Microbiologia Agrícola
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Item Aplicação de ozônio e de revestimentos comestíveis em morangos (Fragaria ananassa Duch.) minimamente processados(Universidade Federal de Viçosa, 2006-07-25) Holtz, Selma Garcia; Puschmann, Rolf; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787733Y5; Minim, Valéria Paula Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761407T6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4162700Y6; Soares, Nilda de Fatima Ferreira; SOARES, N. F. F.; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6A cultura do morango (Fragaria ananassa Duch.) é importante econômica e socialmente no Estado de Minas Gerais e o pseudofruto é muito perecível. O processamento mínimo do morango é uma alternativa para a comercialização, porém, a lavagem e sanitização por via úmida favorecem o crescimento fúngico. A sanitização com ozônio gasoso e a aplicação de revestimentos comestíveis são tecnologias que podem ser empregadas no processamento mínimo do morango. O objetivo deste trabalho foi adequar tecnologia de processamento mínimo de morango visando manter a qualidade microbiológica e físico-química do produto. Comparou-se a eficiência de métodos de higienização na redução da contaminação inicial dos morangos por mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e leveduras e por coliformes totais e termotolerantes. Os morangos foram limpos com jato de ar e sanitizados com gás ozônio durante 30 e 60 min. Avaliou-se também a lavagem dos morangos com água seguida da sanitização com composto clorado orgânico. O efeito da aplicação de revestimentos comestíveis no aumento da vida útil dos morangos minimamente processados foi avaliado. Morangos orgânicos, cultivar Camarosa , foram colhidos e selecionados, seguindo-se a retirada manual do cálice. Então, foram submetidos aos tratamentos de sanitização com ozônio gasoso ou clorado orgânico, seguido de revestimento de fécula de mandioca ou de amido de milho. Os morangos foram embalados e refrigerados a 5 °C, por 15 dias. A qualidade microbiológica do produto foi analisada pelas contagens padrão de mesófilos aeróbios e anaeróbios, psicrotróficos, fungos filamentosos e leveduras e pela determinação do número de coliformes totais e termotolerantes. Alterações de cor expressa pelo índice de escurecimento e pela diferença total de cor, pH, sólidos solúveis totais, firmeza da polpa, perda de massa e vitamina C total também foram avaliadas. Os dados obtidos foram submetidos a Análise de Variância a 5% de probabilidade, com a significância entre as médias comparadas pelo teste Tukey. A população inicial de mesófilos aeróbios foi reduzida nos morangos limpos com jato de ar e sanitizados com ozônio por 60 min. Fungos filamentosos e leveduras foram reduzidos com 30 e 60 min de ozonização. Não houve redução significativa desses microrganismos nos morangos lavados em água e, ou sanitizados com solução clorada. O Número Mais Provável de coliformes totais foi de até 1100/g, determinados nos morangos limpos com jato de ar. Coliformes termotolerantes não foram detectados em nenhuma amostra analisada. Nos morangos sanitizados com ozônio e revestidos com amido de milho a população de fungos filamentosos e de leveduras apresentou menor variação durante o armazenamento, não havendo efeito dos tratamentos sobre as populações dos outros microrganismos. Os valores referentes ao índice de escurecimento, pH, sólidos solúveis totais e firmeza da polpa não variaram nos morangos sanitizados com ozônio ou clorado orgânico e que receberam ou não revestimentos comestíveis. O teor de vitamina C foi mantido até o 7° dia de armazenamento nos morangos de todos os tratamentos. A diferença total de cor e a perda de massa foram menores nos morangos ozonizados. Concluiu-se que, nas condições deste estudo, a ozonização por 60 min foi eficaz para reduzir a contaminação inicial por mesófilos aeróbios, minimizar as perdas de cor e de massa e, associada ao revestimento de amido de milho, controlar fungos e leveduras dos morangos minimamente processados, preservando a qualidade microbiológica e físico-quimica do produto, por um período de sete a dez dias.Item Atividade das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Pimentel Filho, Natan de Jesus; Carvalho, Antônio Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781655T2; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9157232954010211; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Paula, Rosinéia Aparecida de; http://lattes.cnpq.br/8437455167904238; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0O queijo Minas frescal é um dos produtos lácteos mais consumidos no Brasil e suas características químicas tornam-o um meio apropriado para o crescimento de micro-organismos deterioradores e patogênicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de bovicina HC5 e nisina sobre o crescimento de Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal. O crescimento de estirpes de L. monocytogenes, L. innocua e S. aureus foi acompanhado em caldo tripticase de soja (TSB) e em leite integral comercialmente esterilizado (UAT), a 37 ºC em presença de bovicina HC5 e nisina adicionadas isoladas ou combinadas. Queijo Minas frescal foi produzido e inoculado com população inicial de 104 UFC.g-1 de L. monocytogenes e S. aureus e adicionado de 600 UA.mL-1 de bovicina HC5 e nisina. Na presença de concentrações de 10, 20 e 50 UA.mL-1 de bovicina HC5 em caldo TSB houve aumento da fase lag e redução da velocidade específica de crescimento das estirpes de L. monocytogenes, L. innocua e S. aureus. O crescimento foi completamente inibido quando bovicina HC5 foi adicionada nas concentrações 100 e 150 UA.mL-1 e em concentrações de nisinaacima de 10 UA.mL-1. L. innocua isolado de queijo Minas foi sensível a baixas concentrações das bacteriocinas enquanto L. innocua LMA83 apresentou um aumento de 10 h na fase lag quando 10 e 20 UA.mL-1 de nisina foram acrescentadas ao caldo TSB. Em concentrações de nisina e bovicina HC5 acima de 50 UA.mL-1, nenhum crescimento de L. innocua foi observado. A presença das bacteriocinas em concentrações de até 50 UA.mL-1 aumentou a fase lag mas, não impediu o crescimento de S. aureus enquanto as concentrações 100 ou 150 UA.mL-1 de bovicina HC5 inibiram a multiplicação bacteriana. A combinação das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina em caldo TSB inibiu o crescimento de L. monocytogenes, S. aureus EMBRAPA 4018 e L. innocua em concentrações inferiores do que quando usadas isoladamente. Em leite UAT, concentrações de bovicina HC5 acima de 400 UA.mL-1 reduziram o número de células viáveis de L. monocytogenes Scott A em um ciclo log. Entretanto, nisina foi bactericida apenas quando foi usada na concentração de 1200 UA.mL-1, sendo o crescimento reassumido após 3 h de incubação. L. innocua LMA83 foi sensível a todas as concentrações de bovicina HC5 adicionadas ao leite enquanto nenhuma redução no número de células viáveis foi observada após adição de nisina. S. aureus ATCC 6538 cresceu em leite mesmo na presença de 400 ou 800 UA.mL-1 de bovicina HC5 e efeito bacteriostático foi observado na concentração 1200 UA.mL-1. A concentração 1200 UA.mL-1 de nisina exerceu efeito bactericida sobre células de S. aureus. Em queijo Minas frescal, a adição das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina combinadas na concentração 600 UA.g-1 reduziu o número de células viáveis inicial de 104 UFC.g-1 de L. monocytogenes Scott A para valores abaixo de 1 UFC.25 g-1, após nove dias de estocagem a 4 ºC. Efeito bactericida sobre S. aureus ATCC 6538 foi observado nos queijos adicionados das bacteriocinas combinadas durante 15 dias de estocagem a 4 ºC. Entretanto, após esse período, a multiplicação de S. aureus foi retomada. A presença das bacteriocinas combinadas na concentração 600 UA.g-1 não impediu a produção de enterotoxinas estafilocócica C por S. aureus EMBRAPA 4018 em queijos mantidos sob temperatura de 15 ºC de estocagem. Estes resultados demonstraram que bovicina HC5 e nisina foram efetivas no controle dos patógenos avaliados em leite e queijo Minas frescal, em especial quando usadas associadas.Item Atividade proteolítica de Pseudomonas fluorescens em biofilmes e detecção das células por anti-soro policlonal(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-24) Machado, Ana Diolina Soares; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Mezencio, José Mário da Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787261E6; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Gloria, Maria Beatriz Abreu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783318E0Os objetivos deste trabalho foram investigar a formação de biofilmes por estirpes de Pseudomonas fluorescens isoladas de leite cru refrigerado e a atividade proteolítica nesses biofilmes. Pesquisou-se, também, a viabilidade de detecção dessas células no leite, por métodos imunológicos. O potencial de desenvolvimento de biofilmes em superfície de aço inoxidável AISI 304 acabamento # 4 foi avaliado em temperaturas de 7 oC e 22 oC. O número de células de uma cultura mista constituída de sete estirpes de P. fluorescens, aderidas a placas de aço inoxidável aumentou, proporcionalmente ao aumento da população de células planctônicas, atingindo em torno de 108 UFC-CFU.mL-1, após 72 h de incubação em leite desnatado reconstituído (LDR) a 12%, a 22 oC. A maior atividade proteolítica constatada no sobrenadante de LDR 12% em presença de placas de aço inoxidável com células aderidas que, em ausência, sugere que células aderidas, ou, em biofilmes, podem secretar enzimas para o meio externo. A avaliação da adesão de células de culturas puras de P. fluorescens 041 e 097, em meio triptona extrato de levedura e fosfato (TYEP) e em LDR 1% ou 12%, indicou que o meio TYEP estimulou crescimento, mas, não a atividade proteolítica a 7 ºC e 22 ºC. Constatou-se que a capacidade de adesão com desenvolvimento de biofilmes é diferente entre as estirpes de uma mesma espécie. Adesão, formação de biofilmes e a atividade proteolítica são propriedades independentes, nas bactérias avaliadas. P. fluorescens 041 apresentou baixa capacidade de adesão a placas de aço inoxidável a 7 oC e uma alta atividade proteolítica, enquanto o número de células aderidas de P. fluorescens 097 foi da ordem de 109 UFC.mL-1 a 7 oC e 22 oC, mas apresentou atividade proteolítica menor. A observação dos biofilmes em microscópio eletrônico de varredura evidenciou que P. fluorescens 097 formou aglomerados com multicamadas celulares na superfície das placas de aço inoxidável. Anti-soros policlonais produzidos em nove coelhos contra misturas de estirpes de P. fluorescens apresentaram sensibilidades diferentes, com capacidade de detecção de células em concentrações que variaram de 103 UFC-CFU.mL-1 a 108 UFC.mL-1. Os anti-soros produzidos não apresentaram reação cruzada com outras espécies bacterianas contaminantes do leite cru refrigerado, à exceção dos anti-soros 2A e 3A que reagiram com Aeromonas. Aplicando-se técnicas de aglutinação em gota e de imunodot-blot, foram detectadas células de P. fluorescens em LDR 12% em concentrações de 103 UFCCFU. mL-1 e 105 UFC-CFU.mL-1. Estes resultados indicam o potencial desses procedimentos, para detectar células das bactérias deterioradoras, em uma faixa de concentração não-comprometedora da qualidade do leite.Item Avaliação do efeito imunomodulador do extrato aquoso de Agaricus blazei e sua relação com a translocação bacteriana em modelo animal(Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-27) Fantuzzi, Elisabete; Nicoli, Jacques Robert; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787262J9; Mezencio, José Mário da Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787261E6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761222A8; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Paula, Sérgio Oliveira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767540P4O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos imunomoduladores do extrato aquoso de Agaricus blazei e sua relação com a translocação de bactérias autóctones e a translocação de Salmonella enterica Typhimurium (106 UFC mL-1), em modelo animal. Extrato aquoso de A. blazei foi administrado ad libitum e por gavage intragástrica a camundongos de 6 a 7 semanas, duas semanas antes da primeira dose de ciclofosfamida e até o 23o dia do experimento. No experimento utilizando S. Typhimurium para desafiar os animais, o extrato aquoso de A. blazei foi administrado diariamente por 16 dias antes do desafio e até o 22o dia, quando os animais foram eutanasiados. Não houve diferença significativa (P>0,05) no ganho de peso (g) dos animais entre os grupos testados durante a avaliação semanal, no entanto, observou-se uma redução similar no peso dos animais submetidos ao tratamento dos grupos imunodeprimidos com 200 mg kg -1 de ciclofosfamida na última semana de avaliação, independente da administração ou não do extrato aquoso de A. blazei ad libitum e por gavage intragástrica. Não foi observada translocação de bactérias Gram-negativas autóctones em nenhum dos animais, no experimento envolvendo imunodepressão. Os animais imunodeprimidos apresentaram índice esplênico inferior aos dos animais controles, mas, não houve diferença significativa (P>0,05) entre aqueles grupos tratados ou não com extrato aquoso de A. blazei. Não foram observadas diferenças na secreção de IgAs no intestino delgado nem nas secreções séricas de TNF-α, IFN-γ e IL-10 dos animais submetidos ao tratamento com o extrato aquoso de A. blazei, imunodeprimidos ou não. A administração de ciclofosfamida não alterou a histologia do íleo e fígado em comparação com os controles, porém, no baço dos animais imunodeprimidos examinados observou-se redução dos folículos linfóides e depleção linfocitária, sendo que a administração do extrato aquoso de A. blazei não alterou esse aspecto. No experimento envolvendo desafio microbiano, os valores de índice esplênicos dos animais desafiados com S. Typhimurium não foram diferentes (P>0,05) daqueles encontrados em animais não desafiados ou nos animais em que se administrou extrato de A. blazei. A secreção de IgAs no intestino delgado dos camundongos assim como as secreções de TNF-α, IFN-γ e IL-10 não foram afetadas P>0,05) pela administração do extrato aquoso de A. blazei ou pelo desafio microbiano. Colônias típicas de S. Typhimurium foram recuperadas do fígado, baço e linfonodos mesentéricos (MLNs) dos animais desafiados nas análises conduzidas no quinto dia após a inoculação de 106 UFC mL-1 por animal. Contudo, não ocorreu diferença significativa (P>0,05) na translocação observada nos animais desafiados nos grupos tratados ou não com o extrato aquoso de A. blazei. No grupo desafiado com S. Typhimurium, as análises histopatológicas evidenciaram pequenos e difusos focos de infiltrado inflamatório misto no parênquima hepático, compatíveis com translocação. O baço dos animais desafiados também apresentou discreta hiperplasia reacional, com discreto aumento dos folículos linfóides e dos centros germinativos. O tratamento com o extrato aquoso não modificou a resposta do baço ou do fígado no grupo desafiado. À semelhança do grupo que recebeu apenas água e gavage intragástrica com Salmonella, o íleo dos animais tratados com o extrato aquoso de A. blazei não apresentou alterações significativas. O extrato aquoso de A. blazei utilizado neste estudo, portanto, não influenciou nenhuma das variáveis selecionadas para analisar seus efeitos imunomoduladores in vivo.Item Características fenotípicas controladas pelo sistema quorum sensing em Enterobacter cloacae(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-15) Ponce, Adriana dos Reis; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4717675T1; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Martins, Maurilio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8Muitas bactérias apresentam um sistema elaborado de comunicação entre células dependente de densidade celular, denominado como quorum sensing, e o conhecimento de fenótipos controlados por esse mecanismo pode contribuir para a elucidação de processos importantes na microbiologia de alimentos. O objetivo deste trabalho foi determinar fenótipos regulados por quorum sensing em Enterobacter cloacae 067, isolado de leite cru refrigerado. Foram comparadas características fenotípicas da estirpe selvagem de E. cloacae 067 com uma estirpe transconjugante, que sintetiza a enzima lactonase, responsável pela hidrólise de acil homoserina lactonas (AHLs), moléculas sinal do sistema quorum sensing. Estirpes selvagem e transconjugante de E. cloacae 067 cresceram em temperaturas de 4 °C a 43 °C, com ótimo entre 36 °C e 43 °C e a população máxima foi atingida a 30 °C. A densidade óptica das culturas da estirpe transconjugante foram maiores (p < 0,05) do que a da selvagem, tanto em meios de cultura complexos como em meios minerais, contendo uma única fonte de carbono orgânico. A motilidade por espalhamento não foi verificada nas estirpes testadas e a motilidade por contração não foi alterada no transconjugante. Biofilmes foram formados em superfície de poliestireno e a estirpe E. cloacae 067 selvagem apresentou maior adesão que a estirpe transconjugante, quando cultivada nos meios Luria Bertani (LB), triptona, extrato de levedura e fosfato (TYEP) e meio mínimo de sais (MMS). A adição de cálcio ao meio TYEP reduziu a formação de biofilmes pela estirpe selvagem, mas não na transconjugante. Em superfície de aço inoxidável a adesão da estirpe selvagem foi cerca de um ciclo logarítmico maior do que a transconjugante, por até 48 horas de incubação. Após este período, diferenças entre as estirpes não foram detectadas, tanto na observação microscópica quanto na contagem de células viáveis aderidas. A diferença na adesão de E. cloacae 067 selvagem e transconjugante em poliestireno e em aço inoxidável sugere que o sistema quorum sensing regula a formação de biofilmes nesta estirpe. Atividades das enzimas amilases, celulases, lipases e pectinases não foram verificadas nas estirpes selvagem e transconjugante de E. cloacae 067. Entretanto, o transconjugante foi capaz de liquefazer a gelatina após 12 dias de incubação a 30 °C, o que não foi observado na estirpe selvagem. O transconjugante de E. cloacae 067 também apresentou maior atividade proteolítica em ágar caseinato e em ágar LB acrescido de 2 % de leite e maior grau de proteólise do leite do que o selvagem. A coagulação do leite desnatado reconstituído a 12 % e do leite pasteurizado por E. cloacae 067 transconjugante ocorreu após 36 horas de incubação, enquanto a estirpe selvagem coagulou o leite somente após 96 horas. Estes resultados sugerem a existência de um mecanismo de regulação negativa da atividade proteolítica em E. cloacae 067 pelo sistema quorum sensing. A atividade proteolítica de ambas as estirpes avaliadas não foi detectada em zimograma contendo azocaseína como substrato. Entretanto, quando gelatina foi usada como substrato, foi possível a observação de atividade proteolítica no extrato proteico das estirpes selvagem e transconjugante no gel. A análise dos sobrenadantes livres de células e concentrados 15 vezes, em gel de poliacrilamida evidenciou maior número de bandas de proteínas extracelulares produzidas pela E. cloacae 067 selvagem do que pela transconjugante, sugerindo que o sistema quorum sensing pode estar envolvido na regulação de outras proteínas extracelulares, além de proteases.Item Características fenotípicas reguladas por quorum sensing em Aeromonas hydrophila(Universidade Federal de Viçosa, 2011-11-28) Ponce, Adriana dos Reis; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/1564233636924536; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/0578231392218162; Pinto, Uelinton Manoel; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300As bactérias apresentam um sistema elaborado de comunicação entre células dependente de densidade celular, denominado quorum sensing. O conhecimento de fenótipos controlados por esse sistema, como a produção de enzimas hidrolíticas que resultam na deterioração de alimentos, formação de biofilmes e mecanismos de patogenicidade podem contribuir para a elucidação de processos importantes na microbiologia de alimentos e permitir a elaboração de estratégias de controle de patógenos e deterioradores. O objetivo deste trabalho foi determinar fenótipos regulados por quorum sensing em Aeromonas hydrophila, isolada de leite cru refrigerado. Foram comparadas características fenotípicas, como produção de enzimas hidrolíticas, motilidade, formação de biofilmes e perfil protéico das estirpes selvagens Embrapa 029 e ATCC 7966 de A. hydrophila mutantes incapazes de sintetizar homoserina lactonas aciladas (AHLs), moléculas sinal do sistema quorum sensing. Os mutantes de A. hydrophila foram construídos utilizando a estratégia de mutação sítio dirigida, pela interrupção do gene ahyI com o gene que codifica gentamicina-3-acetiltransferase, utilizando o vetor suicida pKNG101. Os mutantes 029-8, 029-14 e 029-21, comprovadamente apresentaram o sistema quorum sensing comprometido e não foram capazes de produzir AHL detectáveis pelo biomonitor Chromobacterium violaceum CV026. Entretanto, estes mutantes apresentaram os genes ahyI e ahyR intactos quando analisados por PCR. Pela técnica de RT-PCR foi constatado que A. hydrophila QS 029-14 foi incapaz de transcrever os genes ahyR e ahyI, o que comprovou a incapacidade de produzir a proteína reguladora de resposta (AhyR) e a sintase de AHL (AhyI). Estes mutantes perderam a capacidade de hidrolisar gelatina e apresentaram perda ou redução da atividade de hidrólise de caseína. A atividade de β-hemólise e a motilidade tipo swimming, comumente observada na estirpe selvagem, não foram observadas no mutante A. hydrophila QS 029-14, o que indica que estas características estão sob regulação do quorum sensing. As estirpes selvagens e mutantes apresentaram atividades das enzimas amilase e lipases. Estirpes selvagens e o mutante QS 029-14 de A. hydrophila foram capazes de aderir aos cupons de aço inoxidável imersos em meio TYEP. Entretanto, menor adesão do mutante QS 029-14 foi verificada tanto pela contagem de células sésseis viáveis como pela observação microscópica dos cupons. Este resultado reforça as evidências do envolvimento do mecanismo de quorum sensing na regulação da formação de biofilmes nesta espécie. A análise dos sobrenadantes livres de células e de proteínas intracelulares, em gel de poliacrilamida 12 %, evidenciou a expressão diferencial de proteínas extracelulares e intracelulares produzidas pelas estirpes A. hydrophila Embrapa 029, ATCC 7966 e A. hydrophila mutante QS 029-14, sugerindo que o sistema quorum sensing pode estar envolvido na regulação de algumas proteínas extracelulares e intracelulares. A análise de espectrometria de massa e sequenciamento da região amino-terminal de uma banda de proteína presente no sobrenadante extracelular da estirpe mutante QS 029-14 sugerem uma maior expressão de transportador ABC nesta estirpe. Os resultados sugerem que o sistema quorum sensing ou o fator ou fatores que regulam a transcrição dos genes ahyI e ahyR regulam a expressão de genes responsáveis pela atividade proteolítica, β-hemólise, motilidade, formação de biofilmes e possivelmente de transportadores de membrana em A. hydrophila.Item Caracterização de protease e lipase de Pseudomonas fluorescens e quorum sensing em bactérias psicrotróficas isoladas de leite(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-23) Martins, Maurilio Lopes; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6; Riedel, Anna Katharina MariaProtease e lipase produzidas por Pseudomonas fluorescens foram purificadas e caracterizadas. Os genes aprX e lipM foram clonados, seqüenciados, e expressos em Escherichia coli e apresentaram alta identidade com as seqüências disponíveis no banco de dados. A massa molecular deduzida de ambas as enzimas foi de 50 kDa. Foi verificado que cálcio é essencial para as atividades enzimáticas, uma vez que quando este íon não foi adicionado à solução de diálise nenhuma atividade foi encontrada. A protease foi ativa em ampla faixa de pH, apresentou temperatura ótima de 37 °C, e maior atividade foi verificada sobre caseína e gelatina. Maior estabilidade térmica da enzima foi a 75 °C por 20 s. A lipase foi mais ativa a 25 °C e em pH próximo de 7,5 e p-nitrofenil-palmitato foi o substrato preferencial. Tratamentos térmicos de 65 °C por 30 min e de 75 °C por 1 min reduziram sua atividade para 13,2% e 25,4%, respectivamente. O mecanismo de quorum sensing (QS) em P. fluorescens foi estudado e verificou-se que as estirpes avaliadas, apesar de induzirem Agrobacterium tumefaciens NTL4 e A136, não produziram acil homoserinas lactonas (AHLs). Entretanto, a produção de auto-indutor dois (AI-2) foi detectada e a presença de dicetopiperazinas (DKPs) nos extratos químicos obtidos a partir de meio TYEP inoculado com P. fluorescens foi constatada. O rDNA 16S de seis bactérias gram-negativas isoladas de leite cru foi seqüenciado e o isolado 039 foi identificado como Pantoea sp., 059, 068 e 071 foram identificados como Hafnia alvei, 067 como Enterobacter sp. e 099 como Aeromonas hydrophila. Verificou-se que esses isolados apresentam diferenças no potencial deteriorador, na resistência a antibióticos e, após ensaios de estria cruzada em superfície de meio sólido para detecção de AHLs, constatou-se que somente Pantoea sp. não foi capaz de induzir nenhuma das estirpes monitoras utilizadas. Os ensaios de cromatografia em camada fina e a caracterização química dos extratos por espectrometria de massa confirmaram que essas bactérias produzem diferentes AHLs. O mecanismo de inibição de quorum foi utilizado e a enzima lactonase foi expressa em Enterobacter sp. transconjugante a qual foi incapaz de acumular AHLs em sobrenadante de caldo LB. O transconjugante se mostrou mais proteolítico do que a estirpe selvagem, indicando que o mecanismo de QS regula negativamente a atividade proteolítica neste isolado. Das 32 enzimas de restrição utilizadas para restringir o plasmídeo nativo (pMLM) presente nos isolados de H. alvei 068 e 071, apenas DdeI, HinfI, MspI, e RsaI foram efetivas. Além disso, não foi possível expressar a enzima lactonase em H. alvei 068 e 071 transconjugantes o que impossibilitou a avaliação da influência do mecanismo de QS sobre a atividade proteolítica desses isolados. O gene halI, que codifica a sintase de AHLs produzidas por estirpes de H. alvei, foi identificado nos isolados 059, 067, 068 e 071. Esse gene foi clonado, seqüenciado e expresso em E. coli e verificou-se que codifica uma sintase responsável pela produção de N-hexanoil-DL-homoserina lactona (C6-HSL) e N-3-oxohexanoil-L-homoserina lactona (3-oxo-C6-HSL). Das seis estirpes psicrotróficas proteolíticas avaliadas, apenas A. hydrophila foi capaz de produzir quitinase, AI-2 e de ser patogênica contra Caenorhabditis elegans.Item Caracterização do mecanismo de sinalização por quorum sensing em Salmonella enterica sorovar Enteritidis(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-25) Campos-galvão, Maria Emilene Martino; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/0138653182683527; Fantuzzi, Elisabete; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761222A8; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Pinto, Uelinton Manoel; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300Quorum sensing (QS) é um sistema de comunicação entre bactérias dependente da densidade populacional, no qual as bactérias produzem, detectam e respondem a compostos sinalizadores de baixa massa molecular, os autoindutores (AIs). Salmonella apresenta sistemas de QS regulados por três diferentes AIs; AI-1, AI-2 e AI-3, que têm função ainda pouco elucidada. Neste trabalho foram identificados e caracterizados os sistemas de QS mediados pelos AIs 1 e 2 no patógeno humano Salmonella enterica sorovar Enteritidis PT4 578, isolado de carcaça de frango. As análises foram feitas in silico e in vitro. Foi acompanhado o crescimento de Salmonella Enteritidis na presença dos AIs-1sintéticos, as N-acil homoserina lactonas (AHLs): C6-HSL (homoserina lactona), C8-HSL, C10-HSL e C12-HSL e verificou-se que esses AIs não interferiram no crescimento deste patógeno. A confirmação de que Salmonella Enteritidis não sintetiza AI-1 foi feita por análise em cromatografia em camada fina. A partir do genoma de Salmonella Enteritidis PT4, previamente depositado no GenBank, foi confirmado que a regulação do QS mediado pelo AI-2 segue o modelo proposto para Salmonella enterica sorovar Typhimurium. A análise da sequência de nucleotídeos codificadora da proteína SdiA, reguladora do QS mediado pelo AI-1, demonstrou a conservação do gene sdiA neste sorovar. O conhecimento de fenótipos regulados pelo sistema QS pode contribuir para a elucidação de processos importantes na microbiologia de alimentos e permitir a elaboração de estratégias de controle deste patógeno. Portanto, foi avaliada a formação de biofilmes em microplaca de poliestireno por Salmonella na presença de AIs-1 (C6- HSL, C8-HSL, C10-HSL e C12-HSL) na concentração final de 50 nM no meio de cultivo. Foi constatado que, na presença de Ais e, em condições de cultivo em anaerobiose, Salmonella Enteritidis apresentou formação de biofilme mais denso e compacto em superfícies de poliestireno. A C12-HSL foi, dentre as AHLs analisadas, a que apresentou maior interferência nesse fenótipo. A formação de biofilme mais intensa na presença de C12-HSL em superfície de poliestireno também foi constatada por microscopia de varredura e microscopia confocal. Para comprovar a regulação do fenótipo de formação de biofilme pelo AI-1, o experimento foi repetido na presença de uma mistura de diferentes furanonas, inibidores de QS. A redução substancial de células aderidas na presença de furanonas confirma o efeito estimulador dos AIs-1 na formação de biofilmes por Salmonella Enteritidis PT4. Por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, foi comprovado que C12-HSL promoveu maior expressão dos genes lpfA, fimF, fliF e glgC, de importância para a formação de biofilmes, assim como, dos genes de virulência hilA, invA e invF. Estes resultados evidenciam, pela primeira vez, a função da SdiA na detecção de moléculas sinais produzidas por outras bactérias gram-negativas na modulação de fenótipos importantes para a sobrevivência e virulência de Salmonella Enteritidis.Item Comparação de métodos para pesquisa de Salmonella sp. e Listeria sp. e avaliação microbiana e físico-química em queijo Minas artesanal(Universidade Federal de Viçosa, 2009-01-16) Mata, Gardênia Márcia Silva Campos; Carvalho, Antônio Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781655T2; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4250060A5; Nero, Luís Augusto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763792E2; Chaves, José Benício Paes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754A9Os objetivos desta pesquisa foram comparar o método convencional de detecção de Salmonella sp., Listeria monocytogenes e Listeria sp. com métodos rápidos para análise de queijo Minas artesanal e verificar a sobrevivência de Listeria innocua à maturação. Além disso, objetivou-se avaliar o produto quanto à contagem de bactérias láticas, a contaminação por bactérias do grupo coliformes e determinar características físicas e físico-químicas. Foram coletadas 48 unidades amostrais de queijo Minas artesanal da região do Serro-M.G., dentre estas: 12 provenientes de seis produtores cujas propriedades eram cadastradas no Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA, que foram maturadas sob refrigeração na embalagem original à vácuo e avaliadas com 37 dias e 69 dias; 20 provenientes de duas propriedades não cadastradas no IMA e 16 provenientes de uma propriedade cadastrada, que foram maturadas à temperatura ambiente e analisadas antes e após 60 dias. Leite cru artificialmente contaminado com L. innocua, na concentração de 10 UFC/mL, foi utilizado para a fabricação de 15 unidades amostrais de queijo Minas artesanal. A sobrevivência dessa bactéria durante a maturação por 5, 15, 30, 45 e 60 dias foi verificada. As unidades amostrais artificialmente contaminadas ou não (n = 63) foram analisadas pelo método convencional, imunoanalítico VIDAS®-SLM e molecular PCR-BAX® quanto à presença de Salmonella sp. Unidades amostrais não contaminadas (n = 48) foram avaliadas pelo método convencional e imunoanalítico VIDAS®-LMO quanto à presença de L. monocytogenes, enquanto unidades amostrais artificialmente contaminadas (n = 15) foram analisadas pelo método convencional e imunoanalítco Lateral Flow SystemTM quanto à presença de Listeria sp. O desempenho dos métodos rápidos foi determinado com base no índice de concordância kappa e nos valores de sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Os resultados da microbiota lática, população de coliformes totais e termotolerantes e análises físicas e físico-químicas das 63 unidades amostrais foram submetidos à análise de variância ou regressão linear com 5 % de significância. Salmonella sp. não foi constatada pelo método convencional e pelo método de PCRBAX ®, mas foi verificada em 3,17 % das unidades amostrais avaliadas pelo VIDAS®- SLM. O coeficiente de concordância kappa e a sensibilidade não foram determinados, a especificidade e acurácia de 96,83 %, o VPP de 0 % e o VPN igual a 100 % ao comparar o método VIDAS®-SLM com o método convencional. A presença de L. monocytogenes não foi detectada pelos métodos avaliados. L. innocua foi detectada em 13 das 15 unidades amostrais analisadas nos tempos de maturação avaliados. O método Lateral Flow SystemTM apresentou kappa de 0,30, sensibilidade de 61,54 %, especificidade de 100 %, acurácia de 66,67 %, VPP de 100 % e VPN igual a 28,57 % comparado ao método convencional. Observou-se redução da população de coliformes totais e termotolerantes a valores aceitáveis pela legislação e redução média de 2 ciclos log na contagem de bactérias láticas ao final de 60 dias de maturação sob temperatura ambiente. As características físicas e físico- químicas de queijos maturados em embalagens à vácuo e sob refrigeração, em geral, foram mantidas o que não foi observado nos queijos maturados fora da embalagem e à temperatura ambiente. O método de PCR-BAX® para a pesquisa de Salmonella sp. e VIDAS®-LMO para a pesquisa de L. monocytogenes apresentaram resultados semelhantes aos apresentados pela metodologia convencional. Salmonella sp. e L. monocytogenes não foram recuperados nas unidades amostrais avaliadas. O período de maturação mínimo de 60 dias para maturação do queijo Minas artesanal, exigido pela Lei Estadual 14.185, não foi suficiente para garantir segurança microbiológica quando queijos foram produzidos com leite cru artificialmente contaminado com L. innocua.Item Detecção de Pseudomonas fluorescens em leite cru pela reação em cadeia da polimerase(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-15) Machado, Solimar Gonçalves; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/8037317132459423; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Martins, Maurilio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8; Silveira, Wendel Batista da; http://lattes.cnpq.br/7361036485940798Entre os micro-organismos psicrotróficos que são capazes de crescer durante a refrigeração, alguns produzem proteases termorresistentes relacionadas com problemas tecnológicos nos derivados lácteos. Visto que a demanda por métodos que permitem alta taxa de processamento exigida em indústrias de alimentos para controle da qualidade de leite cru é crescente, a avaliação de métodos mais sensíveis e mais rápidos para detecção de psicrotróficos, especialmente Pseudomonas fluorescens, espécie predominante, é de grande importância. Com a finalidade de estabelecer um protocolo para detecção de P. fluorescens pela reação em cadeia da polimerase (PCR), foram avaliados cinco métodos de extração de DNA total do leite, dois genes alvos na PCR e o limite de detecção dos métodos para análise de leite cru e leite esterilizado e inoculado com P. fluorescens. O kit comercial e o método de filtração modificado foram os métodos mais adequados para extração de DNA total de amostras de leite, por isso, foram utilizados nas análises seguintes para detecção dos genes alvos. No entanto, a utilização do método de filtração modificado para análise de leite inoculado com P. fluorescens e leite cru resultou em um menor limite de detecção quando comparado com o kit comercial. Por meio da amplificação do gene alvo rDNA 16S, foi possível observar um amplificado de 850 pb quando a população do leite inoculado com P. fluorescens era da ordem de 102 UFC/ml. Em amostras de leite cru, foi possível detectar o produto quando a contagem de Pseudomonas era da ordem de 106 UFC/ml e a população de psicrotróficos estava entre 107 e 109 UFC/ml. A análise do grau de proteólise das amostras de leite cru por eletroforese em gel de poliacrilamida demonstrou que a relação entre a população de psicrotróficos e a degradação das proteínas do leite depende de outros fatores além da contagem de psicrotróficos.Item Effect of bacteriocins on the adhesion and protein expression profiling of Staphylococcus aureus(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-25) Pimentel Filho, Natan de Jesus; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9157232954010211; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Fuchs, Stephan; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6Staphylococcus aureus é um patógeno humano oportunista responsável por uma série de doenças que vão desde intoxicações alimentares e infecções superficiais da pele a doenças mais graves como endocardite, pneumonia, meningite, sépsis e a síndrome do choque tóxico. S. aureus é capaz de aderir a superfícies e formar biofilmes e, na indústria de alimentos, esses biofilmes podem levar à contaminação cruzada causando riscos à segurança alimentar. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de concentrações subinibitórias das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre a adesão de S. aureus em superfície de poliestireno e, por meio da proteômica, avaliar a resposta ao estresse deste patógeno à bovicina HC5. Doses subinibitórias das bacteriocinas, que não impediram o crescimento bacteriano, reduziram a adesão de células, provavelmente por alterar a hidrofobicidade das superfícies da bactéria e do poliestireno. Ambas as superfícies tornaram-se mais hidrofílicas e a energia livre foi termodinamicamente desfavorável à adesão após o tratamento com bovicina HC5 e nisina. O nível de transcritos de genes relacionados com adesão e mecanismo de quorum sensing foi avaliado por RT-qPCR e revelou que as bacteriocinas afetaram a expressão dos genes icaD, fnbA e clfB, relacionados à formação de biofilmes e também, do gene rnaIII, envolvido no mecanismo de quorum sensing. A expressão de icaD e fnbA foi aumentada na presença das bacteriocinas avaliadas. Enquanto bovicina HC5 diminuiu a expressão de clfb, o nível de transcritos de rnaIII aumentou na presença de nisina. O perfil de síntese de proteínas citoplasmáticas de S. aureus COL mudou na presença de bovicina HC5 em concentração subinibitória. A síntese de diversas proteínas envolvidas na biossíntese de aminoácidos, principalmente produtos do operon ilv-leu, e do metabolismo de DNA, como a enzima DNA polimerase I (PolA), diminuiu após as células de S. aureus serem expostas à bovicina HC5. Proteínas envolvidas no catabolismo (ciclo do ácido tricarboxílico) e chaperonas (DnaK, GrpE, GroEL, ClpP e ClpB) apresentaram síntese aumentada. A síntese de importantes reguladores transcricionais (CodY e CcpA) também aumentou na presença da bacteriocina. Estes resultados indicam que bovicina HC5 e nisina podem diminuir a adesão bacteriana a superfícies poliméricas e, consequentemente, diminuir a formação de biofilmes, pela redução das características hidrofóbicas das superfícies da célula e do poliestireno. O estresse causado por bovicina HC5 na membrana perturba a homeostasia celular levando S. aureus a paralisar seu crescimento, reduzir a síntese de proteínas e, ao mesmo tempo, aumentar a síntese de chaperonas e enzimas envolvidas no catabolismo de eficiência energética na tentativa de recuperar sua energia e manter a homeostase. Estas informações são importantes para a compreensão da ação das bacteriocinas na inibição da adesão bacteriana e também para entender os mecanismos de resposta visando revelar novos alvos potenciais para o controle de patógenos.Item Influência da microbiota psicrotrófica no rendimento de queijo Minas Frescal elaborado com leite estocado sob refrigeração(Universidade Federal de Viçosa, 2006-03-16) Cardoso, Rodrigo Rezende; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702817D8; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Furtado, Mauro Mansur; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783310Z7; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Carvalho, Antônio Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781655T2A estocagem do leite cru sob refrigeração favorece a seleção de bactérias psicrotróficas, incluindo espécies produtoras de proteases e lipases termorresistentes que são associadas à perdas de qualidade do leite e seus derivados. Para as indústrias de queijos, um dos principais problemas causados em decorrência da contaminação e do crescimento de bactérias psicrotróficas no leite cru refrigerado é a redução do rendimento durante a fabricação. O objetivo deste trabalho foi relacionar o rendimento do queijo Minas Frescal com a população de bactérias psicrotróficas no leite cru refrigerado granelizado. O leite cru foi estocado a 10 °C, por até quatro dias, posteriormente pasteurizado e, diariamente, utilizado para a fabricação de queijo Minas Frescal. Paralelamente, foram quantificadas as microbiotas psicrotrófica, psicrotrófica proteolítica e lipolítica e a atividade proteolítica e lipolítica do leite cru. A manutenção do leite cru a 10 °C possibilitou um crescimento da microbiota psicrotrófica, com um aumento de dois ciclos logarítmicos na população de bactérias psicrotróficas proteolíticas e de, aproximadamente, três ciclos logarítmicos na população de bactérias psicrotróficas lipolíticas, após quatro dias de estocagem. As atividades proteolítica e lipolítica aumentaram durante a estocagem do leite cru refrigerado, apresentando valores superiores aos do leite recém-ordenhado. Foi constatada uma redução de 6,78 % no rendimento em termos de litros de leite por quilograma de queijo e de 6,38 % em gramas de sólidos totais no queijo por litro de leite quando o queijo Minas Frescal foi fabricado com leite refrigerado armazenado por quatro dias. O leite cru que resultou nestas perdas de rendimento apresentava uma população de 108 UFC mL-1 a 109 UFC mL-1 de bactérias psicrotróficas e a população de bactérias psicrotróficas proteolíticas e lipolíticas era superior a 107 UFC mL-1. Verificou-se ainda, para o mesmo período de estocagem, um aumento das concentrações de nitrogênio total, gordura e sólidos totais no soro proveniente da fabricação do queijo Minas Frescal. As perdas econômicas decorrentes da redução do rendimento da fabricação de queijo Minas Frescal foram estimadas em US$ 15,480.00 por mês, para uma indústria de laticínios processadora de 50.000 litros de leite por dia e que destine 33% do leite captado a fabricação de queijo Minas Frescal.Item Influência das condições de temperatura e pH na sensibilidade de Salmonella Typhimurium à ação de bacteriocinas associadas à EDTA(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-25) Prudêncio, Claúdia Vieira; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Maradona, Miguel Prieto; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9542308007596651; Paiva, Aline Dias; http://lattes.cnpq.br/6496294850014934; Pinto, Uelinton Manoel; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300Salmonella é um importante patógeno na área de microbiologia de alimentos e assim como outras bactérias gram-negativas é naturalmente resistente à ação de lantibióticos, como nisina e bovicina HC5. Todavia, a associação com o EDTA é utilizada com sucesso na sensibilização de bactérias gram-negativas à ação destes peptídeos antimicrobianos, por atuar na desestabilização da membrana externa. A ação das bacteriocinas é influenciada por diversos fatores, como temperatura e pH, e embora estas condições ambientais também promovam respostas adaptativas nos micro-organismos, pouco é conhecido sobre o efeito na ação das bacteriocinas, particularmente de bovicina HC5. Neste trabalho, foi avaliada a influência das condições ambientais na sensibilidade de Salmonella Typhimurium à ação de nisina ou bovicina HC5 associadas à EDTA. Nisina exibiu atividade bactericida em ampla faixa de temperatura e pH, enquanto bovicina HC5 atuou como agente bacteriostático na maioria das condições utilizadas e exibiu atividade bactericida somente em condições ambientais específicas. Além disso, foi observado que as células pré-adaptadas em condições específicas de temperatura e pH (pH 6,9 e 39,9 °C e pH 7,2 e 27,5 °C) demonstraram maior tolerância ao tratamento com nisina e EDTA, tendo sido detectadas modificações celulares neste grupo de células, relacionadas à membrana celular e à camada de lipopolissacarídeos (LPS), por meio de espectroscopia de infravermelho com transformada de viiiFourier (FT-IR). Este comportamento não foi evidenciado com o uso de bovicina HC5, bem como a tolerância cruzada entre estes lantibióticos. Estes resultados indicam que as condições ambientais devem ser consideradas para aplicação de nisina ou bovicina HC5 associadas à EDTA, e que o uso de ambos os lantibióticos pode ser uma alternativa para garantir a segurança contra S. Typhimurium.Item Inibição de Salmonella Typhimurium por bovicina HC5 associada a agentes quelantes e tensoativos(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-11) Prudêncio, Claúdia Vieira; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9542308007596651; Passos, Flávia Maria Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781817D3; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Ferreira, Sukarno Olavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786429E5Uma das novas estratégias desenvolvidas para conservação de alimentos é a bioconservação e dentro deste conceito, o uso de bacteriocinas se destaca por estas serem consideradas ingredientes naturais dos alimentos. Bactérias gram-negativas, geralmente, são resistentes à ação de bacteriocinas de bactérias gram-positivas por essas serem menos permeáveis pela presença da membrana externa, que atua como uma efetiva barreira. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de bovicina HC5 associada a agentes quelantes ou tensoativos sobre o crescimento de Salmonella Typhimurium. O crescimento de Salmonella foi avaliado em ensaios em microplacas e por contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) em placas. A morfologia das células foi observada em microscopia de varredura e de força atômica e o extravasamento de potássio foi mensurado por espectofotometria de chama. Bovicina HC5 não alterou significativamente o crescimento de Salmonella Typhimurium, mas quando associada a agentes quelantes ou tensoativos inibiu ou reduziu a velocidade de crescimento. A associação de bovicina HC5 com EDTA exerceu maior efeito antimicrobiano, por suprimir o crescimento de Salmonella na concentração de 50 AU.mL-1 da bacteriocina. A associação de bovicina HC5 com os quelantes, dietanolamina, ácido glucônico, ácido nitrilotriacético, ácido lático e citrato de sódio e com os agentes tensoativos, Tween 80 e ramnolípideo, reduziu a velocidade do crescimento bacteriano. Fosfato de potássio e acetato de cálcio foram os únicos agentes avaliados que não apresentaram efeito antimicrobiano, mesmo associados à bovicina HC5. O tratamento com bovicina HC5, independente da presença de EDTA, ocasionou extravasamento de potássio. Concentrações de 50 AU.mL-1 de bovicina HC5 associada a baixas concentrações de EDTA (1,6 mmol.L-1) exerceram efeito bactericida sobre Salmonella Typhimurium com redução de três ciclos logarítmicos no número de células viáveis. Células tratadas com bovicina HC5 e EDTA foram visualizadas por microscopia de força atômica e apresentaram alterações no envelope celular, com redução na altura e aumento nas rugosidades. Estes dados demonstraram a possibilidade de utilização de bovicina HC5 no controle de Salmonella Typhimurium desde que associada a substâncias que desestruturem a membrana externa.Item Isolamento, caracterização e atividade fermentativa de bactérias deterioradoras de polpa de manga(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-28) Costa, Esther Dantas; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4733032E1; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Passos, Frederico José Vieira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781218J9; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0A manga (Mangifera indica Linn.) é uma das mais importantes frutas tropicais, muito apreciada pelo sabor, aroma e por suas propriedades nutricionais. Os frutos são perecíveis em razão dos fatores intrínsecos, dificultando a sua comercialização in natura. Uma alternativa para reduzir as perdas é a conservação da manga na forma de polpa, suco ou néctar. O tratamento térmico é o processo mais empregado para a conservação desses produtos. Entretanto, a inativação completa de microrganismos durante o processamento térmico normalmente adotado pelas indústrias processadoras de sucos e polpas é limitada pela presença de organismos formadores de esporos e de termorresistentes. Este trabalho teve como objetivos isolar e identificar as bactérias deterioradoras de polpa de manga tratada termicamente e caracterizar a atividade fermentativa desses microrganismos. Amostras de 25 lotes de polpa de manga deteriorada provenientes de duas unidades industriais processadoras de polpa de manga foram analisadas em ágar padrão para contagem, enriquecido com 20 % de polpa de manga esterilizada. Um total de 104 isolados foi obtido e essas bactérias foram caracterizadas como bastonetes, Gram-positivas, formadoras de esporos sendo a grande maioria constituída de anaeróbias estritas, do gênero Clostridium. Destes, os isolados LMA 45, LMA 63, LMA 72 e LMA 104 obtidos de lotes diferentes de polpa de manga provenientes de duas unidades industriais, foram identificados por teste bioquímicos e pelo perfil de ácidos graxos de membrana como Clostridium tyrobutyricum e selecionados para a continuidade deste estudo. Os isolados foram cultivados em caldo BHI com pH variando de 3,0 a 7,0 e em temperatura entre 7 °C e 50 °C. O crescimento de C. tyrobutyricum ocorreu em valores de pH de 4,0 a 7,0 com exceção do isolado LMA 104 que não apresentou crescimento em pH 4,0 em até 48 horas de incubação. Não houve crescimento em pH 3,5. A velocidade específica de crescimento (μ) foi maior em pH entre 6,5 e 7,0 e alcançou valores entre 0,18 e 0,31 h-1. O crescimento foi observado em temperaturas de 10 °C a 40 °C, com ótimo entre 35 °C e 40 °C. A atividade fermentativa de C. tyrobutyricum LMA 45, LMA 63, LMA 72 e LMA 104 foi avaliada em polpa de manga com pH variando de 3,0 a 5,0. A produção de gás foi detectada em valores de pH de 4,0, 4,5 e 5,0 em menos de 50 horas de incubação a 30 ºC, com exceção do isolado LMA 104 cuja produção de gás foi detectada após 100 horas de incubação. Além de gás, os principais produtos da fermentação da polpa de manga com pH entre 4,0 e 4,5 foram acetato e butirato, determinados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). O consumo de sacarose, glicose e frutose durante a fermentação de polpa de manga com pH 4,0 e 4,5 foi determinado utilizando-se HPLC. Os isolados de C. tyrobutyricum avaliados apresentaram capacidade de crescer em altas concentrações de açúcar, pois fermentaram a polpa de manga com 729,2 mM de açúcares e não utilizaram todo o substrato durante a fermentação. A inibição do crescimento dos isolados em polpa de manga com pH 3,5 permite sugerir a adoção da estratégia de acidificação para garantir a conservação do produto pela indústria, que geralmente processa esse produto com pH 4,0.Item Moléculas sinalizadoras de quorum sensing em biofilmes formados por bactérias psicrotróficas isoladas de leite(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-12) Viana, Eliseth de Souza; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778765P8; Alves, Virgínia Maria Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781053Z0; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6Os objetivos deste trabalho foram avaliar o efeito de diferentes meios de cultivo na formação de biofilmes e na atividade proteolítica de células sésseis e planctônicas de bactérias psicrotróficas isoladas de leite refrigerado; detectar a presença de moléculas sinalizadoras de quorum sensing produzidas por esses isolados e avaliar o efeito de furanonas e de acil homoserinas lactonas (AHLs) na formação de biofilmes. O crescimento de Pseudomonas fluorescens foi acompanhado em microplacas de poliestireno contendo diferentes meios de cultivo. A atividade proteolítica foi determinada, utilizando-se a azocaseína como substrato. As estirpes monitoras Chromobacterium violaceum CV026, Agrobacterium tumefaciens A136, WCF47 e KYC55 e Escherichia coli pSB403 foram utilizadas para estudar a produção de moléculas sinalizadoras de quorum sensing em células sésseis e planctônicas em ensaios de difusão em meios de cultura e em cromatografia em camada delgada (CCD). O efeito de furanonas e de AHLs na formação de biofilmes foi avaliado por espectrofotometria e por microscopia eletrônica de varredura. Verificou-se que meios complexos favoreceram o crescimento, mas não a formação dos biofilmes por estirpes de P. fluorescens. O cultivo em meio mínimo de sais MMS, contendo glicerol como fonte de carbono, aumentou a formação de biofilmes de P. fluorescens em microplacas e em cupons de aço inoxidável e os isolados 097, 0109, 0137 e 0141 destacaram-se por apresentar maior número de células sésseis. Isolados de Hafnia alvei 067, 071 e Aeromonas hydrophila 099 também aderiram aos cupons de aço inoxidável imersos nos meios MMS, indicando o potencial destes isolados para formar biofilme. Em MMS, a atividade proteolítica da estirpe 097 de P. fluorescens aumentou com o aumento do número de células viáveis e foi favorecida em meio triptona, extrato de levedura e fosfato - TYEP adicionado de CaCl2. A indicação da produção de moléculas sinalizadoras de quorum sensing em biofilmes de P. fluorescens 097 foi obtida pela redução da produção de violaceína pela estirpe C. violaceum e pelo estímulo da produção de ß-gal por A. tumefaciens WCF47 na presença de células sésseis e de extratos dessas células. Entretanto, a presença de moléculas sinalizadoras em extratos de células sésseis e planctônicas de P. fluorescens não foi confirmada pela técnica de CCD. A produção de AHLs foi detectada nos biofilmes de H. alvei 059, 067, 071 e A. hydrophila 099, sendo A. tumefaciens WCF47 a estirpe monitora mais sensível. Os extratos obtidos a partir de células sésseis e planctônicas de H. alvei 071 induziram resposta positiva nas monitoras E. coli pSB403 e A. tumefaciens WCF47 nos ensaios de difusão em ágar e em cromatografia em camada delgada. Verificou-se diferença significativa na inibição da formação de biofilmes de H. alvei 071 pelas furanonas, e este resultado foi confirmado por imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura. A adição de AHLs não afetou a formação de biofilmes nas estirpes avaliadas. A detecção de moléculas sinalizadoras produzidas pelas células sésseis das estirpes de H. alvei avaliadas e o efeito inibidor da adição de furanonas na formação dos biofilmes sugeriram a participação do sistema quorum sensing na regulação da formação dessas estruturas. Os resultados obtidos contribuem para melhor entendimento de mecanismos envolvidos na regulação da formação de biofilmes por bactérias isoladas de leite e servirão para a elaboração de estratégias de prevenção e controle de sua formação.Item Obtenção de células de Salmonella resistentes a desidratação para o preparo de material de referência(Universidade Federal de Viçosa, 2010-03-12) Nascimento, Danielle Cristina de Oliveira; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Alves, Virgínia Maria Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781053Z0; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/6645459441404882; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6Programas de controle e gestão da qualidade em laboratórios, a necessidade de padronização dos métodos de análise e repetibilidade dos dados experimentais têm impulsionado o aumento da utilização de Material de Referência (MR) nas análises microbiológicas. Considerando que as etapas de preparo e armazenamento do MR são processos estressantes que ocasionam injúrias ao micro-organismo teste faz-se necessário a preparação das células para tolerar a variação de temperatura e umidade a que são submetidas durante a liofilização e o armazenamento. Objetivouse, neste trabalho, obter células de Salmonella enterica resistentes a liofilização para o preparo de MR e avaliar a estabilidade destas células ao longo da estocagem. O crescimento de Salmonella enterica sorotipo Enteritidis PT4 578 foi acompanhado em caldo infusão cérebro coração (BHI) e meio mínimo de sais (MMS) acrescido dos solutos 0,5 M de cloreto de sódio (NaCl), 3 mM de trealose e, ou 0,05 mM de glicose. A sobrevivência após a liofilização foi determinada pela contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC.g-1). Avaliou-se o efeito do choque térmico nas células de Salmonella Enteritidis PT4 578 a 50 °C por 30 min no aumento da resistência à liofilização. Foi também avaliada a influência dos substratos de desidratação na resistência de células de Salmonella Enteritidis PT4 578 e a estabilidade do MR preparado durante 90 dias de estocagem a -20 °C e 4 °C. O meio de cultivo que garantiu a maior sobrevivência das células de Salmonella Enteritidis PT4 578 à liofilização foi o MMS, adicionado de NaCl, trealose e sacarose indicando que o estresse nutricional confere resistência cruzada à liofilização. O choque térmico diminui a viabilidade celular, após a liofilização. A adição de 100 mM de trealose e, ou sacarose ao leite desnatado reconstituído (LDR 10 %) como substrato de desidratação, aumentou a estabilidade das células de Salmonella Enteritidis PT4 578 no MR estocado a 4 °C e - 20 °C. A temperatura de estocagem de 4 °C resultou em perda da viabilidade celular em cerca de 2 ciclos logarítmicos após 90 dias de estocagem enquanto a -20 °C não houve perda na viabilidade celular significativa. Os resultados indicam que, para a obtenção de MR com maior estabilidade, há a necessidade do preparo da células de Salmonella Enteritidis PT4 578 para apresentar maior resistência a liofilização, submetendo estas células a condições de estresses nutricional e osmótico durante o cultivo e a inclusão de osmoprotetores (trealose ou sacarose) no substrato de desidratação.Item Preparo e avaliação de material de referência para análise de Salmonella(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-18) Silva, Carolina dos Santos Fernandes da; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Alves, Virgínia Maria Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781053Z0; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9352439598801035; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785633J8A utilização de Material de Referência (MR) na análise microbiológica de alimentos aumentou em todo o mundo, principalmente com a implantação de programas de controle e gestão da qualidade em laboratórios. A necessidade de padronização de métodos de análise faz aumentar a demanda por este tipo de material que permite determinar a precisão e repetibilidade dos dados experimentais. Este estudo teve como objetivo preparar MRs microbiológicos para análises quantitativa e qualitativa de Salmonella, avaliar a homogeneidade e estabilidade ao longo do tempo de estocagem e comparar a sensibilidade dos métodos de detecção de Salmonella. O estudo foi conduzido em duas etapas, a primeira com MR contendo, aproximadamente, 103 UFC/ g de células de Salmonella, submetidas ou não a condições de estresse nutricional e estocadas, por até 240 dias, a -20 °C. A segunda etapa consistiu no preparo de MR contendo, aproximadamente, 10 UFC/ g para comparação da sensibilidade das metodologias de detecção de Salmonella em alimentos. A homogeneidade e a estabilidade do MR contendo, aproximadamente, 103 UFC/ g foram avaliadas por meio do teste estatístico de T1, análise de regressão linear e ensaio de proficiência, enquanto que o MR feito com baixo número de células de Salmonella foi avaliado pelo teste estatístico de T2 e por meio do programa Epiinfo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC) para avaliação dos métodos de detecção de Salmonella neste material. O teste estatístico de T1 para o MR preparado com 103 UFC/ g demonstrou valores superiores aos recomendados para este tipo de material, o que indicou a necessidade de realização de novos estudos para melhoria da resistência de Salmonella às condições de desidratação e de estocagem. No entanto, o mesmo material apresentou-se homogêneo no ensaio de proficiência realizado por três diferentes laboratórios, obtendo-se o valor de σp de até 25 % como recomendado pelo Esquema de Avaliação de Desempenho na Análise de Alimentos do Reino Unido (FEPAS). Na análise de regressão linear constatou-se não haver diferença significativa entre os MRs produzidos com e sem células estressadas, apesar de ter sido evidente a tendência de declínio do número de células de Salmonella no material feito sem células estressadas, após 240 dias de estocagem a -20 °C. Para o MR preparado com 10 UFC/ g, o teste estatístico de T2 evidenciou resultados aceitáveis, após 60 dias de estocagem a 4 °C. Porções de 1 g deste MR foram avaliadas por três metodologias analíticas que incluíram o método convencional, o método imunoanalítico VIDAS® e PCR automatizado, pelo sistema BAX. Os resultados foram concordantes em todas as amostras analisadas nos dois primeiros métodos, com índice de Kappa igual a 1. O método de PCR apresentou concordância em aproximadamente 95 % com a metodologia convencional, com índice de Kappa igual a 0,64. Resultados falso-negativos foram observados em 5 % das amostras analisadas, quando utilizado o método de PCR, no entanto, este resultado não compromete a sensibilidade da técnica. Neste trabalho foram destacadas as vantagens do uso de metodologias rápidas de detecção de Salmonella em alimentos, que oferecem além de maior rapidez e praticidade para obtenção dos resultados, sensibilidade semelhante ao método convencional recomendado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.Item Sanitização por ultrassom e agentes químicos no processamento mínimo de hortaliças(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) José, Jackline Freitas Brilhante de São; Puschmann, Rolf; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787733Y5; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9686717495086118; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; Fantuzzi, Elisabete; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761222A8O objetivo desta pesquisa foi avaliar a utilização do ultrassom na etapa de sanitização de hortaliças minimamente processadas. As hortaliças usadas foram agrião, salsa, morango e tomate cereja, as quais foram submetidas a tratamentos com ultrassom (45 kHz), por 10 minutos, associado ou não aos agentes químicos dicloroisocianurato de sódio, nas concentrações iguais a 50 mg.L-1 e 200 mg.L-1, peróxido de hidrogênio a 5%, ácido peracético a 40 mg.L-1 e dióxido de cloro a 10 mg.L-1. Comparou-se a redução da contaminação inicial das hortaliças por mesófilos aeróbios e fungos filamentosos e leveduras. Após a sanitização, foram observadas alterações de valor de pH, coloração e odor. O tratamento que resultou em maior remoção de contaminantes foi avaliado em tomate cereja intencionalmente contaminado com células de Salmonella Typhimurium ATCC 14028 na concentração entre 106 e 107 UFC. L-1. Os tomates contaminados foram incubados por 48 horas para permitir adesão das células e, após esse período, foram submetidos aos tratamentos de sanitização com dicloroisocianurato de sódio a 50 e 200 mg.L-1, ácido peracético 40 mg.L-1, ultrassom (45 kHz) e ultrassom combinado com ácido peracético 40 mg.L-1. A quantificação das células aderidas foi feita por contagem de colônias em ágar Salmonella Shigella (SSA). A observação de células de Salmonella aderidas à superfície de tomates cereja foi feita em microscópio de epifluorescência e microscópio eletrônico de varredura. As comparações dos dados foram feitas por análise de variância ANOVA (p < 0,05), e em seguida, foi avaliada a diferença entre às médias pelo teste de Tukey (p < 0,05). Dicloroisocianurato de sódio a 200 mg.L-1 e dióxido de cloro a 10 mg.L-1 combinados ao tratamento com ultrassom, promoveram maior redução da contagem inicial de mesófilos aeróbios comparado à soma das reduções dos tratamentos de forma isolada, o que indicou um efeito sinérgico. Constatou-se que a combinação dos tratamentos com ácido peracético a 40 mg.L-1 e ultrassom permitiu redução de 4,5 a 6,5 log UFC.g-1 e de 3,5 a 4,5 log UFC.g-1 da população de mesófilos aeróbios e de fungos e leveduras, respectivamente. Apesar da considerável redução na microbiota contaminante, este sanitizante, combinado ou não ao ultrassom, alterou a coloração dos morangos. O tratamento com ultrassom e ácido peracético a 40 mg.L-1 reduziu 3,88 log UFC.g-1 na população de Salmonella Typhimurium ATCC 14028 aderidas à superfície de tomate cereja. O tratamento com ultrassom por 10, 20 e 30 minutos reduziu 0,83, 1,22 e 1,73 log UFC. g-1 (p < 0,05), respectivamente essas células aderidas, o que foi confirmado pela microscopia de epifluorescência e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados apontaram a importância do uso do ultrassom como um processo auxiliar na etapa de sanitização das hortaliças estudadas.