Microbiologia Agrícola
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/190
Navegar
Item Acúmulo de ácido oxálico e cristais de cálcio em ectomicorrizas de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-04) Gonzalez, Jhon Alexander Zambrano; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8Este trabalho teve como objetivo determinar o papel dos fungos ectomicorrízicos na absorção e armazenamento de Ca por plantas de Eucalyptus sp., cultivado por 2,5 anos em área com topografia típica em meia laranja de vertente côncavo-convexa da região de Viçosa, MG. Em 73,7 % das ectomicorrizas e raízes observadas, observou-se abundante acúmulo de cristais de oxalato de cálcio (CaOx) nas células do córtex radicular, na forma de drusas e grânulos. A presença conspícua de CaOx foi observada em 56,2% das ectomicorrizas e em 17,5% das raízes laterais finas não-colonizadas, evidenciando o papel das micorrízas no acúmulo de cálcio em Eucalyptus sp. As maiores percentagens de colonização micorrízica foram observadas na área de Encosta, que apresenta limitada disponibilidade de nutrientes e alta saturação por Al. As concentrações de ácidos orgânicos foram quantificadas em diversas frações, a saber, em mg kg-1: folhas (162,3) > ectomicorrizas (118,2) > raízes laterais finas não-colonizadas (116). Os teores de ácido oxálico foram maiores no solo ectomicorrizosférico (91,8 mg kg-1), seguido pelo solo rizosférico (67,2 mg kg-1) e, finalmente, pelo não-rizosférico (38 mg kg-1). Nas ectomicorrizas da área Topo, os teores mais elevados (p<0,05) de ácido oxálico e P, 173,3 e 6,35 mg kg-1, respectivamente, possivelmente resultaram da solubilização de nutrientes pelos fungos ectomicorrízicos associados. A fração que mais contribuiu para a massa de serapilheira foi a em avançado grau de decomposição, sendo constituída de fragmentos de folhas e galhos escuros em contato com o solo. Em geral, a ordem de acúmulo de nutrientes na serapilheira correspondeu a, em kg ha-1: Ca (32,4) > Mg (5,4) > K (4,2) > P (1,7). O conteúdo de Ca na serapilheira e a baixa concentração do elemento no solo revelam a importância da manta orgânica como reservatório de Ca para o eucalipto. A maior concentração e conteúdo de P na serapilheira foram verificados na posição Topo, no entanto, a atividade das fosfatases ácidas nas ectomicorrizas não diferiu entre as amostras das posições topográficas avaliadas. Observaram-se basidiocarpos de Laccaria, Pisolithus, Scleroderma e de fungo ectomicorrízico não-identificado. A existência de densa camada de raízes de eucalipto na fração mais decomposta da serapilheira e na interface desta com o solo revelou intensa colonização da manta orgânica por raízes de eucalipto, com a presença de oito morfotipos distintos de ectomicorrizas, além de hifas, rizomorfos e basidiocarpos. O trabalho demonstra que os fungos ectomicorrízicos participam na ciclagem da serapilheira e no armazenamento de cálcio quando associados a raízes de eucalipto.Item Atividade microbiana na rizosfera de Eucalyptus urophylla sob diferentes manejos de adubação(Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-11) Pereira, Gilmara Maria Duarte; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762780Z9; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Soares, Plínio Cesar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782732J2O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da microbiota de solo rizosférico de E. urophylla, coletado em épocas distintas do ano, quanto à solubilização de fosfato de cálcio in vitro e atividade das fosfatases, ácida e alcalina. Investigou- se também os reflexos das adubações com fosfatos solúveis e insolúveis, por ocasião do plantio do eucalipto, juntamente com a cama de aviário, sobre indicadores biológicos do solo e, nas ectomicorrizas, sobre a colonização, a densidade de cristais de oxalato de cálcio (CaOx) e a diversidade de morfotipos. A maior solubilização do fosfato de cálcio in vitro ocorreu em solo adicionado de cama de aviário sem a adubação fosfatada. Em solo rizosférico, o maior valor de solubilização de fosfato foi obtido na amostra da área sem a adubação fosfatada, seguido pelo solo adubado com superfosfato simples e com fosfato de Araxá. O pH do meio de cultura correlacionou-se negativamente com o fósforo solubilizado. A atividade de fosfatase ácida foi maior em solo rizosférico adubado com superfosfato simples, sem adição de cama de aviário, depois do período chuvoso. Os solos rizosféricos de E. urophylla propiciaram os maiores valores de carbono da biomassa microbiana, atividade de ß-glicosidase, respiração, Nmineralizável e menores de nitrificação potencial. As maiores percentagens de colonização por fungos ectomicorrízicos (FEM) foram observadas em solos adubados com superfosfato simples sem a adição de cama de aviário, ao final da estação seca. Os teores de cálcio na folha e de magnésio na casca foram influenciados pela época, sendo maiores ao final da estação chuvosa. Os teores de cálcio na casca e de fósforo na folha foram influenciados pela época e pela adição de cama de aviário, sendo maiores ao final da estação chuvosa. Detectou-se a presença de CaOx na forma de drusas nas ectomicorrizas e nas raízes, sendo que as ectomicorrizas apresentaram maiores depósitos de CaOx do que as raízes, evidenciando a importância do fungo na aquisição e no acúmulo de cálcio para a planta hospedeira. A adubação fosfatada e a orgânica tiveram efeito sobre a colonização ectomicorrízica e sobre a diversidade ectomicorrízica, sugerindo o importante papel de fungos ectomicorrízicos na ciclagem e no armazenamento de nutrientes em plantios de eucalipto.Item Caracterização das reservas de carbono e metabolismo de lipídeos em Pisolithus(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-17) Campos, André Narvaes da Rocha; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Paula Júnior, Trazilbo José de; http://lattes.cnpq.br/7899276097018876; Ferreira, Célia Lúcia de Luces Fortes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793681U9A mobilização de reservas de carbono é passo metabólico importante para a basidiosporogênese, a germinação de esporos e o estabelecimento das associações ectomicorrízicas. O objetivo deste trabalho foi o de estudar a composição das reservas de carbono durante as etapas de desenvolvimento do basidiocarpo de Pisolithus sp. e de investigar as vias de mobilização destes compostos no micélio, nas micorrizas e nos corpos de frutificação. As análises histoquímicas realizadas revelaram a presença de glicogênio no interior dos basídios e ao longo do desenvolvimento dos esporos. O RNA e as proteínas totais foram detectados nos basídios jovens, enquanto nos esporos maduros detectou-se apenas o RNA. Demonstrou-se a presença e a importância de diferentes biomoléculas no basidiocarpo, confirmando que os lipídeos são o tipo de reserva mais abundante. A análise dos ácidos graxos nas fases de desenvolvimento do basidiocarpo revelou que a composição em lipídeos não varia com a morfologia ou origem geográfica dos corpos de frutificação, sendo o 18:2w6,9 o mais abundante no início do desenvolvimento e o 18:1w9 o predominante nos esporos maduros. A análise de bancos de ESTs, construídos a partir de ectomicorrizas maduras de Pisolithus, permitiu a identificação de genes que codificam as enzimas de diferentes etapas do metabolismo lipídico, além dos que codificam enzimas da glicólise e da gliconeogênese. Os genes que codificam isocitrato liase e malato sintase foram identificados por meio de primers de seqüência degenerada, sendo as seqüências completas obtidas por meio da técnica de Genome Walking. Os genes da isocitrato liase, em ORF de 1897 pb, e o da malato sintase, de 1880 pb, apresentam ambos 5 íntrons e proteínas de 540 aa. A localização deduzida da isocitrato liase é peroxissomal, enquanto a da malato sintase não pôde ser inferida com base na seqüência protéica. Os padrões de expressão gênica para as micorrizas funcionais estabelecidas entre Pisolithus e Eucalyptus globulus e Populus trichocarpa são similares, como revelado pela análise de expressão dos genes do metabolismo lipídico, do ciclo do glioxilato e da gliconeogênese, em PCR em Tempo Real. A exceção foi a regulação positiva dos genes de enzimas de síntese e modificação de ácidos graxos na micorriza P. microcarpus-E. globulus. Os padrões de expressão gênica de peridíolos indiferenciados e jovens foram similares, sendo as principais alterações observadas nos peridíolos maduros e esporos internos. A regulação positiva dos genes relacionados à β-oxidação e ao ciclo do glioxilato nos peridíolos maduros evidencia a utilização de lipídeos durante a formação dos esporos. Da mesma forma, o aumento das taxas de expressão dos genes relacionados à síntese de ácidos graxos nos esporos internos sugere que a síntese das reservas lipídicas ocorre no interior desses propágulos. Os genes que codificam enzimas do ciclo do glioxilato e gliconeogênese no micélio vegetativo são regulados positivamente na presença de acetato e reprimidos por glicose. No entanto, o micélio não foi capaz de metabolizar o [2-13C] acetato de sódio extracelular, acumulando-o nas hifas fúngicas. Após 72 horas de carência de glicose, ocorreu a indução da expressão das enzimas da β-oxidação, do ciclo do glioxilato e da gliconeogênese. Nestas condições, demonstrou-se a ocorrência do consumo das reservas lipídicas nas hifas por meio da coloração com Vermelho do Nilo. A importância do controle transcricional no metabolismo de ácidos graxos de Pisolithus foi demonstrada pela análise conjunta dos dados de expressão gênica com as observações de microscopia e cromatografia gasosa. Os resultados obtidos neste trabalho representam importante avanço na compreensão do metabolismo lipídico em Pisolithus sp.Item Caracterização de cristais em ectomicorrizas de eucalipto, acúmulo de cálcio e produção de ácidos orgânicos pelo micélio(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-07) Pylro, Victor Satler; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/8806800138164566; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8Fungos ectomicorrízicos associados à raízes de eucalipto podem induzir o armazenamento de cálcio sob a forma de cristais de oxalato de cálcio no sistema radicular da planta hospedeira. Apesar da grande demanda por cálcio pelas plantas desse gênero e a baixa disponibilidade em solos brasileiros, pouco se sabe sobre as capacidades de armazenamento de cálcio e efluxo de ácidos orgânicos exibidas por fungos ectomicorrízicos em função da disponibilidade do elemento. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo caracterizar cristais de cálcio presentes em ectomicorrizas de Eucalyptus sp., quanto a sua distribuição, morfologia e composição química, além de avaliar a capacidade de fungos ectomicorrízicos em acumular cálcio e produzir ácidos orgânicos quando cultivados sob diferentes concentrações do elemento. Nas ectomicorrizas de Eucalyptus sp., os cristais foram evidenciados no interior de células corticais radiculares. Três diferentes padrões de distribuição foram observados e classificados como regular, irregular ou homogêneo. A Microscopia Eletrônica de Varredura associada a microssonda de análise de energia dispersiva de raios-X permitiu classificar as morfologias predominantes dos cristais como grânulos e concreções, embora outros tipos morfológicos também tenham sido evidenciados. Cálcio, oxigênio e carbono são os principais elementos constituintes desses cristais, que diante de todos os resultados obtidos foram seguramente caracterizados como cristais de oxalato de cálcio. De modo geral, fungos ectomicorrízicos exibiram um padrão de acúmulo de cálcio no micélio respondendo positivamente ao aumento da concentração do elemento no meio de cultivo. Contudo, a dose de cálcio no meio parece não influenciar a produção de biomassa fúngica. Sob condições de menor concentração de cálcio no meio, os isolados apresentaram maior eficiência de utilização de cálcio. Os ácidos acético/glucônico, butírico, oxálico e cítrico foram detectados no meio de cultivo dos isolados ectomicorrízicos avaliados. A dose de cálcio no meio de cultivo influenciou a exsudação dos ácidos acético/glucônico, butírico e oxálico pelo isolado Pisolithus sp. PT06, que também apresentou a maior produção desses compostos em comparação aos demais e isso pode estar relacionado ao menor acúmulo de biomassa fúngica exibido por esse isolado. A concentração do ácido butírico no meio do isolado Pisolithus tinctorius PTFRA foi influenciada pela dose de cálcio, sendo maior onde a concentração de cálcio era menor, padrão semelhante ao do isolado Pisolithus sp. PT06. Este é o primeiro relato sobre a morfologia detalhada e constituição química de cristais predominantes em ectomicorrizas de eucalipto. Além disso, os resultados apresentados corroboram o papel de fungos ectomicorrízicos na aquisição de cálcio do solo e sugerem que diferentes isolados podem apresentar capacidades distintas de atuação nos processos envolvendo a ciclagem do cálcio, seja pelo efluxo de ácidos orgânicos e/ou acúmulo na biomassa.Item Composição da parede celular dos fungos ectomicorrízicos Pisolithus microcarpus e Pisolithus tinctorius(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-14) Santos, Matheus Loureiro; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776995Y7; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4Este trabalho teve como objetivos avaliar a composição química da parede celular dos isolados PT301 de Pisolithus tinctorius e H4111 de Pisolithus microcarpus, e verificar os efeitos dos fungicidas dimetomorfe e piroquilona nas concentrações de 1, 5, 10, 15 e 30 ppm e da quitosana nas concentrações de 1, 2, 5 e 10 mg mL-1 sobre a morfologia micelial. A parede de Pisolithus microcarpus H4111 apresenta- se constituída por 46, 5 % de açúcares neutros, 18,4 % de proteínas, 26,1 % de quitina e 3,8 % de cinzas. A parede celular de Pisolithus tinctorius PT301 constitui-se de 48 % de açúcares neutros, 17,7 % de proteínas, 23,5 % de quitina e 4,5 % de cinzas. Quanto à constituição mineral da parede, verificou-se que a composição de nitrogênio, fósforo e potássio dos dois isolados é semelhante, ao passo que os teores de enxofre e sódio são maiores no isolado PT301. Nos teores de micronutrientes, o fungo PT301 apresentou maiores teores em zinco, ferro e cobre. A parede celular de Pisolithus demonstrou-se rica em quitina em toda a sua extensão. Os glicanos β-1,3 são encontrados em maiores quantidades nas extremidades das hifas. A análise de ácidos graxos demonstrou que a composição desses compostos na parede celular difere daquela encontrada no micélio, embora em ambas situações, os ácidos graxos mais comuns tenham sido os 16:0, 18:1w9c e a mistura 18:0 A \18:2w6,9c. Foram detectados ácidos graxos apenas nos micélios, bem como certos ácidos graxos foram detectados somente nas paredes. Todos os três inibidores utilizados demonstraram-se capazes de provocar alterações morfológicas nas hifas de Pisolithus. Foram verificados inchamento das hifas, formação de estruturas globosas na extremidade e também ao longo das hifas, além de ondulações e enrugamento do micélio. O fungicida dimetomorfe também provocou alterações nos grampos de conexão dos fungos.Item Compostos de reserva e permeabilização de basidiósporos de Pisolithus microcarpus(Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-23) Godinho, Carla Soares; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/3157448451994987; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570Os basidiósporos Pisolithus apresentam baixas percentagens de germinação, embora disponham de compostos de reserva para a provisão de carbono e energia durante o crescimento inicial das hifas. Neles, a parede celular altamente hidrofóbica e resistente pode contribuir para a recalcitrância à germinação. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a presença de glicogênio, polissacarídeo, lipídeos, RNA e proteínas em basidiósporos maduros de Pisolithus microcarpus, determinar o perfil de ácidos graxos de basidiósporos de fungos ectomicorrízicos e avaliar métodos de permeabilização da parede celular dos basidiósporos. As técnicas histoquímicas utilizadas na detecção de diferentes compostos de reserva nos basidiósporos evidenciaram a presença de glicogênio, polissacarídeos, proteínas, RNA, lipídeos totais, lipoproteínas, lipídeos neutros e lipídeos ácidos. Detectou-se a presença de onze ácidos graxos distintos nos basidiósporos de P. microcarpus, nove nos de Scleroderma sp. e dezesseis nos de Suillus sp. Os ácidos graxos mais abundantes nas estruturas fúngicas analisadas foram o 18:1w9c e o 16:0. Além do ácido oléico e ácido palmítico, destacaram-se os seguintes ácidos graxos: 16:1w5c, 18:1w5c para P. microcarpus; 12:1at11-12 e 18:00 para Scleroderma sp.; 18:00 e 15:00 para Suillus sp. O perfil de ácidos graxos dos basidiósporos de P. microcarpus apresentou similaridade de 36,8 % com o de Scleroderma sp. O perfil de ácidos graxos dessas duas espécies apresentou similaridade de somente 5,2 % em relação àquele de Suillus sp. O uso de quitinase, liticase e celulase por 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24 h, sob agitação a 80 rpm e a 30 °C, não resultou na permeabilização da parede celular dos basidiósporos. O tratamento dos basidiósporos com ácido sulfúrico nas concentrações de 5, 10, 25, 50 % (v/v), por 5, 10, 25, 50 ou 80 s, também não resultou na permeabilização dos basidiósporos. Os tratamentos com hipoclorito de sódio em concentrações de 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 90 e 100 % da concentração original de cloro ativo (20 g L- 1) e tempos de contato de 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70 e 80 s promoveram a permeabilização da parede celular dos basidiósporos avaliada pela penetração do corante Negro Sudão B. A maior percentagem de basidiósporos permeabilizados, 97 %, foi obtida com o tratamento com hipoclorito a 100 % pelo tempo de 80 s. No entanto, os testes de viabilidade e a observação dos basidiósporos por microscopia eletrônica de varredura evidenciaram a perda da integridade da parede celular e da viabilidade dos esporos quando submetidos a esse tratamento. A exposição dos basidiósporos ao hipoclorito de sódio a 5 % pelo tempo de 40 s foi o tratamento que resultou em maiores percentagens (83 %) de basidiósporos permeabilizados, sem prejuízos na viabilidade e da morfologia desses propágulos. Os resultados obtidos contribuem para a compreensão das variáveis que atuam no processo de germinação dos basidiósporos de P. microcarpus e permitirão o desenvolvimento de estratégias visando melhorar a obtenção de monocários in vitro.Item Fontes de carbono e minerais na solubilização de fosfato natural não reativo por Aspergillus niger(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Oliveira, Samantha Caixeta de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Ribeiro Junior, José Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723282Y6; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/7842266776977954; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570A baixa reatividade dos fosfatos naturais (FNs) brasileiros é o maior obstáculo à aplicação direta desses minérios ao solo, pois frequentemente são incapazes de disponibilizar quantidades suficientes de fósforo (P) para as plantas. A utilização de fungos solubilizadores de fosfatos tem sido vista como biotecnologia sustentável e de baixo custo, capaz de incrementar a eficiência dos FNs, possibilitando o aproveitamento direto dessas fontes de P pelos agricultores. O objetivo deste trabalho foi selecionar isolado fúngico capaz de solubilizar FNs não reativos e estudar a influência das condições de cultivo sobre o processo de solubilização em meio líquido e em sistema de fermentação em estado sólido (FES) tendo bagaço de cana-de-açúcar como substrato. Dos 13 isolados fúngicos avaliados quanto ao potencial de solubilização dos fosfatos de Araxá, de Catalão e de Patos de Minas em meio líquido, Aspergillus niger FS1 apresentou o melhor desempenho, solubilizando aproximadamente 33 % do FN de Araxá, 25 % do FN de Catalão e 38 % do FN de Patos de Minas após sete dias de incubação. Dessa forma, o isolado A. niger FS1 e o FN de Patos de Minas foram selecionados para os demais experimentos. Avaliou-se a influência de duas fontes de carbono, glicose e sacarose, e de duas fontes nitrogenadas, sulfato de amônio e nitrato de sódio, sobre a solubilização do FN em sistema de FES. Os maiores valores de P solúvel foram obtidos na presença de glicose ou de sacarose combinada com a ausência de fonte de nitrogênio. A adição de glicose ou de sacarose ao sistema de FES, na ausência de fonte nitrogenada propiciou, em média, 85 % de solubilização do FN de Patos de Minas por A. niger FS1. Constatou-se que o isolado FS1 foi capaz de gerar íons SO4 2- a partir da oxidação de enxofre elementar (S°). O meio de cultura suplementado com S° a 1 % (m/v) e inoculado com o fungo apresentou concentração de 294 mg L-1 de S-SO4 2-. Avaliou-se a influência da sacarose, do etanol e do S° sobre a solubilização do FN em sistema de FES. A solubilização foi influenciada somente pelas concentrações do açúcar. O P solúvel aumentou em função do aumento da concentração de sacarose até 7,23 g L-1, obtendo-se a estimativa de 95 % de solubilização do FN ao final de um período de 15 dias de incubação. A eficiência de solubilização de P por grama de biomassa (EPB) aumentou em função da diminuição da dose de nutrientes minerais no meio Czapek. Após sete dias de incubação, a EPB obtida no meio sem minerais foi, aproximadamente, cinco vezes superior à EPB alcançada no meio com a concentração original de minerais do meio Czapek. A resposta fúngica ao estresse nutricional foi também estudada pela transferência de determinada biomassa para meio com minerais (meio Czapek original) e para meio sem minerais. A biomassa produzida na ausência de minerais foi inferior à produzida em meio Czapek original. No entanto, a EPB obtida na primeira condição foi superior. Assim, a maior EPB observada no meio sem minerais compensou a menor biomassa obtida nessa condição. A partir do segundo dia após a transferência da biomassa, o P solúvel estimado foi o mesmo nos dois meios e, ao final do período de cinco dias de incubação, estima-se que tenha ocorrido aproximadamente 76 % de solubilização do FN.Item Permeabilização e ultraestrutura da parede celular de basidiósporos de Pisolithus microcarpus(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-29) Silvério, Merielle Angélica Martines; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/7914841716062226; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570Basidiósporos do fungo ectomicorrízico P. microcarpus apresentam parede celular impermeável e hidrofóbica. Essas características estão possivelmente relacionadas às baixas porcentagens de germinação desses propágulos, dificultando a obtenção de monocários e a utilização desses esporos em inoculantes. O hipoclorito de sódio pode ser usado como agente permeabilizador da parede celular de esporos fúngicos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do tratamento de permeabilização com água sanitária sobre a ultraestrutura e hidrofobicidade da parede celular, a viabilidade e a capacidade de germinação de basidiósporos de P. microcarpus. Para isso, basidiósporos fúngicos, oriundos de corpos de frutificações associados a plantas de Eucalyptus spp., foram coletados e permeabilizados utilizando-se diferentes concentrações de água sanitária e tempos de exposição ao composto. Após a permeabilização, os basidiósporos foram analisados por microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. A hidrofobicidade superficial, a viabilidade e a germinação desses propágulos também foram analisadas. A porcentagem de basidiósporos de P. microcarpus permeabilizados foi proporcional ao aumento na concentração de água sanitária e ao tempo de exposição. Basidiósporos oriundos de diferentes basidiocarpos diferiram de forma significativa na susceptibilidade ao tratamento de permeabilização com água sanitária e na redução da hidrofobicidade da superfície celular após esse tratamento. Alterações da ultraestrutura dos basidiósporos permeabilizados foram observadas nas concentrações de 15 e 50 % de água sanitária pelo tempo de exposição de 40 s. Para um dos basidiocarpos avaliados e após a permeabilização com água sanitária a 5 % por 40 s, 80 % dos esporos permeabilizados encontravam-se viáveis. O inóculo dos basidiósporos permeabilizados com água sanitária a 10 % por 40 s resultou na produção de algumas colônias de P. microcarpus. As colônias apareceram após 15 dias de incubação dos basidiósporos permeabilizados na presença da planta hospedeira, Eucalyptus citriodora. A porcentagem de germinação obtida, 0,001%, foi semelhante àquelas relatadas na literatura para basidiósporos não-permeabilizados. Este trabalho é o primeiro relato sobre a ultraestrutura da parede celular dos basidiósporos de P. microcarpus e contribui para a compreensão da recalcitrância desses propágulos à germinação.Item Presença e características de RNAs mensageiros nos basidiósporos de Pisolithus microcarpus(Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-18) Vespoli, Luciano de Souza; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/4403474674761634; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6As baixas percentagens de germinação dos basidiósporos do fungo ectomicorrízico Pisolithus microcarpus dificultam a obtenção de estirpes monocarióticas, material para estudos de genética quantitativa da associação micorrízica, inviabilizam a utilização de esporos em experimentos de mutagênese visando à identificação de genes importantes para a simbiose, além de dificultar a utilização desses propágulos como inoculantes em viveiros florestais. A caracterização do mRNA presente no interior desses basidiósporos poderá fornecer informações sobre o nível de preparação que têm para iniciar o processo de germinação e sustentar o crescimento inicial das hifas. O objetivo deste trabalho foi o de caracterizar os mRNA presentes nos basidiósporos do fungo ectomicorrízico P. microcarpus após a basidiosporogênese. O RNA total foi extraído de basidiósporos maduros e micélio, procedendo posteriormente a obtenção mRNA para a síntese de cDNA. Determinou-se a presença de transcritos de 14 genes envolvidos no metabolismo de lipídeos, na mobilização de glicogênio, na mobilização de trealose, na assimilação de nitrogênio, na via glicolítica, na via das pentoses fosfato e na degradação de glicanas. A análise por qPCR foi realizada visando comparar a quantidade de transcritos dos genes d15fa, ntrh e ag13 que codificam respectivamente as enzimas ácido graxo-Δ15 desaturase, α- trealase neutra e 1,3-α-glicosidase, nos basidiósporos e no micélio dicariótico. Os 14 x transcritos avaliados foram encontrados tanto no micélio dicariótico quanto nos basidiósporos, sugerindo a preparação desses propágulos para iniciar e sustentar o processo de germinação. A análise por qPCR indicou maior quantidade de transcritos dos genes d15fa, ntrh e ag13 no interior dos basidiósporos quando comparado ao micélio dicariótico. Esse resultado sugere a participação de enzimas responsáveis pela síntese de ácidos graxos insaturados, mobilização de trealose e degradação de glicanas durante o processo de germinação. Uma biblioteca de cDNA foi construída a partir dos fragmentos de cDNA dos basidiósporos, sendo caracterizada por meio do sequenciamento de 288 clones. Foram obtidas 119 sequências que, ao serem agrupadas, resultaram em 12 ESTs (expressed sequence tags). A sequência de aminoácidos deduzida da EST referente ao clone 277 apresentou similaridade significativa com proteína envolvida no metabolismo respiratório, podendo ser importante durante o processo de germinação. Outras ESTs apresentaram identidade significativa com ESTs depositadas no banco de dados do NCBI ainda não identificadas. Alternativamente, sugere-se que essas ESTs possam ser codificadoras de proteínas específicas dos basidiósporos de P. microcarpus, importantes para a etapa de germinação desses propágulos.Item Seleção e caracterização de mutantes de Aspergillus niger eficientes em solubilizar fosfato na presença de fluoreto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-30) Silva, Ubiana de Cássia; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/2915807640881108; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902O uso dos micro-organismos solubilizadores de fosfato (P) é uma alternativa para o uso sustentável do P tendo em vista a diminuição das reservas fosfáticas de alta qualidade. As características químicas dos fosfatos de rocha (FR), em especial o nível de elementos tóxicos, podem influenciar a eficiência de solubilização microbiana. O fluoreto (F-) liberado de fluorapatitas inibi significativamente o processo de solubilização por Aspergillus niger FS1. Assim, o objetivo deste estudo foi selecionar mutantes de A. niger eficientes na solubilização de fosfato na presença de F-. Três mutantes selecionados foram também caracterizados quanto aos mecanismos de solubilização de fosfato e ao potencial de solubilização de diferentes fontes de P. Vinte e nove mutantes com alterações na solubilização de fosfato foram obtidos. O mutante FS1-331 demonstrou maior potencial de solubilização de fosfato de Araxá, enquanto que o mutante FS1-555 aumentou o P solubilizado em meio de cultura com fosfato de cálcio suplementado com F- e naqueles com fontes sintéticas de P. Os mutantes avaliados mostraram maior tolerância ao F- do que o tipo selavagem e tiveram a produção de ácidos orgânicos alterada. A maior produção de ácido oxálico pelos mutantes FS1-331 e FS1-555 relacionou-se com o melhor desempenho dessas estiprpes na solubilização de fosfato de Araxá. Um mutante com solubilização de P diminuída (FS1-375) apresentou menor produção de ácidos orgânicos quando comparado ao tipo selvagem, corroborando a importância desses compostos para o processo de solubilização de FRs. O mutante FS1-331 foi o mais eficiente na solubilização dos FRs de Araxá, Catalão e Patos de Minas. A variação na solubilização de P das estirpes fúngicas estudadas pode contribuir para a melhor compreensão do processo de solubilização de fosfatos por A. niger. Além disso, os mutantes mais eficientes obtidos apresentam alto potencial de aplicação em sistemas microbianos de solubilização de fosfatos com fontes de P ricas em fluoreto.Item Solubilização de fosfatos mediada por microrganismos do solo sob plantio de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-17) Massenssini, André Marcos; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4550432U1; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4Objetivou-se neste trabalho avaliar o papel dos microrganismos do solo na solubilização de fontes insolúveis de fósforo, bem como a sensibilidade de bactérias solubilizadoras de fosfato a formulações comerciais de glyphosate. A atividade de fosfatases e o potencial de solubilização, em meio NBRIP líquido, dos fosfatos de cálcio, ferro e alumínio, e dos fosfatos naturais de Araxá e Catalão pela microbiota total do solo rizosférico de plantas do híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla com diferentes diâmetros à altura do peito, oriundas de posições topográficas distintas, a saber, topo, encosta e baixada, foram avaliados in vitro. Procedeu-se também o isolamento de bactérias da rizosfera destas plantas e a sua caracterização quanto à capacidade de solubilização de fosfato de cálcio, por meio da determinação do índice de solubilização em meio sólido. O crescimento e a capacidade de solubilização de fosfato dessas bactérias foram também avaliados em meio líquido, na presença das formulações comerciais Roundup Transorb®, Roundup NA®, Zapp QI® e Scout®. Os solos coletados de plantas do topo e da baixada apresentaram maior solubilização de fosfato de cálcio pela microbiota, enquanto o solo da encosta não apresentou diferenças entre as fontes inorgânicas testadas. O fosfato de Catalão foi a fonte natural mais solubilizada pela microbiota do solo. O pH final do meio de cultura correlacionou-se negativamente com os valores de fósforo solubilizado. A atividade das fosfatases ácida e alcalina foi maior nos solos rizosféricos de plantas do topo. Os isolados obtidos apresentaram diferenças quanto ao índice de solubilização (IS) de fosfato de cálcio, apresentando valores entre zero, relativo aos isolados que perderam a capacidade de solubilização, e 4,07. Também foram observadas diferenças entre os isolados quanto à sua capacidade de solubilização de fosfato em meio líquido. A presença de herbicidas no meio de cultura reduziu significativamente o crescimento de todos os isolados testados. Os isolados To 66 e To 3 foram os mais sensíveis à presença do herbicida Roundup Transorb®. Para o isolado To 66, a adição ao meio de cultura de Roundup Transorb® e Zapp QI® reduziu significativamente o potencial de solubilização deste isolado, enquanto o herbicida Scout® teve efeito oposto. O potencial de solubilização do isolado To 11 não foi alterado na presença dos herbicidas. Os herbicidas testados afetam o crescimento e a capacidade de solubilização de alguns isolados in vitro, sendo necessário investigar se esse efeito também ocorre no solo.