição mínima (MMS), utilizando a estirpe monitora A. tumefaciens KYC55. Em meio TYEP + CaCl 2 0,25 % a produção de AHL(s) alcançou o máximo ao final da fase logarítmica, quando a população de P. fluorescens 07A foi da ordem de 10 9 UFC mL -1 . Esta mesma população resultou em uma concentração de AHL(s) cerca de três vezes menor no MMS. Os resultados indicaram que a produção de AHL pode estar sob controle de autoindução. O crescimento e a atividade proteolítica do isolado 07A foram avaliados em seis meios de cultivo. Não foi observada diferença no crescimento do isolado nos diferentes meios, exceto no MMS, onde a estirpe cresceu de forma mais lenta. Entretanto, a produção de proteases foi maior em meio TYEP + CaCl 2 0,25 % e em leite desnatado reconstituído (LDR 12 %). A detecção da atividade proteolítica só foi possível quando a cultura atingiu concentração populacional elevada em todos os meios avaliados, excetuando-se no meio MMS, quando a atividade proteolítica foi detectada em uma densidade populacional 10 vezes menor. Nos meios a base de triptona o pH aumentou para valores próximos a 8,5. Meios contendo íons Ca +2 apresentaram grande fluorescência ao final do período de incubação, indicando maior produção do sideróforo pioverdina. A adição de duas AHLs sintéticas não afetou o crescimento e a atividade proteolítica da estirpe P. fluorescens 07A em meio TYEP + CaCl 2 0,25 %. Quando comparada ao controle, a atividade proteolítica específica de P. fluorescens 07A não foi afetada significativamente, ao nível de 5% de probabilidade, pela suplementação do meio TYEP + CaCl 2 0,25 % com extrato de AHL obtido da própria estirpe. O quorum sensing pode não estar regulando a atividade proteolítica em P. fluorescens 07A.
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    Efeito de diferentes condições de cultivo sobre o crescimento e a sobrevivência de Escherichia coli, Yersinia enterocolitica e Salmonella spp
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Mendes, Renata Aparecida; Santos, Míriam Teresinha dos; http://lattes.cnpq.br/7535253554038702
    O crescimento de 14 isolados de Escherichia coli, Yersinia enterocolitica e Salmonella spp., obtidos de carnes, carcaças e fezes suínas, foi avaliado em diferentes condições de cultivo. Treze isolados (92,8%) não cresceram na presença de 0,5% de ácido lático e de 10% de cloreto de sódio em meio Infusão Cérebro e Coração (BHI). As concentrações de 3,5% e, mais acentuadamente, 5% de cloreto de sódio reduziram o crescimento de todos os isolados nesse mesmo meio. A adição de até 0,02% de nitrito de sódio não afetou o crescimento dos isolados em BHI. O crescimento das estirpes E. coli CS5 e Salmonella sp. CCS1 e CCS2 em homogenato de carne suína foi menor na presença de 3,5% de cloreto de sódio. Os isolados E. coli CS3, Y. enterocolitica CS6 e Salmonella sp. CCS1 mostraram redução no crescimento com a adição de 0,015% de nitrito de sódio ao homogenato. Quando 3,5% de cloreto de sódio e 0,015% de nitrito de sódio foram adicionados ao homogenato, os isolados E. coli CS1 e Salmonella sp. FS3, FS7 e CCS3 foram inibidos. O crescimento dos demais isolados não foi afetado pela adição desses sais. A sobrevivência de seis isolados de Salmonella spp. inoculados em carne suína mantida a -15 °C por 20 semanas também foi avaliada. Após o período de estocagem, constatou-se redução média de 1,4 ciclo logarítmico na população. Salmonella sp. CCS4 apresentou a menor redução, aproximadamente 1,16 ciclo logarítmico. Salmonella sp. FS10 perdeu mais que 99% de culturabilidade, após incubação em solução salina com 0,85% e 3,5% de cloreto de sódio a 4 °C por 30 dias. A susceptibilidade dos isolados a dez antimicrobianos foi investigada. Os quatorze isolados apresentaram resistência à tetraciclina. Sete isolados (50%) foram resistentes a pelo menos dois antimicrobianos. Seis isolados (42,8%) exibiram resistência a três antimicrobianos: um isolado de E. coli, proveniente de carne suína (E. coli CS4) e cinco de Salmonella spp., sendo um obtido de fezes suínas (Salmonella sp. FS7) e os demais de carcaças suínas (Salmonella sp. CCS1, CCS2, CCS3 e CCS4). A multirresistência foi observada para os antimicrobianos tetraciclina, sulfametoxazol/trimetoprim, cloranfenicol e ácido nalidíxico. As concentrações mínimas inibitórias (CMI) do promotor de crescimento olaquindox foram determinadas para cada isolado e variaram de 15 a 60 μg/mL. Os maiores valores de CMI foram de 60 μg/mL para Y. enterocolitica CS6 e 50 μg/mL para Salmonella sp. FS7 e CCS3.
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    Atividade biológica de Lentinula edodes e produção de shiitake em substrato enriquecido com selênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-18) Nunes, Regiane Gonçalves Feitosa Leal; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/5848593206305248
    O enriquecimento do cogumelo shiitake com selênio (Se) pode ser uma alternativa para elevar seu valor nutricional e funcional. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do Se sobre o crescimento e atividade biológica do fungo Lentinula edodes e produzir shiitake enriquecido com esse elemento. O crescimento de doze isolados de L. edodes, cultivados em ágar batata dextrose (BDA) e em substrato ligninocelulósico, contendo 0,32; 0,64; 0,96; 1,28 mmol L -1 de selenito de sódio e controle sem Se, variou com o substrato, com o isolado e com a concentração de Se. A matéria seca fúngica da maioria dos isolados cultivados em BDA diminuiu com o aumento da concentração de Se no meio de cultivo. Foram selecionados os isolados UFV11, UFV16 e UFV53, para continuidade do estudo, com base no crescimento da colônia, na biomassa seca e no potencial de produção de cogumelos. Os diâmetros das hifas, as distâncias entre septos e entre núcleos tenderam a diminuir nas maiores concentrações de Se. A atividade da lacase foi crescente com o aumento da dose de selenito de sódio enquanto que as atividades da celulase e xilanase diminuíram. A taxa respiratória acumulada variou com o isolado e foi maior no isolado UFV11. A morfologia e o tamanho dos cogumelos, cultivados em substratos enriquecidos com 0,08; 0,16 e 0,32 mmol L -1 de selenito de sódio, não variaram com a presença de Se e nem entre os isolados. Os valores de L, a e b, referentes à cor dos cogumelos foram menores nos tratamentos com Se quando comparados com o controle. O teor de umidade dos cogumelos variou de 89 a 91 % e aumentou na maior dose de Se. Os valores de proteínas solúveis foram em média 22,3 mg g -1 de matéria seca e não variaram com a presença de Se e nem com o isolado. Os teores de cálcio e de fósforo não variaram com o aumento da concentração de Se enquanto que os de magnésio tenderam a aumentar e os de potássio a diminuir. As concentrações de Se dos cogumelos aumentaram linearmente com o aumento da dose de selenito de sódio, sendo encontrado valores superiores a 17 mg 100 g -1 de cogumelos desidratados no tratamento com 0,64 mmol L -1 de selenito de sódio. Nos cogumelos do tratamento controle não foi detectado Se. A produtividade dos cogumelos aumentou até a concentração 0,32 mmol L -1 de selenito de sódio. O isolado UFV16 foi o que apresentou maior eficiência biológica em doses mais elevadas de Se.
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    Comparação patogênica e molecular de isolados do vírus da doença infecciosa bursal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-18) Barrios, Priscilla Rochele; Moraes, Mauro Pires; http://lattes.cnpq.br/3576105373514037
    O vírus da doença infecciosa bursal é um importante agente patogênico de aves e desde 1962 tem estado relacionado com grandes prejuízos econômicos. Ainda hoje não foi estabelecido um protocolo de vacinação realmente eficiente e falhas na imunização das aves são geralmente descritas. Os motivos dessas falhas vem sendo pesquisados e as causas alegadas são desde o surgimento de cepas patogênicas por mutações na região do gene que codifica para a VP2, uso mal assessorado de vacinas pouco atenuadas e a reversão vacinal. Este trabalho teve como objetivo pesquisar e comparar a patogenicidade de isolados de campo com a de cepas vacinais. Foram testadas 21 amostras de bursa que foram submetidas à Unidade de Sanidade Avícola da Universidade Federal de Viçosa com suspeita de doença infecciosa bursal e três amostras vacinais. O isolamento viral foi realizado em células VERO, sendo o vírus isolado de 14,28% (3/21) das amostras de campo e de todas as amostras vacinais. As amostras foram padronizadas pela habilidade de provocar efeito patogênico em cultivo celular e foram inoculadas em ovos embrionados de 10 dias de idade. Amostras de fígado, rins, bursa, baço e intestino de cada um dos embriões foram coletadas durante 8 dias e as alterações macroscópicas avaliadas. Metade de cada amostra coletada foi mantida à 4°C e metade foi fixada com formol 10%. As amostras fixadas foram processadas pelo método de inclusão em parafina, coradas com hematoxilina e eosina e as alterações microscópicas avaliadas. Das amostras mantidas a 4°C foi extraído o RNA total pelo método do TRIzol e testadas pela técnica de RT- PCR. Nas observações anatomopatológicas os embriões inoculados apresentavam tamanho reduzido quando comparado aos embriões controle e órgãos com lesões sugestivas de danos vasculares. Nas análises histopatológicas, os órgãos linfóides apresentaram pronunciada depleção linfóide, os hepátocitos vacuolização citoplasmática e os rins estruturas basófilas dentro de túbulos. No teste de RT-PCR foi possível detectar a presença do ácido nucléico viral em todos os tecidos, sendo que a distribuição tecidual dos isolados de campo foi maior quando comparada aos isolados vacinais. Esses resultados revelaram não haver grande diferença quando comparadas as lesões causadas pelos isolados de campo com as lesões causadas por algumas amostras vacinais. Porém há distintos padrões de distribuição em tecidos que poderia indicar uma variação na atenuação de algumas amostras vacinais. Esses resultados sugerem que as amostras vacinais podem causar lesões características da doença e que o uso de determinada cepa, mais ou menos invasiva, deve ser avaliada com cuidado pelo profissional no campo.
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    Elementos transponíveis da classe II em Crinipellis perniciosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-19) Ignacchiti, Mariana Drummond Costa; Queiroz, Marisa Vieira de; http://lattes.cnpq.br/0533640513430050
    Este trabalho relata o isolamento e caracterização de dois elementos transponíveis da classe II no fungo Crinipellis perniciosa a partir de seqüências disponibilizadas no banco de dados do projeto “Genoma da Vassoura-de-Bruxa”. Este fungo é de grande importância econômica, uma vez que é o causador da mais séria enfermidade da cacauicultura. O prévio acesso ao banco de dados do projeto “Genoma da Vassoura-de-Bruxa” disponibilizou seqüências que apresentaram homologia a conhecidos elementos transponíveis pertencentes às superfamílias Tc1/mariner e hAT. Estas seqüências foram utilizadas para a construção de oligonucleotídeos. Um fragmento de DNA específico para cada elemento foi utilizado como sonda para o isolamento de elementos completos. Estes elementos foram isolados a partir do banco genômico de C. perniciosa construído no vetor λEMBL3 (Stratagene), sendo denominados Mico e Guppy. A análise da seqüência parcial do elemento Mico no banco de dados NCBI demonstrou alta similaridade com o domínio funcional DDE, domínio catalítico presente em transposases da superfamília Tc1/mariner. Para a seqüência parcial do elemento Guppy, foram evidenciadas regiões de conservação de aminoácidos, apesar de não indicar a presença dos domínios conservados I, II e III (hATC), essenciais para a atividade de transposição dos elementos da superfamília hAT. A análise da expressão destes elementos realizada neste trabalho não forneceu evidências da atividade destes elementos, sob condições de estresse por temperatura e concentração salina. A análise de distribuição dos elementos Mico e Guppy, em diferentes isolados pertencentes a diferentes biótipos de C. perniciosa, pelas técnicas de PCR e hibridização sugere a presença de cópias polimórficas e a ocorrência de subfamília destes elementos no genoma de C. perniciosa. O perfil de hibridização homogêneo do elemento Guppy fornece indícios de que este seja um elemento não-nativo e tenha sido adquirido por um ancestral comum dos biótipos. Já o perfil de hibridização do elemento Mico permitiu o agrupamento dos diferentes isolados do biótipo C, relacionando com as diferentes regiões geográficas das quais os fungos foram isolados, demonstrando, assim, o seu potencial para o uso como marcador molecular.
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    Interação entre monocários e dicários de Pisolithus sp. e Eucalyptus grandis
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-06-19) Silva, Marcelo Alexandre; Costa, Maurício Dutra; http://lattes.cnpq.br/1232875547149949
    O objetivo deste trabalho foi estudar a formação de ectomicorrizas por isolados monocarióticos e dicarióticos de Pisolithus sp.em Eucalyptus grandis, sob condições de casa-de-vegetação, e investigar as relações entre o estabelecimento da associação e o crescimento e a absorção de P, Ca, Mg, K, Cu e Zn pelas plantas. Caracterizou-se, também, a produção de massa seca micelial e a absorção de nutrientes pelos isolados fúngicos cultivados por 30 dias, a 25°C, em 50 mL de solução Melin-Norkrans modificada. Os isolados fúngicos apresentaram grande variação na produção de massa seca micelial e na capacidade de absorção de macro- e micronutrientes. Em geral, os isolados monocarióticos apresentaram maiores índices de eficiência de utilização de nutrientes do que os dicários. Todos os isolados monocarióticos e dicarióticos de Pisolithus sp. testados foram capazes de formar ectomicorrizas típicas quando associados com E. grandis. As ectomicorrizas formadas pelos isolados monocarióticos apresentaram manto ao redor das raízes laterais e rede de Hartig limitada aos espaços intercelulares da epiderme radicular, evidenciando a compatibilidade entre os monocários e a planta hospedeira. A espessura do manto fúngico variou de 24 a 30 μm para ambos os tipos de isolados. A presença dos isolados fúngicos monocarióticos associados às raízes laterais de E. grandis resultou em aumento do diâmetro radial das células da epiderme radicular, característico das ectomicorrizas, indicando que os monocários são capazes de produzir os mesmos reguladores de crescimento que os dicários. O comprimento radial das células da epiderme radicular nas ectomicorrizas variou de 26 a 38 μm e a largura de 11 a 17 μm. As médias de percentagem de colonização radicular para os isolados monocarióticos e dicarióticos foram semelhantes (p<0,05), exceto para o isolado M11. A inoculação de E. grandis com os monocários e dicários de Pisolithus sp. resultou em aumentos na massa seca, altura e absorção de nutrientes das plantas. A absorção de Ca, Mg e K foram estimuladas de forma expressiva pela presença das ectomicorrizas, com aumentos de até 760 vezes, sugerindo que a associação tem papel essencial no suprimento desses macronutrientes, especialmente o Ca, para o eucalipto, no campo. Os isolados dicarióticos foram, em geral, mais eficientes em promover a nutrição das plantas de E. grandis do que os monocários. Alguns isolados monocarióticos destacaram-se entre os demais, sendo tão eficientes quanto os dicários. Observaram-se correlações negativas entre os índices de eficiência de utilização de nutrientes pelo micélio fúngico e os conteúdos de nutrientes na parte aérea de E. grandis, concluindo-se que os isolados a serem selecionados para um programa de micorrização controlada deverão ser aqueles capazes de acumular elevado conteúdo de nutrientes no micélio, mas com baixa imobilização desses elementos na biomassa fúngica. A caracterização dos monocários de Pisolithus sp. permitirá a seleção e o cruzamento dos isolados com características desejáveis visando ao melhoramento genético fúngico e à maior eficiência da associação simbiótica. Este trabalho constitui o primeiro relato da formação de ectomicorrizas por isolados monocarióticos de Pisolithus sp. em Eucalyptus grandis e das interações nutricionais dos monocários com a planta hospedeira.