Teses e Dissertações - Externas

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    Formação de cidadãos e a educação em ciências com enfoque CTS: uma releitura à luz da teoria ator­-rede
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2018-08-03) Figueirêdo, Kristianne Lina; Justi, Rosária; http://lattes.cnpq.br/9244743108722676
    No cenário das pesquisas em Educação em Ciências, os reconhecidos slogans Letramento Científico-tecnológico e Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que abriram caminho para os debates sobre a formação de cidadãos, têm convergido para o que se entende por uma abordagem CTS numa versão ampliada. Entretanto, há várias décadas o jargão de uma educação para cidadania tem permeado documentos oficiais no mundo inteiro sem alcançar satisfatoriamente o êxito almejado. Diante disso, nossa proposta consiste na realização de uma releitura da educação com enfoque CTS (EdCTS) à luz da Teoria Ator-Rede (ANT), tencionando configurar novas orientações para a mesma. Essa releitura é realizada em duas etapas: na primeira, procedemos ao que chamamos de descongelamento dos quadros contemporâneos de sociedade, C&T e política, culminando nas respectivas noções alternativas que emergem da ANT; na segunda, revisamos a relação formação de cidadãos e EdCTS numa versão ampliada, mediante as reflexões suscitadas pela etapa anterior sobre o próprio conceito de cidadão. No desenvolvimento da primeira etapa: (i) entendendo o social como o movimento de associações, a versão atual de sociedade foi dissolvida, dando lugar à ideia de (re)agrupamentos híbridos (humanos e não-humanos) cujo projeto maior é o de reunir o coletivo; (ii) fazendo o exercício de explicitar a ciência e a tecnologia em ação, detalhamos o processo de fabricação dos fatos e artefatos, evidenciando o encadeamento de conexões entre sujeitos e objetos; (iii) cumpridas essas duas tarefas, as assimetrias sociedade e natureza, sujeito e objeto, herdadas do projeto da Modernidade, são substituídas pelo reconhecimento da agência de humanos e não humanos e de um fluxo dinâmico de conexões entre estes; e (iv) visando contemplar essa realidade híbrida e de configurações provisórias, a política é problematizada em termos da questão da representação, passando a ser concebida como a tarefa de tornar as novas associações em um conjunto viável, isto é, de levar à composição de coletivos e, mais a frente, delinear um mundo comum. Na segunda etapa, redefinimos a noção de cidadão, passando a compreender por cidadão real aquele que se realiza na prática, ou seja, um ator que, ao desempenhar sua performance, se aproxima da projeção do corpo político sob a mesma denominação (cidadão ideal). Em decorrência disso, a formação de cidadãos também assume um outro sentido, sendo agora entendida como a prática de influenciar intencionalmente as conexões estabelecidas pelos atores, de modo a favorecer performances que se aproximem da projeção idealizada. Assim, o próprio acrônimo CTS se torna questionável, pois não existe a sociedade preconcebida, nem esferas distintas que se inter-relacionam. Nesse sentido, propomos substituir o slogan educação com enfoque CTS, por educação para tomada de consciência (ETC). Finalmente, estabelecendo um diálogo entre os resultados das discussões e reflexões anteriores e a literatura revisada, delineamos algumas orientações para a Educação em Ciências. Palavras-chave: Educação CTS. Teoria Ator-Rede. Formação de Cidadãos.
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    Melhoramento do homem, do animal e da semente - O Projeto Político Pedagógico da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (1920-1948): Organização e Funcionamento
    (Universidade de São Paulo, 2005-05-19) Azevedo, Denilson Santos de; Piletti, Nelson; http://lattes.cnpq.br/6269500390446677
    Trata-se de uma pesquisa histórica a respeito do trabalho pedagógico implementado durante O processo de constituição e consolidação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais, no período compreendido entre 1920 e 1948, cuja semeadura dará frutos que até hoje permanecem sendo cultivados, de modo tradicional ou inovado, na Universidade Federal de Viçosa, em diversas atividades e iniciativas criadas nos seus primeiros anos de fundação, e que irão forjar O ethos do esaviano, entendido como o conjunto de traços característicos pelos quais um grupo se individualiza e se diferencia dos outros, a partir de uma série de ações pedagógicas e disciplinares de inculcação de habitus. Com base na pesquisa de fontes primárias, secundárias e orais, será analisado os principais condicionantes sociais, econômicos, culturais e políticos que irão propiciar a criação desse estabelecimento de ensino. A adoção do modelo de ensino agrícola norte-americano, de caráter aplicado e utilitário, calcado no “aprender fazendo”, na articulação entre “ciência e prática” e com ênfase nas atividades e serviços de extensão, atesta a principal finalidade da escola, que era a de “melhorar o homem, O animal e a semente” com o intuito de contribuir para a reforma social no meio rural, através da difusão de conhecimentos e técnicas, para aumentar a produtividade e a diversidade da produção agropecuária. A consecução desse projeto apresentará algumas inovações no âmbito da gestão administrativa e pedagógica, que serão, de certo modo, afetados pela política estadual de contenção no repasse de verbas e pela padronização do ensino agrícola, empreendido pelo governo federal ao longo da “Era Vargas”. Não obstante esses reveses, a instituição manterá boa parte dos fundamentos de sua concepção original, uma vez que as bases e instâncias de organização do trabalho e de realização da ação pedagógica no estabelecimento não sofrerão alterações substanciais, sobretudo em virtude da permanência do regime de responsabilidade pessoal, com a essência do regime disciplinar e de inculcação de habitus instituídos junto aos diferentes sujeitos vinculados com a Escola e que deixaram marcas significativas na constituição do ethos institucional.
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    O problema da verdade na obra de Hannah Arendt
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2017-12-01) Pereira, Geraldo Adriano Emery; Adverse, Helton Machado; http://lattes.cnpq.br/3156795411201663
    Esta pesquisa refere-se a uma análise acerca do modo como Hannah Arendt articula a relação verdade e política na sua teoria da ação. Esse tema, dentro dessa teoria parece apontar para um debate sobre o limite da política. A hipótese que será desenvolvida é que o lugar da verdade, no texto da autora, não incorre numa pretensão normativa, de cunho platônico, mas que há momentos em que a verdade, enquanto verdade dos fatos, ao se contrapor à mentira organizada, como ameaça de destruição sistemática da realidade, mesmo não sendo política, “atua politicamente”. A “atuação política” da verdade dos fatos se faz como resistência e não como normatizadora dos negócios humanos, ou seja, ela é ocasional, frágil e consequentemente não tem a pretensão de atuar como um absoluto. A sustentação e a demonstração da hipótese de leitura passa por três eixos: o caráter excessivo da verdade filosófica, de matriz platônica, em sua pretensão normativa; os riscos da mentira organizada em torno dos elementos totalitários como a ideologia e a propaganda; e a maneira como a relação verdade e opinião se desenvolve no contexto da obra de Arendt. As análises desses elementos abrem vias para apontar para o tipo de verdade que, em política, interessa à Hannah Arendt, isto é, a verdade dos fatos. A indicação de um tipo de “atuação política” que esse tipo de verdade tem é devedora da revalorização ontológica da aparência que permite uma relação horizontal entre verdade de fato e opinião, bem como do seu tensionamento com a mentira. Assim, as verdades de fato, ao tensionarem com a mentira organizada, em virtude de seus riscos, “atuam politicamente” e resistem à máxima totalitária do “tudo é possível”.
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    Imagens da revolução cubana . Os cartazes de propaganda política do Estado socialista (1960 – 1986)
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2006-11-10) Castro, Cláudia Gomes de; Baggio, Kátia Gerab; http://lattes.cnpq.br/4573404849930525
    Este trabalho tem o objetivo de analisar os cartazes de propaganda política cubanos das décadas de 1960, 1970 e 1980, buscando compreender a inserção dessas expressões imagéticas na cultura política socialista cubana constituída após da vitória do movimento revolucionário.
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    As noções de conhecimento útil e sua relação com a formação da autonomia de Emílio : um estudo sobre o projeto pedagógico de Rousseau
    (Universidade Estadual de Campinas, 2017) Vieira, Terezinha Duarte; Silveira, Renê José Trentin; http://lattes.cnpq.br/9638093445515178
    Propõe-se, nesta investigação de natureza bibliográfica, uma leitura da obra Emílio, de Rousseau. Trata-se de examinar a relação entre os princípios educativos da autonomia e da sociabilidade na concepção de educação de Rousseau e as duas noções de conhecimentos úteis - as coisas e a prática das virtudes. Na aprendizagem, tais noções consistem em objetos de conhecimentos úteis para o educando desenvolver sua autonomia e a sua sociabilidade e, por conseguinte, harmonizar na sua formação a ordem moral e a ordem natural. A concepção de educação do filósofo se constitui como uma crítica ao ensino moral da educação convencional, cuja aprendizagem acontecia por meio da imposição de regras de condutas e pelas representações da realidade. Essa educação moral forma o homem civil que em sociedade vive em contradição: não sabe se age conforme suas inclinações naturais ou de acordo com os deveres exigidos no meio social. O ponto-chave da pesquisa é demonstrar que os objetos de conhecimento (os objetos físicos e a prática do bem) são instrumentos úteis na aprendizagem de Emílio para desenvolver a sua autonomia e a sua sociabilidade. É por meio da educação e da interferência do educador que esses dois princípios (autonomia e sociabilidade) são desenvolvidos e vinculados na formação do discípulo. Assim é possível formar o “homem raro”, que é o selvagem que vive em sociedade, justamente porque conserva sua liberdade e desenvolve sua consciência moral. A lição que Rousseau ensina e a de pensar o contexto do ensino verdadeiro (no sentido real), conciliado com a natureza humana e com a construção de uma educação para a autonomia e para a sociabilidade.
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    Pelos meandros do Plano Nacional de Educação: pode-se superar a exclusão?
    (Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017-07-31) Silva, Ranah Manezenco; Vieira, José Jairo; http://lattes.cnpq.br/1418930523779201
    Esta pesquisa buscou compreender os processos de exclusão, consequência das desigualdades e pobreza, que persistem nas políticas públicas, em especial, nos planos nacionais de educação: PNEs 2001-2010 e 2011-2020. Num primeiro momento, destacamos os conceitos que nortearam o estudo, explicitando os vários olhares que analisam a questão da pobreza, da desigualdade e da exclusão. Posteriormente, trabalhamos com alguns indicadores sociais, a partir dos quais apresentamos um quadro sobre a conjuntura brasileira, no que diz respeito ao tema. Essa fundamentação permitiu identificar, nos pressupostos, objetivos, prioridades e metas dos PNEs, em que medida as políticas aprovadas e implementadas possibilitariam superar a desigualdade e a exclusão em educação. A metodologia adotada foi a análise documental, tendo como fontes de dados: (1) indicadores da educação (IBGE, PNAD, MEC/INEP); (2) Plano Nacional de Educação (PNE) 2001 – 2010 e PNE 2011 – 2020; (3) PNE da Sociedade Brasileira; (4) Documentos de avaliação dos planos produzidos no âmbito governamental. O referencial teórico foi o materialismo histórico e dialético, fundamentando todo o trabalho. Na discussão sobre a desigualdade e exclusão, incorporou-se as contribuições de Marta Arretche e Luiz Carlos Freitas; sobre as políticas públicas e a educação brasileira, as concepções de Dermeval Saviani, Celina Souza, Elisa Reis, Carlos Aurélio Pimenta Faria, Marcus André Melo, dentre outros; e sobre os planos, grande parte da produção teórica produzida que avalia os resultados da implantação das políticas. Como resultados, identificamos a ambiciosa tarefa proposta nos objetivos e nas metas do plano aplicado (2001- 2010) e do plano em curso (2011-2020). Também analisamos, à luz do plano chamado “PNE da sociedade brasileira”, a proposta do texto como um todo, refletindo a impossibilidade de atender às demandas sociais e resolver os problemas da desigualdade e da exclusão, no que se refere à educação. Esta análise evidenciou os limites e as possibilidades das políticas públicas, ainda que sejam políticas de Estado, para concretizar a perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária, passando pela educação. Esta tese foi desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Movimentos Socais, Políticas Públicas e Identidade Social: Corpo, Raça e Gênero (LADECORGEN/FE/UFRJ).
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    Condições de produção e legitimação da etnomatemática
    (Universidade Federal de São Carlos, 2017-03-17) Passos, Caroline Mendes dos; Vilela, Denise Silva; http://lattes.cnpq.br/2797810046671958
    Como mapear a pesquisa em etnomatemática no Brasil? Esta consistiu na pergunta inicial, ponto de partida para a constituição da pesquisa que ora se apresenta. Estudar as condições de produção e legitimação da etnomatemática como área de pesquisa, principal objetivo perseguido, cuja orientação metodológica situou-se no campo da sociologia a partir de uma perspectiva que inaugura modos de olhar para aspectos inerentes à educação matemática que, no caso desta investigação, olhou para a etnomatemática. Um modo de olhar que, nesta investigação, toma como referência a perspectiva sociológica proposta por Pierre Bourdieu (1930-2002), sociólogo francês conhecido e reconhecido por sua ousadia nos objetos que escolheu para análise, mas, mais que isso, na forma como os analisou, a partir das relações, jogos de poder, capitais que acumularam e alianças que estabeleceram em um espaço de lutas caracterizado por ele como campo. A partir dessa perspectiva, passamos a compreender a etnomatemática como uma perspectiva que é constituída por atividades de pesquisa conduzidas por aqueles que se envolvem com a temática e, também, como parte de um processo de constituição que favoreceu a sua produção. Assim, uma parte dos estudos que encaminhamos envolveu uma análise sobre o processo de emergência da etnomatemática como área de pesquisa, a partir de uma perspectiva que focalizou os aspectos históricos que favoreceram a emergência da etnomatemática como uma área de pesquisa e sua pertinência em um espaço mais amplo de possibilidades para a pesquisa em educação matemática. Ainda sobre esse processo de emergência, focalizamos a trajetória de um principal agente desse movimento – o pesquisador brasileiro Ubiratan D’Ambrosio –, um agente que, pelas posições que ocupa, associadas aos capitais que acumula em sua trajetória, se destaca como figura importante na instituição da etnomatemática como área de conhecimento, introduzindo o termo “etnomatemática” no cenário acadêmico e formulando os princípios que fundamentam a sua proposição como uma área de conhecimento. Um agente que, ao mobilizar estratégias para promover esse movimento, promove, também, o seu movimento no campo da matemática. Na outra parte dos nossos estudos, as atividades registradas por pesquisadores etnomatemáticos em seus currículos Lattes, são compreendidas como aquelas que legitimam a etnomatemática, considerando a legitimação como um processo que envolve a produção, divulgação, promoção e circulação, que constitui o mercado onde circula o discurso que institui a etnomatemática enquanto prática. Um mercado que se estabelece a partir de relações entre produtores e consumidores. Os processos que envolveram a produção e a legitimação da etnomatemática como uma área de pesquisa foram compreendidos como liderados por agentes e constituídos por suas atividades que, ao serem registradas em seus currículos Lattes, veiculam o que deve, ou não, ser entendido como prática etnomatemática. Tais práticas, consideradas discursivas, são aquelas formuladas pelos agentes produtores, elite intelectual dos sujeitos de pesquisa, que ditam as regras do jogo e instituem o que deve ser considerado ou não etnomatemática.
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    Greve dos trabalhadores da educação da Rede Estadual de Minas Gerais em 2011- experiências e sujeitos
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2016) Oliveira, Edgard Leite de; Campos, Rogério Cunha; http://lattes.cnpq.br/2391228712775044
    Este trabalho tem como proposta a análise da história, da memória e da experiência do movimento de professores da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais, a partir dos movimentos de rua, realizados naquele ano, e de suas propostas de ativismo político e de confrontação ao modelo de organização e de privatização, implementados pelo governo do estado de Minas Gerais, denominado Choque de Gestão. Palavras-chave: Movimento docente, organização de trabalhadores, sindicalismo.