Fisiologia Vegetal
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Item Absorção e metabolismo do enxofre influenciados pelo alumino em dois cultivares de sorgo(Universidade Federal de Viçosa, 1996-02-09) Bonato, Carlos Moacir; Cambraia, José; http://lattes.cnpq.br/0820022636975077Estudaram-se a absorção e o metabolismo do S influenciados pelo Al em dois cultivares de sorgo, um sensível (BR007A) e outro tolerante (BR006R) ao Al, com o objetivo de esclarecer alguns aspectos da tolerância a este elemento. As plantas, cultivadas em solução nutritiva, pH 4,0, foram submetidas a duas concentrações de Al (0 e 0,185 mM) e a duas concentrações de sulfato (0 e 0,6 mM) durante 10 dias. Determinaram-se, então, os pesos de matéria seca; os teores de Al, S-total, S-orgânico, S-sulfato e tióis totais; as constantes cinéticas de absorção de S; e a atividade da sulfurilase do ATP. A produção de matéria seca foi bastante reduzida tanto na ausência de S quanto na presença de Al. O Al acumulou-se principalmente no sistema radicular dos dois cultivares, independentemente da presença de S e reduziu o valor das constantes cinéticas V max e K m nos dois cultivares ou apenas no sensível, respectivamente. O C min foi idêntico nos dois cultivares, não tendo sido influenciado pelo Al. Os efeitos do Al sobre estas constantes foram sempre mais intensos quando as plantas foram cultivadas na sua presença. Os teores das frações sulfuradas decresceram na ausência de S ou na presença de Al nos dois cultivares, especialmente no sistema radicular. As reduções nas frações sulfuradas causadas pelo Al foram sempre maiores na presença de S. O cultivar tolerante, apesar do menor teor de S-total, apresentou índice de utilização deste elemento na presença de Al maior do que o cultivar sensível, principalmente no sistema radicular. O teor de tióis, independentemente da presença de S, aumentou nos tratamentos com Al, principalmente no sistema radicular. Este aumento, contudo, parece ser uma reação geral da planta ao estresse e não um mecanismo específico de tolerância das plantas de sorgo ao Al. A redução do sulfato pela sulfurilase do ATP deu-se, preferencialmente, na parte aérea. A atividade desta enzima, maior no cultivar tolerante, decresceu fortemente na presença de Al, independentemente da presença de S.Item Alterações fisiológicas e bioquímicas em plantas de soja supridas com silício e infectadas por Cercospora sojina(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-17) Nascimento, Kelly Juliane Telles; Rodrigues, Fabricio de Ávila; http://lattes.cnpq.br/8307885141367986A mancha olho de rã, causada pelo fungo Cercospora sojina, é uma das principais doenças foliares da soja, pois pode acarretar grandes perdas na produtividade dessa cultura, o que se deve principalmente à acentuada redução da área fotossinteticamente ativa pela ação de toxinas não seletivas. Diversos estudos têm demonstrado que o silício (Si) potencializa a resistência de plantas a diversas doenças fúngicas através de diferentes mecanismos, entre eles o aumento da eficiência do sistema antioxidativo, aumento na atividade de enzimas de defesa contra patógenos, além de propiciar redução na limitação fisiológica imposta pela infecção por patógenos. Com base nessas informações, neste estudo avaliamos o efeito do Si no controle da mancha olho de rã, no sistema antioxidativo, na concentração de espécies reativas de oxigênio e nos danos celulares decorrentes do processo infeccioso de C. sojina. Nós também avaliamos o efeito do Si nas trocas gasosas, nos parâmetros de fluorescência da clorofila a, nas concentrações de pigmentos cloroplastídicos, das hexoses (glicose e frutose), sacarose e amido. Além disso, foi avaliado o efeito do Si sobre a atividade de enzimas de defesa e na concentração de fenóis e lignina, além da importância de algumas enzimas de degradação da parede celular (EDPC) vegetal para o processo infeccioso de C. sojina, bem como o efeito do Si sobre a atividade dessas enzimas. Plantas de soja das cvs. Bossier e Conquista, suscetível e resistente à mancha olho de rã, respectivamente, foram crescidas em solução nutritiva contendo 0 ou 2 mM de Si (-Si e + Si, respectivamente) e inoculadas ou não com C. sojina. Neste estudo, nós observamos que a severidade da mancha olho de rã foi maior para a cv. Bossier do que para a cv. Conquista, independente do suprimento com Si. Para ambas as cultivares, a severidade foi maior para as plantas supridas com Si do que para as plantas não supridas com esse elemento, porém de forma mais proemintente para a cv. Bossier. As plantas de ambas as cultivares inoculadas com C. sojina apresentaram, de modo geral, incremento no sistema antioxidativo tanto enzimático quanto não enzimático em relação às plantas não inoculadas, independente do suprimento com Si. Na ausência de inoculação, a atividade da maioria das enzimas foi menor para as plantas supridas com Si do que para as não supridas. No final do processo infeccioso, plantas inoculadas da cultivar Bossier supridas com Si apresentaram aumento na atividade da maioria das enzimas antioxidativas em relação às plantas não supridas com Si e maiores concentrações de O 2- e MDA, indicando maior estresse oxidativo naquelas plantas. Adicionalmente, na ausência da inoculação com C. sojina, o Si não acarretou mudanças fisiológicas nem na concentração de carboidratos. Todavia, esse elemento desencadeou aumento na suscetibilidade de plantas de soja à mancha olho de rã, resultando em decréscimo mais pronunciado das trocas gasosas e na eficiência fotoquímica, bem como na concentração de pigmentos cloroplastídicos para a cv. Bossier. Para a cv. Conquista, o efeito negativo da infecção por C. sojina sobre a fisiologia das plantas foi associado fundamentalmente à redução em g s , independente do suprimento com Si. Além disso, a inoculação com C. sojina desencadeou, de modo geral, aumento nas hexoses para as duas cultivares e níveis de Si, evidenciando que o incremento dessas moléculas pode ser uma estratégia de defesa das plantas de soja contra C. sojina. Nas plantas não inoculadas, o suprimento com Si não alterou a atividade de enzimas de defesa e de EDPC nem as concentrações de fenóis solúveis totais e de lignina, independente da cultivar. Entretanto, o Si, de modo geral, resultou em menores atividades das enzimas lipoxigenase, felilalanina- amônia-liase, quitinase, peroxidase inespecífica e polifenoloxidase, além de aumento na atividade de EDPC em plantas de soja infectadas por C. sojina. Portanto, os resultados do presente estudo fornecem as primeiras evidências de que o Si reduz a atividade basal de enzimas do sistema antioxidativo de plantas de soja aumentando a suscetibilidade da soja à mancha olho de rã e os danos celulares decorrentes da infecção por C. sojina. Em adição, foi evidenciado neste estudo que o suprimento de plantas de soja com Si potencializou menores atividades de enzimas de defesa contra C. sojina e também favoreceu o processo infeccioso desse fungo mediante aumento da atividade de enzimas líticas da parede celular, levando à menor resistência contra C. sojina tanto para a cultivar resistente quanto para a suscetível, porém de forma mais pronunciada para essa última.Item Alterações fisiológicas em plantas de batata com metabolismo alterado de sacarose(Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-02) Antunes, Werner Camargos; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/6454495897097940A importância relativa da sacarose na osmorregulação das células- guarda (CG) bem como o papel fisiológico da sintase da sacarose (SuSy) em folhas permanece pouco entendido. Neste trabalho, foram investigadas estas questões via análises dos efeitos da modulação da atividade sacarolítica em CG e, conjuntamente, com uma caracterização fenotípica dos efeitos da redução da expressão do gene da SuSy em plantas transgênicas. Análises de trocas gasosas e de parâmetros biométricos em plantas de batata (Solanum tuberosum L. Désirée) transgênicas antisenso da isoforma SuSy 3, sob controle do promotor constitutivo CaMV 35S, e plantas com superexpressão do gene de invetase de levedura sob controle do promotor S1Δ4, específico de CG, foram investigadas. Por um lado, observou-se redução da condutância estomática (g s ) e uma ligeira redução na taxa da assimilação líquida de CO 2 (A) com a redução na atividade sacarolítica em CG (i.e., plantas SuSy 3 antisenso); o fenótipo oposto foi observado nas plantas transgênicas com aumento da atividade sacarolítica especificamente em CG (i.e., plantas com superexpressão da invertase). Os aumentos em A nas plantas com superexpressão da invertase pôde ser explicado como resultante de menores limitações estomáticas à fotossíntese, em relação aos das plantas-controle. Entretanto, as mudanças em A não foram relacionadas com alterações nas taxas máximas de assimilação do CO 2 derivadas de curvas A/C i daqueles genótipos. A redução moderada em A nas plantas SuSy 3 antisenso foi acompanhada por incrementos na área foliar e massa seca da parte aérea, o quê, provavelmente, poderia estar relacionada com a redução na densidade dos tubérculos. Ainda, plantas SuSy 3 antisenso apresentaram aumentos na atividade da sintase da sacarose-fosfato (SPS) e pirofosforilase da ADP-glicose (AGPase), e um decréscimo na atividade da SuSy e invertases ácidas, refletindo em aumentos nos teores de sacarose e amido nas folhas. Os aumentos nas atividades da SPS e da AGPase podem estar ligados à redução no teores de ortofosfato inorgânico. Não foram observads mudanças significativas na composição da parede celular do limbo foliar. Por outro lado, nas plantas com superexpressão da invertase, nenhuma das mudanças nas atividades enzimáticas e nos níveis de açúcares analisados foi observada. Ressalta-se um incremento nos teores do ácido 3-fosfoglicérico e hexoses-P. Analisando-se em conjunto, estes resultados suportam a hipótese de que mudanças em g s foram principalmente devido a mudanças no metabolismo de sacarose, exclusivamente em CG. Não se obteve evidências, neste trabalho, de que a SuSy 3 possa estar envolvida significativamente na síntese de parede celular nas folhas.Item Alterações no crescimento e no metabolismo de plantas de tomate em resposta à salinidade são atenuadas pela elevada concentração de dióxido de carbono(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-17) Brito, Fred Augusto Lourêdo de; Ribeiro, Dimas Mendes; http://lattes.cnpq.br/1051058834812932O crescimento e desenvolvimento das plantas envolvem processos que são sensíveis a salinidade dos solos. O aumento da concentração de dióxido de carbono ([CO 2 ]) na atmosfera durante as últimas décadas tem despertado crescente interesse na função desse gás como um sinal do ambiente envolvido na regulação do crescimento e desenvolvimento das plantas. Apesar da conhecida associação entre elevada [CO 2 ] e crescimento vegetal, pouco se sabe sobre as inter-relações entre o estresse salino e o metabolismo central na regulação do crescimento em plantas cultivadas sob elevada [CO 2 ]. Assim, no presente estudo, investigou-se a regulação metabólica e a modulação das trocas gasosas em resposta as alterações no crescimento de plantas de tomate (Solanum lycopersicum L. cv Santa Clara) imposta pelo estresse salino em plantas cultivadas em ambiente (400 μmol mol -1 ) e sob elevada [CO 2 ] (750 μmol mol -1 ). O NaCl promoveu redução na taxa de crescimento relativo (TCR) e biomassa total, atribuídas principalmente a redução na fotossíntese (A), condutância estomática (g s ) e concentração intercelular de CO 2 (C i ), sem ocorrer danos oxidativos e de fotoinibição. No entanto, os efeitos inibitórios do crescimento foram mitigados em plantas tratadas com NaCl cultivada em [CO 2 ] elevada, via aumentos em A, g s e C i . Ademais, aumentos dos níveis de carboidratos e aminoácidos, redução de ácidos orgânicos e baixa respiração no escuro em plantas sob estresse salino em [CO 2 ] ambiente afetou a capacidade energética das plantas. Por outro lado, a habilidade das plantas de tomate tratadas com NaCl em utilizar mais eficientemente o elevado nível de carbono sob [CO 2 ] elevada influenciou diretamente o seu crescimento. Em conclusão, os resultados mostram que [CO 2 ] elevada foi requerida para acoplar o metabolismo primário ao crescimento das plantas mantidas sob condições de estresse salino.Item Alterações químicas e atividade de enzimas em folhas de couve inteiras e minimamente processadas(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-16) Simões, Adriano do Nascimento; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/1895049701533568O presente trabalho teve por objetivo caracterizar os efeitos fisiológicos, químicos e bioquímicos em folhas de couve inteiras e minimamente processadas durante o armazenamento refrigerado. Estabeleceram-se também, técnicas mais confiáveis para extração de sólidos solúveis e tipos de embalagens alternativas para folhas de couve. As extrações foram realizadas em três etapas: antes do processamento (discos de folhas inteiras); após o fatiamento (folhas fatiadas com processador industrial para vegetais); e após processamento mínimo (fatiadas, sanitizadas e centrifugadas). As técnicas envolvendo maceração e centrifugação do tecido foram igualmente eficientes na extração dos sólidos solúveis totais em folhas de couve inteiras, fatiadas e minimamente processadas. A perda de água em folhas de couve inteira e minimamente processada foi afetada pelo número de furos e suas localizações nas embalagens. Embalagens com perfurações localizadas em suas extremidades promoveram melhor controle da perda de água em relação às embalagens totalmente perfuradas e com perfurações localizadas no centro. O processamento mínimo promoveu perda significativa de açúcares solúveis totais, de amido e de aminoácidos, mas não alterou significativamente os teores de vitamina C e de proteínas, em comparação com as folhas intactas. O processamento mínimo e a temperatura de armazenamento de 10 oC aceleraram o acúmulo dos teores de aminoácidos, enquanto no armazenamento a 5 oC, tanto para as folhas inteiras quanto para as minimamente processadas, observou-se diminuição nos teores de proteínas. O armazenamento a 5 e 10 oC promoveu perda de vitamina C, principalmente em folhas minimamente processadas, contribuindo possivelmente para o início do seu escurecimento. A senescência das folhas armazenadas a 5 oC foi retardada, provavelmente, devido à menor taxa de consumo de açúcares solúveis totais e de amido. O amarelecimento foi a principal causa da perda da qualidade visual das folhas inteiras, causado pela perda das clorofilas a, b e total e da turgescência, processo que foi acelerado à temperatura de 10 oC. O escurecimento das folhas minimamente processadas coincidiu com comportamento diferenciado na atividade da Fenilalanina amônia-liase (PAL), Peroxidase (POD) e da Polifenol oxidase (PPO). O aumento na atividade da PAL e POD pode se refletir em perda de qualidade, pela lignificação do tecido. A atividade da PAL para as folhas minimamente processadas armazenadas a 5 oC foi três vezes superior até o segundo dia, em relação às armazenadas a 10oC.Item Cashew apple quality by near infrared spectroscopy technique(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-08) Samamad, Nancy Taera Ibraimo; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/1828364598243399The cashew tree (Anacardium occidentale L.) is a plant with great economic importance for the Brazilian Northeast, due to diversity of products and the amount of jobs generated. Growing demand for healthy products associated an increase in table cashew consumption encouraged the development of technologies to monitor quality criteria. These criteria are determined by destructive analyses, which are usually time-consuming, with high costs and do not take into account the individual cashew variability. Aiming to replace these analyses, the near-infrared spectroscopy (NIRS) allows simultaneous and nondestructive determination of multiple quality attributes. NIRS is a rapid technique that correlates the energy absorption properties in regions of the electromagnetic spectrum with the composition and concentration of molecules through regression models developed by chemometrics. The aim of this study was to develop predictive models in NIRS for bench top and portable device to estimate physical-chemical properties such as firmness, pH, total soluble solids (TSS), soluble sugars (SSC), titratable acidity (TA), flavor, ascorbic acid (vitamin C), carotenoids, total flavonoids, total extractable polyphenols (TEP) and antioxidant activity for monitoring cashew apple quality. For the bench device, the models were constructed with 34 genotypes of 17 samples collected from the reflectance spectra mode. The predictive models obtained for firmness and pH showed determination coefficient values for cross-validation (R2CV) of 0.92 and 0.84, respectively, while for external validation or prediction, coefficients of determination (R2P) were 0.87 for firmness and 0.78 for pH. The residual prediction deviation of cross-validation (RPDCV) have presented values of 3.0 e 2.4 and for external validation values of 2.4 and 2.2 were obtained for firmness and pH, respectively, indicating a good predictive ability. For variables of primary metabolism, the obtained values for R2CV were 0.86 for SSC, 0.83 for TSS, 0.90 for TA and 0.80 for flavor and the R2P values were respectively of 0.78, 0.75, 0.85 and 0.73. The presented RPDCV values were 2.6, 2.4, 3.1 and 2.1 for SSC, TSS, TA and flavor, while RPDP obtained values were 2.0 for SSC and TSS, 3.0 for TA and 1.8 for flavor. In secondary metabolism, models with 0.87 values for R2CV were obtained with R2P of 0.85 for vitamin C. These models presented good ability to predict both cross-validation and external validation with RPDCV and RPDP values of 2.6 and 2.8, respectively. Carotenoids models presented R2CV and R2P values of 0.89 and 0.79, with RPDCV and RPDP of 2.9 and 2.0, respectively, while for total flavonóides, models were obtained with values of 0.86 for both R2CV and R2P as well as RPDCV values of 2.6 and 2.0 to RPDP. Models obtained for TEP has presented values of 0.90 for R2CV and 0.89 to R2P and RPDCV values of 3.2 as well as 2.5 for RPDP. Antioxidant activity models were obtained with R2CV and R2P values of 0.87 and 0.81, respectively, and RPDCV values of 2.7 and 2.2 for RPDP. For portable device predictive models, 75 samples from 21 different genotypes were collected and evaluated of which firmness, pH, TSS, TA, flavor and vitamin C presented R2CV values of 0.77, 0.75, 0.90, 0.85, 0.80 and 0.89, respectively, with the average relative error of -1.1%, 0.2%, 0.5%, -1.3%, 2.6% and 4.9%. For these variables were obtained coefficients of determination values for prediction (R2P) of 0.76, 0.72, 0.88, 0.85, 0.82 and 0.83 with standard error of prediction (SEP) coefficient of variability of 18.2%, 3.0%, 5.6%, 19.6%, 15.4% and 12.1%. Besides these, a quality monitoring experiment in cold storage was evaluated by NIRS over nine days. Four genotypes were used with tree repetitions for TSS, vitamin C and pH assessment evaluated in split plot in time.Item Componentes da seiva xilemática envolvidos na raiz-parte aérea em tomateiro submetido a défice hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2001-05-18) Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Cano, Marco Antônio Oliva; http://lattes.cnpq.br/5682184838066278Plantas de tomate foram cultivadas em solução nutritiva, em casa-de- vegetação, e depois transferidas para sala-de-crescimento (fotoperíodo de 14 horas (iniciando-se às 8:00 horas), densidade de fluxo fotossintético de 500 μmol m -2 s -1 , temperatura entre 20-23°C e umidade relativa do ar entre 60-63%), com a finalidade de determinar e avaliar a ação de sinalizadores, presentes na seiva do xilema de plantas submetidas a estresse hídrico, sobre a taxa transpiratória. Os estudos foram realizados em plantas inteiras e em folhas destacadas. Em plantas, sem estresse, foram determinadas as alterações diurnas e sazonais de nutrientes e pH da seiva xilemática. Em plantas submetidas a estresse hídrico rápido (horas após adição de PEG) e lento (dias após adição de PEG), induzidos mediante adição de PEG 6000 à solução nutritiva, avaliou-se a relação entre a transpiração, potencial hídrico foliar, concentração de ácido abscísico (ABA), Ca +2 , K + , Mg +2 , NH 4+ , NO 3- , PO 4-3 e SO 4- e pH da seiva xilemática. Foi avaliada também a sensibilidade estomática ao ABA contido na seiva xilemática, em função da variação dos níveis de NO 3- , Ca +2 e PO 4+3 da seiva de plantas submetidas a estresses. Em folhas destacadas de plantas não estressadas avaliou-se o efeito da fusicocina, cloreto de lantânio e vermelho de rutênio, em combinação com ABA exógeno, sobre a taxa transpiratória. Avaliou-se também a sensibilidade estomática ao ABA exógeno, em função dos níveis de NO 3- , Ca +2 e PO 4+3 . Além disso, avaliou-se o efeito de diferentes pHs (5,5, 6,5 e 7,5), de diferentes soluçõesde imersão (seiva natural, seiva artificial e solução nutritiva de Hoagland 1⁄2 força) e aminoácidos concentrações (ácido de aspártico ácidos e orgânicos glutâmico, (málico, asparagina, maleico e cítrico), glutamina e prolina), açúcares-álcoois (manitol e sorbitol) e putrescina, sobre a taxa transpiratória. O pH da seiva xilemática variou de 5,4 a 6,6. Os pHs menos ácidos ocorreram nos meses de temperaturas médias do ar mais elevadas. A variação diurna do pH da seiva dependeu da época do ano. Exceto NO 3- e PO 4+3 , cujas concentrações na seiva do xilema foram maiores nos meses de temperaturas médias mais baixas, as concentrações dos demais nutrientes analisados não apresentaram um padrão relacionado com a época do ano. A concentração de ABA e Ca +2 , K + , Mg +2 , NH 4+ , NO 3- , PO 4-3 e SO 4- na seiva das plantas submetidas aos estresses lento e rápido aumentou com a progressão dos estresses. Nas plantas submetidas a estresses rápido ocorreu um aumento de 0,7 unidade no pH da seiva xilemática. A adição de cloreto de lantânio e vermelho de rutênio à seiva artificial inibiu a redução da taxa transpiratória promovida por ABA. Fusicocina promoveu uma redução de 30% na taxa transpiratória e inibiu os efeitos do ABA sobre a mesma. A redução na taxa transpiratória, promovida por ABA exógeno, variou com o pH e com os níveis de Ca +2 e NO 3- da solução de imersão e foi maior em folhas imersas em solução com pH 7,0, contendo NO 3- e Ca +2 . Os ácidos málico e cítrico, quando adicionados à seiva natural com pH 7,0, retardaram as reduções nas taxas transpiratórias. Dentre os aminoácidos, o ácido glutâmico promoveu reduções na taxa transpiratória. Os resultados mostraram que as interações entre os componentes da seiva xilemática envolvidos na sinalização variaram com a forma do estresse. É possível que, em tomateiro, o cálcio e a H + -ATPase estejam envolvidos na rota de transdução da sinalização do estresse hídrico, uma vez que tanto os inibidores de canais de cálcio quanto o ativador da H + -ATPase inibiram os efeitos do ABA sobre a taxa transpiratória.Item Conservação de mandioca minimamente processada no formato palito(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-29) Junqueira, Mateus da Silva; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/5941267475957168Objetivou-se desenvolver uma metodologia de processamento mínimo para mandioca no formato palito e estudar o comportamento dos palitos de duas cultivares durante conservação refrigerada. Mandiocas das cultivares Cacau e Amarela foram minimamente processadas no formato palito e mantidas em sacos de polipropileno, a 5 ± 1 °C, 90 ± 5 % UR. Foi proposto um fluxograma com etapas de seleção, sanitização inicial, corte das extremidades, corte em toletes, descasque e imersão em água gelada. Foi realizado corte em palitos, sanitização final, enxágue, centrifugação, embalagem em polipropileno e conservação a 5 ± 1 oC, sob 90 ± 5 % UR. Os palitos cortados com 100 mm2 de área de seção transversal apresentaram rendimento maior do que os cortados com 64 mm2 e 144 mm2. A cultivar Cacau exibiu rendimento superior ao da cultivar Amarela. A centrifugação por 10 segundos a 160 g foi suficiente para extrair a água adsorvida/absorvida nos processos de imersão, para ambas as cultivares. A contagem dos microorganismos aeróbios mesófilos totais não diferiu entre cultivares durante o período de conservação, no entanto, essa contaminação foi crescente, chegando próximo ao limite aceitável para consumo humano no 12o dia de conservação, o que ocorreu junto com o desenvolvimento de odor estranho e superfície pegajosa, descaracterizando o produto. A cultivar Amarela contém teores de açúcares redutores, de fibra bruta e de carotenoides maiores do que a cultivar Cacau. A atividade da fenilalanina amônia liase foi crescente durante a conservação e maior para a cultivar Amarela. O conteúdo de fenólicos solúveis totais e a capacidade antioxidante também foi maior para a cultivar Amarela, mas ambos decresceram durante a conservação, independentemente da cultivar. Palitos de mandioca da cultivar Amarela exibiram maior produção de CO2 e de etileno do que os da cultivar Cacau, além do maior consumo de O2. Palitos da cultivar Amarela apresentaram maior firmeza do que palitos da cultivar Cacau. A adesividade foi crescente ao longo da conservação, não havendo diferenças entre cultivares e idades de colheita. Os palitos de ambas as cultivares não escureceram durante a conservação. A perda de massa fresca do conjunto produto-embalagem não variou para cultivar ou idade de colheita durante o período de conservação. No entanto, houve diferença entre cultivar e período de conservação para os palitos pesados imediatamente após sua retirada da embalagem. A perda de massa foi maior nos palitos da cultivar Amarela do que nos palitos da cultivar Cacau. Foi observado um acréscimo na perda de massa para ambas as cultivares durante o período de conservação. A análise microbiológica por fluorescência em UV demonstrou contaminação visual por Pseudomonas spp. a partir do 9o dia, com intensa fluorescência no 12o dia. Palitos da cultivar Amarela são mais recomendados para o processamento e posterior uso culinário. A mandioca palito apresentou-se aceitável para o consumo até o 9o dia de conservação, refrigerada a 5 °C.Item Crescimento, trocas gasosas e atividade do sistema GS/GOGAT em alfafa nodulada sob tratamento com fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-07) Zanella, Fábio; Borges, Arnaldo Chaer; http://lattes.cnpq.br/2584954685927927Os teores de fosfato inorgânico em folhas e raízes aumentaram de forma linear em plantas de alfafa cv. Flórida 77 no estádio R8, correspondente a plantas com um a três nós com vagens verdes, quando em cultivo em solução nutritiva contendo fósforo nas concentrações 0,02, 0,10, 0,20 e 1,00 mol m^-3. A menor concentração o fósforo restringiu a expansão de área foliar e a massa seca da parte aérea e dos nódulos e resultou em uma relação entre massa seca das raízes e da parte aérea maior. O nível de suficiência de fósforo para as plantas, considerando-se os parâmetros de crescimento, foi de 0,20 mol m^-3. Os teores de amido em folhas e raízes não foram significativamente alterados pela baixa disponibilidade de fósforo (0,02 mol P m^-3). A essa concentração, a taxa de assimilação líquida do CO2 foi menor do que nas plantas dos demais tratamentos; comportamento similar teve a eficiência fotoquímica do fotossistema II, avaliada pela razão Fv/Fm e Fv/F0. Conseqüentemente, o efeito do fósforo na redução da atividade fotossintética pareceu mais relacionado com a etapa fotoquímica da fotossíntese. Para as variáveis de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, em plantas no estádio R8, a suficiência de fósforo foi atingida com 0,10 mol P m^-3. As plantas que cresceram sob 0,02 mol P m^-3 apresentaram um decréscimo nas atividades totais de sintetase da glutamina (GS) e de sintase do glutamato - dependente de NADH-GOGAT (NADH-GOGAT), tanto nas folhas como nos nódulos. Os resultados indicam que a GS respondeu mais do que a NADH- GOGAT aos aumentos nas concentrações de fósforo, mostrando-se a atividade das duas enzimas maior nos nódulos. A atividade do sistema GS/GOGAT em plantas de alfafa no estádio R8 foi mais pronunciada sob a concentração de 0,20 mol P m^-3, embora a suficiência de fósforo tenha sido alcançada na concentração de 0,10 mol P m^-3.Item Criopreservação de acessos de Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen e propagação in vitro de Zingiber spectabile Griff. em biorreatores de imersão temporária(Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-03) Caproni, Duanny Thais Rodrigues; Otoni, Wagner Campos; http://lattes.cnpq.br/2523818326959861O cultivo de plantas in vitro vem sendo amplamente utilizado, proporcionando produção em larga escala de diversas espécies de plantas, como também manutenção de banco de germoplasma, sendo, na maioria das vezes mais vantajoso que a produção e manutenção tradicional. Nesse sentido, a criopreservação é considerada o método mais eficaz e seguro para preservação, em longo prazo, de material biológico, tendo como principal vantagem sua aplicabilidade para diferentes espécies sem a necessidade de subcultivos. Dentre as espécies vegetais com potencial para a criopreservação está a Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen, a qual apresenta grande interesse para a indústria farmacêutica devido às suas propriedades medicinais. Contudo a obtenção de plantas de P. glomerata para uso comercial está sendo realizada de forma indiscriminada e extrativista, podendo causar erosão genética e extinção dentre outros danos. Nesse contexto, esse trabalho vislumbrou o estabelecimento de um protocolo eficiente para criopreservação de genótipos de P. glomerata, testando diferentes soluções criogênicas combinadas à aclimatização sob técnicas de cultivo mínimo, adaptando baixas temperaturas combinadas com reguladores de crescimento (ABA e SA) com a finalidade de obter maiores níveis de regeneração de explantes após os processos de criopreservação. Por outro lado, o cultivo de plantas em biorreatores de imersão temporária, tem por finalidade aumentar a produção dos explantes, uma vez que ocorre o contato de curta duração entre o meio de cultura líquido e o explante, renovando o ambiente interno do equipamento e garantindo o fornecimento adequado de nutrientes. Da mesma forma, nesse sistema de cultivo, a utilização de reguladores de crescimento, em especial as citocininas, otimiza protocolos e maximiza a produção de várias espécies de plantas ornamentais. Nesse sentido, Zingiber spectabile vem sendo amplamente utilizada como planta ornamental, por ser possuidora de grande beleza, utilizada tanto como flores de corte como também em composições de paisagem. Sob cultivo in vitro, essa espécie apresenta elevado potencial de multiplicação, em especial quando utilizados reguladores de crescimento. Desse modo, o presente trabalho buscou compreender e desenvolver a condição ideal de cultivo em biorreatores de imersão temporária para a espécie utilizando concentrações variáveis de sacarose como também diferentes fontes de citocinina.Item Efeito do déficit hídrico no metabolismo fotossintético de clones de Coffea canephora cv. Conilon com tolerância diferencial à seca(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-17) Praxedes, Sidney Carlos; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/6609231229691480Os efeitos do déficit hídrico no metabolismo dos carboidratos, foram investigados em quatro clones de Coffea canephora Pierre cv. Conilon, com tolerância diferencial à seca. Quando o potencial hídrico foliar na antemanhã (Ψ w ) decresceu para valores em torno de -2 e -3 MPa, estresse hídrico moderado e severo, respectivamente, houve redução na fotossíntese líquida, provocada principalmente pelo fechamento dos estômatos, visto que, não houve fotoinibição nem alteração nos teores de clorofilas a e b. Sob estresse hídrico severo houve aumento na concentração foliar de sacarose nos clones tolerantes à seca (120 e 14). Porém, com exceção do clone 120, todos apresentaram redução na atividade da sintase da sacarose-fosfato, que ficou mais bem evidenciada no ensaio seletivo, principalmente sob estresse hídrico severo. O clone 120 foi o único também em que foi verificado estímulo da fosfatase da frutose-1,6-bisfosfato, sob estresse hídrico. Uma tendência geral de estímulo na atividade da invertase ácida foi verificada, principalmente sob estresse hídrico severo, sendo que somente no clone 14, nesse nível de estresse houve aumento na atividade da invertase alcalina. Entretanto, não se verificaram grandes alterações nos níveis de hexoses. A sintase da sacarose não teve sua atividade alterada. Tanto sob estresse hídrico moderado quanto severo, verificou-se redução no conteúdo de amido, em todos os clones. No entanto, apenas nos clones 14 e 46, houve redução na atividade da pirofosforilase da ADP-glicose. Os clones 120 e 109A também apresentaram uma tendência de aumento na concentração de aminoácidos, que ficou mais bem evidenciada sob estresse hídrico severo. A atividade da cinase da frutose-6-fosfato, não foi alterada em resposta ao déficit hídrico, sugerindo que não houve alteração no fluxo glicolítico. Apesar da complexidade apresentada com relação a atividade das enzimas de metabolismo dos carboidratos, esses resultados permitem sugerir que os clones mais tolerantes acumulam mais açúcares solúveis sob estresse hídrico, indicando maior eficiência fotossintética.Item Efeito dos íons alumínio e férrico sobre a quebra da dormência de sementes de Stylosanthes humilis H.B.K(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-17) Mapeli, Ana Maria; Barros, Raimundo Santos; http://lattes.cnpq.br/9610510167581846A quebra da dormência fisiológica de sementes de estilosante (Stylosanthes humilis H.B.K.), leguminosa forrageira de ciclo anual, foi quebrada pelos sais de alumínio, sob pH 3,0, e pelos sais férricos, sob pH 2,5. Sob pH 2,0, ocorreu a quebra da dormência sem o concurso dos sais. O tempo mínimo de exposição das sementes aos sais de alumínio e férricos que proporcionou as maiores porcentagens de germinação foi 6 h para o Al(NO 3 ) 3 , 18 h para o Al 2 (SO 4 ) 3 e 24 h para o AlCl 3 e Fe(NO 3 ) 3 . O Fe(NO 3 ) 3 , em pH 2,5, e o Al(NO 3 ) 3 , em pH 3,0, anteciparam o início da germinação em relação ao efeito do pH puro, enquanto os outros sais causaram um atraso no início da germinação. Em placas de Petri, não houve diferença entre as taxas máximas de germinação promovidas pelo pH 2,5 puro e pelos sais de alumínio e férrico. Sob pH(s) 3,0 e 4,0, os sais de alumínio promoveram uma taxa de germinação e um tempo de ocorrência de taxa máxima maiores que os promovidos pelos pH(s) puros, indicando efeito próprio dos sais. A germinação estimulada pelos íons trivalentes foi inibida pelos inibidores da biossíntese de etileno Co 2+ , ácido abscísico e ácido acetil-salicílico, exceto sob pH 2,0. Os efeitos inibitórios dos bloqueadores da biossíntese de etileno foram revertidos pelo ácido 2-cloroetilfosfônico, sugerindo a participação do etileno na germinação. Sementes embebidas em soluções de sais de alumínio, sob pH 3,0 apresentaram um aumento na produção de etileno, em comparação às expostas ao pH puro. Já sob pH 2,5, não houve diferença entre os efeitos causados pelo nitrato férrico e o pH puro, indicando que o efeito foi causado pela condição acídica.Item Efeitos de giberelinas para respostas em plantas de tomate à deficiência hídrica(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Garcia, Rebeca Patricia Omena; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/6294946513386158Para garantir a sua sobrevivência, as plantas desenvolveram mecanismos para lidar com estresses. Trabalhos recentes tem sugerido um papel importante das giberelinas (GAs) na sobrevivência das plantas sob condições adversas. No entanto, pouco se sabe sobre as implicações fisiológicas, metabólicas e bioquímicas em plantas com alterações nos níveis endógenos de GAs quando submetidas à deficiência hídrica. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos fisiológicos e bioquímicos da alteração endógena nos níveis de GAs em tomateiros mutantes, gib1, gib2 e gib3, deficientes na biossíntese de GAs, em condições de deficiência hídrica. Demonstrou-se que plantas mutantes tem a capacidade de manter a água na folha por mais tempo e são capazes de recuperar a fotossíntese mais rapidamente, quando comparado ao WT, após passarem por um período de deficiência hídrica. Adicionalmente, plantas gib2 e gib1 não apresentaram murcha aparente mesmo com valores de potencial hídrico baixos. Este fenótipo foi relacionado ao nanismo, encarquilhamento e engrossamento de folhas dos genótipos mutantes. No entanto, plantas mutantes apresentaram investimento no crescimento radicular em detrimento da parte aérea. Assim, plantas menores com sistemas radiculares desenvolvidos tem a capacidade de manter a água na folha por mais tempo por utilizarem a água disponível no solo mais lentamente. A restrição do crescimento pela menor disponibilidade de GAs pode ser vantajosa em ambientes adversos, por permitir o redirecionamento de recursos energéticos para mecanismos que promovem a sobrevivência. Os resultados aqui apresentados sugerem um papel importante das GAs para respostas de aclimatação ou de tolerância à deficiência hídrica.Item Efeitos de hidrotermia, refrigeração e ethephon na qualidade pós-colheita do mamão ( Carica papaya L. )(Universidade Federal de Viçosa, 1996-09-02) Balbino, José Mauro de Sousa; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/1001596613460493A aplicação isoladamente da hidrotermia em frutos de mamão da cultivar 72/12, colhidos com o índice 1 de cor da casca (com uma tênue mancha amarela na casca), ampliou o período para o completo amadurecimento dos frutos para temperatura na faixa de 47 a 49°C e resultou em menor firmeza da sua polpa durante o armazenamento em câmara fria, para tratamentos na faixa de 48°C a 49,5°C. A aplicação de cera contribuiu para atrasar o amadurecimento e a perda de firmeza da polpa do mamão. Embora a aplicação isoladamente da hidrotermia não tenha controlado completamente as podridões superficiais do mamão, tratamentos de 46°C a 49°C por 20 minutos atrasaram a sua manifestação em aproximadamente cinco dias. Associado à aplicação de cera e fungicida o tratamento foi mais efetivo. O tratamento hidrotérmico “in vitro” sobre o micélio de Colletotrichum gloeosporioides Penz mostrou que apenas binômios de temperatura x tempo acima de 49°C por cinco minutos promoveram a morte do fungo. Para binômios com temperatura menores, a taxa de crescimento do micélio foi recuperada dois dias após os tratamentos. A caracterização do amadurecimento de frutos do mamão, tratados a 49°C por 20 minutos, mostrou que a redução na firmeza da polpa ocorreu simultaneamente com a evolução do índice de cor da casca, associado inicialmente à diminuição de clorofila e, posteriormente, ao aumento de carotenóides. Nessa condição o ethephon reduziu o período para o completo amarelecimento do mamão de dez para oito dias, com base na mudança do índice de cor da casca, com antecipação do aumento de carotenóides. O ethephon também proporcionou redução da firmeza da polpa e acelerou a perda de peso da matéria fresca dos frutos nos primeiros dias após a sua aplicação e a redução de açúcares redutores. Os teores de açúcar total, amido, pH e acidez titulável permaneceram estáveis com a aplicação de ethephon. Durante o armazenamento do mamão por 9, 18 ou 27 dias a 10°C, em que a firmeza permaneceu estável, ocorreu aumento do índice de cor da casca associado à redução no teor de clorofila. Após a frigoconservação, o índice de cor da casca foi acelerado com aumento no teor de carotenóides e redução da firmeza da polpa. O tempo de permanência na câmara fria contribuiu para o avanço subsequente do amadurecimento, que foi acelerado pelo ethephon.Item Efeitos de níveis do nitrato sobre o metabolismo do nitrogênio, assimilação do CO 2 e fluorescência da clorofila a em mandioca(Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-10) Cruz, Jailson Lopes; Mosquim, Paulo Roberto; http://lattes.cnpq.br/7357328289250881Plantas de mandioca (Manihot esculenta Crantz ‘Cigana Preta’) foram cultivadas com diferentes concentrações de NO -3 , para avaliar-se possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio, assimilação do CO 2 e parâmetros de fluorescência da clorofila a. Os experimentos foram conduzidos em solução nutritiva, em blocos ao acaso. Após 90 dias de cultivo, verificou-se que os níveis de nitrogênio foliar total e de suas frações (NO -3 , NH +4 , aminoácidos e proteínas solúveis), bem como as atividades das enzimas redutase do nitrato, desidrogenase do glutamato, sintetase da glutamina e sintase do glutamato foram reduzidas pela menor disponibilidade de NO -3 no meio de cultivo. Nas folhas, os teores de açúcares solúveis totais, de açúcares não-redutores e de fósforo inorgânico, aumentaram linearmente, com o incremento dos níveis NO -3 , mas os níveis de amido e açúcares redutores diminuíram. Nas raízes de absorção e raízes tuberosas, os níveis de amido e açúcares redutores também foram maiores para as plantas cultivadas sob deficiência de NO -3 . A deficiência de NO -3 ocasionou reduções nas taxas fotorrespiratória e fotossintética líquida e, paralelamente, proporcionou aumento na taxa respiratória total. A manutenção dos valores de C i /C a , F v /F m , F v ́/F m ́e aumento nos níveis de redução de Q A , verificados nas plantas cultivadas sob deficiência de NO -3 , indicaram que a menor taxa fotossintética líquida, por unidades de área e de massa, não foi devida a limitações estomáticas e tampouco ao funcionamento da etapa fotoquímica, mas em função: (i) da menor concentração de proteínas, presumivelmente aquelas relacionadas com a etapa bioquímica da fotossíntese, (ii) da menor taxa de carboxilação da Rubisco, (iii) da menor disponibilidade de Pi e, (iv) da retroinibição devida ao acúmulo de açúcares redutores.Item Embriogênese somática em Passiflora cincinnata Mast. e P. setacea D.C.: caracterização morfo-anatômica, mobilização de reservas e expressão dos genes SERK e BBM(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-25) Vieira, Lorena Melo; Otoni, Wagner Campos; http://lattes.cnpq.br/2835038295258914A aquisição de competência embriogênica por células somáticas é um processo intrigante e necessita da junção de dados genético-moleculares e citológicos para melhor compreensão dos mecanismos e mudanças celulares envolvidas. À vista disso, os objetivos desse trabalho foram isolar e caracterizar o padrão de expressão dos genes SERK e BBM por hibridização in situ durante o processo de embriogênese somática em Passiflora cincinnata, avaliar a responsividade morfogênica in vitro de P. setacea e P. cincinnata submetidas a condições de indução de embriogênese somática, bem como, acompanhar a mobilização de reservas e a expressão dos genes supracitados durante a embriogênese somática. Para tal, a partir de calos embriogênicos de P. cincinnata, com 20 dias em meio de indução (MI), extraiu-se o RNA total e obteve-se o cDNA, o qual serviu como molde para amplificação da sequência codante utilizando-se primers degenerados para SERK e BBM. A responsividade de embriões zigóticos maduros de P. setacea e P. cincinnata foi avaliada mediante o cultivo em meio de indução alternativo constituído por sais MS suplementado com 31,06 μM de Picloram + 2,22 μM de BA + 2,27 μM de TDZ (MIP) + 500 mg L -1 de Extrato de Malte (EM) + 13,77 μM de Espermidina (Spd). Após 30 dias as culturas foram transferidas ao meio de maturação (MM) composto de meio MS acrescido de 1,0% de carvão ativado e ausência de reguladores de crescimento. Amostras com 0, 10, 20 e 30 dias foram coletadas para microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura, testes histoquímicos e hibridização in situ, todas seguindo protocolos específicos. Para visualização da expressão dos genes SERK e BBM foi gerada uma sonda de RNA a partir de um clone sequenciado de P. cincinnata. Para P. setacea utilizou-se uma sonda heteróloga sense e antisense de P. cincinnata. O relacionamento filogenético das sequências isoladas de P. cincinnata comparadas às de outras espécies apontou que as funções das proteínas podem ser conservadas na espécie. Em SERK, o Pc contig1 agrupou-se com membros de SERK1 e SERK2, enquanto o Pc contig2 agrupou-se com membros de SERK3/BAK1. Por sua vez, o Pc contig1 de BBM, agrupou-se com membros de BBM1 e BBM2. A expressão do gene SERK foi constatada em embriões zigóticos e gradualmente diminuída até os 20 dias em MI. Aos 30 dias em MI, embriões somáticos globulares foram intensamente marcados, assim como em embriões com 5 e 40 dias em MM. Transcritos do BBM foram observados em embriões zigóticos, no entanto, a expressão foi cessada no decorrer do desenvolvimento dos embriões somáticos. A expressão foi retomada em embriões somáticos cotiledonares após 40 dias em MM, assemelhando-se ao observado no embrião zigótico. Observou-se que em P. setacea, durante o processo embriogênico, houve formação de protuberâncias que deram origem a zonas pró-embriogênicas, as quais se desenvolveram em embriões somáticos. Já em P. cincinnata houve proliferação das células do meristema fundamental e formação de meristemoides, caracterizando regiões organogênicas. Quando transferidos ao meio de maturação não houve regeneração de plantas a partir de embriões somáticos em P. setacea. Em P. cincinnata houve intumescimento das regiões calejadas e, em alguns casos, formação de primórdios foliares. Quanto à expressão gênica, em P. setacea foi constatada expressão de BBM e SERK em todas as fases analisadas, especialmente em protuberâncias e embriões somáticos formados. P. cincinnata, por sua vez, também apresentou transcritos dos genes BBM e SERK em todas as fases analisadas, sendo intensificado o sinal de hibridização na periferia dos explantes e regiões meristemáticas após 20 dias em MI. P. setacea apresentou corpos proteicos com decréscimo gradativo até os 30 dias em meio de indução. Houve presença de carboidratos e amido no explante e seu decréscimo após 10 dias, e verificou-se a síntese de novo de amido aos 30 dias de indução, quando há formação de embriões somáticos. Não foi verificada a presença de corpos lipídicos durante o processo embriogênico. Já em P. cincinnata, constatou-se corpos proteicos e amido de forma moderada em todas as etapas de desenvolvimento e a presença de carboidratos totais e corpos lipídicos foi averiguada nas fases iniciais de indução. Após 20 dias, houve mobilização dessas substâncias de reserva concomitantemente com a formação e desenvolvimento de meristemoides. Deste modo, sugere-se que a expressão desses genes está associada aos processos de aquisição de competência embriogênica e podem servir como marcadores moleculares desse processo. Os resultados do isolamento e expressão dos genes SERK e BBM em P. cincinnata são inéditos e contribuem para o melhor entendimento dos processos que envolvem a embriogênese somática na espécie. Nosso trabalho apresenta dados inéditos da indução de embriões somáticos em P. setacea e como as espécies estudadas apresentam respostas morfogênicas divergentes quando submetidas ao mesmo meio de indução. E ainda, relatamos à expressão dos genes BBM e SERK e a mobilização de compostos de reserva no decorrer dos eventos morfogênicos in vitro em P. setacea e P. cincinnata.Item Injúria mecânica e qualidade pós-colheita da banana Prata Anã produzida no Norte de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Costa, Franciscleudo Bezerra da; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/4082955534890981O objetivo do trabalho foi quantificar e avaliar a intensidade de injúrias mecânicas na banana Prata Anã em função do tipo de embalagem, da época de colheita e do manuseio pós-colheita. Frutos colhidos verdes em plantios comerciais de Janaúba- MG, em julho e em novembro de 2003, foram acondicionados em caixas “torito” revestido com papelão, “plástico” e “papelão” e transportados para Viçosa-MG, a 800 km de distância. Entre os frutos com índice de cor da casca 1 (verde) e 6 (amarela), não houve diferença significativa da área injuriada na superfície da casca. A área injuriada foi estimada em frutos com índice de cor da casca 6, por permitir melhor contraste de cor da casca (amarela) e da injúria (escura). Cerca de 93% dos frutos embalados na caixa de “papelão” e 100% dos frutos embalados nas caixas “torito” e “plástica” apresentaram algum tipo de dano físico na superfície da casca. Para a quantificação de área injuriada utilizaram-se as técnicas de pesagem, quadrículas, integrador de área foliar e Programa Quant 1.0.1. Os frutos colhidos em novembro de 2003 apresentaram maior nível de dano físico, do que aqueles de julho. Os frutos colhidos e mantidos em Janaúba, em dezembro de 2003, apresentaram, na etapa de colheita cerca de 3% da casca injuriada, aumentando para 4, 6 e 12%, nas etapas do “cabo aéreo”, “antes do despencamento” e “após a embalagem em caixa de papelão”, respectivamente. O amadurecimento dos frutos injuriados foi acompanhado com base na evolução do índice de cor da casca e do teor de sólidos solúveis totais da polpa. Os frutos com maior nível de injúria mecânica (13% da casca) mostraram aumento em torno de 15 e 20%, na taxa de respiratória e na evolução de etileno, respectivamente, em relação os frutos com menor nível de injúria mecânica (5% da casca).Item Injúria por frio, respiração e produção de etileno pós-colheita em quiabo (Abelmoschus esculentus (L.) Moench)(Universidade Federal de Viçosa, 2001-02-09) Carvalho, Marcelo José de; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/8062728961470484Quiabos, variedade Amarelinho, foram embalados em filme de PVC e após o armazenamento nas temperaturas de 5 ou 10 °C, durante 2, 4, 6, 8 ou 10 dias, foram mantidos por 2, 4, 6, 8 ou 10 h a 25 °C, para avaliar a evolução dos sintomas de injúria por frio e escurecimento. Os frutos armazenados nas temperaturas de 5 e 10 °C tiveram taxas de perdas de massa fresca constante em torno de 0,5 e 0,7 % por dia, respetivamente, que se acentuaram com a transferência dos frutos para 25 °C. O surgimento dos sintomas de injúria foi detectado no segundo dia de armazenamento sob 5 ou 10 °C. Após 10 horas a 25 °C e 10 dias de armazenamento a 5 e 10 °C, os frutos se apresentavam próximo do valor máximo (4) da escala de injúria por frio. A temperatura de 10 °C foi mais efetiva em estimular o surgimento de sintomas de escurecimento nos frutos do que a temperatura de 5 °C. O armazenamento a 5 ou 10 °C não estimulou a degradação de clorofila. As enzimas peroxidases expressaram o estímulo dado pela baixa temperatura imediatamente após a saída dos frutos da câmara de armazenamento.Houve aumento de atividade das peroxidases até o sexto dia de armazenamento a 5 ou 10 °C, após o sexto dia a atividade foi constante. A atividade específica das peroxidases foi estimulada pela injúria por frio. Não houve diferença significativa entre os teores de fenóis solúveis totais dos frutos armazenados a 5 ou 10 °C. Os frutos com valor 4 da escala de injúria por frio tiveram taxa respiratória duas vezes maior que os frutos sem sintomas. Houve aumento significativo da evolução de etileno, quando os frutos alcançaram o nível máximo de injúria por frio.Item Metabolismo do adoçamento em batata armazenada a 2°C E 15° C(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-09) Chapper, Marilice; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/0703672728685564O armazenamento dos tubérculos de batata sob baixas temperaturas é freqüentemente usado para inibir a brotação, reduzir a infecção por microorganismos e diminuir a perda da massa fresca. Porém, resulta em incrementos nos níveis de açúcares solúveis totais que os tornam impróprios ao processamento industrial. O recondicionamento dos tubérculos em condições de temperatura próxima à do ambiente pode reverter o adoçamento em alguns genótipos. Todavia, até o momento, pouca caracterização fisiológica das respostas de variedades brasileiras a esses tratamentos foi realizada. O objetivo desse trabalho foi verificar o efeito das baixas temperaturas de armazenamento e recondicionamento sobre o metabolismo de carboidratos em três variedades de batata, com respostas contrastantes ao adoçamento. Imediatamente após a colheita, os tubérculos foram armazenados por 30 dias sob duas temperaturas (15oC e 2oC) e seu metabolismo foi analisado em amostras de tubérculos com 0, 3, 7, 10, 20 e 30 dias de armazenamento sob ambas temperaturas. Sob baixa temperatura, os teores de amido diminuem em todas as variedades, sendo observavas maiores reduções na cultivar Atlantic. Esta redução foi associada a um aumento na atividade total das amilases observada nas mesmas condições, ao passo que não foi possível observar alterações significativas na atividade da fosforilase do amido. Estes resultados sugerem que a atividade amidolítica é a principal atividade degradativa do amido em tubérculos de batata das variedades estudadas. Paralelamente teores de sacarose e glicose são incrementados após exposição dos tubérculos à baixa temperatura. Menores aumentos nos teores de glicose foram observados na variedade Pérola, a qual também apresentou os menores incrementos na atividade da amilase. Estes resultados sugerem que a degradação de amido pelas amilases pode ser um importante fator determinante do adoçamento. Diferenças no padrão de atividade de isoenzimas de amilase foram observadas sob baixas temperaturas em diferentes variedades, mas essas diferenças não puderam ser associadas com níveis de atividade amidolítica ou de degradação de amido. Uma significativa redução na taxa respiratória foi observada durante os primeiros dias durante o armazenamento a baixa temperatura, o qual foi seguido de um posterior aumento e redução, possuindo estas alterações um padrão semelhante em todas as variedades analisadas. O aumento temporário na respiração foi paralelo a um aumento nos teores de açúcares solúveis. Estes resultados sugerem que diferenças nas taxas respiratórias não contribuem para determinar o nível de adoçamento. As variedades diferiram entre si quanto a suas alterações nos teores de proteínas e aminoácidos solúveis, as quais também variaram de acordo com o tempo de armazenamento. Entretanto não se pode detectar nenhuma possível associação entre as diferenças no metabolismo do nitrogênio com o adoçamento. O recondicionamento dos tubérculos a 15oC esteve associado a uma redução na degradação do amido e no nível de glicose (exceto para a cultivar Eliza) e sacarose, e à uma redução na atividade da sintase da sacarose e da sintase da sacarose-fosfato. A redução na atividade da invertase foi observada após o terceiro dia de recondicionamento, mas apresentou aumento no décimo dia. O recondicionamento dos tubérculos foi eficiente na redução do adoçamento das variedades Atlantic e Pérola. É possível que a redução do adoçamento na cultivar Eliza necessite de um recondicionamento a maiores temperaturas. De qualquer forma, os resultados sugerem que o recondicionamento pode melhorar a qualidade da batata para a fritura após o seu adoçamento.Item O papel do silício na redução dos impactos da toxidez de ferro em arroz: uma abordagem morfoanatômica e fisiológica(Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-04) Santos, Martielly Santana; Matta, Fábio Murilo da; http://lattes.cnpq.br/9769898875861142A toxidez por excesso de ferro (Fe) é uma das mais importantes desordens nutricionais que afetam processos vitais como respiração e fotossíntese, acarretando reduções no crescimento e na produção de arroz. A nutrição com silício (Si) tem-se revelado como uma alternativa promissora na mitigação de fatores de estresse abióticos, tal como metais tóxicos. Informações preliminares sugerem que o Si pode também mitigar os efeitos da toxidez de Fe em arroz, mas não se conhecem os mecanismos envolvidos nesse contexto. Diante disso, o presente trabalho objetivou determinar o potencial mitigatório do Si sobre a toxidez por Fe em arroz, por meio de caracterização detalhada dos aspectos fotossintéticos, bioquímicos, morfofisiológicos e de produtividade. Para isso, dois experimentos independentes foram montados e analisados como tal (o primeiro com plantas no estádio vegetativo; o segundo, até o fim do estádio reprodutivo) utilizando duas cultivares com respostas contrastantes para excesso de Fe (EPAGRI-109 e BR-IRGA-409, tolerante e sensível a toxidez, respectivamente). As plantas foram cultivadas em solução nutritiva não-aerada e suplementadas com Si (0 e 2 mmol L-1) e Fe (25 μmol L-1 e 5 mmol L-1). No estádio vegetativo, a toxidez por Fe impactou negativamente a taxa fotossintética líquida (A) ao reduzir as condutâncias estomática (gs) e mesofílica (gm), além de aumentar a fotorrespiração em ambas as cultivares. Além disso, alterações na arquitetura radicular e na anatomia foram correlacionados com maiores teores de Fe. Por outro lado, a fertilização com Si atenuou tais efeitos da toxidez ao reduzir o teor de Fe em folhas e raízes, o que se refletiu em menores fatores de translocação e de bioconcentração, particularmente na cultivar sensível. Reduções nos teores de Fe favoreceram aumentoa em A por reduzir as limitações difusionais à fotossíntese, com aumentos correspondentes em gs e gm. Registre-se que os parâmetros fotoquímicos e bioquímicos da fotossíntese, bem como a atividade das s enzimas do metabolismo do carbono, foram minimamente afetados pelos tratamentos com Si/Fe. Saliente-se ainda que alterações nos fatores de translocação e de bioconcentração foram associadas ao decréscimo na expressão dos genes que codificam para os transportadores de Fe (IRT1 e IRT2), bem como a maior retenção do Fe nas paredes celulares da exoderme e endoderme na raiz, e em células parenquimáticas do xilema em folhas. Além disso, a redução da placa de Fe nas cultivares +Si+Fe foi relacionada, aparentemente, ao espessamento da parede celular da faixa esclerenquimática da raiz. Nos experimentos conduzidos na fase reprodutiva, a toxidez por Fe promoveu variações expressivas nos teores de alguns nutrientes, especialmente Ca e Mg nas folhas, fato parcialmente revertido pelo Si, porém com alterações mínimas na composição nutricional dos grãos. A toxidez por Fe acarretou decréscimos em A em paralelo a reduções em gs e na taxa de transporte de elétrons (ETR), em especial na cultivar sensível. Contudo, tais respostas foram revertidas parcialmente em ambas as cultivares pela aplicação de Si. O menor acúmulo de Fe nas plantas +Si foi associado ao maior rendimento de grãos, suportado pelo aumento em A acoplado ao incremento em gs e ETR. Além disso, os resultados sugerem que o Si tenha reduzido o impacto negativo do Fe sobre a esterilidade das espiguetas. Em síntese, recomenda-se o emprego do Si como uma estratégia de manejo efetiva para reduzir os impactos negativos da toxidez por Fe sobre o desempenho fotossintético e a produção de grãos em arroz.