Microbiologia Agrícola
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Item Condições para indução do estado viável não cultivável (VNC) em Salmonella e Escherichia coli(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-10) Floresta, Flávia Arruda; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Passos, Flávia Maria Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781817D3; Pinto, Paulo Sérgio de Arruda; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793537Y3O efeito do cloreto de sódio sobre o crescimento e a sobrevivência de Salmonella e Escherichia coli, e também sua capacidade de induzir o estado fisiológico viável mas não cultivável foram investigados. Estirpes de Salmonella e E. coli isoladas de carcaças suínas e linhagens de referência foram utilizadas neste estudo. As velocidades máximas de crescimento, em meio Infusão Cérebro e Coração (BHI), foram menores em todas as concentrações de NaCl para as quatro estirpes estudadas. O comportamento das estirpes de Salmonella e E. coli foi afetado de forma diferente pelo NaCl em células provenientes de fase log e estacionária de crescimento. Tanto para Salmonella como para E. coli, as células provenientes de fase log de crescimento apresentaram redução do número de unidades formadoras de colônia por mL (UFC/mL) ao longo de dez dias de estocagem a 4 ºC, em meio BHI. Para células provenientes de fase estacionária de crescimento, o número de UFC/mL permaneceu quase inalterado no mesmo período de estocagem nas concentrações superiores a 0,68 M e 1,02 M de NaCl para Salmonella e E. coli, respectivamente. Nas concentrações de 0 e 0,17 M de NaCl os microrganismos apresentaram crescimento nas duas fases estudadas. Quando avaliou-se o comportamento das estirpes em solução fosfato de Butterfield (BPS) nas mesmas concentrações de NaCl, observou-se que, nas concentrações 0 e 0,17 M de NaCl, as estirpes de Salmonella e E. coli não apresentaram crescimento e, nas concentrações de 0,68 M e 1,02 M para as estirpes de Salmonella e 1,02 M e 1,28 M de NaCl para as de E. coli, observou-se queda na culturabilidade no período de dez dias de estocagem quando células da fase log foram avaliadas, no entanto quando células da fase estacionária foram testadas o número de UFC/mL foi praticamente o mesmo para todas as concentrações de NaCl utilizadas. Na detecção de células no estado viável não cultivável, constatou-se que parte das células das quatro estirpes provenientes da fase log de crescimento nas maiores concentrações de NaCl testadas para cada uma delas, provavelmente, estavam no estado VNC. Sob condições de estresse osmótico devido ao NaCl, as células do isolado E. coli CCS4 apresentaram mudanças morfológicas por microscopia eletrônica de varredura. Em meio BHI e BHI adicionado de 0,17 M, 1,02 M as células mostraram-se na forma filamentosa, em BHI com 1,28 M de NaCl algumas células diminuíram de tamanho e outras se desintegraram. Em BPS, todas as condições testadas induziram a diminuição do tamanho das células e na concentração de 1,28 M de NaCl transição para a forma cocóide foi observada. Esses resultados sugerem que estresse osmótico e temperatura de refrigeração induzem o estado VNC nos isolados de Salmonella e E. coli obtidos a partir de carcaças suínas.Item Efeito de ácido e baixas temperaturas sobre Salmonella enterica sorovar Enteritidis em carne suína(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-19) Silva, Simone Quintão; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Moreira, Maria Aparecida Scatamburlo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797678J6Considerando que a tolerância ao ácido é um importante fator de virulência relacionado à sobrevivência ao baixo pH da secreção gástrica em patógenos veiculados por alimentos e o expressivo aumento da prevalência de Salmonella sorovar Enteritidis nos últimos anos, como agente etiológico de salmonelose humana, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de ácido e da estocagem sob temperaturas baixas em Salmonella sorovar Enteritidis. O crescimento de S. Enteritidis CCS3, isolada de carcaça suína, e S. Enteritidis ATCC 13076 foi determinado em Caldo Tripticaseína e Soja (TSB) com valores de pH que variaram de 3,5 a 7,2. A sobrevivência foi avaliada no mesmo meio com pH entre 1,5 e 3,5. A tolerância ao Fluido Gástrico Simulado (FGS) dessas bactérias previamente submetidas a tratamento ácido subletal em pH 4,0; 4,5 e 5,0 inoculadas em carne suína estocada por sete dias a 4 ± 1°C e por 84 dias sob congelamento a -18 ± 1°C foi também avaliada. S. Enteritidis CCS3 apresentou valores maiores de velocidade específica de crescimento em TSB acidificado e sobreviveu por mais tempo em pH inferior a 3,5 do que S. Enteritidis ATCC 13076. A estocagem em carne suína por sete dias a 4 ± 1°C não afetou as populações de S. Enteritidis investigadas. Após 84 dias de congelamento, as reduções médias das populações de S. Enteritidis CCS3 e ATCC 13076 foram de 0,8 e 1,5 ciclos logarítmicos, respectivamente. O tratamento ácido aplicado previamente não teve efeito sobre a sobrevivência das duas culturas sob baixas temperaturas. Após a estocagem sob temperaturas baixas, as células de S. Enteritidis CCS3 apresentaram tolerância à exposição ao FGS por até três horas. Contrariamente, células de S. Enteritidis ATCC 13076 perderam a culturabilidade após 10 minutos de desafio ao FGS. Células de S. Enteritidis CCS3 submetidas a tratamento ácido prévio em pH 4,0 mostraram-se mais tolerantes à exposição por 180 minutos ao FGS (redução de 15%) que células submetidas aos tratamentos ácidos em pH 4,5 e 5,0 e células do tratamento controle (sem tratamento ácido) com redução de 30% da população.Item Estado viável não cultivável em Salmonella enterica sorovar Enteritidis deficiente na síntese de (p)ppGpp(Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-08) Rodrigues, Ramila Cristiane; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Pinto, Uelinton Manoel; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; http://lattes.cnpq.br/1763644789348862; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Mendes, Renata Aparecida; http://lattes.cnpq.br/7535253554038702Salmonella enterica é um patógeno de origem alimentar capaz de entrar no estado viável não cultivável em resposta a condições ambientais adversas. S. enterica é capaz de produzir (p)ppGpp, um nucleotídeo responsável pelo controle da expressão gênica no nível da transcrição e da tradução, em condições de estresse nutricional. Em razão da expressão gênica determinada pelo acúmulo de (p)ppGpp, S. enterica suporta condições ambientais variadas. Este trabalho teve como objetivos: quantificar por PCR em tempo real a expressão dos genes mreB, relacionado ao citoesqueleto e, rpoS, que codifica genes de resposta ao estresse, de estirpes mutantes simples e duplo da Salmonella Enteritidis PT4 578 deficientes na síntese de (p)ppGpp, em razão de mutação no gene relA, que codifica uma GTP pirofosfoquinase, e,ou spoT, que codifica guanosina-3',5'-difosfato 3'-pirofosfohidrolase submetidas aos estresses nutricional e choque frio; induzir essas estirpes ao estado VNC em solução fosfato de Butterfield (BPS) acrescida ou não de cloreto de sódio a 4 ºC e avaliar a morfologia dessas estirpes em fase logarítmica de crescimento e no estado VNC. A expressão do gene mreB foi reduzida para ambas as estirpes mutantes (simples e duplo) após 25 dias em condição de estresse. No entanto, o mutante duplo apresentou um aumento na expressão do gene rpoS após 25 dias nesta mesma condição de estresse. As estirpes de Salmonella Enteritidis PT4 578 selvagem e mutantes entraram no estado VNC após incubação em BPS acrescido ou não de cloreto de sódio a 4 °C em diferentes tempos. Estirpes de Salmonella Enteritidis PT4 578 mutantes simples e duplo em fase logarítmica de crescimento apresentaram células filamentosas. Em vez disso, células VNC de mutantes simples e duplo mostraram redução no diâmetro, volume e comprimento e também transição da forma bacilar para a forma cocoide. Concluiu-se que a expressão dos genes mreB e rpoS das estirpes de Salmonella Enteritidis PT4 578 mutantes simples e duplo difere da estirpe selvagem. Houve também mudança da morfologia entre as células da fase log e células VNC das estirpes mutantes de Salmonella Enteritidis PT4 578. No entanto, a molécula de (p)ppGpp não é importante para indução e permanência no estado VNC desta bactéria.Item Estado viável não cultivável em Salmonella enterica: indução, perfil de proteínas intracelulares e detecção de mRNA(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-26) Mendes, Renata Aparecida; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; http://lattes.cnpq.br/7535253554038702; Passos, Flávia Maria Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781817D3; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6; Martins, Maurilio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8O patógeno de origem alimentar, Salmonella spp. entra no estado viável não cultivável (VNC) em resposta a condições ambientais adversas. A presença de células VNC é um problema de saúde pública porque células neste estado não são detectadas pelas metodologias tradicionais utilizadas de rotina em laboratórios, resultando em avaliação inadequada de alimentos contaminados com patógenos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a influência da estirpe, do meio de suspensão de células, da concentração salina e da densidade populacional inicial na entrada de Salmonella enterica no estado VNC e estudar o perfil de proteínas intracelulares e a presença de transcritos dos genes invA, rpf, katF e rDNA 16S na população de S. Enteritidis PT4 963 no estado VNC. A população de S. enterica que permaneceu no estado VNC variou significativamente entre as estirpes e condições utilizadas. A perda da culturabilidade foi mais lenta (p<0,001) em células mantidas a 4 °C em meio infusão de cérebro e coração (BHI) acrescido de NaCl do que as mantidas em solução fosfato de Butterfield (BPS). Células mantidas a 4 °C em BHI adicionado de NaCl apresentaram percentual de células viáveis menor (p<0,05) no momento em que a culturabilidade não era mais detectada. A maior perda de culturabilidade foi obtida em meios com 1,2 mol/L de NaCl (p<0,001). As linhagens S. Enteritidis PT4 963 e S. Typhimurium ATCC 14028 mantidas a 4 °C em solução BPS adicionada de NaCl 1,2 mol/L apresentaram os maiores índices de entrada em estado VNC (p<0,001). As menores taxas deperda de culturabilidade e também as maiores reduções nas contagens de microrganismos viáveis foram observadas em densidade populacional inicial de 107 UFC/mL (p<0,05) se comparadas às amostras inoculadas com 105 e 103 UFC/mL. O perfil de proteínas intracelulares de S. Enteritidis PT4 963 no estado VNC difere do encontrado em células nas fases exponencial e estacionária de crescimento e sob resposta a estresse osmótico, por baixa temperatura e falta de nutrientes. A não detecção de proteínas com massa molecular superior a 63 kDa e a presença de proteínas com massas moleculares menores nas células no estado VNC sugerem a ocorrência de proteólise para garantir o aporte de nutrientes e a manutenção de viabilidade. Nossos resultados indicam que o estado VNC constitui um estado fisiologicamente distinto no ciclo de vida de Salmonella enterica sorovar Enteritidis PT4. No entanto, não conseguimos detectar uma proteína específica das células de Salmonella no estado VNC. A quantidade de RNA total diminuiu aproximadamente 600 vezes em células no estado VNC quando comparada à quantidade obtida de células em crescimento ativo. Não foram detectados os transcritos correspondentes aos genes invA, rpf e katF em S. Enteritidis PT4 963 no estado VNC nas condições experimentais utilizadas. Entretanto, a expressão do 16S rRNA foi detectada em células VNC. Estes resultados sugerem que S. Enteritidis PT4 no estado VNC está ativa metabolicamente pela produção de transcritos para o rDNA16S e que este housekeeping gene pode ser considerado um bom marcador de viabilidade celular para Salmonella enterica sorovar Enteritidis PT4 no estado VNC.