Teses e Dissertações - Externas
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Item Uso dos resíduos do processo kraft de celulose – dregs e grits – como adição mineral na produção de matrizes cimentícias(Universidade Federal de Uberlândia, 2022-08-18) Oliveira, Yasmine Simões de; Costa, Eliane Betânia Carvalho; http://lattes.cnpq.br/5602634507030450O processo de fabricação do cimento Portland é responsável por aproximadamente 7% das emissões totais de CO 2 no mundo. Para minimizar os impactos ambientais deste, as indústrias cimenteiras vêm adotando algumas medidas mitigadoras, como a incorporação de adições minerais em substituição parcial ao clínquer. Os resíduos dregs e grits gerados durante a produção da celulose, constituídos principalmente por óxido de cálcio, podem ser uma alternativa de material suplementar na produção de materiais de base cimentícia. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar o efeito do uso dos resíduos dregs e grits como adição mineral na produção de matrizes cimentícias. Para isto, os resíduos foram moídos para obtenção de partículas inferiores a 75 µm, granulometria similar ao cimento Portland. A avaliação do potencial de uso dos resíduos foi feita pela substituição parcial do cimento em teores de 0%, 5%, 10%, 20% e 30% em massa por dregs ou grits na produção de pastas e argamassas. No estudo em pasta, foi constatada a influência destes na cinética de hidratação, hidratos formados. Pastas com 20 e 30% de dregs, apresentaram um período de indução superior à de referência, enquanto os grits em teores superiores a 10% tiveram o período de indução reduzido. Foram verificados hidratos típicos da hidratação do cimento Portland, CSH, CH, etringita, monossulfoaluminato e carbonato de cálcio, além da pirssonita (exceto para o teor de 5%) e do silicato de magnésio hidratado (M-S-H) nas pastas com 10, 20 e 30% de dregs. Os resultados mostraram que o uso de grits promoveu um aumento no índice de consistência das argamassas. Em termos de resistência à compressão, a substituição do cimento por ambos resíduos em diferentes teores, proporcionou uma redução das propriedades mecânicas devido ao efeito de diluição, no entanto ainda foi possível obter resistências de 25MPa substituindo em até 34% de cimento por dregs ou grits aos 28 dias. Palavras-chave: dregs, grits, resíduo, adição mineral, cimento Portland.Item Trabalho, educação e consenso: Apoio do Estado ao setor produtivo x geração de empregos e empregabilidade(Universidade Federal de Uberlândia, 2019-12-06) Tano, Cleide Francisca de Souza; Santos, Adriana Cristina Omena dos; http://lattes.cnpq.br/2584577957777459Esta pesquisa foi realizada com o intuito de melhor compreender as políticas elaboradas pelo Estado, que trazem, no seu bojo, o argumento de incentivo à empregabilidade e à redução das desigualdades sociais. Em decorrência disso, o objetivo geral da pesquisa foi tanto investigar e analisar os processos de trabalho e de integração presentes em agroindústrias de alimentos da região Geográfica Intermediária de Uberlândia e sua relação tanto com a formação profissional nos campi do IFTM, quanto com as políticas de incentivos fiscais em prol da empregabilidade e redução das desigualdades sociais. Os objetivos específicos desta pesquisa foram: discutir sobre as mudanças ocorridas no papel do Estado e sobre o Processo de Restruturação Produtiva a partir de 1990, mais especificamente as mudanças nas relações de trabalho, na educação e nas políticas públicas em prol da empregabilidade e. redução das desigualdades sociais; descrever o aparato de incentivos fiscais nas esferas federal, estadual e municipal que o Estado concede ao setor produtivo, bem como os programas políticos e de incentivos complementares e medidas afirmativas às empresas que promovem programas de empregabilidade; apresentar o aparato educacional de formação do trabalhador montado pelo Estado brasileiro a partir dos anos 2000 em atendimento à demanda do mercado/capital; indicar e analisar a representação que o Estado tem destas políticas, bem como sobre como ocorre o processo de monitoria e avaliação destas políticas e, ainda, refletir e discutir sobre como estas políticas são naturalizadas no seio da sociedade, criando um consenso de necessidade social dessas medidas. A hipótese inicial da pesquisa foi que: apesar das agroindústrias de alimentos serem um dos ramos mais interiorizados do setor industrial e da região ter sido privilegiada pela política de expansão da educação profissional e tecnológica, os trabalhadores da região Geográfica Intermediária de Uberlândia não conseguem se inserir de forma efetiva, ou seja, não são contratados para funções que requerem o grau de escolaridade compatível com sua formação no mercado de trabalho, porque o setor produtivo prefere contratar pessoas com formação superior às reais exigências das atividades, pelo mesmo valor de mercado, devido à grande oferta de trabalhadores altamente qualificados que estão desempregados. Como hipótese secundária temos que: é uma falácia o discurso político de Estado mínimo, gerencial, que defende que o Estado deve concentrar suas atribuições naqueles serviços mínimos necessários para o funcionamento regular da sociedade, tais como policiamento, forças armadas, poderes executivo, legislativo e judiciário etc. e proceder a não- intervenção na economia direta, inclusive com o afastamento de atuar por meio de estatais permitindo, assim, a liberdade individual e a competição entre os agentes econômicos e, assim, ele permitirá pela sua ausência no mercado, a concorrência, e, por sua vez, gerará mais empregos. A pesquisa segue a perspectiva histórico-crítica. Os resultados e conclusões permitem confirmar as hipóteses levantadas e também permitem avaliarmos que a tese proposta é passível de defesa. Os estudos comprovam que as questões econômicas sobressaem as questões sociais, até mesmo as relacionadas com a inserção profissional. E fato que para o setor produtivo continuar operando, ele precisa de lucro, de acumular capital e, desta forma, a empregabilidade está mais relacionada a questões econômicas do que a questões relacionadas à formação profissional. Neste contexto, identificou-se uma reciprocidade nas relações do Estado com o setor produtivo. Acreditamos que avançamos em nosso modo de compreender o objeto de estudo e esperamos que a pesquisa possibilite o aprofundamento sobre a temática problematizada. Palavras-chave: Trabalho. Educação. Consensos Construídos. Incentivos do Estado. Empregabilidade.Item Intervenções psicossociais para transtornos mentais comuns: percepções e demandas formativas na Medicina de Família e Comunidade(Universidade Federal de Juiz de Fora, 2021-06-16) Mendes, Flaviano Diego Meirelles; Campos, Estela Márcia Saraiva; http://lattes.cnpq.br/0155295125800218A crescente prevalência de problemas de saúde mental, especialmente de transtornos mentais comuns (TMC), tem motivado estratégias para aumentar a resolutividade dos serviços primários através da capacitação dos recursos humanos desse nível de atenção. A abordagem não farmacológica é o principal método terapêutico baseado em evidências para os TMC e, embora seja considerada competência essencial dos médicos de família, há um emprego insuficiente de intervenções psicossociais (IP) por esses profissionais na abordagem desses transtornos, sendo o treinamento insuficiente relatado como um dos principais motivos. São escassos na literatura dados que possam guiar estratégias de capacitação sobre esse tema. Este estudo visou investigar as percepções de médicos residentes do segundo ano (R2) de programas de residência em MFC (PRMMFC) de Minas Gerais sobre o uso de IP, a aprendizagem dessas intervenções e as demandas formativas em torno delas, na abordagem aos TMC. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, transversal, quantitativo, por meio de questionário semiestruturado, on-line, dirigido aos residentes. Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2020 e analisados através de estatística descritiva. Dos 102 residentes R2 identificados, 46 (45,1%) participaram da pesquisa e representam 83,3% dos PRMMFC convidados. Os residentes são, em sua maioria, mulheres (67,4%), com idade média de 30 anos e graduados em instituições privadas (62,2%). Quase a totalidade deles (93,5%) afirma utilizar IP para a abordagem de TMC, mas apesar de a maioria (81,4%) perceber melhora nos pacientes, somente 53,4% as aplicam em mais da metade dos casos de TMC. A maioria (69,6%) conhece e aplica de uma a seis das 13 IP de referência apresentadas no questionário, sendo que as mais aplicadas e nas quais eles se percebem mais competentes são: técnicas de comunicação clínica e de escuta ativa; técnicas de exploração da experiência do adoecimento e técnicas de resposta empática às emoções. Além de utilizar pouco, eles relataram possuir pouca habilidade prática em: terapia de solução de problemas; ativação comportamental; meditação guiada/mindfulness e técnicas de relaxamento físico e respiração. Mais de 78% relataram sentir dificuldade na utilização de IP e os principais motivos apontados foram não se perceber com formação adequada (74,4%) e o seu processo de trabalho dificultar ou inviabilizar essa utilização (57,6%). Os principais meios de aprendizado relatados para a aquisição de competências sobre o tema foram: método autoinstrucional (69,6%); aulas teóricas na residência (65,2%) e atuação prática em serviço na residência (58,7%). Apesar disso, 45,6% dos residentes consideram “pouca” ou “nenhuma” a contribuição da residência nesse aprendizado. As principais intervenções sobre as quais eles desejam ter mais capacitação são: meditação guiada/mindfulness; terapia comunitária; técnicas de relaxamento físico e respiração e terapia de solução de problemas. A residência teve uma contribuição considerada insuficiente e o processo de trabalho nos cenários de prática foi apontado como uma importante barreira nesse contexto. Com os resultados obtidos foi possível identificar a percepção de importantes lacunas formativas sobre o uso de IP na abordagem a TMC em residentes (R2) de MFC, o que permite apontar caminhos para a elaboração de estratégias de aprimoramento. Palavras-chave: Saúde Mental. Transtornos Mentais. Atenção Primária a Saúde. Medicina de Família e Comunidade. Educação Médica. Residência Médica.