Microbiologia Agrícola
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Item Adesão, formação e composição de biofilme por Staphylococcus aureus em poliestireno na presença de nisina(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Andre, Cleriane; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/7047442323047711Staphylococcus aureus é um patógeno humano oportunista que apresenta riscos a saúde humana, é capaz de aderir em superfícies bióticas e abióticas e formar biofilmes, tornando as células mais protegidas e de difícil remoção. Células liberadas do biofilme podem se constituir em importante fonte de contaminação de alimentos, comprometendo a qualidade e a segurança dos mesmos. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da bacteriocina nisina e dos sanitizantes hipoclorito de sódio e ácido peracético, em concentrações subinibitórias, sobre a hidrofobicidade da superfície de poliestireno, sobre o crescimento e formação de biofilmes por estirpes de S. aureus e ainda, verificar a interferência da nisina sobre a composição e estrutura do biofilme desse patógeno. Células de Staphylococcus epidermidis ATCC 35984 foram usadas como referência para formação de biofilmes. O cultivo das bactérias foi feito em caldo Luria-Bertani (LB) ou em meio sintético (MS). A presença de genes de adesão foi determinada pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e os três genes avaliados, icaA, icaD e clfB, foram encontrados nas estirpes COL e FRI 722 de S. aureus, enquanto a estirpe Embrapa 4018 de S. aureus e em S. epidermidis, apenas o gene icaA foi identificado. A hidrofobicidade da superfície de poliestireno foi avaliada por meio da medida do ângulo de contato e constatou-se que o meio LB reduziu a hidrofobicidade da superfície, dificultando a observação do efeito dos antimicrobianos sobre a mesma. O tratamento da superfície de poliestireno com MS adicionado de 1,34 mg/L de nisina reduziu a adesão de S. aureus. Concentrações subinibitórias de 2,01 mg/L; 1.500 mg/L e 0,40 mg/L respectivamente dos antimicrobianos nisina, hipoclorito de sódio e do ácido peracético foram adicionadas isoladamente ou combinadas entre si ao caldo LB e constatou-se a diminuição da formação de biofilmes pela cultura mista de estirpes de S. aureus e por S. epidermidis em microplacas de poliestireno quando os antimicrobianos agiram isoladamente. A composição de polissacarídeos e DNA nos biofilmes de S. aureus e S. epidermidis foi alterada quando o cultivo ocorreu na presença de 2,01 mg/L de nisina. Entretanto, o conteúdo em proteínas nos biofilmes formados pela cultura viiimista das estirpes de S. aureus estudadas ou por S. epidermidis não foi alterado pela presença de nisina no meio de cultura em concentração subinibitória. A estrutura do biofilme de S. aureus e S. epidermidis foi avaliada por microscopia confocal a laser, confirmando os resultados quantitativos de que a presença de concentração subinibitória de nisina reduz a formação de biofilmes por estas espécies. Estes resultados demonstram que a investigação de produtos alternativos para auxiliar no controle e combate aos biofilmes é estratégia promissora além de contribuir com informações sobre a composição do biofilme de S. aureus.Item Análise da influência da glicose sobre o metabolismo de xilose em Spathaspora passalidarum(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-24) Ribeiro, Lílian Emídio; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/6586895168745187A levedura Spathaspora passalidarum converte de maneira eficiente xilose a etanol, se destacando para fermentação de hidrolisados lignocelulósicos. Possui uma cópia adicional do gene que codifica a enzima xilose redutase (XYL 1.2) com preferência pelo cofator NADH, permitindo o estabelecimento do equilíbrio redox durante o metabolismo de xilose. O objetivo deste trabalho foi analisar como a glicose influencia a fermentação de xilose por S. passalidarum. A avaliação do crescimento em meio contendo xilose e 2-DOG revelou que S. passalidarum não possui repressão por glicose no metabolismo de xilose. Foram feitos ensaios fermentativos em batelada com xilose e/ou glicose em aerobiose e hipoxia, para avaliação dos parâmetros cinéticos de fermentação e crescimento. S. passalidarum apresentou maiores rendimentos de biomassa no cultivo em glicose comparado ao cultivo em xilose nas duas condições de oxigênio. O melhor rendimento e produtividade de etanol foram encontrados no cultivo em xilose em aerobiose (Y (P/S) = 0,45 g/g e Qp= 1,51 g/L.h). A mistura de açúcares, glicose e xilose não interfere nos rendimentos ou produtividades de etanol, visto que foram similares aos encontrados durante a fermentação de xilose. O perfil de consumo dos açúcares em cofermentação foi diferente nas duas condições de oxigênio. As análises da expressão dos genes que codificam as enzimas do metabolismo de xilose (XR, XDH e XK) por qRT-PCR revelaram que esses genes são induzidos por xilose e não são reprimidos por glicose. Os dois genes que codificam a enzima xilose redutase (XR) em S. passalidarum apresentaram perfil de expressão diferente em xilose e cofermentação. No cultivo em xilose (aerobiose e hipoxia) e cofermentação em aerobiose, o gene XYL 1.2 foi mais expresso do que o gene XYL 1.1. Entretanto, no cultivo em cofermentação em hipoxia o gene XYL 1.1 foi mais expresso do que o gene XYL 1.2, sugerindo que a expressão destes genes pode ser controlada pelo estado redox da célula. Dessa forma, o consumo simultâneo ou não dos açúcares glicose e xilose em diferentes condições de oxigênio por S. passalidarum, não é uma questão de repressão da glicose na síntese das enzimas do metabolismo de xilose, e sim uma adaptação fisiológica da célula para estabelecer o equilíbrio redox.Item Análise de elementos transponíveis e DNA polimórfico amplificado ao acaso (RAPD) de Fusarium oxysporum(Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-13) Zanotti, Michele Galvão Sant’Ana; Queiroz, Marisa Vieira de; http://lattes.cnpq.br/4314185824756550A variabilidade genética de 20 isolados de Fusarium oxysporum não- patogênicos e patogênicos em feijoeiro foi determinada com base na distribuição do elemento transponível impala e com a técnica de DNA polimórfico amplificado ao acaso (RAPD). A presença de elementos transponíveis impala das subfamílias D e E foi determinada por experimentos de PCR empregando oligonucleotídeos específicos para cada subfamília. Foi observada a presença de representantes das duas subfamílias na maioria dos isolados, sugerindo, portanto, que impala é um antigo componente do genoma de F. oxysporum f. sp. phaseoli. A hibridização do DNA total de cada isolado, clivado com a enzima EcoRI, com um fragmento do elemento impala da subfamíla E, mostrou uma variação nos padrões de bandas dos isolados não-patogênicos, indicando a possível atividade desses elementos. No entanto, no caso dos isolados patogênicos, foram observados padrões de bandas mais homogêneas e alguns isolados apresentaram o mesmo perfil de bandas, indicando que se trata de cópias de impala que possivelmente não são mais capazes de sofrer transposição. Estas cópias inativas são excelentes marcadores genéticos. Um dos isolados patogênicos, Fus4, não apresentou cópias endógenas de impala, o que torna esse isolado um candidato para experimentos de mutagênese insercional usando o vetor pNI160, que apresenta o elemento impala ativo interrompendo o oligonucleotídeos polimorfismo gene niaD. gerou 224 observado foi A análise dos fragmentos compatível dados de polimórficos com o padrão RAPD e 7 de utilizando-se 16 monomórficos. O hibridização. Foram calculadas as distâncias genéticas entre os isolados e estas variaram de 8 a 76%, entre os patogênicos; de 2 a 63%, entre os não-patogênicos, e de 45 a 76%, entre patogênicos e não-patogênicos. Baseados nestas distâncias, quatro grupos foram definidos por análise de agrupamento. Dois grupos foram específicos para patogênicos, um para os não- patogênicos, e um grupo incluiu patogênicos e não-patogênicos. A distância genética observada dentro de um grupo de isolados patogênicos é compatível com os valores de distância genética que definem raças fisiológicas.Item Análise de resposta imune de planta induzida por vesículas extracelulares de Ralstonia pseudosolanacearum(Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-30) Oliveira, Phedra Gusmão da Silva de; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/0559671336115754O Complexo de Espécies Ralstonia solanacearum (CERS) é composto por bactérias Gram-negativas fitopatogênicas, causadoras da murcha bacteriana, de grande importância no setor agrícola. Esse complexo é formado por três espécies (R. solanacearum, R. pseudosolanacearum e R. syzygii), classificadas em quatro filotipos distribuídos em diferentes regiões geográficas no mundo. A alta diversidade genética, combinada com ampla gama de hospedeiros e alta taxa de sobrevivência da bactéria na ausência de uma planta hospedeira torna a doença de difícil controle. Neste contexto, a utilização de bacteriófagos tem se mostrado uma estratégia promissora para o controle da murcha bacteriana causada pelas bactérias do CERS. Os vírus que infectam bactérias podem se multiplicar de várias maneiras, resultando em diferentes consequências para o hospedeiro, desde a lise celular até infecções crônicas. As infecções crônicas, por sua vez, podem induzir alterações fenotípicas significativas no hospedeiro, afetando características como patogenicidade, crescimento, formação de biofilme entre outras. Vírus classificados na família Inoviridae são vírus que infectam bactérias de forma crônica, e, como consequência desta estratégia de multiplicação, causam diversas modificações fenotípicas nas células infectadas, incluindo alteração da agressividade em bactérias patogênicas. Uma das alterações já descritas é afetar a produção e composição das vesículas extracelulares bacterianas (VEBs). VEBs são nanopartículas complexas de composição e estrutura variável de acordo com o momento fisiológico e interação com o ambiente em que a bactéria está inserida. Com diversas funções, as VEBs podem ser carreadoras de fatores de virulência bastante eficientes, e induzir a resposta imune em plantas ativando mecanismos de resposta de defesa e necrose. Entretanto a resposta imune da planta em resposta à presença de vesículas extracelulares produzidas por bactérias fitopatogências tem sido pouco explorada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar VEBs produzidas por Ralstonia pseudosolanacearum, infectadas pelo Ralstonia solanacearum inovirus brazil 1 (RSIBR1), analisar a resposta imune de plantas e possibilidade de imunização contra a murcha bacteriana por VEBs no processo de infecção por R. pseudosolanacearum. O tamanho das vesículas de bactérias não infectadas foi homogêneo, em contraste com bactérias infectadas, onde o tamanho das vesículas produzidas foi bastante heterogêneo. A produção de VEBs também foi afetada em bactérias infectadas pelo inovírus, com dez vezes menos vesículas produzidas quando comparadas com bactérias não infectadas. As vesículas purificadas a partir de culturas de bactérias infectadas e não infectadas causaram reação de hipersensibilidade e necrose tecidual em folhas de tomate, sendo possível observar um perfil fenotípico de resposta mais intensa em plantas infiltradas com VEBs purificadas, a partir da bactéria infectada. A expressão relativa dos genes das proteínas de patogênese classe 1a (pr1A), e semelhante a osmotina (olP) do sistema imune de plantas, obteve um aumento significativo para VEBs purificadas a partir de bactérias infectadas em relação as VEBs de bactérias não infectadas, nos dois períodos de avaliação. A infiltração de plantas com vesículas causou proteção parcial em plantas de tomate contra a murcha bacteriana, com sintomas brandos e reduzida taxa de mortalidade. Esse foi o primeiro relato de VEBs de R. pseudosolanacearum causarem proteção e contra efeitos graves da murcha bacteriana, sendo necessário maior investigação do conteúdo presente nas vesículas. Palavras-chave: vesículas extracelulares; ralstonia spp.; sistema imune de planta.Item Análise do crescimento e produtos do metabolismo aeróbio e anaeróbio de isolados clínicos de Actinobacillus pleuropneumoniae sorotipo 8(Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-30) Souza, Juliana Ângelo de; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://lattes.cnpq.br/6372735918840993Actinobacillus pleuropneumoniae é o agente etiológico da pleuropneumonia suína, uma doença respiratória que afeta suínos de todas as idades no mundo. Atualmente são descritos 16 sorotipos da bactéria com virulência distinta. Esta virulência de A. pleuropneumoniae é multifatorial, e inclui as toxinas RTX, cápsula, produção de biofilme, LPS e proteases. O metabolismo central possui papel importante na virulência bacteriana, uma vez que a adaptação da bactéria à disponibilidade de nutrientes é essencial para a sobrevivência e colonização no hospedeiro. Os isolados clínicos de A. pleuropneumoniae sorotipo 8, 1022 e 780, considerados os de maior e menor virulência em estudo realizado em Galleria mellonella foram utilizados neste trabalho, assim como a linhagem referência do sorotipo 8. Na tentativa de explicar a razão da diferença de virulência apresentada pelos isolados foram feitas curvas de crescimento em caldo BHI, caldo BHI acrescido de glicose e caldo BHI acrescido de galactose, em condições de aerobiose e anaerobiose. A determinação da velocidade específica de crescimento e a análise da produção de ácidos orgânicos, de cada um dos isolados, também foi realizada, tanto em aerobiose quanto em anaerobiose. Os resultados mostraram que o isolado 1022 apresentou maior velocidade específica de crescimento em relação ao isolado 780 e à linhagem referência em todas as condições investigadas. O perfil de ácidos orgânicos produzidos foram distintos em aerobiose e em anaerobiose, sendo o ácido acético o de maior produção em aerobiose e o ácido láctico maior produção em anaerobiose. Portanto, foi possível verificar que o isolado 1022 apresentou maior produção de ácido láctico em anaerobiose em relação ao isolado 780 e à linhagem referência. A velocidade de crescimento e a produção de ácido láctico mostraram-se diferenciadas no isolado 1022 indicando que a maior virulência, apresentada por esse isolado no ensaio de infecção, pode estar diretamente relacionada ao seu metabolismo.Item Análise funcional do RNA pequeno Rna01 na virulência de Actinobacillus pleuropneumoniae(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-30) Rosa, Jéssica Nogueira; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://lattes.cnpq.br/5515162837114472Actinobacillus pleuropneumoniae (App), o agente causador da pleuropneumonia suína (PPS), é uma bactéria fastidiosa pertencente à família Pasteurellaceae. O estabelecimento da infecção por App envolve a expressão de fatores essenciais para virulência como: exotoxinas, polissacarídeos capsulares, lipopolissacarídeos (LPS) e vesículas de membrana externa (OMVs). Os fatores de virulência podem ser regulados por RNAs pequenos reguladores (sRNA). Foram identificados 35 sRNAs em App, o que inclui o sRNA dependente de Hfq denominado Rna01. Análises de alvos para o sRNA01 mostraram RNAs mensageiros relacionados às vias metabólicas centrais e componentes estruturais de membrana. O mutante para o Rna01 mostrou potencial atenuação em análises preliminares com Galleria mellonella. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi investigar a funcionalidade do RNA pequeno regulador Rna01 na virulência de App e o potencial da linhagem WT_Δrna01 como candidata a vacina viva atenuada. Os resultados obtidos mostraram que a ausência do Rna01 afeta negativamente o crescimento e adesão, reduz a produção de EVs e altera seu perfil proteico. Os testes de sobrevivência com G. mellonella mostraram atenuação da linhagem WT_Δrna01 (sobrevivência de 72%) e aumento da melanização das larvas após 48 horas de infecção. Larvas inoculadas com EVs da linhagem WT_Δrna01 apresentaram menor taxa de sobrevivência (50%). Análises em cultura de macrófagos RAW 264.7 mostraram menor taxa de infecção e produção de óxido nítrico (NO) quando infectadas com o mutante WT_Δrna01. Além disso, a quantidade de bactérias internalizadas por macrófagos infectados também foi reduzida. Todavia, as concentrações das citocinas TNF-α e IL-6 foram iguais e/ou maiores, que as encontradas na linhagem selvagem. Deste modo, sugerimos que a linhagem WT_Δrna01 possa induz resposta do tipo Th17 e Th1 in vitro. Concluímos que o Rna01 afeta positivamente na virulência de App e a linhagem WT_Δrna01 é uma possível candidata a vacina viva atenuada, mas são necessárias análises complementares. Palavras-chave: Pleuropneumonia suína. RNAs pequenos reguladores. Citocinas. Vacina viva atenuada14Item Associação de bacteriocinas e bactérias lácticas para inibição de Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal(Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-10) Martins, Evandro; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/0808780430929716O queijo Minas frescal é um dos produtos mais populares do Brasil e suas características nutricionais não são limitantes para o crescimento de micro-organismos deterioradores e patogênicos. Surtos de intoxicação alimentar envolvendo queijos Minas frescal contaminados com Staphylococcus aureus são frequentes e, por esse motivo, torna-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias que controlem o crescimento desse patógeno no produto. Em razão disso, o objetivo desse trabalho foi o de avaliar o efeito das bacteriocinas bovicina HC5, nisina e de bactérias lácticas sobre o crescimento e produção de enterotoxinas por S. aureus. O crescimento das estirpes de S. aureus ATCC 6538, EMBRAPA 4018 e FRI 722 foi acompanhado em caldo tripticase e soja (TSB) e em leite em pó desnatado reconstituído a 10 % (LDR 10%), a 37 oC, em presença de bovicina HC5 e, ou nisina e Lactococcus lactis ATCC 19435. Amostras de queijo Minas frescal produzido com cultura starter (Lactococcus lactis subsp. lactis e L. lactis subsp. cremoris) foram inoculadas com, aproximadamente, 106 UFC.g-1 das estirpes de S. aureus e adicionadas de 1200 UA.g-1 das bacteriocinas. A presença das bacteriocinas aumentou a fase lag e este efeito foi mais acentuado na presença de nisina. Embora as bacteriocinas tenham apresentado efeito inibidor inicial, S. aureus reassumiu o crescimento e alcançou população final similar ao do tratamento controle, sem bacteriocinas, após 24 h de incubação. A produção de enterotoxina pelas estirpes de S. aureus avaliadas neste estudo foi detectada no meio TSB tanto na ausência como na v presença de bacteriocinas adicionadas ao meio de cultura. O cocultivo de S. aureus e L. lactis não interferiu no crescimento do patógeno, porém foi suficiente para inibir a produção de enterotoxinas. Em LDR 10 %, as bacteriocinas combinadas a 1200 UA.mL- exerceram efeito bactericida sobre as estirpes avaliadas de S. aureus e não foi possível recuperar sobreviventes pela técnica de contagem em placas após 96 h de incubação. A adição das bacteriocinas combinadas em queijo Minas frescal reduziu a população inicial de S. aureus, bactérias starter e da microbiota contaminante do queijo. A presença de enterotoxinas não foi detectada nos queijos produzidos com culturas starter, adicionados ou não das bacteriocinas nisina e bovicina HC5.Item Atividade antimicrobiana e composição mineral do cogumelo shiitake produzido em diferentes substratos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-13) Bento, Kérley Braga Pereira; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/6429832392023465A produção de cogumelos por quatro isolados de Lentinula edodes, além da atividade antimicrobiana e a concentração de alguns nutrientes nesses cogumelos foram avaliadas. Os cogumelos foram cultivados em substrato à base de serragem, suplementado com farelos de arroz, de soja, de trigo, ou em combinações desses farelos. Os substratos foram umedecidos com chá mate a 0,1 % ou com água. Os cogumelos também foram produzidos em toras de eucalipto. A produtividade variou conforme o isolado e o substrato de cultivo. Constatou-se que em toras de eucalipto ocorreu uma maior produção de cogumelos do que nos substratos à base de serragem. Os extratos aquosos, correspondentes a 40mg de matéria seca dos cogumelos shiitake, inibiram o crescimento tanto de Bacillus subtilis como de Escherichia coli K-12. Esse efeito foi constatado independentemente do substrato, do estádio em que foram colhidos e do processamento, fresco ou desidratado. A fração do extrato solúvel em acetato de etila, nas concentrações equivalentes a 150μg e a 300μg da matéria seca do cogumelo, não inibiu nem B. subtilis nem E. coli pela técnica de difusão em disco de papel. Os teores de nitrogênio, de potássio, de fósforo, de magnésio e de cálcio variaram conforme o substrato de cultivo e em geral, a concentração desses nutrientes foi maior nos cogumelos cultivados em substratos à base de serragem. Os resultados confirmaram que o shiitake é boa fonte desses nutrientes. O nitrogênio foi o elemento mais abundante, seguido por fósforo, potássio, magnésio e cálcio. Além do isolado fúngico, o substrato de cultivo e a forma de processamento devem ser levados em consideração tanto na avaliação nutricional como na produção de substância(s) antimicrobiana (s) pelos cogumelos.Item Atividade biológica de Lentinula edodes e produção de shiitake em substrato enriquecido com selênio(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-18) Nunes, Regiane Gonçalves Feitosa Leal; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/5848593206305248O enriquecimento do cogumelo shiitake com selênio (Se) pode ser uma alternativa para elevar seu valor nutricional e funcional. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do Se sobre o crescimento e atividade biológica do fungo Lentinula edodes e produzir shiitake enriquecido com esse elemento. O crescimento de doze isolados de L. edodes, cultivados em ágar batata dextrose (BDA) e em substrato ligninocelulósico, contendo 0,32; 0,64; 0,96; 1,28 mmol L -1 de selenito de sódio e controle sem Se, variou com o substrato, com o isolado e com a concentração de Se. A matéria seca fúngica da maioria dos isolados cultivados em BDA diminuiu com o aumento da concentração de Se no meio de cultivo. Foram selecionados os isolados UFV11, UFV16 e UFV53, para continuidade do estudo, com base no crescimento da colônia, na biomassa seca e no potencial de produção de cogumelos. Os diâmetros das hifas, as distâncias entre septos e entre núcleos tenderam a diminuir nas maiores concentrações de Se. A atividade da lacase foi crescente com o aumento da dose de selenito de sódio enquanto que as atividades da celulase e xilanase diminuíram. A taxa respiratória acumulada variou com o isolado e foi maior no isolado UFV11. A morfologia e o tamanho dos cogumelos, cultivados em substratos enriquecidos com 0,08; 0,16 e 0,32 mmol L -1 de selenito de sódio, não variaram com a presença de Se e nem entre os isolados. Os valores de L, a e b, referentes à cor dos cogumelos foram menores nos tratamentos com Se quando comparados com o controle. O teor de umidade dos cogumelos variou de 89 a 91 % e aumentou na maior dose de Se. Os valores de proteínas solúveis foram em média 22,3 mg g -1 de matéria seca e não variaram com a presença de Se e nem com o isolado. Os teores de cálcio e de fósforo não variaram com o aumento da concentração de Se enquanto que os de magnésio tenderam a aumentar e os de potássio a diminuir. As concentrações de Se dos cogumelos aumentaram linearmente com o aumento da dose de selenito de sódio, sendo encontrado valores superiores a 17 mg 100 g -1 de cogumelos desidratados no tratamento com 0,64 mmol L -1 de selenito de sódio. Nos cogumelos do tratamento controle não foi detectado Se. A produtividade dos cogumelos aumentou até a concentração 0,32 mmol L -1 de selenito de sódio. O isolado UFV16 foi o que apresentou maior eficiência biológica em doses mais elevadas de Se.Item Atividade da redutase do nitrato e associação ectomicorrízica em mudas de Eucaliptus grandis em resposta ao nitrato(Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-09) Pereira, Jamil de Morais; Castro Muchovej, Rosa Maria; http://lattes.cnpq.br/7813082831764202Foi estudada. em condições de laboratório, a capacidada de fungos ectomicorrizicos reduzir o nitrato pela determinação da atividade da redutase do nitrato (RN). Testaram-se quatro fungos ectomicorrizicos. Pisolithus tinctorius (IS-93. Viçosa- MG), Pisolithus tinctorius (RS-27, Guaíba-RS), Paxillus involutus (França) e Scleroderma sp. (Itabira- MG), crescidos por 28 dias na presença de N-NH4+ ou N-No3- ou uma mistura dos dois na proporção de 1:1, em cinco repetições. Os dois isolados de P. tinctorius apresentaram apresentaram atividades RN maior do que as demais espécies quando crescidas em meio contendo apenas N-NH4+ N-NO3- ou apenas em N-No3-. Os isolados de P. tinctorius apresentam as maiores atividades da RN que os demias fungos, exceto no meio contendo apenas N-Nh4+. Nos isolados de P. tinctorius a atividade da RN aumentou com o cultivo do fungo em meio contendo exclusivamente N-NO3-, enquanto os demais não foram afetados. De modo geral, verificou-se uma relação inversa entre atividade da RN e massa micelial produzida. Em condições de casa-de-vegetação, foi estudado o efeito de doses de nitrato (0, 50, 75, 100 e 200 ppm de N) no estabelecimento da colonização micorrízica, na atividade da RN e na composição mineral de mudas de Eucalyptus grandis inoculadas ou não com Pisolithus tinctorius. As porcentagens do colonização aumentaram com as doses de nitrato, atingindo um máximo em 91 e 108 ppm nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso de matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raíz das plantas inoculadas foi superior áquelas do controle. A atividade da RN nos Plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso da matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raiz das plantas inoculadas foi superior àquelas do controle. A atividade da RN nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolado RS27 foi superior àquelas inoculadas com P. tinctorius IS83 e plantas de controle. O conteúdo de N-No3 nas plantas inoculadas foi superior às do controle. Entretanto, o conteúdo de N total e P variou com a inoculação e doses de nitrato aplicadas ao solo. Em média, as plantas inoculadas apresentaram maior eficiência de utilização de N, enquanto que a eficiência de utilização de P variou com a doses de N aplicadasaoa solo.Item Atividade de enzimas do estresse oxidativo em morangueiro micropropagado e inoculado com fungos micorrízicos arbusculares durante a aclimatização(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-14) Meira, Lydice Sant'anna; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/8433774267450389O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA), Glomus clarum e Gigaspora decipiens, multiplicados monoaxenicamente em raízes de cenoura transformadas, sobre a atividade das enzimas do estresse oxidativo, superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POD), sobre a colonização micorrízica, a sobrevivência e o desenvolvimento de mudas de morangueiro micropropagadas durante a fase de aclimatização. Foram conduzidos dois experimentos. No primeiro, fez-se a inoculação de mudas micropropagadas em casa de vegetação, utilizando-se dois tipos de inoculação: (a) somente esporos e (b) fragmentos de Fitagel contendo hifas, esporos e micorrizas. As plantas colonizadas apresentaram maiores atividades específicas de SOD, CAT e POD, quando comparadas às não inoculadas na fase de aclimatização. O segundo método proporcionou maiores percentagens de colonização após 4 semanas e, também, maior índice de sobrevivência. No segundo experimento, utilizou-se o cultivo in vitro tripartite, onde as mudas micropropagadas foram colocadas em placas de Petri contendo raízes transformadas e colonizadas por G. clarum e G. decipiens, em ambiente enriquecido com 2.000 ppm de CO 2 . O sistema foi estabelecido com sucesso, sendo observado 100 % de sobrevivência e alta percentagem de colonização micorrízica. As plantas micorrizadas apresentaram maiores valores de atividades específicas das enzimas SOD e CAT e não foi detectada a presença da POD. Pode- se concluir que tanto o método de inoculação quanto a espécie de FMA a ser inoculado devem ser levados em consideração para inoculação de plantas micropropagadas e que o sistema de cultivo tripartite pode ser uma ferramenta eficiente para o sucesso da micorrização in vitro.Item Atividade de β-galactosidase em Kluyveromyces marxianus var. lactis na fase de desaceleração do crescimento em soro de queijo ultrafiltrado(Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-05) Ornelas, Ana Paula Rodrigues de Castro; Passos, Flávia Maria Lopes; http://lattes.cnpq.br/0051364351663555A levedura Kluyveromyces marxianus var. lactis (K. lactis) foi cultivada em soro de queijo ultrafiltrado (SUF) em regimes de batelada e contínuo com o objetivo de investigar as condições fisiológicas que levam ao aumento e à queda da atividade de β-galactosidase na entrada da fase de desaceleração do crescimento. As fases fisiológicas do crescimento no cultivo em batelada foram caracterizadas, e observou-se que as concentrações iniciais de células de DO 600 0,1, 0,2 e 0,3 afetam a velocidade de crescimento, porém a delimitação das fases de crescimento é semelhante. A fase estacionária do crescimento foi apenas iniciada em 144 horas, o que permitiu uma longa fase de desaceleração do crescimento. O aumento e a queda na atividade de β-galactosidase foram acompanhados durante os cultivos, assim como a utilização de lactose e a formação e o consumo de etanol, além do perfil eletroforético da β- galactosidase intra e extracelular. Os picos de atividade máxima da enzima foram encontrados no final da fase log e no início da fase de desaceleração nas culturas conduzidas em regime de batelada e no cultivo contínuo na taxa de diluição de 0,09 h^-1. Nessas condições, as concentrações de lactose no meio não se correlacionaram com o máximo de atividade da enzima. Após a queda da atividade máxima, havia ainda lactose no meio e o etanol em concentrações crescentes. Desta forma, a queda na atividade não está relacionada com a exaustão de lactose no meio, nem com o crescimento diáuxico à custa do etanol, embora durante a fase de desaceleração do crescimento tenha sido observada diauxia quando a concentração de lactose era limitante. Outros picos de atividade foram evidenciados antes e após o pico máximo, onde foram obtidos os mesmos resultados. A β-galactosidase das amostras das culturas em batelada e contínua foi analisada em gel de poliacrilamida desnaturante e indicou a inexistência de uma relação direta entre a atividade da enzima e a concentração da proteína, com exceção nos tempos em que a atividade é máxima, quando houve aumento da intensidade da banda protéica no gel. Nas amostras de sobrenadante de ambas as bateladas e da cultura contínua submetidas à análise em gel, não se encontrou β-galactosidase, indicando que o etanol produzido não permeabilizou K. lactis. Cerca de 55 a 69% da lactose em ambos regimes de cultivo, foram convertidos em etanol. E, a variação cíclica da cinética de atividade durante o cultivo em regime de batelada e regime contínuo pode ser explicada pelos eventos de regulação da síntese e da atividade de β-galactosidase.Item Atividade inibidora em bactérias lácticas e produção de bacteriocinas(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Paula, Rosinéa Aparecida de; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/8437455167904238A inibição de Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus por 51 linhagens de bactérias do ácido láctico isoladas de salame tipo italiano foi estudada. Algumas linhagens que demonstraram atividade inibitória quando cultivadas em superfície de ágar não tiveram este resultado confirmado em meio líquido. Para a maioria das linhagens, ácido láctico e peróxido de hidrogênio foram as substâncias inibidoras produzidas. No entanto, os sobrenadantes das culturas de várias linhagens conservaram a atividade inibitória mesmo após a neutralização do ácido e o tratamento com catalase. Leuconostoc mesenteroides subsp. cremoris ID8.5, Lactobacillus mali PR3.1 e quatro linhagens ainda não identificadas, PD4.7, PD1.5, ID3.1, e ID3.2, tiveram as atividades inibitórias suspensas por proteases. A purificação parcial das proteínas dos sobrenadantes das culturas mostra a presença de frações protéicas inibidoras com massas moleculares maiores que 100KDa e entre 30 e 100KDa.Item Atividade microbiana em couve (Brassica oleraceae c.v. acephala) minimamente processada(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-20) Bittencourt, Márcia Teixeira; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/6139009094053438Alterações nas características químicas, sensoriais e na microbiota contaminante de couve minimamente processada e estocada em embalagem com modificação passiva da atmosfera foram avaliadas durante a estocagem a 1 o C, 5 o C e 10 o C. Estabeleceu-se que a seqüência das etapas do processamento mínimo da couve consistiria de sanitização, fatiamento e enxágüe, considerando-se os resultados de redução dos contaminantes aeróbios mesófilos, do teor de cloro ativo residual e pH na solução sanitizante e do teste de aceitação sensorial do produto. A sanitização da couve em uma solução contendo 200 ppm de cloro livre, por 10 min, à temperatura de, aproximadamente, 10 o C, resultou em uma redução significativa (P<0,05) de 1,2 a 2,0 ciclos logarítmicos no número de bactérias aeróbias. As concentrações de O 2 e CO 2 no interior das embalagens de couve minimamente processada embalada em filme de permeabilidade elevada variaram, significativamente (P<0,01), no período de estocagem. Os resultados indicaram que, no produto mantido a 10 o C, houve maior consumo de O 2 e maior acúmulo de CO 2 que a 5 o C e 1 o C. Observou-se aumento significativo do pH da couve mantida a 5 o C e 10 o C e diminuição dos teores de glicose e frutose no produto mantido nas três temperaturas avaliadas. Os resultados do teste de aceitação permitiram estimar que a couve minimamente processada manteve aparência e aroma nos níveis estabelecidos, no 21 o dia a 1 o C, e por um período inferior a 18 dias a 5 o C. Quanto à aparência o produto seria aceito até o décimo dia, a 10 o C, mas, no oitavo dia de estocagem, o aroma promoveria sua rejeição. A população de mesófilos e psicrotróficos predominou em relação à população de bactérias láticas, anaeróbios mesófilos, fungos filamentosos e leveduras e coliformes em todas as amostras analisadas e, aumentou o equivalente a 1,5 e 2,8 ciclos logarítmicos, ao longo de 20 dias de estocagem a 1 o C e 5 o C, respectivamente. A 10 o C, a variação dessa microbiota foi entre 4,0 e 4,6 ciclos logarítmicos, após 15 dias. Embora não-predominantes, as bactérias anaeróbias e láticas foram as que mais cresceram ao longo do período de estocagem da couve minimamente processada, aumentando a população entre 2,4 e seis ciclos logarítmicos. Os números observados de leveduras não ultrapassaram a 10 5 UFCg -1 . Coliformes fecais não foram detectados nas amostras analisadas. Cinqüenta e uma colônias representantes da população de psicrotróficos foram isoladas e caracterizadas, e os resultados indicaram que, aproximadamente, 91% da microbiota psicrotrófica constituíram-se de bastonetes Gram-negativos. A identificação de representantes dessa microbiota indicou presença freqüente dos gêneros Pseudomonas, Flavobacterium, Chromobacterium, Enterobacter e Cedecea. Quatro isolados psicrotróficos foram cultivados em caldo de couve e caldo TSB, a temperaturas entre 1 o C e 15 o C e, a partir da fase exponencial das curvas de crescimento obtidas, foi determinada a velocidade específica de crescimento (μ) para cada isolado, em função da temperatura. Esses dados foram ajustados e o modelo matemático que melhor descreveu o comportamento dos isolados nas condições estudadas foi o da Raiz Quadrada.Item Atividades das enzimas de assimilação de nitrogênio em mudas de eucalipto com ectomicorrizas(Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-09) Chiquete, Adalberto Antônio Sukumula; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/3618761311154205A atividade de glutamato desidrogenase (GDH), glutamina sintetase (GS) e glutamtato sintase (GOGAT) foi determinada em três isolados dos fungos ectomicorrízicos Pisolithus sp. (PT90A e RV82) e Laccaria laccata (ME46), crescidos por 25 dias na presença 2,26 mmol L^-1 de N-NH4^+, N-NO3^- ou N-NH4^+/N-NO3^- (1:1). A atividade de todas as enzimas variou entre os isolados e também com a fonte de nitrogênio utilizada no meio de crescimento. Em geral, os maiores valores de atividade foram observados no micélio do isolado RV82 Pisolithus sp. Este isolado também produziu maior quantidade de proteína. Não foi observado crescimento micelial do isolado ME46 quando cultivado em meio contendo N-NO3^- como única fonte de nitrogênio. Foi também estudado, em tubetes com 50 cm³ de areia, o efeito de N-NO3^-, N-NH4^+ ou N-NH4^+/NO3^- (1:1), nas doses de 50, 75, 100 ou 200 mg Kg^-1, sobre a colonização micorrízica, a produção e composição mineral da matéria seca, bem como as atividades das enzimas de assimilação de nitrogênio redutase do nitrato (RN), GDH, GS e GOGAT, em mudas de E. grandis inoculadas com os isolados acima. A atividade das enzimas de assimilação do nitrogênio na planta variou de acordo com a fonte e a dose de N aplicada e o fungo inoculado. Em geral, a atividade das enzimas na parte aérea das plantas foi maior do que na raiz, observando-se sempre maior atividade nas plantas inoculadas em relação às não inoculadas. No sistema radicular de plantas inoculadas com o ME46 e no das não-inoculadas não foi detectada atividade de RN e GDH. A produção de matéria seca e o conteúdo de nutrientes foi maior nas plantas inoculadas em relação às não-inoculadas.Concluiu-se que associação ectomicorrízica influencia a eficiência de utilização de diferentes formas de N pelas plantas, por alterar a atividade das enzimas de assimilação desse elemento.Item Avaliação da atividade de fosfatase alcalina em bacteróides extraídos de plantas de soja (Glycine max L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) cultivadas em diferentes doses de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 1991-02-28) Oliveira, Deise Machado Ferreira de; Cassini, Sérvio Túlio Alves; http://lattes.cnpq.br/5483436232223506Com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de doses de fósforo em um solo sobre a atividade da enzima fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos dos nódulos de plantas de soja inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium japonicum e plantas de feijão inoculadas com estirpes de Rhizobium leguminosarum bv. Phaseoli, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação, utilizando-se plantas crescidas em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo de Viçosa. Plantas de soja variedade 'Uberaba', inoculadas com B. japonicum estirpes Br 29, Br 52-a, Br 33 e Br 96 e cultivadas em vasos com solo contendo quatro doses de fósforo (50, 100, 200 e 400 mg P/kg solo). Aos 45 dias do plantio, determinou-se o peso de nódulos frescos e avaliou-se a atividade de fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos desses nódulos, avaliando-se também a produção de matéria seca da planta. teor e acumulação de nitrogênio e fósforo na parte aérea. No experimento com feijão. conduzido de modo semelhante ao experimento com soja, utilizou-se a variedade Negro Argel' inoculada com R. leguminosarum bv. phaseoli estirpes Br 266, Br 10008, Br 322 e Br 281, procedendo-se as mesmas avaliações ao final de 45 dias após o plantio. Os resultados levaram às seguintes conclusões: - A atividade de fosfatase alcalina avaliada nos bacteróides extraídos dos nódulos de soja e feijão variou com as doses de fósforo no solo. - A atividade de fosfatase alcalina em bacteróides dos nódulos de feijão (R., leguminosarum bv. phaseoli foi mais elevada do que a atividade dos bacteróides dos nódulos de soja (B. japonicum). - A resposta às doses de fósforo utilizadas no solo foi positiva para produção de matéria seca da parte aérea e raiz e peso de nódulos frescos, tanto para a soja, como para o feijão. - O conteudo de nitrogênio nas plantas de feijão e soja foi dependente da concentração de fósforo no solo.Item Avaliação da tecnologia de bacteriófagos em sistemas de fluxo dinâmico (loopings) para controle de biofilmes e bactérias redutoras de sulfato na indústria do petróleo(Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-07) Sousa, Maíra Paula de; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/7452116967390776A aplicação da tecnologia de bacteriófagos na indústria do petróleo tem sido considerada uma alternativa promissora para o controle de contaminações microbianas associadas à biocorrosão e à geração biogênica de sulfeto de hidrogênio (H2S). Essas contaminações estão presentes ao longo de toda a cadeia produtiva do petróleo, representando riscos ocupacionais e operacionais. Seu controle se dá principalmente pela aplicação de biocidas que, em geral, apresentam um baixo poder de penetração em biofilmes e, portanto, são pouco eficazes. Isso ocorre devido às substâncias extracelulares produzidas pelos microrganismos, que funcionam como uma barreira de proteção. Nesse contexto, os bacteriófagos podem conferir vantagens sobre os biocidas, uma vez que: podem se multiplicar no ambiente, possibilitando a redução da dosagem; possuem enzimas capazes de romper a matriz dos biofilmes, conferindo poder de penetração e maior eficácia; e, podem apresentar menores impactos ocupacionais, operacionais e ambientais. O presente trabalho teve como objetivos: (i ) avaliar em sistemas de fluxo dinâmico (Loopings) o efeito de coquetéis fágicos sobre biofilmes enriquecidos com bactérias redutoras de sulfato (BRS), representativos de tanques de plataformas de petróleo; e, (i i ) avaliar um coquetel fágico pré-selecionado quanto a potenciais impactos ambientais e operacionais. Os resultados obtidos demonstraram que os fagos avaliados possuem ação sobre esses biofilmes, com redução de cerca de 80% do H2S gerado e indicaram efeito na desaceleração do processo de corrosão e de formação de pits. Além disso, o coquetel fágico pré-selecionado, apresenta características vantajosas em comparação aos biocidas, tanto do ponto de vista ambiental (menor ecotoxicidade e maior biodegradabilidade), quanto operacional (menor corrosividade e menor impacto sobre o processo de nitrificação do sistema de tratamento biológico de água de produção). Palavras-chave: Biocorrosão. Corrosão Influenciada por Microrganismos. Acidulação Biogênica. Bactérias Redutoras de Sulfato. Sulfeto de Hidrogênio. H2S. Bacteriófagos.Item Avaliação do efeito de um coquetel de bacteriófagos e uma peptideoglicano-hidrolase associada a virion sobre biofilme de bactérias redutoras de sulfato(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-12) Paes, Isabela da Silva; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/0820884110808352O biofilme consiste em um dos grandes associado a indústria de petrolífera, devido à dificuldade na remoção completa dos microrganismos inseridos na matriz. O biofilme formado por BRS é o responsável pelo aumento da concentração de metabólitos corrosivos no interior das instalações metálicas e diferentes abordagens são almejados para mitigar este problema. Os bacteriófagos e suas proteínas líticas, como peptideoglicano-hidrolases associadas a vírions (VAPGH), têm se mostrado uma alternativa para eliminação de microrganismos devido à sua especificidade. No primeiro capítulo deste trabalho foi avaliado o potencial de um coquetel, composto por seis bacteriófagos, na prevenção da formação e remoção do biofilme de culturas mistas de bactérias redutoras de sulfato, isoladas da indústria petrolífera. Foi observado que o coquetel de bacteriófagos proposto preveniu parcialmente a formação do biofilme pela cultura P55(água de injeção]) e P48SEP (separador de produção), e impediu a formação do mesmo para as culturas P48SEP, P55 e P37 (tangue Slop). Ademais, no segundo capítulo foi avaliada a atividade muralítica de uma putativa VAPGH, codificada pelo bacteriófago vB_EcoM-UFV13 e expressa de forma heteróloga, em um sistema procarioto, sobre a formação de biofilme por Escherichia coli. A VAPGH 246 foi expressa a partir da indução com 0,5 mM IPTG e purificada por cromatografia de afinidade. Foi observada a redução significativa do biofilme de E. coli após 24h de tratamento. A presença da enzima, mesmo em baixas concentrações, mostrou ser mais efetivo que o tratamento com o bacteriófago vB_EcoM-UFV13. Desse modo demonstrando o potencial biotecnológico da aplicação de coquetéis fágicos multiespecíficos, assim como potencial das VAPGHs na eliminação e prevenção da formação de biofilmes de diferentes microrganismos. Palavras-chave: Bacteriófagos. VAPGH. Biofilme. Bactérias Redutoras de SulfatoItem Bactérias psicrotróficas proteolíticas do leite cru refrigerado granelizado destinado à produção do leite UHT(Universidade Federal de Viçosa, 2004-05-03) Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/1351852178324888O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito de fatores determinados pela granelização do leite cru refrigerado na estabilidade do leite. Foram enfati- zados os efeitos da temperatura de refrigeração e do tempo de estocagem na composição da microbiota contaminante do leite cru, na atividade proteolítica do leite, na atividade enzimática residual após tratamento UHT, bem como seu possível efeito na estabilidade do leite UHT. Amostras de leite cru coletadas em tanques de refrigeração, na fonte de produção e no silo de uma indústria processadora de leite UHT, foram analisadas quanto as suas características microbiológicas. Bactérias psicrotróficas proteolíticas Gram-negativas e Gram- positivas foram isoladas do leite cru refrigerado, sendo o gênero Pseudomonas o mais freqüentemente isolado, especialmente a espécie P. fluorescens. Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas fermentadoras de glicose apre- sentaram predominantemente atividade proteolítica a 6,5, 21 e 35oC e bactérias Gram-negativas não-fermentadoras de glicose apresentaram um maior percentual de isolados com atividades associadas de proteases, lipases e lecitinases a 6,5 e 21oC, ressaltando seu maior potencial deteriorador. A presença de atividade de enzimas proteolíticas termorresistentes foi observada em sobrenadantes de culturas de bactérias psicrotróficas proteolíticas. A capacidade de adesão a superfícies de aço inoxidável foi constatada em bactérias psicrotróficas proteolíticas Gram-positivas e Gram-negativas até uma densidade de 10 5 células por cm 2 , quando inoculadas em leite desnatado esterilizado a 7oC, por 48 horas. Observou-se o crescimento de P. fluorescens inoculado em leite desnatado a 2, 4, 7 e 10°C, constatando-se o aumento de sua população, do grau de proteólise e da velocidade específica máxima de crescimento com o aumento da temperatura de estocagem. O tempo, em dias, para a perda de estabilidade térmica dessas amostras foi maior a 2 e a 4oC, em relação a 7 e 10oC. Por meio da eletroforese em gel de poliacrilamida obser- vou-se que a temperatura e o tempo de estocagem influenciaram na hidrólise das frações de caseína e da albumina. As amostras de leite cru integral, coletadas assepticamente e usadas como controle, não diferiram quanto aos perfis eletroforéticos após seis dias de estocagem, nas temperaturas avaliadas, demonstrando a importância de investimentos para a implementação de práticas higiênicas de obtenção e conservação da matéria-prima. O tratamento UHT reduziu, em média, 93,2% da atividade proteolítica presente no leite cru integral usado como matéria-prima para o processamento do leite UHT, indicando a presença de atividade proteolítica residual de origem bacteriana e, ou, endógena. Observou-se o aumento da massa de sedimentos, do grau de proteólise e da atividade proteolítica durante a estocagem do leite UHT integral a 37°C, por 120 dias. Em nenhuma das amostras de leite UHT foram consta- tadas contaminações por bactérias mesofílicas e por bactérias mesofílicas esporuladas, além de indícios de gelificação. Todas as amostras permane- ceram termicamente estáveis durante o período de validade do produto.Item Bacteriocinas de bactérias do ácido láctico isoladas de salame tipo italiano(Universidade Federal de Viçosa, 2005-10-27) Paula, Rosinéa Aparecida de; Moraes, Célia Alencar deBactérias do ácido láctico, isoladas de salame tipo italiano, com atividade antagonista a Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus foram caracterizadas. A natureza protéica dos agentes antagonistas nas seis linhagens foi demonstrada por serem conservadas em sobrenadantes neutralizados, pela não sensibilidade à catalase e pela sensibilidade a proteases. Cinco perfis de resistência a Proteinase K, Papaína, Tripsina e Protease de Bacillus polimyxa foram observados entre os seis isolados lácticos. Em todos os isolados, a atividade antagonista manteve-se presente em sobrenadantes neutralizados após tratamento térmico de 98 o C por 40 minutos. Em todos os isolados, a atividade inibitória manteve-se independentemente do pH do meio, entre pH 2 e pH 10. O isolado que apresentou melhor inibição contra L. monocytogenes e S. aureus, inclusive em meio líquido, foi identificado pela análise da seqüência de um gene codificador do rRNA 16S e pelo perfil de fermentação de açúcares como Lactococcus lactis subsp. lactis, e aqui denominado L. lactis subsp. lactis PD 6.9. O modo de ação da bacteriocina produzida por L. lactis subsp. lactis PD 6.9 sobre L. monocytogenes foi definido como bactericida. A produção de bacteriocina e o efeito inibitório sobre L. monocytogenes em condições que simulam o salame foram demonstrados. L. lactis subsp. lactis PD 6.9 atingiu 10 9 UFC/mL e a bacteriocina foi detectada após 8 horas. Em estudo de co-cultivo com L. monocytogenes, o crescimento de L. lactis subsp. lactis PD 6.9 não foi afetado pela presença de L. monocytogenes e apresentou o mesmo comportamento que quando cultivado como monocultura. Porém, o crescimento de L. monocytogenes foi reprimido e o número inicial de 10 6 células foi mantido até aproximadamente 12 horas de cultivo e nenhum crescimento foi detectado após 32 horas em um limite de detecção de 10 UFC/mL. A atividade da bacteriocina produzida por L. lactis subsp. lactis PD 6.9, em meio D-MRS, surge no final da fase logarítmica de crescimento e é máxima na fase estacionária. A atividade foi mais alta em condições ácidas do que em básicas, com atividade máxima em pH 2 e não foi alterada por tratamento térmico a 121 o C por 20 minutos, pelo processo de liofilização ou pelo efeito de congelamento e descongelamento. O armazenamento da bacteriocina nas temperaturas de -20 o C e -80 o C por até 6 meses também não alterou a atividade de inibição. A purificação foi realizada utilizando precipitação com sulfato de amônio, cromatografia de troca iônica, cromatografia de interação hidrofóbica e HPLC- fase reversa. Grande perda de atividade da bacteriocina foi observada especialmente após cromatografia de troca iônica e somente 0,025% da atividade inicial foi recuperada após HPLC-fase reversa. Os resultados obtidos com a purificação indicam que a bacteriocina é pequena, catiônica, hidrofóbica e com capacidade de formar agregados.