Microbiologia Agrícola
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Item Efeito de baixas temperaturas e do binômio temperatura-umidade relativa sobre a viabilidade dos uredosporos de Hemileia vastatrix Berk. et Br. e Uromyces phaseoli typica Arth.(Universidade Federal de Viçosa, 1973-11-01) Zambolim, Laércio; Chaves, Geraldo Martins; http://lattes.cnpq.br/45907545809363085. CONCLUSÕES 5.1. Germinação e Infectividade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, Mantidos sob Diferentes Combinações de Temperatura e Umidade Relativa - O armazenamento a 5°C e umidade relativas em torno de 50- 80% tornaram-se condições propícias à preservação da viabilidade dos uredosporos de H. vastatrix, ao passo que para os esporos de U. phaseoli typica, os melhores resultados foram obtidos nas umidades relativas de 50 a 74-75%. Os uredosporos de ambos os organismos mantidos a 5°C, a 20- 24% de umidade relativa, e nas temperaturas de 10 e 15°C, independentemente da umidade relativa, mostraram um decréscimo gradativo da viabilidade, sendo mais acentuado nas temperaturas mais elevadas e umidades relativas mais baixas. Esse decréscimo, contudo, foi mais rápido à temperatura ambiente, pois a germinabilidade se tornou nula aos 60 dias para H. vastatrix e aos 40 dias para U. phaseoli typica. Quando se procurou correlacionar germinabilidade com infectividade dos uredosporos de H. vastatrix encontrou-se o valor de r = 0,6483 (p<0,01) altamente significativo, o que demonstra o interrelacionamento dos dois parâmetros, embora, em alguns casos, a infectividade não acompanhasse a germinabilidade. Em se tratando dos esporos de U. phaseoli typica a infectividade não foi satisfatoriamente correlacionada com a germinabilidade na metodologia empregada. Ocorreu infecção do susceptível nos casos em que era muito reduzido ou nulo o poder germinativo dos uredosporos. 5.2. Preservação da Viabilidade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, em Congelador, (-18 a 16°C ) - Os resultados mostraram, que o poder germinativo e infectivo dos uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica mantidos em congelador, foi bastante inferior ao dos armazenados a 5°C e 50% de umidade relativa. Esse fenômeno foi bem mais acentuado para H. vastatrix, pois com 60 dias de armazenamento a percentagem de germinação atingiu valores inferiores a 6%; dai foi declinando até ser nula, aos 150 dias. À temperatura ambiente, ambos os organismos perderam a capacidade de germinação aos 60 dias de armazenamento. A temperatura em que os uredosporos apresentaram maiores índices de germinação e infecção foi 5°C, na umidade relativa de 50%. Pelos resultados dos Quadros 4 e 5, verifica-se que a percentegem de germinação dos uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, mantidos em congelador e submetidos a choques térmicos de 50°C por 5 a 15 minutos, foi inferior àquela obtida com choques térmicos de 40°C por 5 a 15 minutos. Isto evidencia que alguma injuria ocorreu nos uredosporos, quando foram submetidos a choques de 50°C por 5 a 15 minutos. Os uredosporos de H.vastatrix mantidos em congelador parecem entrar em dormência. Quando se ministrou choques térmicos de 40°C por 5 a 15 minutos, obtiveram-se os melhores resultados na preservação da viabilidade. Por outro lado, os uredosporos de U. phaseoli typica, quando são armazenados em congelador, mantiveram um poder germinativo de 40% num período de 180 dias, sem nenhum tratamento após a retirada do congelador e, 37,7% quando submetidos a elevação da temperatura iniciando em -18 a -16°C e passando por 0, 5, 10, 15 e 20°C por 5 minutos em cada temperatura. O coeficiente de correlação entre poder germinativo e capacidade de infecção para os uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, foi r =0,7894 (p<0,01) r = 0,2405, respectivamente. Mostrando ser altamente significativo para o primeiro e não significativo para o segundo. Temperaturas acima de 30°C por um período de 5 horas ao dia, durante a realização do experimento, foi provavelmente o fator responsável pelo não aparecimento de sintomas de ferrugem do feijoeiro. 5.3. Preservação da Viabilidade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica em Nitrogênio Líquido - 196°C) - O armazenamento dos uredosporos de H.vastatrix e U. phaseoli typica em nitrogênio líquido mostrou resultados bastante promissores, no que diz respeito à preservação da viabilidade. O poder germinativo e infectivo dos uredosporos de ambos os patógenos mantidos a -196°C, tanto com choques posteriores à armazenagem de 40°C, como 50°C por 5 a 15 minutos respectivamente, foi bastante superior ao dos armazenados a 5°C, a 50% de umidade relativa. Os melhores resultados na quebra da dormência dos esporos de H. vastatrix mantidos em nitrogênio líquido, foram obtidos com choques de 40°C por 5 a 15 minutos, pois a 50°C pelo mesmo período, parece ter ocorrido injúria nos uredosporos, afetando o poder germinativo. À temperatura ambiente, os uredosporos de U. phaseoli e H. vastatrix tornaram-se inviáveis aos 60 e 30 dias respectivamente. Os uredosporos de U. phaseoli typica (Quadro 9), mantidos em nitrogênio líquido, não necessitam de tratamentos posteriores a retirada. Obtiveram-se 72% de germinação quando foram retirados sem sofrer nenhum tratamento e 70,3% com elevação da temperatura, iniciando em -196°C passando por -18 a -16, 0, 5, 10, 15 e 20°C por 5 minutos em cada temperatura, após 150 dias de armazenamento. Por outro lado, verificou-se que o armazenamento em nitrogênio líquido induz dormência nos uredosporos de H. vastatrix, sendo necessário choques térmicos após a retirada. O coeficiente de correlação para H. vastatrix mostrou valor de r = 0,4111 (p<0,01) evidenciando que é possível obter pesadas infecções quando se dispõe de esporos com alto poder germinativo. Por outro lado, o coeficiente de correlação para U. phaseoli typica, r = 0,3971, mostrou a impossibilidade de correlacionar capacidade de germinação e poder infectivo, nas condições que prevaleceram durante a realização do experimento.Item Avaliação da atividade de fosfatase alcalina em bacteróides extraídos de plantas de soja (Glycine max L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) cultivadas em diferentes doses de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 1991-02-28) Oliveira, Deise Machado Ferreira de; Cassini, Sérvio Túlio Alves; http://lattes.cnpq.br/5483436232223506Com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de doses de fósforo em um solo sobre a atividade da enzima fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos dos nódulos de plantas de soja inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium japonicum e plantas de feijão inoculadas com estirpes de Rhizobium leguminosarum bv. Phaseoli, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação, utilizando-se plantas crescidas em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo de Viçosa. Plantas de soja variedade 'Uberaba', inoculadas com B. japonicum estirpes Br 29, Br 52-a, Br 33 e Br 96 e cultivadas em vasos com solo contendo quatro doses de fósforo (50, 100, 200 e 400 mg P/kg solo). Aos 45 dias do plantio, determinou-se o peso de nódulos frescos e avaliou-se a atividade de fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos desses nódulos, avaliando-se também a produção de matéria seca da planta. teor e acumulação de nitrogênio e fósforo na parte aérea. No experimento com feijão. conduzido de modo semelhante ao experimento com soja, utilizou-se a variedade Negro Argel' inoculada com R. leguminosarum bv. phaseoli estirpes Br 266, Br 10008, Br 322 e Br 281, procedendo-se as mesmas avaliações ao final de 45 dias após o plantio. Os resultados levaram às seguintes conclusões: - A atividade de fosfatase alcalina avaliada nos bacteróides extraídos dos nódulos de soja e feijão variou com as doses de fósforo no solo. - A atividade de fosfatase alcalina em bacteróides dos nódulos de feijão (R., leguminosarum bv. phaseoli foi mais elevada do que a atividade dos bacteróides dos nódulos de soja (B. japonicum). - A resposta às doses de fósforo utilizadas no solo foi positiva para produção de matéria seca da parte aérea e raiz e peso de nódulos frescos, tanto para a soja, como para o feijão. - O conteudo de nitrogênio nas plantas de feijão e soja foi dependente da concentração de fósforo no solo.Item Atividade da redutase do nitrato e associação ectomicorrízica em mudas de Eucaliptus grandis em resposta ao nitrato(Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-09) Pereira, Jamil de Morais; Castro Muchovej, Rosa Maria; http://lattes.cnpq.br/7813082831764202Foi estudada. em condições de laboratório, a capacidada de fungos ectomicorrizicos reduzir o nitrato pela determinação da atividade da redutase do nitrato (RN). Testaram-se quatro fungos ectomicorrizicos. Pisolithus tinctorius (IS-93. Viçosa- MG), Pisolithus tinctorius (RS-27, Guaíba-RS), Paxillus involutus (França) e Scleroderma sp. (Itabira- MG), crescidos por 28 dias na presença de N-NH4+ ou N-No3- ou uma mistura dos dois na proporção de 1:1, em cinco repetições. Os dois isolados de P. tinctorius apresentaram apresentaram atividades RN maior do que as demais espécies quando crescidas em meio contendo apenas N-NH4+ N-NO3- ou apenas em N-No3-. Os isolados de P. tinctorius apresentam as maiores atividades da RN que os demias fungos, exceto no meio contendo apenas N-Nh4+. Nos isolados de P. tinctorius a atividade da RN aumentou com o cultivo do fungo em meio contendo exclusivamente N-NO3-, enquanto os demais não foram afetados. De modo geral, verificou-se uma relação inversa entre atividade da RN e massa micelial produzida. Em condições de casa-de-vegetação, foi estudado o efeito de doses de nitrato (0, 50, 75, 100 e 200 ppm de N) no estabelecimento da colonização micorrízica, na atividade da RN e na composição mineral de mudas de Eucalyptus grandis inoculadas ou não com Pisolithus tinctorius. As porcentagens do colonização aumentaram com as doses de nitrato, atingindo um máximo em 91 e 108 ppm nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso de matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raíz das plantas inoculadas foi superior áquelas do controle. A atividade da RN nos Plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso da matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raiz das plantas inoculadas foi superior àquelas do controle. A atividade da RN nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolado RS27 foi superior àquelas inoculadas com P. tinctorius IS83 e plantas de controle. O conteúdo de N-No3 nas plantas inoculadas foi superior às do controle. Entretanto, o conteúdo de N total e P variou com a inoculação e doses de nitrato aplicadas ao solo. Em média, as plantas inoculadas apresentaram maior eficiência de utilização de N, enquanto que a eficiência de utilização de P variou com a doses de N aplicadasaoa solo.Item Fermentação alcoólica de soro de queijo por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2(Universidade Federal de Viçosa, 1997-03-25) Magalhães, Cláudia Helena de; Guimarães, Walter Vieira; http://lattes.cnpq.br/2555939259991281A produção de etanol a partir de soro de queijo suplementado com LB ou 0,5% de extrato de Ievedura por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2 (Kb.P2), em valores de pH controlado em 6,0; 6,5; 6,9; 7,0; e 7,3, apresentou baixo rendimento, o que indica ineficiência de estirpe Kb.P2 em utilizar a lactose do soro como substrato. A temperatura ótima para produção de enzima β-D-galactosidade foi 30°C. O pH e a temperatura de atividade ótima da enzima β-D-galactosidade foram 7,0 e 45°C, respectivamente. A enzima não apresentou estabilidade em temperatura superior a 35°C. Houve repressão catabólica de enzima, com a adição de glicose 10 minutos após a adição do indutor lPTG. A galactose adicionada em uma cultura paralela, no mesmo tempo, inibiu ligeiramente a produção de enzima. A β-D-galactosidase de Kb.P2 apresentou 37% de atividade em relação à E. coli K12, quando induzida com IPTG, indicando que Kb.P2 possui uma baixa expressão de enzima. As células rompidas com a prensa francesa ou as células permeabilizadas com tolueno apresentaram 1,3 vez mais atividade de β-D-galactosidase 30 minutos após a adição do indutor, comparado a células induzidas e não tratadas, o que indica baixa eficiência na entrada do substrato nas células. Os resultados permitem evidenciar que a fermentação de soro de queijo por Kb.P2 depende, ainda, do conhecimento e da manipulação do sistema da bactéria, visando utilizar lactose.Item Métodos de purificação e efeitos da qualidade espectral da luz em Nostoc spp(Universidade Federal de Viçosa, 1998-09-10) Nascimento, Antônio Galvão do; Pontes, Marisia Cyreti Forte; http://lattes.cnpq.br/0800366304990945A partir de um conjunto de 39 cianobactérias, foram purificados 14 isolados através de quatro métodos. Organismos que apresentam motilidade foram purificados por repicagens sucessivas ou por fragmentação de filamentos compostos por células vegetativas acoplado a repicagens sucessivas. Organismos sem motilidade puderam ser purificados por fragmentação de agregados de acinetos acoplada à esterilização com hipoclorito de sódio (comercial) ou por fragmentação de agregados de filamentos vegetativos envolvidos por bainhas rígidas acoplada à esterilização com hipoclorito comercial. Foram escolhidos os isolados Nostoc sp1(F16), Nostoc sp2(F40) e Nostoc piscinale (F108) para realizar determinações de concentração de ficobiliproteínas, caracteres morfológicos e o crescimento, sob luz verde e luz vermelha. Foi observada a ocorrência de adaptação cromática complementar somente em F16. F108 apresentou concentrações muito maiores de ficocianina (Pc) relativa a ficoeritrina (Pe) e F40 apresentou aproximadamente 50 % de ficocianina e 50 % de ficoeritrina em ambos os tipos de luz. A incubação em meio líquido, sob condições de agitação promoveu a formação de grumos de filamentos em F16 e F108, mas não em F40. Houve uma maior diferenciação de hormogônios em F16 e F108 sob luz vermelha, comparada à ocorrida sob luz verde e, devido a isso, ocorreu uma desagregação progressiva dos grumos nestes isolados sob luz vermelha, o que não foi observado sob luz verde. Em F40, não foram observados hormogônios em nenhum dos dois tipos de luz. Durante o crescimento de F16 e F108, foram observadas fases de interrupção de crescimento intermediárias a fases distintas de crescimento e F40 apresentou apenas uma única fase de crescimento. Propõe-se como hipótese que a diferenciação de hormogônios em F16 e F108 ocorra em fases específicas da curva de crescimento e que o fator determinante para a ocorrência de diferenciação destes filamentos seja a filtração seletiva da luz pelas camadas externas de células do grumo. Foi observada uma interação entre os efeitos da composição de ficobiliproteínas e da arquitetura das colônias sobre o incremento em biomassa. Em F16 e F108, a maior desagregação dos grumos sob luz vermelha, possivelmente seja a explicação do maior incremento de biomassa neste tipo de luz. Em F108, este maior incremento sob luz vermelha pode ser devido à maior concentração de Pc relativa a Pe. Em F40, o maior incremento de biomassa sob luz verde pode ser explicada pelas concentrações semelhantes de Pe e Pc em ambos os tipos de luz.Item Detecção de microorganismos endofíticos em frutos de café(Universidade Federal de Viçosa, 1999-08-13) Yamada, Cecilia Mioko; Silva, Daison Olzany; http://lattes.cnpq.br/5182917771585699A presença e a distribuição de bactérias e leveduras em frutos de café, desinfestados superficialmente, foram observadas, ulilizando-se técnicas de microscopia com colorações biológicas e fluorocromo, inclusão em parafina e técnicas imunológicas. As preparações a fresco e de inclusão em parafina possibilitaram observar a existência de um gradiente de distribuição de bactérias e leveduras na polpa do café, com predomínio de leveduras em sua porção mais externa. Foram encontradas, também, bactérias nas sementes de café. A aplicação de fluoresceína diacetato, em cortes a fresco, não se mostrou eficiente, dada a dificuldade de visualização dos microrganismos in situ e a inespecificidade da reação. Os anticorpos específicos, para a bactéria Klebsiella oxytoca, foram obtidos; porém, a aplicação de imunofluorescência usando anticorpos como sonda, para detecção das bactérias,em tecidos de frutos de café, necessita de adaptações.Item Atividade microbiana em couve (Brassica oleraceae c.v. acephala) minimamente processada(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-20) Bittencourt, Márcia Teixeira; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/6139009094053438Alterações nas características químicas, sensoriais e na microbiota contaminante de couve minimamente processada e estocada em embalagem com modificação passiva da atmosfera foram avaliadas durante a estocagem a 1 o C, 5 o C e 10 o C. Estabeleceu-se que a seqüência das etapas do processamento mínimo da couve consistiria de sanitização, fatiamento e enxágüe, considerando-se os resultados de redução dos contaminantes aeróbios mesófilos, do teor de cloro ativo residual e pH na solução sanitizante e do teste de aceitação sensorial do produto. A sanitização da couve em uma solução contendo 200 ppm de cloro livre, por 10 min, à temperatura de, aproximadamente, 10 o C, resultou em uma redução significativa (P<0,05) de 1,2 a 2,0 ciclos logarítmicos no número de bactérias aeróbias. As concentrações de O 2 e CO 2 no interior das embalagens de couve minimamente processada embalada em filme de permeabilidade elevada variaram, significativamente (P<0,01), no período de estocagem. Os resultados indicaram que, no produto mantido a 10 o C, houve maior consumo de O 2 e maior acúmulo de CO 2 que a 5 o C e 1 o C. Observou-se aumento significativo do pH da couve mantida a 5 o C e 10 o C e diminuição dos teores de glicose e frutose no produto mantido nas três temperaturas avaliadas. Os resultados do teste de aceitação permitiram estimar que a couve minimamente processada manteve aparência e aroma nos níveis estabelecidos, no 21 o dia a 1 o C, e por um período inferior a 18 dias a 5 o C. Quanto à aparência o produto seria aceito até o décimo dia, a 10 o C, mas, no oitavo dia de estocagem, o aroma promoveria sua rejeição. A população de mesófilos e psicrotróficos predominou em relação à população de bactérias láticas, anaeróbios mesófilos, fungos filamentosos e leveduras e coliformes em todas as amostras analisadas e, aumentou o equivalente a 1,5 e 2,8 ciclos logarítmicos, ao longo de 20 dias de estocagem a 1 o C e 5 o C, respectivamente. A 10 o C, a variação dessa microbiota foi entre 4,0 e 4,6 ciclos logarítmicos, após 15 dias. Embora não-predominantes, as bactérias anaeróbias e láticas foram as que mais cresceram ao longo do período de estocagem da couve minimamente processada, aumentando a população entre 2,4 e seis ciclos logarítmicos. Os números observados de leveduras não ultrapassaram a 10 5 UFCg -1 . Coliformes fecais não foram detectados nas amostras analisadas. Cinqüenta e uma colônias representantes da população de psicrotróficos foram isoladas e caracterizadas, e os resultados indicaram que, aproximadamente, 91% da microbiota psicrotrófica constituíram-se de bastonetes Gram-negativos. A identificação de representantes dessa microbiota indicou presença freqüente dos gêneros Pseudomonas, Flavobacterium, Chromobacterium, Enterobacter e Cedecea. Quatro isolados psicrotróficos foram cultivados em caldo de couve e caldo TSB, a temperaturas entre 1 o C e 15 o C e, a partir da fase exponencial das curvas de crescimento obtidas, foi determinada a velocidade específica de crescimento (μ) para cada isolado, em função da temperatura. Esses dados foram ajustados e o modelo matemático que melhor descreveu o comportamento dos isolados nas condições estudadas foi o da Raiz Quadrada.Item Crescimento de Salmonella enteritidis var. Typhimurium em dietas enterais(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Silva, Roberta Ribeiro; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/2423302422100209Avaliou-se o crescimento de Salmonella enteritidis var. Typhimurium em dietas enterais, nas condições geralmente adotadas durante a estocagem e administração dessas, e os dados experimentais obtidos foram usados para validação de um modelo matemático do crescimento de Salmonella. As dietas industrializadas analisadas foram a Soya Diet (Support) e Ensure (Abbott) e as não-industrializadas, coletadas em duas unidades hospitalares, foram preparadas artesanalmente, à base de frango (DNI-F) e de legumes (DNI-L), ambas enriquecidas com ovo. Os resultados da composição química das dietas indicaram a presença de mais de 50% de carboidratos, com teor protéico entre 14,20 e 29,34 g, lipídios entre 9,03 e 31,80 g e minerais entre 1,4 e 6,2 g por 100g da matéria seca. A osmolaridade variou em uma faixa de 64,61 a 415 mOsmol/L. O pH das dietas após preparo esteve entre 6,75 e 7,79 e a atividade de água entre 0,990 e 0,995. Durante o período de seis horas a 4 o C, não se detectou variação no número de unidades formadoras de colônias (UFC) de Salmonella. Entretanto, o crescimento foi verificado nas dietas industrializadas e não- industrializadas, mantidas a 25°C. Nessa temperatura, os tempos de geração variaram de 21 a 34,8 minutos e a população máxima de viiiSalmonella de 10 8 UFC/mL ocorreu entre 14 e 24 horas, sendo mais rapidamente alcançada na dieta DNI-L. A validação do modelo matemático do crescimento de Salmonella apresentado no Pathogen Modeling Program (PMP) 5.1 (USDA-USA) foi feita, utilizando-se os dados de fase lag e tempo de geração a 25°C, obtidos com as dietas industrializadas da Ensure e da Soya Diet com pH corrigido para 6,23 e com a dieta não-industrializada DNI-L. Concluiu-se que os parâmetros de crescimento desse patógeno, nessas dietas avaliadas, apresentaram-se dentro do intervalo de confiança preditos para tempo de geração e duração de fase lag para a dieta Ensure, validando, portanto, o modelo PMP 5.1 para Salmonella. Este resultado permite gerar informações do crescimento de Salmonella nas dietas enterais analisadas, em valores de temperatura, pH e atividade de água diferentes dos usados experimentalmente. Foi constatado que a temperatura de refrigeradores nas duas unidades hospitalares foi, em média, 11 o C e 18 o C e a temperatura da sala de administração de um dos estabelecimentos foi em torno de 26,5 o C. Com a validação do modelo preditivo do crescimento de Salmonella, é possível estimar que a manutenção das dietas avaliadas, a 18 o C, permitiria o crescimento desse patógeno com um tempo de geração de 87 min. Durante a administração das dietas, à temperatura média de 26,5 o C, o tempo de geração nessas dietas poderia ser, em média, 32 min. Nesta situação, a contaminação das dietas, mesmo com um número pequeno de células de Salmonella, poderia trazer riscos à saúde dos indivíduos, a quem as dietas estão sendo administradas.Item Resistência térmica de esporos bacterianos em néctar e suco de manga(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Silva, Danielle Aparecida da; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/4857566764295802Bacillus licheniformis e Bacillus coagulans tiveram a resistência de seus esporos testadas em temperaturas de pasteurização de polpa e néctar de manga. Os valores D 85°C para esses esporos em polpa de manga, com pH 3,96, foram de 19 e 32 minutos, respectivamente; em néctar de manga, com pH 3,98, foram 31 e 28 minutos, respectivamente. Ao se adicionar em 12,5 mg de nisina/kg de produto observou-se que, em polpa de manga, os esporos de B. licheniformis e B. coagulans, apresentaram os valores D 85°C 18 e 31 minutos; e em néctar de manga, foram 20 e 31 minutos, respectivamente. A nisina adicionada na mesma concentração ao ágar nutriente, impediu a recuperação dos esporos da polpa e néctar de manga. Sugere-se que em tratamentos térmicos brandos de polpa e néctar de manga, a nisina possa ser usada para prevenção de defeitos decorrentes de contaminação por esporos bacterianos.Item Atividade inibidora em bactérias lácticas e produção de bacteriocinas(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Paula, Rosinéa Aparecida de; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/8437455167904238A inibição de Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus por 51 linhagens de bactérias do ácido láctico isoladas de salame tipo italiano foi estudada. Algumas linhagens que demonstraram atividade inibitória quando cultivadas em superfície de ágar não tiveram este resultado confirmado em meio líquido. Para a maioria das linhagens, ácido láctico e peróxido de hidrogênio foram as substâncias inibidoras produzidas. No entanto, os sobrenadantes das culturas de várias linhagens conservaram a atividade inibitória mesmo após a neutralização do ácido e o tratamento com catalase. Leuconostoc mesenteroides subsp. cremoris ID8.5, Lactobacillus mali PR3.1 e quatro linhagens ainda não identificadas, PD4.7, PD1.5, ID3.1, e ID3.2, tiveram as atividades inibitórias suspensas por proteases. A purificação parcial das proteínas dos sobrenadantes das culturas mostra a presença de frações protéicas inibidoras com massas moleculares maiores que 100KDa e entre 30 e 100KDa.Item Fatores de patogenicidade de Listeria monocytogenes de ambientes de laticínios, de alimentos e de humanos(Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-10) Giombelli, Audecir; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/9356814800253370A atividade in vitro das citolisinas, listeriolisina O (LLO) e fosfatidilcolina- fosfolipase C (PC-PLC), uma lecitinase e a virulência in vivo, de isolados de Listeria monocytogenes proveniente de ambientes de laticínios, de alimentos e de humanos foram determinados. A susceptibilidade a agentes antimicrobianos também foi avaliada e foi feita uma comparação entre dois meios de cultura, para determinar a atividade de PC-PLC. Os isolados de alimentos e de humanos pertenciam aos sorotipos 1/2a, 1/2b e 4b; e 60% dos isolados procedentes de ambientes de laticínios pertenciam ao sorogrupo 4. A atividade hemolítica em hemácias de carneiro foi constatada em todos os isolados analisados, com exceção do isolado 506/82, proveniente de líquido cefalorraquidiano. A atividade de PC-PLC em ágar BHI, contendo 2% de NaCl e 5% de emulsão de gema de ovo, foi detectada em 91,9% dos isolados de L. monocytogenes após 96 h de incubação sob anaerobiose. Nas espécies L. innocua, L. grayi, L. welshimeri e L. seeligeri, não foi observada atividade hemolítica nem de PC-PLC. A virulência, avaliada em embriões de galinha de viii14 dias, foi constatada em 88,4% dos isolados de L. monocytogenes. Dois isolados de alimentos que apresentaram atividade hemolítica e o isolado 506/82, não-hemolítico, proveniente de humanos, foram avirulentos. Não foi possível relacionar os sorotipos e a presença de fatores de patogenicidade in vitro com a virulência in vivo. Os isolados de outras espécies de Listeria não foram considerados patogênicos por promoverem a morte de 40% ou menos dos embriões inoculados. A resistência a antibióticos foi constatada em 25 (71,4%) dos 35 isolados de L. monocytogenes avaliados. A resistência a cefoxitina foi verificada em 54,3% dos isolados, enquanto 48,6% foram resistentes à kanamicina, 8,6% à cefotaxima e 2,9% à amicacina. Entre os isolados resistentes, 11 (44%) apresentaram resistência a um antibiótico e 14 (56%) foram resistentes a dois ou três agentes antimicrobianos. A comparação do ágar BHI com o ágar Vogel-Johnson para detecção da atividade de PC-PLC revelou que resultados positivos podem ser observados a partir de 24 h de incubação em ágar Vogel-Johnson, em anaerobiose, enquanto, no ágar BHI, a maioria dos resultados positivos ficam evidentes após 72 h de incubação, sob as mesmas condições. Dos 71 isolados de L. monocytogenes avaliados, 55 (77,5%) apresentaram atividade de PC-PLC mas apenas em condições de anaerobiose. Os 34 isolados das outras espécies de Listeria não demonstraram atividade dessa enzima em nenhum dos dois meios de cultura avaliados. Estes resultados permitem sugerir a adoção do teste de PC-PLC em meio Vogel- Johnson entre os testes bioquímicos de diferenciação da espécie L. monocytogenes das demais espécies do gênero.Item Produção de patulina por Penicillium spp(Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-20) Ferreira, Gislene; Coelho, Jorge Luiz Cavalcante; http://lattes.cnpq.br/6488182288487431Seis linhagens de Penicillium foram estudadas quanto à capacidade de produzir a micotoxina patulina. Dentre as seis linhagens de Penicillium testadas, apenas P. expansum GF produziu patulina, em todos os tempos de cultivo, meios testados e em quantidades superiores às permitidas por legislação (50μg/L). A curva de produção da patulina foi determinada para as linhagens de P. expansum isolada de maçã (GF) e de sementes de plantas florestais (VIC), bem como suas capacidades em produzir patulina nas mesmas condições em que há a produção das enzimas poligalacturonase (PG) e xilanase. O isolado de P. expansum (GF) apresentou maior produção de patulina entre o 9 o e o 15 o dia de crescimento, mas apenas em condições de incubação estática. Sob agitação rotacional, concentrações baixas de 0,16 μg/mL de patulina foram detectadas apenas no 9 o dia de crescimento. A linhagem VIC não produziu patulina em nenhuma condição de incubação. Os fungos P. expansum GF e VIC não produziram patulina sob as mesmas condições em que houve a produção de enzimas despolimerizantes da parede celular de plantas, PG e lanase. As características morfológicas e genéticas xidas três linhagens de P. expansum (GF, VIC e CCT-4608) foram testadas por comparação e mostraram que as linhagens de P. expansum GF e VIC possuem grande semelhança entre si, mas se relacionam muito pouco com a terceira linhagem (CCT- 4608), adquirida como linhagem padrão de P. expansum.Item Isolamento e caracterização do gene que codifica nitrato redutase em Penicillium expansum(Universidade Federal de Viçosa, 2001-02-05) Torres, Adalgisa Ribeiro; Queiroz, Marisa Vieira de; http://lattes.cnpq.br/2275715255949627O gene que codifica nitrato redutase em Penicillium expansum foi isolado de um banco genômico construído no vetor fago lambda EMBL3. Um fragmento de DNA de 3,17 Kb, contendo parte da região codificadora do gene da nitrato redutase de Penicillium chrysogenum, foi utilizado como sonda. Quatro fagos recombinantes foram isolados e denominados λPENR1, λPENR3, λPENR5 e λPENR6, com fragmentos de DNA clonados de 14,4; 14,4; 12,3 e 12,6 Kb, respectivamente. A análise por hibridização do DNA dos fagos recombinantes, clivado com Sal I, identificou fragmentos cujos tamanhos correspondiam a 4,7 Kb (λPENR1), 6,0 Kb (λPENR3), 8,4 Kb (λPENR5) e 7,6 Kb (λPENR6). Para a construção do mapa físico de restrição do fago recombinante λPENR3, foram feitas clivagens simples e duplas com enzimas de restrição. A análise de restrição e hibridização dos fragmentos de DNA do fago recombinante λPENR3 revelou que o gene nia estava presente em um fragmento de 6,5 Kb. Este fragmento foi subclonado no plasmídeo pBluescript SK+, e o plasmídeo recombinante foi denominado pPENR. Para a construção do mapa físico de restrição de pPENR, foram feitas clivagens simples e duplas com enzimas de restrição. O plasmídeo recombinante pPENR foi utilizado na transformação dos mutantes Nia^- de P. expansum e Penicillium griseoroseum, sendo obtida uma freqüência de 16 transformantes por μg de DNA.Item Isolamento e caracterização de ectomicorrizas em Nogueira Pecã(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-13) Ribeiro, João Júlio Oliveira; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/0505247786223500Com o objetivo de caracterizar as ectomicorrizas da nogueira pecã, Carya illinoinensis, foram realizadas coletas de basidiocarpos e dos sistemas radiculares em dois plantios experimentais localizados no Campus da UFV e na Fazenda Experimental de Araponga, MG. Basidiocarpos foram encontrados e coletados somente na área do Campus da UFV, provavelmente devido à época de coleta. A partir dos basidiocarpos, foram obtidos 4 isolados de características culturais similares. Estes basidiocarpos foram caraterizados e identificados como pertencentes a Scleroderma verrucosum. Nas duas áreas de plantio de C. illinoinensis, um único morfotipo de ectomicorriza foi observado com as seguintes características: cor branca amarelada, 00-20-00 %CYM; ramificação pinada irregular; hifas da superfície do manto organizados em “net prosenchyma” e as internas organizadas em “net sinenchyma”; rede de Hartig presente viiformando-se intercelularmente a epiderme da raiz e a primeira camada de células do córtex e, eventualmente, a segunda; rizomorfos presentes em grande quantidade apresentando hifas com anastomoses. As ectomicorrizas coletadas no Campus da UFV foram formadas pelo S. verrucosum. Esta identificação foi possível após a constatação da união das ectomicorrizas encontradas, por meio de rizomorfos, a basidiocarpos coletados no local. As ectomicorrizas coletadas na fazenda de Araponga possivelmente foram formadas por S. verrucosum, dado o alto grau de similaridade nas características avaliadas. A porcentagem de micorrização em C. illinoinensis variou de 15 a 32,5 %. O DNA extraído de 3 isolados de S. verrucosum foi amplificado utilizando-se 16 oligonucleotídeos iniciadores e por eletroforese em gel de agarose 1,2%. Foram identificados 84 fragmentos polimórficos e, com base na presença ou ausência destes fragmentos, as distancias genéticas calculadas variaram de 16,8 % a 67 %, demonstrando existir uma grande variabilidade genética entre os isolados fúngicos de uma mesma área.Item Transformação de Pichia pastoris com o gene de β - galactosidase de Kluyveromyces marxianus var. lactis(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-15) Macêdo, Cláudia Souza; Passos, Flávia Maria Lopes; http://lattes.cnpq.br/5335251554582575A região codificadora do gene LAC4, que codifica a β-galactosidase de Kluyveromyces marxianus var. lactis, foi isolada do plasmídeo pLAC4-12, por meio da técnica de reação de polimerização em cadeia (PCR) com oligonucleotídeos iniciadores, que amplificam um fragmento de aproximadamente 3.000 pb. Com os objetivos de expressar e secretar a β- galactosidase, este fragmento foi clonado em um vetor de expressão e secreção pPIC9 do sistema de expressão de Pichia pastoris. A região codificadora LAC4 intacta e uma versão truncada foram fundidas em fase com a seqüência sinal de secreção do fator-α, sob controle do promotor AOX1. A hidrólise dos DNAs recombinantes obtidos com as enzimas de restrição apropriadas confirmou a clonagem da região codificadora LAC4 intacta nas orientações anti-senso e senso e da versão truncada no vetor pPIC9. Os clones foram linearizados e usados para transformar células eletrocompetentes de Pichia pastoris GS115 (His - e Mut + ). Colônias recombinantes foram isoladas e as inserções da região codificadora LAC4 intacta e truncada no genoma da levedura foram confirmadas por “PCR” com iniciadores específicos. Colônias recombinantes positivas foram cultivadas em glicerol e a expressão dos genes recombinantes foi induzida com metanol. Amostras foram coletadas periodicamente e o meio extracelular e a massa de células analisados quanto à atividade de β -galactosidase. Nenhum aumento na atividade de β - galactosidase foi observado perante o controle. Espera-se que a transformação de linhagens da levedura Mut - com os clones obtidos possa resultar na produção de uma proteína funcional.Item Crescimento e caracterização de pectina liase de Paenibacillus amylolyticus isolado de frutos de café (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-16) Paula, Evandro Marcus de; Silva., Daison OlzanyA bactéria Paenibacillus amylolyticus, isolada de frutos de café que tiveram sua superfície devidamente desinfestada, foi cultivada em frascos Erlenmeyer de 125 mL, com 50 mL de volume de trabalho, em meio mineral suplementado com extrato de levedura 0,06% (p/v), com diferentes fontes de carbono, sempre a 0,3% (p/v) e pH 7,0, sendo a cultura incubada a 25 oC, com agitação de 150 rpm ou sem agitação. A bactéria também apresentou crescimento quando o extrato de levedura foi substituído por tiamina 50 mg L'1 e outras vitaminas do complexo B, mas nunca quando alguns desses fatores não eram adicionados ao meio mineral. Paenibacillus amylolyticus cresce na ausência de sulfato de amônio, desde que extrato de levedura 0,06% (p/v) esteja presente, porém o mesmo não se verifica quando se substitui o extrato de levedura por tiamina 50 mg L'l. O microrganismo não foi capaz de crescer em anaerobiose provocada pelo borbulhamento de nitrogênio gasoso, tanto na presença quanto na ausência de sulfato de amônio, indicando que tal bactéria não é capaz de crescer em anaerobiose e fixar nitrogênio nessa condição. P. amylolyticus é capaz de crescer em pectina como única fonte de carbono e, para tal, produz pectina liase (PL), para lise deste carboidrato. A enzima PL acumula- se no meio mais eficientemente após 24 horas de crescimento, apresentando maior especificidade por pectina cítrica, quando utilizada como substrato enzimático. A atividade ótima de PL ocorre a 40 ºC e a termoestabilidade, até 45 ºC. Entre os valores de pH avaliados, PL apresentou atividade entre pH 5,6 e 8,6, sendo o ótimo 7,9. A adição de EDTA e íons metálicos na mistura de reação mostrou pequeno efeito na atividade da enzima, e os valores de Km e Vmax aparentes foram, respectivamente, de 6,61 mg mL'1 e 1,24 X 10'7 mol min 4 mL'l.Item Isolamento e caracterização de genes que codificam poligalacturonases e transformação de Penicillium expansum(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-20) Ribeiro, João Batista; Araújo, Elza Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/9402576530378874A seqüência completa de nucleotídeos do gene pepg1 foi determinada. A análise desta seqüência mostrou que este gene apresenta dois possíveis introns de 58 pares de bases, um potencial cis elemento TATA na posição -151 e um potencial CAAT Box na posição -273. A região codificadora contém 1110 pb, após a retirada dos introns, e a partir dessa seqüência foi deduzida uma proteína com 370 aminoácidos. A seqüência de aminoácidos apresenta grande homologia com poligalacturonases de outros fungos filamentosos, com massa molecular deduzida de 38,4 KDa e ponto isoelétrico teórico de 8,31. Quatro fagos recombinantes foram isolados a partir do banco genômico de Pencillium expansum, utilizando-se como sonda um fragmento de DNA de 1,6 Kb contendo o gene pgg1 de P. griseoroseum, os quais foram denominados λPEPG1, λPEPG2, λPEPG3 e λPEPG4. Os fagos λPEPG3 e λPEPG4 apresentaram fragmentos genômicos clonados de 14,5 e 16,6 Kb. Fragmentos de DNA de Bam HI de 3,6 e 5,1 Kb dos fagos λPEPG3 e λPEPG4 respectivamente, que hibridizaram com a sonda, foram subclonados no vetor pBluescript® SK+, originando os plasmídeos recombinantes pEPG3 e pEPG4. O gene pepg1 foi usado na transformação de protoplastos do mutante nia/pab/faw de P. expansum na presença de polietilenoglicol e CaCl2. Para a seleção dos transformantes, em meio mínimo contendo nitrato de sódio como fonte de nitrogênio, foi usado o gene nia de Fusarium oxysporum. Cento e cinqüenta e cinco, dentre os 234 transformantes obtidos, foram considerados estáveis quanto ao gene de nitrato redutase, e foram analisados quanto à produção de pectinase total em meio mineral sólido tamponado contendo pectina. Foram observadas linhagens transformantes apresentando halos de degradação da pectina maiores e menores que os da linhagem selvagem e mutante, mas a maioria dos transformantes apresentou resultado similar ao dessas linhagens. Cinqüenta e três transformantes foram caracterizados quanto à produção de poligalacturonase. Foram observados transformantes com atividade de PG inferior à da linhagem selvagem, mas a maioria dos transformantes analisados apresentou aumento na atividade dessa enzima, variando de 10 a 89 % em relação à linhagem selvagem. A hibridização do DNA total dessas linhagens, clivado com enzimas de restrição, revelou a ocorrência de integração heteróloga e de múltiplas cópias em tandem do gene pepg1 no genoma de P. expansum.Item Efeito do cravo (Syzygium aromaticum) sobre Salmonella e Staphylococcus aureus em salame tipo italiano(Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-07) Magnani, Ana Lúcia; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/1268906794234364Foi avaliado o efeito do cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) sobre Salmonella e Staphylococcus aureus inoculados em salame tipo italiano na concentração de, aproximadamente, 10 3 a 10 4 UFC/g do produto. O pH final do salame tipo italiano foi em torno de 4,4 e a concentração de ácido lático variou de 65,9 mmolL -1 no início do processamento para 249,4 mmolL -1 ao final de 20 dias. Os salames processados neste estudo resultaram num produto final com a w de, aproximadamente, 0,91 e um percentual de umidade estimada de 49,1%. A adição de 0,2% de cravo no salame não resultou em diferenças significativas nas características físico-químicas do produto, com exceção do pH que foi mais baixo nos embutidos adicionados de cravo. Foi constatado que, nos salames tipo italiano fabricados com a adição de 0,2% de cravo, compreendendo 65 μ g de eugenol por grama de produto, e naqueles salames do tratamento controle, sem cravo, houve uma redução de até quatro ciclos logarítmicos no número de células viáveis de Salmonella. O número de ciclos logarítmicos reduzidos na população de Salmonella foi significativamente maior(p<0,05) nos embutidos produzidos com 0,2% de cravo, quando se utilizou o meio BPLS para a contagem de colônias típicas de Salmonella. Ao final de 20 dias de processamento do salame tipo italiano não foi possível detectar a presença de Salmonella no produto adicionado de 0,2% de cravo, pela técnica do Número Mais Provável (NMP) nem por método imunoanalítico. Pela técnica de imunoanálise em apenas uma, das quatro repetições do tratamento controle, sem a adição de cravo, pode ser constatada a presença de Salmonella nos embutidos prontos. O número de células viáveis de S. aureus reduziu aproximadamente, meio ciclo logarítmico no período de fermentação. Os resultados mostraram que a adição de 0,2% de cravo no salame tipo italiano, nas condições experimentais usadas, não resultou em efeito inibidor adicional sobre S. aureus durante o período de processamento do produto.Item Colonização de Coffea arabica L. por bactérias endofíticas promotoras de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2001-07-15) Sakiyama, Cássia Camargo Harger; Silva, Daison Olzany; http://lattes.cnpq.br/5557683710144134Os protocolos de esterilização superficial e de isolamento de bactérias endofíticas foram estabelecidos para frutos e caules de café arábica. Um isolado bacteriano produtor de pectina liase extracelular foi fisiologicamente e fenotipicamente caracterizado. A incidência de microbiota epifítica e endofítica foi constatada em amostras de frutos de café arábica oriundas de diferentes localidades. Bactérias, leveduras e fungos filamentosos foram isolados, sendo em Viçosa 1.042 isolados epifíticos e 282 potencialmente endofíticos, em Serra do Salitre 71 isolados epifíticos e 28 potencialmente endofíticos e em Patrocínio 85 isolados epifíticos e 33 potencialmente endofíticos. As bactérias foram isoladas em maior número, sendo que os bastonetes predominaram sobre os cocos e, dentre os bastonetes, as bactérias Gram negativas. A colonização de explantes de Coffea arabica L. por bactérias endofíticas foi demonstrada in situ pela técnica de imunofluorescência e comprovada pela recuperação das bactérias após sua reintrodução. Cinco isolados de bactérias endofíticas promoveram o crescimento de explantes de Coffea arabica e Coffea canephora, indicando que a sua interação não é espécie-específica.Item Atividade antimicrobiana e composição mineral do cogumelo shiitake produzido em diferentes substratos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-13) Bento, Kérley Braga Pereira; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://lattes.cnpq.br/6429832392023465A produção de cogumelos por quatro isolados de Lentinula edodes, além da atividade antimicrobiana e a concentração de alguns nutrientes nesses cogumelos foram avaliadas. Os cogumelos foram cultivados em substrato à base de serragem, suplementado com farelos de arroz, de soja, de trigo, ou em combinações desses farelos. Os substratos foram umedecidos com chá mate a 0,1 % ou com água. Os cogumelos também foram produzidos em toras de eucalipto. A produtividade variou conforme o isolado e o substrato de cultivo. Constatou-se que em toras de eucalipto ocorreu uma maior produção de cogumelos do que nos substratos à base de serragem. Os extratos aquosos, correspondentes a 40mg de matéria seca dos cogumelos shiitake, inibiram o crescimento tanto de Bacillus subtilis como de Escherichia coli K-12. Esse efeito foi constatado independentemente do substrato, do estádio em que foram colhidos e do processamento, fresco ou desidratado. A fração do extrato solúvel em acetato de etila, nas concentrações equivalentes a 150μg e a 300μg da matéria seca do cogumelo, não inibiu nem B. subtilis nem E. coli pela técnica de difusão em disco de papel. Os teores de nitrogênio, de potássio, de fósforo, de magnésio e de cálcio variaram conforme o substrato de cultivo e em geral, a concentração desses nutrientes foi maior nos cogumelos cultivados em substratos à base de serragem. Os resultados confirmaram que o shiitake é boa fonte desses nutrientes. O nitrogênio foi o elemento mais abundante, seguido por fósforo, potássio, magnésio e cálcio. Além do isolado fúngico, o substrato de cultivo e a forma de processamento devem ser levados em consideração tanto na avaliação nutricional como na produção de substância(s) antimicrobiana (s) pelos cogumelos.