Fisiologia Vegetal
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Item Ação da irradiância e salinidade no processo fotossintético em ecotipos de feijoeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-31) Giraldo, Carolina Jaramillo; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; http://lattes.cnpq.br/9984230610410043; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2O centro de domesticação do Phaseolus vulgaris se encontra em diferentes regiões ecológicas e geográficas de América Latina, tendo uma alta variabilidade genética e versatilidade de adaptação à diferentes condições ambientais. Estresses ambientais diferentes podem induzir nas plantas respostas fisiológica, bioquímicas e moleculares semelhantes. Plantas adaptadas a um tipo de estresse, como irradiância de altitude, poderiam resistir a outro diferente, como salinidade. cultivar Cargamanto, ecotipo andino sulamericano, e P. vulgaris cultivar Carioca, ecotipo mesoamericano, foram utilizados para os experimentos, os quais foram conduzidos em casa de vegetação com solução nutritiva específica para feijoeiro. As plantas foram cultivadas sobe 75% de sombreamento e em diferentes concentrações de cloreto de sódio 0, 30, 60, 90 e 120 mM. Plantas sombreadas e não sombreadas foram avaliadas os parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, como também foi analisado o conteúdo de clorofila a, b e carotenóides. No segundo experimento, as plantas sombreadas aos 24 e 26 dias após a emergência do feijão cv Cariocas e cv Cargamanto, respectivamente, foram transferidas para bancadas sem sombreamento. Nas plantas transferidas, foram determinados os efeitos da radiação e da salinidade sobre a fotoinibição, através de medições de troca gasosa e fluorescência da clorofila a aos 0, 2 e 5 dias após a transferência. No final do experimento, foram determinados o conteúdo de pigmentos, o potencial osmótico (Ψs) e o acúmulo de sódio nas folhas. Em concentrações menores de 60 mM de NaCl, a redução da condutância estomática (gs) taxa fotossintética (A), transpiratoria (E), concentração interna de CO2 (Ci) e eficiência de uso da água (EUA) foi atribuída a mecanismos não específicos da salinidade ou efeito osmótico e, em concentrações maiores de 60 mM as reduções foram atribuídas aos efeitos específicos devido a presença níveis tóxicos de sódio nas folhas. A salinidade predispõe a planta, a um processo fotoinibitório evidenciado pelos incrementos no NPQ e reduções no Fm. Em plantas não sombreadas e estressadas com NaCl, as variações nos parâmetros de trocas gasosas e a fluorescência da clorofila a foram mais severas em relação às sombreadas. A sinergia dos estresses salino e luminoso afetou as relações hídricas e iônicas nas folhas, como também influi na síntese de carotenóides e degradação da clorofila, alterando, por sua vez, o processo fotossintético e desencadeando uma fotoinibição crônica. O Cargamanto apresenta resposta diferencial ao estresse ambiental em relação ao Carioca , resultado, possivelmente, de uma adaptação metabólica facultativa desta planta de altitudes elevadas.Item Ação de absorvedores de etileno e de oxigênio na conservação pós-colheita de morango(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-23) Oliveira, Patrícia Souza de; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; http://lattes.cnpq.br/8654676485750597; Dôres, Rosana Gonçalves Rodrigues das; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4127267P8; Casali, Vicente Wagner Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783038Y4Com o presente trabalho objetivou-se estudar a influência do filme de PVC (cloreto de polivinila), de diferentes dosagens de KMnO4 (absorvedor de etileno) e do sachê absorvedor de oxigênio (O-Buster) sobre a qualidade e conservação pós-colheita de morangos Oso Grande . Para isto foram feitas análises físico-químicas, enzimáticas e visual de 2 em 2 dias nos frutos armazenados por 14 dias, aos 4 °C. A presença do PVC foi indispensável para manter as características visuais e a redução da perda de massa fresca dos frutos ao longo do período de armazenamento. Os frutos tratados com diferentes dosagens de KMnO4 (1, 2, 3 e 4 g), de modo geral, tiveram comportamento semelhante aos frutos do tratamento controle com filme de PVC, que mantiveram os valores de acidez total titulável (ATT), aumentaram os açúcares solúveis totais (AST) e diminuíram os açúcares redutores (AR) aos 14 dias de armazenamento. A atividade das enzimas polifenoloxidase (PPO), peroxidase (POD) e álcool desidrogenase (ADH) diminuiu nos frutos armazenados com sachê de KMnO4; entretanto, quanto a ADH os frutos tratados com KMnO4 diferiram dos frutos do controle com PVC. Houve acúmulo de etanol nos frutos dos tratamentos utilizados ao final do armazenamento. A dosagem de 1 g de KMnO4 (T3), foi eficaz em retardar o crescimento visível de fungos nos frutos armazenados por 14 dias, sendo visualizados frutos contaminados apenas no último dia de armazenamento. Os tratamentos com sachês absorvedores de oxigênio e de etileno tiveram efeito sinérgico sobre os frutos armazenados durante 14 dias. A combinação dos dois absorvedores manteve os valores de ATT, a atividade das enzimas PPO e ADH, e aumentou os AST nos frutos. Nas demais variáveis analisadas, os tratamentos com absorvedores de oxigênio e etileno e a combinação dos dois na mesma embalagem de PVC não diferiram entre si e mantiveram os valores de AR e a atividade da POD, e acumulou pouco etanol nos frutos ao final do armazenamento. A combinação dos sachês absorvedores de oxigênio e de etileno foi eficaz em retardar o crescimento visível de fungos em até 12 dias de armazenamento. A melhor forma de conservação dos morangos, de acordo com os resultados, foi armazenamento em embalagens contendo sachês absorvedores de oxigênio e de etileno, fechadas com filme de PVC e armazenadas aos 4 °C, durante 12 dias.Item Ação do etileno e de intermediários reativos de oxigênio sobre o crescimento de ápices radiculares em dois genótipos de milho, na presença de alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-02) Fonseca Júnior, élcio Meira da; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; http://lattes.cnpq.br/6643016343021337; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Lemos Filho, José Pires de; http://lattes.cnpq.br/6228787517317376O objetivo principal deste estudo foi avaliar a ação de etileno e de intermediários reativos de oxigênio (ROIs) na inibição do crescimento radicular causada por Al, em ápices radiculares de dois genótipos de milho. Nos experimentos foram utilizados os genótipos de milho UFVM 100 (sensível) e UFVM 200 (tolerante), submetidos aos tratamentos com Al nas concentrações de 0 e 100 μM, em solução de CaCl2 0,5 mM, pH 4,0, durante 24 horas. O tratamento com Al inibiu o alongamento radicular e aumentou a produção de etileno nos dois genótipos de milho, com maior intensidade no UFVM 100. Os coeficientes de correlação entre alongamento radicular e teores de etileno, na presença de Al, foram de -0,97 e -0,90, para os genótipos UFVM 100 e UFVM 200, respectivamente. O tratamento com Al, também, aumentou as atividades das enzimas da síntese de etileno: sintase do ácido aminociclopropano carboxílico (ACS) e oxidase do ácido aminociclopropano carboxílico (ACO), nos dois genótipos de milho, sempre com maior intensidade no genótipo UFVM 100. O tratamento das plântulas com precursores da biossíntese de etileno: ácido aminociclopropano carboxílico (ACC) e etrel inibiram o alongamento radicular na mesma intensidade que a inibição causada por Al aplicado isoladamente, nos dois genótipos. Por outro lado, a aplicação de inibidores da síntese de etileno: ácido aminooxiacético (inibidor da ACS), cloreto de cobalto (inibidor da ACO) e tiossulfato de prata (inibidor da percepção do etileno) eliminaram a inibição do alongamento radicular causada por Al nos dois genótipos. O tratamento com Al aumentou os teores do ânion superóxido e as atividades das enzimas superóxido dismutase e peroxidase, reduziu os teores de peróxido de hidrogênio, mas não influenciou nas atividades da catalase e peroxidase do ascorbato. Nenhuma destas variáveis foi modificada pelo tratamento com Al no genótipo UFVM 200. O Al, também, aumentou as atividades das enzimas oxidase do NADPH (NOX), oxidase da diamina (DAO) e peroxidase do NADH (NADH-POX) de frações de membrana plasmática e parede celular, respectivamente, relacionadas com a produção de ROIs no apoplasto radicular, apenas no genótipo sensível. Dentre os inibidores xi aplicados: difenileno iodônio, azida sódica e 2-hidroxietilhidrazina apenas a azida e a combinação dos três inibidores eliminaram parcialmente o efeito do Al no genótipo UFVM 100. O aumento na atividade das enzimas DAO, NOX e NADH-POX é indicativo de ter ocorrido aumento no teor de ROIs no apoplasto das raízes das plantas do genótipo sensível tratadas com Al. Embora não tenha sido observado aumento na peroxidação de lipídios do ápice radicular, acredita-se que o acúmulo destes ROIs noapoplasto, tenha sido suficiente para ativar peroxidases ligadas à parede celular, causando enrijecimento da parede celular e, conseqüentemente, inibição do alongamento radicular. O genótipo UFVM 200 não sofreu qualquer dano oxidativo nas condições do presente experimento. O somatório destas respostas dos genótipos de milho estudados sugere que a inibição do alongamento radicular induzida por níveis tóxicos de Al é mediada por mecanismos de sinalização envolvendo a síntese e a percepção de etileno e a produção e remoção de intermediários reativos de oxigênio no apoplasto radicular.Item Aclimatação da maquinaria fotossintética do cafeeiro cultivado em diferentes níveis de luz e de disponibilidade hídrica(Universidade Federal de Viçosa, 2009-10-30) Oliveira, álvaro Augusto Guimarães; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/0809595564042274; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; Silva, Diolina Moura; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793517H8; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764341P1O cafeeiro é originário das florestas tropicais da África, onde é encontrado como vegetação de sub-bosque, desenvolvendo-se sob sombra. No Brasil, no entanto, os cafezais vêm sendo conduzidos quase exclusivamente a pleno sol. Cafezais a pleno sol produzem, na maioria dos casos, mais que os plantios à sombra, o que deve envolver altos investimentos em mecanismos fotoprotetores. Hipotetiza-se, pois, que o cultivo de cafezais sombreado reduziria os efeitos negativos do déficit hídrico (DH). Neste estudo, pretendeuse analisar o desempenho fotossintético, as relações hídricas e o metabolismo antioxidativo em plantas de Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho cultivadas em vasos, utilizando-se de três níveis de irradiância e três níveis de disponibilidade hídrica. De modo geral, não foi observada significância estatística da interação entre os tratamentos hídricos e lumínicos, mas uma resposta independente e ortogonal. As plantas do ambiente com sombreamento de 35% apresentaram maiores valores médios da taxa de assimilação líquida de carbono sob DH moderado, nos dois horários de medição (08:00 e 12:00h) e, sob DH severo, não se obserbou diferença significativa na resposta das plantas entre os ambientes lumínicos. A condutância estomática foi sempre maior nas plantas-controle que nas plantas sob DH, independentemente do regime lumínico. A transpiração total das plantas diferiu estatisticamente entre os tratamentos lumínicos e entre os regimes hídricos, apresentando maiores taxas nas plantas dos ambientes com maiores níveis de radiação solar e naquelas mantidas irrigadas. A área foliar total foi similar entre as plantas dos ambientes sombreados e maior em comparação com as plantas a pleno sol. A eficiência fotoquímica máxima do fotossistema II (FSII), assim como a eficiência de captura da energia de excitação pelos centros de reação abertos do FSII, a eficiência quântica do transporte de elétrons pelo FSII e o coeficiente de extinção fotoquímico não responderam aos regimes hídricos, independentemente dos ambientes lumínicos, exceto sob DH severo, condição na qual o uso da energia na fotoquímica foi limitado. O coeficiente de extinção não-fotoquímico (NPQ) não variou em resposta ao DH moderado, porém, sob DH severo, observaram-se reduções em NPQ. As plantas sob sombreamento mais intenso (70%), de modo geral, apresentaram maiores valores de concentrações de clorofilas (Cl) totais e da razão Cl a/b em comparação com as de outros ambientes de luz, na antemanhã. Os carotenóides (Car) totais e a relação Cl/Car não diferiram significativamente na antemanhã. Ao meio-dia, somente os valores médios das razões Cl a/b e Cl/Car diferiram significativamente em relação aos ambientes lumínicos, com as plantas a pleno sol apresentando os menores valores e aquelas do ambiente mais sombreado os maiores. As plantas a pleno sol e sob sombreamento de 35% apresentaram concentrações semelhantes entre si e maiores de anteraxantina e de zeaxantina que as plantas sob 70% de sombreamento, indicando maior necessidade de fotoproteção. Em adição, também apresentaram maior concentração de VAZ (soma das concentrações de violaxantina, anteraxantina e zeaxantina) e maior grau de desepoxidação dos carotenóides do ciclo das xantofilas. Os danos celulares, avaliados via extravasamento de eletrólitos e produção de aldeído malônico, foram significativamente mais intensos nas plantas submetidas ao déficit hídrico do que nos respectivos controles irrigados, independentemente dos ambientes lumínicos. A partir dos resultados encontrados, acredita-se que o uso do sombreamento de 35% seria interessante por melhorar as condições ambientais, pouco afetando o desempenho agronômico dessas plantas em comparação com as cultivadas a pleno sol.Item Aclimatação ecofisiológica do cafeeiro (Coffea arabica e C. canephora) para enfrentar às flutuações temporais da disponibilidade de luz(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-21) Rodríguez-lópez, Nelson Facundo; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/2953989907670714; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Cavatte, Paulo Cezar; http://lattes.cnpq.br/8029279967950425; Silva, Diolina Moura; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793517H8Geralmente, assume-se que a quantidade total de luz disponível é o condutor principal para o crescimento e produtividade das plantas. Porém, como pouco se conhece acerca dos efeitos das variações temporais diurnas na disponibilidade da luz, no acúmulo de biomassa e no desempenho fisiológico, neste estudo se examinaram caracteres morfológicos, fisiológicos e bioquímicos em plantas de cafeeiro em dois experimentos independentes. No primeiro experimento, plantas de café arábica (C. arabica) foram submetidas a vários tratamentos de luz: totalmente sob 100%, 40% ou 10% de luz solar (S-100, S-40 e S-10, respectivamente), sob 40% ou 10% de luz solar durante a manhã e, em seguida, submetidas a 100% de luz solar até o anoitecer (S-40/100 e S-10/100, respectivamente), e em 100% de luz solar do amanhecer ao meio-dia e depois submetidas a 40% ou 10% de luz (S-100/40 e S-100/10, respectivamente). As plantas em S-100 acumularam maior biomassa, com alterações mínimas nas razões alométricas, quando comparadas com indivíduos de outros tratamentos. Essa maior biomassa foi, aparentemente, independente das taxas fotossintéticas por unidade de área foliar e de alterações na disponibilidade de carboidratos; sendo associado principalmente à rápida formação de área foliar com o aumento da disponibilidade de irradiância. Em contraste, o menor acúmulo de biomassa nas plantas em S-10/100 e S-10 deve ter sido conseqüência das limitações de carbono e de uma menor área foliar. O acúmulo de biomassa não foi dependente apenas da irradiância total interceptada, mas também das variações temporais do fornecimento de luz, como evidenciado pela comparação da maior biomassa (35%) em indivíduos em S-100/10 do que em S-10/100. As alterações nas taxas fotossintéticas entre os tratamentos foram aparentemente não relacionadas com o acúmulo de carboidratos ou fotoinibição. Em geral, em nível de folha, apenas pequenas alterações nos caracteres fisiológicos respondentes à luz foram observadas, principalmente, quando comparado os indivíduos em S-10 com aqueles dos outros tratamentos. É pouco provável que o maior acúmulo de biomassa e melhor desempenho fisiológico das plantas em S-100 sejam diretamente associados a ganhos de carbono por unidade de área foliar, mas sim a processos morfogenéticos induzidos pela luz relacionados a uma rápida formação de área foliar, que, por sua vez, devem ter levado a uma maior produtividade fotossintética em nível de planta inteira. O acúmulo de biomassa em grande parte depende não unicamente da quantidade total de luz interceptada, mas também das escalas temporais de variações diurnas no suprimento de luz, isto é, a quantidade de luz recebida pelas plantas durante a manhã teve um papel importante para incrementar a biomassa. Esta informação tem importância prática para o uso de árvores de sombra em fazendas localizadas em zonas montanhosas, onde o uso do sombreamento deve ser evitado em terrenos com exposição para o oeste se um melhor crescimento (e produção) é o principal objetivo a ser alcançado. No segundo experimento, foi usado um desenho experimental onde dois clones de café robusta (C. canephora) foram consorciados com árvores de seringueira de modo que foi permitido a comparação de arbustos de café sombreados na manhã (SM) com aqueles sombreados na tarde (SA), e então comparando ambos com arbustos expostos a pleno sol durante o curso do dia (FS). Os arbustos em SM apresentaram melhor desempenho nas trocas gasosas ao longo do dia em comparação com aqueles em SA e FS, os quais exibiram limitações devido a fatores estomáticos (arbustos em SA) e bioquímicos (arbustos em FS). Os caracteres fisiológicos associados com a captura de luz mostraram uma maior resposta às variações temporais da luz do que à quantidade de luz recebida, embora esse comportamento possa ser uma resposta específica dos clones estudados. As atividades de enzimas do sistema antioxidativo exibiram diferenças mínimas quando comparando os clones em SM e SA, e, em contraste, foram maiores nos clones em FS. Independentemente dos tratamentos de luz, não foram encontrado sinais de fotoinibição ou danos celulares. A aclimatação à variação temporal da luz não teve custos adicionais aparentes para a construção e manutenção das folhas entre os tratamentos. Ambos os indivíduos em SM e SA apresentaram um alto retorno em termos de fluxo de investimento (maiores Amax em base de área e massa, PNUE e WUE no longo prazo, por exemplo) do que sua contraparte FS. Em resumo, o sombreamento na manhã pode melhorar o desempenho fisiológico do cafeeiro em ambientes marginais tropicais, no entanto, é importante selecionar genótipos com adequada plasticidade fenotípicos, como encontrada no clone 03, para lidar com a redução na disponibilidade de luz.Item Algumas respostas de mono- e dicotiledôneas a auxinas associadas à ação do etileno(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-27) Medina, Eduardo Ferreira; Ribeiro, Dimas Mendes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778644J9; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; http://lattes.cnpq.br/4611027523805378; Rogalski, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/8570113061156347As auxinas AIA (ácido indol-3-acético, natural), 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) e 2,4,5-T (ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético, as duas últimas sintéticas) foram aplicadas em plantas de milho (Zea mays, monocotiledônea) e feijão (Phaseolus vulgaris, dicotiledônea), visando investigarem-se algumas respostas diferenciais dos dois grupos em relação ao metabolismo do etileno. Plantas de milho tratadas com as auxinas não produziram etileno e não exibiram quaisquer sintomas de senescência e epinastia. O feijão produziu bastante etileno após tratamento. Quando se utilizou aminoetoxivinilglicina (AVG) mais Co2+ (inibidores da biossíntese de etileno), a epinastia das plantas de feijão foi mantida mas o amarelecimento das plantas mostrou-se reduzido, deduzindo-se ser o amarelecimento um sintoma da ação do etileno. Após pulverização com as auxinas, o milho não exibiu produção do ácido 1-carboxílico-1- amino-ciclopropano (ACC), fato observado no feijão. Assim, na monocotiledônea, as auxinas parecem não induzir a expressão da sintase do ACC (ACS) ou, pelo menos, sua atividade. Quando tratadas com o ACC, as plantas de milho não produziram qualquer traço de etileno, ao contrário as plantas de feijão. Daí deduzir-se que na monocotiledônea, as auxinas parecem também não induzir a expressão ou atividade da oxidase do ACC (ACO) ou a enzima não é ativada. Empregando-se K4Fe(CN)6 como fonte de íons cianeto, as plantas de milho pareceram se mostrar mais resistentes à intoxicação do que as plantas de feijão. O rendimento quântico máximo de fotossistema II (razão Fv/Fm) e os níveis dos pigmentos fotossintéticos não sofreram alterações em plantas de milho tratadas com as auxinas. As plantas de feijão mostraram quedas significativas em ambas variáveis após pulverização com 2,4-D e 2,4,5-T, mas não com o AIA. A redução nos níveis das clorofilas em plantas de feijão tratadas com 2,4-D e 2,4,5-T relacionou-se com a clorose observada, desde que ocorreu uma degradação mais acentuada das clorofilas do que dos carotenoides. As xantofilas (neoxantina, anteraxantina e violaxantina) também sofreram uma degradação mais acentuada do que o alfa e beta caroteno em plantas de feijão tratadas com 2,4-D e 2,4,5-T. Quando AVG e Co2+ foram fornecidos conjuntamente com as auxinas, não ocorreu queda na razão Fv/Fm e nem no nível dos pigmentos, com exceção do alfa caroteno. A razão entre clorofila a e clorofila b também mostrou-se maior nas plantas de feijão tratadas com 2,4-D e 2,4,5-T do que nas plantas tratadas com 2,4-D e 2,4,5-T mais AVG e Co2+. Nas plantas tratadas com AIA o aumento na razão entre clorofila a e clorofila b não foi significativo.Item Alterações fisiológicas e avaliação do estresse oxidativo durante o desenvolvimento e a senescência de folhas se soja, Glycine max L.(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-31) Garcia, Michele Pacheco; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4759809H3; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; Puschmann, Rolf; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787733Y5; Kuki, Kacilda Naomi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784674P6Foram avaliadas diversas alterações fisiológicas e o estresse oxidativo ao longo do desenvolvimento de folhas de soja, Glycine max, variedade MG/BR 46 (Conquista), em dois diferentes grupos de plantas: com órgãos reprodutores intactos, cujas plantas seguiram o ciclo normal até a senescência e com órgão reprodutores removidos, a fim de prolongar o ciclo de vida, retardando a senescência foliar. Foram avaliados: teores de clorofilas e carotenóides, parâmetros de trocas gasosas, atividades de algumas enzimas do sistema antioxidativo, teores de peróxido de hidrogênio, além de danos celulares. As folhas analisadas das plantas desenvolvendo normalmente apresentaram progressiva degradação de clorofilas e carotenóides (em menor proporção), fato que resultou na coloração amarela característica de folhas senescentes, enquanto as plantas desfloradas mantiveram suas folhas verdes. A degradação dos pigmentos resultou em queda acentuada das taxas de assimilação líquida de carbono (A) nas plantas com órgãos reprodutores intactos, além de ter ocorrido queda na condutância estomática (gs) e aumento na razão entre a concentração interna e ambiente de CO2 (Ci/Ca). Ao contrário, as plantas com órgãos reprodutores removidos apresentaram menor queda em A, gs e Ci/Ca, que se mantiveram constantes após a ligeira queda inicial. O percentual de extravasamento de eletrólitos em plantas em senescência natural aumentou ao longo do desenvolvimento, mas não foi acompanhado de aumento de aldeído malônico (MDA). Em plantas desfloradas o extravasamento foi inicialmente constante, seguido de queda com o início da senescência, mas, por outro lado, os níveis finais de MDA foram duas vezes maiores que os iniciais. As folhas das plantas intactas apresentaram baixos teores de peróxido de hidrogênio (H2O2), ao contrário das plantas desfloradas. A baixa atividade da dismutase do superóxido (SOD) em plantas senescendo normalmente, além das atividades elevadas de peroxidase (POX) e peroxidase do ascorbato (APX), devem ter sido as responsáveis pelos baixos níveis de H2O2 nessas plantas. Inversamente, a atividade intensa de SOD e a baixa atuação de POX e APX em plantas desfloradas contribuíram para os altos teores de peróxido de hidrogênio. A catalase (CAT) teve sua atividade em queda ao longo do experimento, nas folhas de ambos os tratamentos, indicando que a enzima não teve participação importante na remoção de H2O2. Nos trifólios das plantas dos dois tratamentos, a redutase da glutationa (GR) teve sua atividade inicialmente elevada, seguida de queda drástica até o final do experimento. Tais resultados indicam que o estresse oxidativo não foi o fator determinante da senescência foliar natural das plantas de soja utilizadas no presente experimento.Item Análise funcional da via de sinalização antiviral mediada por NIK em tomateiro(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-18) Apfata, Jorge Alberto Condori; Zerbini Júnior, Francisco Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783743U5; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781848H2; http://lattes.cnpq.br/5501687466580841; Carvalho, Claudine Márcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794965T6; Santos, Anésia Aparecida dos; http://lattes.cnpq.br/8527394593088827A proteína NSP de begomovírus facilita o transporte do DNA viral do núcleo para o citoplasma e coopera com a proteína de movimento MP para promover o transporte do DNA viral às células adjacentes não infectadas através dos plasmodesmas. A proteína NSP interage com membros da família LRR-RLK ( leucine- rich repeat receptor like kinase ), designados NIK ( NSP-Interacting Kinase ). A ligação de NSP na alça de ativação de NIK inibe a atividade quinase, e conseqüentemente, a proteína viral inibe a atividade de autofosforilação desses receptores e sua atividade de defesa antiviral. Estudos de mutagênese na alça de ativação de NIK demonstraram que o resíduo Treonina 474 é fosforilado in vitro e exerce uma função crucial para atividade de quinase que é requerida para sinalização antiviral. Mutação no resíduo de Thr-474 para aspartato resulta no mutante T474D que exibe ativação constitutiva, atividade de fosforilaçao do substrato aumentada e menor efeito inibidor de NSP. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o domínio quinase de NIK na resposta de defesa antiviral em tomateiros. Tomateiros foram transformados com a construção que codifica para NIK super ativa (35S-AtNIK-T474D). Os transformantes primários foram selecionados por PCR e a expressão do transgene em linhagens independentes foi confirmada por RT-PCR normal e em tempo real. A super expressão da NIK1 e NIK- T474D super ativa em tomateiros promoveu um alongamento de entrenós, mas afetou negativamente o desenvolvimento do sistema radicular, demonstrando uma possível comunicação cruzada entre a via de sinalização antiviral mediada por NIK e vias de sinalização de desenvolvimento. Experimentos de infectividade foram conduzidos em linhagens transgênicas superexpressando AtNIK ou AtNIK-T474D, utilizando o vírus ToYSV-[MG-Bi2]. Super expressão de NIK super ativa alterou a taxa de infecção por ToYSV e interferiu no desenvolvimento dos sintomas. Comparado com as plantas não transformadas e a linhagem transgênica 35S-AtNIK1-6 superexpressando NIK normal, a taxa de infecção foi inferior e os sintomas mais atenuados em linhagens transgênicas independentes superexpressando AtNIK-T474D. Estes resultados confirmam in planta o papel essencial da fosforilação do resíduo de Treonina 474 de NIK e indicam a possibilidade de se desenvolverem estratégias de tolerância a geminivirus mais eficientes.Item Aspectos fisiológicos e anatômicos de goiaba Pedro Sato em desenvolvimento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-19) Cabrini, Elaine Cristina; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Salomão, Luiz Carlos Chamhum; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785502E7; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702896Z6; Oliveira, Jurandi Gonçalves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723797Y8; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8Frutos de goiabeira Pedro Sato foram acompanhados desde a sua formação até a senescência nas plantas, pelo período de 138 dias. As avaliações de peso, volume, diâmetros transversal e longitudinal indicaram que os frutos apresentaram curvas de crescimento do tipo sigmoidal simples, sendo que a etapa de crescimento rápido compreendeu o período entre o 77º e o 110º dias após a antese. As maiores taxas respiratórias foram observadas no início da formação dos frutos e o pico climatérico de produção de CO2 após o completo amadurecimento dos frutos. Com o progresso do amadurecimento, a partir do 110º dia, houve diminuição nos valores de ângulo hue para a cor da casca, relacionada à queda nos teores de clorofila e aumento nos teores de carotenóides, com posterior redução em seus teores. Os teores de sólidos solúveis aumentaram, enquanto a firmeza dos frutos foi reduzida ao longo do processo de amadurecimento. As análises de danos celulares indicaram aumento progressivo no conteúdo de aldeído malônico ao longo do amadurecimento e redução nos teores de ascorbato e de carotenóides indicando a ocorrência de surto oxidativo. Foi observado aumento na produção de peróxido de hidrogênio a partir de 117 dias após a antese. Houve redução na atividade da redutase da glutationa no momento em que houve queda nos níveis de ascorbato, sugerindo um possível comprometimento do ciclo ascorbatoglutationa. Em relação à estrutura do mesocarpo dos frutos, constatou-se que a polpa é constituída basicamente por células parenquimáticas, esclereídes e feixes vasculares. Considerando-se apenas as células parenquimáticas, foi observado alto conteúdo de compostos fenólicos intracelulares aos 31 e 62 dias após a antese e sua diminuição progressiva ao longo do tempo. As células parenquimáticas apresentaram aumento de volume do 62º até o 110º dia após a antese, quando se iniciou o processo de degradação da parede celular, observável pela desorganização dos compostos pécticos da lamela média e pela presença de material fibrilar nos espaços intercelulares junto à face externa das paredes celulares. Aos 110 dias após a antese os frutos já podem ser colhidos, uma vez que foram alcançados os parâmetros de qualidade e inicia-se o processo de degradação da parede celular. Aos 124 dias após a antese já era possível observar a perda completa de adesão entre as células, sendo que a degradação máxima das células parenquimáticas ocorreu aos 138 dias, período em que os espaços intercelulares já eram muito grandes e preenchidos por material fibrilar. Aos 15 dias após a antese, os cloroplastos apresentavam início de organização granal, com pilhas de lamelas longas. A organização da grana persistiu até o 88º dia, embora nesta data já fosse possível observar o aparecimento dos primeiros plastoglóbulos, cujo número aumentou muito aos 110 dias, quando já havia perda da organização granal. A partir do 124º dia os cloroplastos já haviam sido completamente transformados em cromoplastos. As mitocôndrias permaneceram visualmente íntegras até o 131º dia após a antese, sendo observada apenas ligeira desorganização em seu envelope aos 138 dias após a antese.Item Aspectos fisiológicos e da produção do arroz em resposta ao silício(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-30) Detmann, Kelly da Silva Coutinho; Rodrigues, Fabrício de ávila; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709080E6; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/0625649468025120; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Silva, Diolina Moura; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793517H8O presente estudo foi conduzido procurando-se analisar as contribuições da suplementação de silício (Si) no acúmulo de biomassa da planta e na produção de grãos de arroz (Oryza sativa L.). Para tal, diferentes experimentos foram conduzidos, submetendo-se plantas de arroz (subsp. japônica Oochikara - WT) e seu mutante defectivo para a absorção de Si lsi1 (Low silicon rice 1) a diferentes condições de cultivo hidropônico com diferentes suplementações de Si (0 e 2 mmol L-1). Para tal, no primeiro experimento, procedeu-se a análises alométricas e de crescimento, com o objetivo de avaliar o padrão de alocação de biomassa nas diferentes fases do ciclo do arroz, sob diferentes disponibilidades de Si. No presente trabalho, foi evidenciado que independentemente do genótipo, o Si não alterou a alocação de biomassa nas fases iniciais do ciclo fenológico, mas aumentou a produtividade de grãos em ambos os genótipos (34 % WT e 24 % lsi1). No segundo experimento, plantas foram cultivadas com e sem suplantação de Si durante a fase vegetativa, quando, então, no início da fase reprodutiva, metade das plantas em cada tratamento inicial (-Si e +Si) teve sua suplementação de Si modificada (-Si/+Si e +Si/-Si), formando quatro condições experimentais até o fim do experimento. Nos resultados, pode-se enfatizar que o Si, no estádio reprodutivo, é mais efetivo para aumentar a produtividade do que no estádio vegetativo. A remoção ou adição de Si na fase reprodutiva de arroz teve efeito significativo no aumento do dreno (número de grãos por panícula), com aumento da taxa fotossintética, mas sem alterações no ângulo foliar. Para investigar, os efeitos do Si sobre o crescimento, a produção e a fotossíntese em diferentes razões área foliar por número de grãos foram combinadas análises de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, medições incorporação de carbono marcado, conseguinte partição em diferentes frações e a análise do perfil metabólico. Para tal, o terceiro experimento consistiu na manipulação do dreno (remoção ou não da panícula) de plantas WT e lsi 1, com ou sem adição de Si. A presença deste elemento fez aumentar o número e a massa individual dos grãos. O silício aumentou o número e a massa individual dos grãos, consequentemente, modificou as relações fonte-dreno. Tais modificações no dreno estimularam a atividade fotossintética na folha-fonte, associado fundamentalmente ao aumento da condutância mesofílica por mecanismos ainda desconhecidos. Além disso, a suplantação de silício alterou o metabolismo primário estimulando a remobilização de aminoácidos.Item Atividade respiratória e metabolismo antioxidativo em raízes de plântulas de milho (Zea mays L.) submetidas ao estresse salino(Universidade Federal de Viçosa, 2006-06-28) Montanari, Ricardo Marques; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4139794E2; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; Peixoto, Paulo Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780011D1A sensibilidade ao estresse salino foi avaliada em plântulas de milho (Zea mays L.) das cultivares AGN 3150, BR 106, BR 201, BR 206 e SHS 4040, cultivadas em solução nutritiva de Hoagland. Os tratamentos com 50 e 100 mM de NaCl reduziram a produção de biomassa e aumentaram o extravasamento relativo de eletrólitos nas raízes e nas partes aéreas de todas as cultivares estudadas. Porém, os maiores valores de redução no crescimento e de extravasamento de eletrólitos foram apresentados pela cultivar BR 106 e os menores valores observados na cultivar AGN 3150. Portanto, entre as cultivares avaliadas, estas duas foram consideradas, respectivamente, como a mais sensível e a mais tolerante ao estresse salino. Verificou-se, então, o efeito do tratamento com 100 mM de NaCl sobre alguns componentes do metabolismo antioxidativo e sobre a respiração mitocondrial nas raízes de plântulas dessas duas cultivares. A cultivar tolerante apresentou aumento nas atividades das enzimas dismutase do superóxido (SOD), peroxidase do ascorbato (APX) e redutase da glutationa (GR), bem como aumento na razão ascorbato/desidroascorbato. A cultivar sensível apresentou redução na atividade das catalases (CAT) e GR, e também da razão ascorbato/desidroascorbato. O grau de peroxidação de lipídeos aumentou nas raízes e nas mitocôndrias isoladas, apenas na cultivar sensível. Nas mitocôndrias isoladas da cultivar tolerante, o tratamento com NaCl resultou em aumento na taxa respiratória no estado 4 e na capacidade da rota alternativa. Além disso, houve redução nas razões ADP/O e de controle respiratório, indicando um menor grau de acoplamento, possivelmente resultante da maior atividade da oxidase alternativa (AOX) na cultivar tolerante. Na cultivar sensível, a atividade respiratória total e a razão ADP/O foram fortemente reduzidas, porém a participação percentual da rota alternativa não foi alterada. O tratamento com NaCl resultou em redução na atividade da proteína desacopladora (UCP) na cultivar tolerante e em aumento desta atividade na cultivar sensível. Pelos dados obtidos, a maior tolerância da cultivar AGN 3150 está relacionada à sua maior eficiência na remoção de intermediários reativos de oxigênio, além da maior possibilidade de desvio de elétrons pela sua rota alternativa na cadeia respiratória. Entretanto, a contribuição da UCP nos mecanismos de tolerância à salinidade dessa cultivar não foi evidenciada.Item Atuação das enzimas oxidativas em raízes de batata-baroa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft) submetidas à injúria por frio(Universidade Federal de Viçosa, 2006-06-30) Menolli, Luciana Nunes; Puiatti, Mário; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783362Z2; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4127998P6; Casali, Vicente Wagner Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783038Y4; Sediyama, Maria Aparecida Nogueira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783366Z4A batata-baroa é uma hortaliça de origem subtropical, cujas raízes tuberosas são altamente perecíveis em condições de temperatura ambiente, necessitando de armazenamento sob refrigeração para prolongar a durabilidade pós-colheita. Entretanto, baixas temperaturas de armazenamento podem acarretar o surgimento de sintomas de injúria por frio, dentre eles, o escurecimento das raízes. Em muitas espécies, têm-se observado que o escurecimento ocorre devido à atuação das enzimas peroxidase e polifenoloxidase. O objetivo deste trabalho foi avaliar a participação das enzimas peroxidase e polifenoloxidase no escurecimento provocado por baixas temperaturas causadoras da injúria por frio e verificar possíveis variações no comportamento dessas enzimas sob condições de pH e temperatura, determinando as condições ótimas da atividade e possíveis formas de inativação. A influência das enzimas peroxidase e polifenoloxidase no escurecimento enzimático ocasionado pelo armazenamento em temperaturas que causam injúria por frio, foi determinada por meio da análise visual das raízes, da determinação da atividade das enzimas peroxidase e polifenoloxidase, e da concentração de compostos fenólicos solúveis em raízes submetidas ao armazenamento a 5ºC e 10ºC. A influência do pH e da temperatura sobre atividade das enzimas foi feita via saturação do extrato bruto com sulfato de amônio (0 a 80%). Tanto a temperatura de 5ºC quanto de 10ºC houve progressivo aumento no grau de escurecimento, na atividade da peroxidase e da polifenoloxidase, e da concentração de compostos fenólicos durante o armazenamento. A atividade da enzima peroxidase aumentou expressivamente até o 7º dia de armazenamento em ambas as temperaturas, mantendo-se praticamente constante após esse período à temperatura de 5ºC até o 28º dia de armazenamento. A temperatura de 10ºC houve maior atividade, no 14º dia de armazenamento, com posterior declínio. A atividade da polifenoloxidase e a concentração de compostos fenólicos solúveis aumentaram acentuadamente após o 14º dia de exposição às duas temperaturas. Esses resultados indicam a atuação das enzimas peroxidase e polifenoloxidase no escurecimento, porém, essas duas enzimas não seriam os únicos fatores responsáveis pelo mesmo. A peroxidase teve maior atividade quando a reação ocorreu entre pH 5,5 e 6,0, e sob temperatura de 30ºC; houve inativação da enzima a pH 2,5 após 60 min de exposição, e às temperaturas de 60ºC, após 10 minutos, e 70ºC, após 5 minutos. A polifenoloxidase apresentou maior atividade quando a reação ocorreu em pH 7,5 e à temperatura de 30ºC. Essa enzima não foi inativada pela incubação em pH 2,5 ou 9,0, porém foi inativada após 5 minutos a 80 ºC.Item Bases fisiológicas da ação do arsênio em algumas espécies de cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-13) Costa, Alan Carlos; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766682J7; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Kozovits, Alessandra Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797308T1No presente estudo objetivou-se avaliar o grau de resistência de algumas espécies vegetais ao As; caracterizar, mediante parâmetros fisiológicos, mecanismos de resistência e sensibilidade e avaliar o potencial destas espécies como fitorremediadoras de áreas contaminadas com As. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, em solução nutritiva de Hoagland e Arnon, meia força iônica, pH 5,5, renovada a cada cinco dias. Os tratamentos consistiram da aplicação de doses crescentes de As na forma de arseniato de sódio. Na primeira etapa foram conduzidos oito experimentos independentes com mudas de Psidium guineense Swartz, Schinus terebinthifolius Raddi, Mimosa caesalpinieafolia Benth, Eugenia jambolana Lam, Enterolobium contortisiliqum (Vell.) Morong., Acacia bahiensis Benth., Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul., e Sesbania punicea (Cav.) Benth. Após 30 dias de cultivo nas concentrações de As, as plantas foram colhidas para determinação do peso da matéria seca e do conteúdo de As nas raízes, caule e folhas. Os fatores de bioacumulação (FBA) e de transferência de As para a parte aérea (FT) foram utilizados para auxiliar na caracterização das respostas das plantas ao As. Os resultados demonstraram que espécies como E. contortisiliqum, C. ferrea e M. caesalpinieafolia apresentaram maior grau de sensibilidade enquanto que S. terebinthifolius e P. guineense apresentaram maior grau de resistência ao As em solução nutritiva. As espécies estudada não se caracterizaram como fitoextratoras, mas espécies como S. terebinthifolius, P. guineense, S. punicea, e E. jambolana apresentam potencial para processos de fitoestabilização, recuperação e revegetação de áreas contaminadas com As. Na segunda etapa dos estudos foram conduzidos experimentos independentes com mudas de M. caesalpinieafolia e P. guineense para caracterização das respostas de sensibilidade e resistência ao As destas espécies. Nesse sentido avaliou-se o conteúdo de As, P, Ca, S e Mg e o conteúdo de grupos tióis não protéicos (TNP) nas raízes, caule e folhas das espécies. As trocas gasosas, a fluorescência da clorofila a e o crescimento das plantas também foram avaliados. O conteúdo de P, Ca, Mg e S nas folhas, caule e raízes das espécies foi modificado pelo As. M. caesalpinieafolia apresentou aumento súbito nas concentrações de P em baixas concentrações de As na solução. Este comportamento proporcionou absorção de As em quantidades maiores do que esta espécie poderia metabolizar, culminando em severas injúrias em concentrações elevadas de As na solução. P. guineense apresenta maior conteúdo de Ca no sistema radicular, além de maior incremento nos conteúdos de S e TNP que contribuíram para o melhor desempenho desta espécie na presença de As. As taxas fotossintética e transpiratória, a condutância estomática, os parâmetros da fluorescência da clorofila a, com exceção da Fv/Fm, e ainda o crescimento das plantas de M. caesalpinieafolia foram drasticamente reduzidos em concentrações elevadas de As na solução. Em P. guineense, no entanto, o As chegou a estimular a taxa fotossintética e o crescimento das plantas. Em ambas as espécies a Fv/Fm se manteve alta (0,82) sugerindo que o As não promoveu danos irreversíveis ao fotossistema II. Os resultados demonstraram que o efeito do As em plantas é dependente da espécie. O conteúdo de nutrientes e de TNP apresentam estreita relação com as respostas de sensibilidade e tolerância das plantas de M. caesalpinieafolia e P. guineense ao As em solução nutritiva. O As afeta as trocas gasosas de plantas, mas não promove danos irreversíveis no aparato fotossintético.Item Características fotossintéticas da palmeira macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.) submetidas a deficiência hídrica(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-16) Mota, Clenilso Sehnen; Gomes, Fábio Pinto; http://lattes.cnpq.br/0379787325639951; Motoike, Sérgio Yoshimitsu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728221T8; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; http://lattes.cnpq.br/0131884660611016; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Lobo, Francisco de Almeida; http://lattes.cnpq.br/0296723198831816; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851Com o objetivo de avaliar as relações hídricas, os parâmetros fotossintéticos, a capacidade de ajustamento osmótico e de recuperação dos mesmos em plantas jovens de macaúba submetidas à deficiência hídrica, realizaram-se dois experimentos em casa de vegetação. Em ambos, as mudas de macaúba foram recebidas com idade de 10 meses e cultivadas em recipientes contendo 150 L de substrato, com irrigação diária, até idade de 18 e 19 meses, nos experimentos I e II, respectivamente, quando foram iniciados os ciclos de seca/recuperação (SR). O experimento I foi conduzido com o objetivo de avaliar o comportamento de diferentes acessos de macaúba, em resposta a um ciclo SR. As plantas utilizadas no experimento foram obtidas a partir de sementes provenientes dos acessos 43, 55, 57 e 63. Em número de cinco por acesso, as plantas, após a suspensão da irrigação, tiveram as variáveis de potencial hídrico na antemanhã (Ψam), taxa de assimilação líquida de CO2 (A) e transpiração (E) avaliadas em períodos de aproximadamente dez dias, até que os acessos apresentassem A próximo de zero. Nesse momento, foi retomada a irrigação, com avaliação das variáveis após seis dias. A regressão ajustada para as variáveis A, E, eficiência no uso da água (WUE) e Ψam, em cada acesso, foi: y=α+βx+δx2+θex (equação 1), em que y é a variável A, E, WUE ou Ψam; x é o numero de dias após a suspensão da irrigação; α é o valor de y no dia da suspensão da irrigação; β é a inclinação da curva após a suspensão da irrigação; δ é o efeito quadrático de x sobre y; e θ é a intensidade de recuperação de y. A relação entre as variáveis A e E em função de Ψam, para cada acesso, foi ajustada pela seguinte regressão quadrática: y=a+bx+cx2 (equação 2), em que y é a A ou E, x é o Ψam e a é y quando Ψam for igual a zero; b é a inclinação da redução de y em função do decréscimo do Ψam; e c, a vi convexidade da curva. Em cada variável, os parâmetros α, β e θ da equação 1 e a, b e c da equação 2 foram comparados entre os acessos de macaúba, utilizando o teste de identidade de modelos. O experimento II foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito de ciclos sucessivos de SR sobre os parâmetros fotossintéticos, relações hídricas e ajustamento osmótico. Neste experimento, dez plantas do acesso FL foram submetidas a três ciclos sucessivos de SR e outras dez foram irrigadas normalmente. Cada ciclo consistiu em suspender a irrigação até que a A fosse inferior a 95%, em comparação com as plantas sem deficiência hídrica (SD), retornando à irrigação até que A recuperasse no mínimo 85% em relação às plantas SD. No experimento I, os valores α, β e θ das regressões do Ψam não diferiram entre os acessos. Já para A e E, os acessos apresentaram diferenças para α: A foi maior nos acessos 57 e 63 em relação ao 43, e E , superior no acesso 57 em relação ao 43 e 55. O WUE foi a única variável a apresentar diferença entre os acessos para θ, em que o 63 foi superior ao 55; todavia, o acesso 55 foi o que apresentou tendência de menor redução de WUE em deficiência hídrica severa. O parâmetro a da equação 2 não apresentou diferença entre os acessos, para A e E. Entretanto, b e c diferiram entre os acessos: o 57 apresentou menor inclinação da queda de A, em relação ao 43 e 63; já para E, o acesso 57 mostrou menor inclinação que o 43. Quanto à convexidade da equação 2, o acesso 57 apresentou menor convexidade em relação ao 43. No acesso 57, a redução de A e E em 50% ocorreu em Ψam de -1,28 e -1,18 MPa, respectivamente ambos os Ψam foram menores em relação aos demais acessos. A redução de A e E em 50% em menor Ψam no acesso 57, assim como o menor valor de b em relação aos demais acessos, demonstra que ele é mais resistente à deficiência. Já no experimento II, que utilizou sucessivos ciclos SR, as reduções de A, condutância estomática (gs) e E, acima de 95%, foram obtidas em potencial hídrico foliar na antemanhã (Ψam) de -1,9 MPa, sendo o decréscimo de A precedido por gs e E. Na reidratação, gs, E e Ψam não apresentaram diferenças entre as plantas sem e com deficiência hídrica, o que não foi observado com A. A redução de A é linear e proporcional à de Ψam, e a redução de A em 50% ocorre em Ψam de -1,1 MPa. gs possui o mesmo comportamento de A em relação ao Ψam, porém a redução de gs em 50% ocorre em Ψam de -0,8 MPa. O valor máximo de WUEi ocorre em Ψam de -1,5 MPa; para reduções abaixo desse valor, ocorre queda abrupta do WUEi. A limitação mesofílica relativa variou de 91 a 94%, nos pontos máximos do estresse (PME). As plantas SD apresentaram limitação estomática relativa entre 37 e 41%; já nas plantas CD, o incremento de CO2 não teve efeito sobre A, nos PMEs. A fluorescência mínima adaptada ao escuro (F0) aumentou, e a eficiência quântica máxima do FSII (Fv/Fm) reduziu em estresse severo, demostrando assim danos no FSII e não apresentou recuperação após o segundo ciclo. A taxa aparente de transporte de elétrons (TTE) e o rendimento quântico de conversão de energia fotoquímica do FSII (фFSII) mostraram redução em níveis moderados e severos de deficiência hídrica (DH), porém se recuperaram durante os períodos de reidratação. O rendimento quântico de dissipação regulada de energia não fotoquímica no FSII (фNPQ) apresentou aumento durante todo o experimento, exceto na primeira avaliação e durante o período de reidratação do primeiro ciclo. As plantas de macaúba não apresentaram ajustamento osmótico; contudo, houve acúmulo de prolina, com pico nos pontos de máximo estresse. Redução do acúmulo de massa seca das plantas CD foi de 56 e 48% para raízes e parte aérea, respectivamente; a relação raiz/parte aérea não foi influenciada pela deficiência. Os resultados demonstram que o acesso 57 apresentou-se mais tolerante a deficiência hídrica que os acessos 43, 55 e 63. Períodos intermitentes de disponibilidade hídrica podem promover a aclimatação da fotossíntese, conforme demonstrado no experimento 2. Ainda no experimento 2 é verificado que as trocas gasosas apresentam recuperação durante o período de reidratação, e que o potencial hídrico foliar de -1,5 MPa parece ser o limite entre um estresse hídrico moderado e severo.Item Caracterização anatômica e bioquímica da hiperidricidade em morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) e videira (Vitis vinifera L. x Vitis rotundifolia) propagados in vitro(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-24) Barbosa, Letícia Mascarenhas Pereira; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4733928U9; Motoike, Sérgio Yoshimitsu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728221T8; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Peixoto, Paulo Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780011D1Plantas propagadas in vitro são freqüentemente afetadas por condições de estresse que podem levar ao desenvolvimento de hiperidricidade. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivos investigar a influência de agentes gelificantes, da citocinina 6-benzilaminopurina (BAP) e do tipo de vedação dos frascos sobre a indução de hiperidricidade em videira e morangueiro. Para tal, foram utilizadas plantas de morangueiros Dover e Burkley e do porta-enxerto de videira VR043 43 , mantidas in vitro em sala de crescimento a 25 ± 2 ºC, sob fotoperíodo de 16 h e irradiância 36 mmol m-2 s-1. Explantes de morangueiro foram cultivados em meio contendo sais e vitaminas de MS, 30 g L-1 de sacarose, 100 mg L-1 de inositol, acrescido de Ágar (6,5 g L-1) ou Phytagel® (2,5 g L-1) e BAP em diferentes concentrações (0,5; 1,0; 2,0 e 3,0 mg L-1). Segmentos de entrenós de videira foram transferidos para meio MS meia força ou para meio Q & L, com as mesmas quantidades de sacarose e mioinositol, acrescidos de Ágar (6,5 g L-1) ou Phytagel® (2,5 g L-1) e BAP (1,0 ou 2,0 mg L-1). Foram mensurados os níveis de etileno no interior dos frascos aos 5, 10, 20, e 30 dias de cultivo, para morangueiro, e aos 3, 7, 14, 20, 30 e 40 dias, para videira. Após 35 dias, foram realizadas analisadas bioquímicas (SOD, CAT, POD, isoenzimas, peroxidação de lipídios, teor de clorofila), estruturais (microscopia fotônica e eletrônica de varredura), além da análise das caracteristicas morfológicas da hiperidricidade. Para estudar a influência do tipo de vedação no desenvolvimento de hiperidricidade, plantas de videira e morangueiro foram transferidas para frascos contendo meio indutor e não indutor de hiperidricidade. Os frascos foram vedados com tampa rígida de polipropileno, com e sem membrana permeável a trocas gasosas ou duas camadas de filme pástico de PVC. Foram mensurados os níveis de etileno aos 7, 20 e 40 dias de cultivo e, após 35 dias, foram analisados massas fresca e seca dos brotos, peroxidação de lipídios, sistemas enzimáticos (MDH, ADH e POD), extravasamento de solutos e características ultraestruturais. A adição de BAP no meio de cultivo induziu ao estresse oxidativo que, por sua vez, causou mudanças no estado fisiológico de plantas de morangueiro e videira, caracterizadas por aumento da atividade de enzimas antioxidantes e da peroxidação de lipídios, alterações em nível celular, malformações de estômatos e de células epidérmicas, além de aumento na produção de etileno no interior dos frascos de cultivo. O tipo de vedação utilizado influenciou o ambiente interno dos frascos e, conseqüentemente, o desenvolvimento de hiperidricidade. Nos frascos vedados com membrana permeável, mesmo em meio indutor de hiperidricidade, não foram observadas características morfológicas desse fenômeno, embora tenha sido observado aumento da atividade de peroxidases e de extravasamento de eletrólitos em plantas de videira, submetidas a este tratamento. A vedação de frascos com tampa rígida de polipropileno ou com filme de PVC, em presença de BAP, promoveram maior índice de hiperidricidade, confirmando que o tipo de vedação dos frascos, em combinação com componentes do meio e com condições de cultivo, estão relacionados ao surgimento dessa desordem fisiológica em plantas cultivadas in vitro.Item Caracterização funcional de uma PERK quinase de Arabidopsis thaliana que interage com a proteína NSP de Geminivírus(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-23) Florentino, Lílian Hasegawa; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781848H2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757604E9; Zerbini Júnior, Francisco Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783743U5; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4Geminivírus constitui um grande grupo de vírus de planta, cujo genoma é empacotado na forma de DNA circular fita simples em partículas icosaédricas geminadas e é convertido em uma forma fita dupla no núcleo de células diferenciadas de plantas. A maioria dos membros do gênero Begomovirus, como o Cabbage leaf curl vírus (CaLCuV), possuem dois componentes genômicos, DNA-A e DNA-B. O DNA-A apresenta o potencial para codificar cinco produtos gênicos (AV1, AC1, AC2, AC3, AC4) e está envolvido na replicação, ativação transcricional de genes virais e encapsidação do genoma viral. O DNA-B codifica duas proteínas de movimento, Movement Protein MP (BC1) e Nuclear Shuttle Protein NSP (BV1), ambas requeridas para o estabelecimento de uma infecção sistêmica. NSP transporta o DNA viral entre o núcleo e o citoplasma e então atua cooperativamente com MP para transportar o DNA viral de célula-a-célula através da parede celular. A localização de NSP e seu papel proposto no movimento célula- a-célula do DNA viral predizem que podem ocorrer interações com fatores do hospedeiro tanto no citoplasma quanto no núcleo. De fato, foi demonstrado que NSP interage com uma proteína receptora da membrana plasmática, designada NIK, e uma acetiltransferase nuclear. Através de ensaio de duplo híbrido, foi identificada, uma PERK quinase ( proline-rich extensin-like receptor protein kinase ) de Arabidopsis thaliana que interage especificamente com NSP de CaLCuV e, também de geminivírus que infectam tomate, a qual foi designada NsAK ( NSP-associated kinase ) e é estruturalmente organizada em um domínio N-terminal rico em prolina seguido de um segmento transmembrana e de um domínio C-terminal de serina/treonina quinase. A proteína viral interagiu estavelmente com versões defectivas do domínio de quinase de NsAK, mas não com a enzima potencialmente ativa em um ensaio de ligação in vitro. NsAK traduzida in vitro aumentou o nível de fosforilação de NSP, indicando que NSP atua como substrato de NsAK. Estes resultados demonstram que NsAK é uma autêntica serina/treonina quinase e sugerem elo funcional para a formação do complexo NSP-NsAK. Esta interpretação foi corroborada por ensaios de infectividade in vivo, demonstrando que a perda de função de NsAK reduz a eficiência da infecção por CaLCuV e atenua o desenvolvimento dos sintomas. Estes dados implicam NsAK como um contribuidor positivo para a infecção por geminivírus e sugerem que NsAK pode regular a função de NSP.Item Conservação pós-colheita de inflorescências de boca-de-leão (Antirrhinum majus L.) em relação à condição hídrica das hastes(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-15) Vieira, Luciana Marques; Barbosa, José Geraldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783055P7; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; http://lattes.cnpq.br/8287636405326730; Moraes, Paulo José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761139Y4; Ribeiro, Dimas Mendes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778644J9Este trabalho teve como objetivos determinar a curva de absorção de diferentes soluções por hastes cortadas de Antirrhinum majus L. e taxa de transpiração dessas hastes quando submetidas à diferentes soluções; estimar o tempo que decorre para oclusão vascular após o armazenamento a seco; determinar a localização do bloqueio vascular; avaliar o efeito da reidratação após o transporte e, após o armazenamento refrigerado e seco, sobre a conservação pós- colheita das hastes cortadas de boca-de-leão. As inflorescências foram uniformizadas em tamanho e distribuídas ao acaso para realização dos diversos experimentos. Os parâmetros avaliados foram teor relativo de água, variação de massa fresca e longevidade das hastes. A taxa de absorção das diferentes soluções pelas hastes cortadas de Antirrhinum majus L. e a taxa de transpiração, foram maiores nas primeiras 24 horas sendo que, a solução de Flower® promoveu efeitos 74,3% maior que a água desionizada e 87,8% maior que a solução contendo 8-HQC, sacarose e ácido cítrico. Após 24 horas, as taxas reduziram-se e mantiveram-se com poucas variações até o fim da vida de vaso das inflorescências. Com o armazenamento a seco verificou-se que o bloqueio vascular foi linearmente proporcional ao período de estresse, ocorrendo a menos de 2 cm da base da haste. A solução contendo 8-HQC, sacarose e ácido cítrico propiciou maior vida de vaso às hastes (7 dias), seguida da solução de Flower® (5 dias); a utilização da água quente ou fria não foi eficiente em prolongar a vida de vaso das inflorescências e manter a qualidade. O armazenamento refrigerado seco mostrou-se uma técnica eficiente em prolongar a longevidade das hastes, aumentando seu período de comercialização, principalmente quando associado à solução de vaso, após o armazenamento, contendo 8-HQC, sacarose e ácido cítrico, exceto quando armazenadas por 6 dias, visto que o comportamento foi semelhante ao promovido pela solução de Flower®. O armazenamento a frio e as solução conservantes utilizadas mostraram-se eficientes em prolongar a vida de vaso de inflorescências de boca-de-leão.Item Contribuição da barreira tegumentar para a germinação de sementes de Stylosanthes humilis H.B.K(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-19) Chaves, Izabel de Souza; Dias, Denise Cunha Fernandes dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304Z9; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; http://lattes.cnpq.br/0954080021944936; Melo, Anderson Adriano Martins; http://lattes.cnpq.br/4113027589439237Sementes de estilosante (Stylosanthes humilis HBK), leguminosa tropical, forrageira anual, exibem uma barreira tegumentar imposta principalmente pelos macroesclereídios que compõe o tecido paliçádico do tegumento. Alguns reguladores de crescimento são capazes de penetrar o tegumento das sementes, estimular a germinação e promover o crescimento do embrião que, então rompe a barreira tegumentar. Quando as sementes são escarificadas em seguida ao tratamento das sementes com reguladores por 48 ou 72 h, ocorre quebra parcial da dormência, mostrando que os reguladores haviam penetrado pelo tegumento. Os reguladores de crescimento que exibiram maior permeância , i. e., aqueles que propiciaram um nível de germinação mais alto foram: ácido 1-carboxílico-1-aminociclopropano, tiouréia e ácido 2-cloroetilfosfônico (CEPA) + benziladenina (BA). CEPA e BA, isoladamente, também puderam quebrar a dormência, dependendo do lote de sementes estudado. Tratamentos de escarificação mecânica (com o uso de lixa d água) e química (com H2SO4) tornaram o tegumento permeável à água e solução dos reguladores de crescimento por afetarem a cutícula e os macroesclereídios do tegumento e, por isso, são rotineiramente empregados na quebra da paradormência tegumentar das sementes.Item Crescimento e respostas antioxidantes de macrófitas aquáticas submetidas ao arsênio(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-29) Santos, Gabriela Alves dos; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718438Y2; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Ribeiro, Sylvia Therese Meyer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780180A0A influência do As sobre alguns aspectos do crescimento e do sistema antioxidante foi estudada em três espécies aquáticas: Azolla caroliniana, Lemna gibba e Salvinia minima, expostas cinco concentrações de As (0,0, 0,25, 0,5, 1,0 e 1,5 mg L-1) em solução nutritiva. Foram determinados o teor de As nas plantas, a taxa de crescimento relativo (TCR), as atividades enzimáticas da dismutase do superóxido (SOD), da catalase (CAT), de peroxidases (POX), da peroxidase do ascorbato (APX) e da redutase da glutationa (GR), o teor de tióis totais, de tióis não protéicos e de tióis protéicos e, ainda, o teor de antocianinas. Lemna gibba foi a macrófita que apresentou maior tolerância ao As, requerendo 967,6 μg g-1MS para reduzir em 50 % a TCR. Azolla caroliniana demandou 429,2 μg g-1MS para a ocorrência dessa redução e, por último, demonstrando ser a mais sensível, S. minima requereu 255,08 μg g-1MS. Em relação aos mecanismos antioxidantes, as três espécies responderam de forma diferente ao aumento da concentração de As no meio. Azolla caroliniana sofreu aumentos nas atividades da CAT e da GR, manteve inalteradas as atividades da SOD e da POX, sofrendo diminuição na atividade da APX, embora tenha sido a espécie que apresentou maior atividade desta enzima. Salvinia minima exibiu aumentos nas atividades de SOD, CAT, APX e GR, mantendo inalterada a atividade de POX, com o aumento da concentração de As no meio de cultivo. A maior tolerância de L. gibba aos efeitos do As parece estar relacionada tanto aos mecanismos antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos. Esta espécie, além de apresentar maiores atividades de SOD, CAT, POX e GR, também apresentou maiores teores de tióis e antocianinas que as outras duas espécies analisadas. Embora A. caroliniana e S. minima também tenham apresentado incrementos nas atividades de várias enzimas, a maior tolerância de L. gibba parece ser devida não somente ao aumento nestes processos antioxidantes, mas à superior atividade basal dessas enzimas e ao maior conteúdo basal de tióis e antocianinas. Além do aumento nas atividades enzimáticas, L. gibba exibiu aumentos nos teores de tióis totais e tióis não protéicos, diminuindo os teores de tióis protéicos. A. caroliniana e S. minima praticamente não sofreram alterações no conteúdo de tióis. Assim como L. gibba, A. caroliniana e S. minima revelaram acréscimos nos teores de antocianinas após exposição às concentrações crescentes de As na solução. Neste contexto, dentre as três macrófitas estudadas, L. gibba foi a que apresentou maior potencial para ser empregada em programas de fitorremediação.Item Crescimento, fotossíntese e mecanismos de fotoproteção em mudas de café (Coffea arabica L.) formadas a pleno sol e à sombra(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-10) Moraes, Gustavo Adolfo Bevitori Kling de; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4759511D9; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Ronchi, Cláudio Pagotto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767872T7; Sakiyama, Ney Sussumu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781483H8Apesar de a produção de mudas de café arábica ser feita tradicionalmente em viveiros sob sombra, alguns viveristas, com o propósito de melhorar a sua aclimatação às condições do campo, após o transplantio, vêm produzindo mudas a pleno sol. Todavia, a maioria dos resultados obtidos com o cultivo de mudas de café a pleno sol ou à sombra se resume a avaliações morfológicas simples, sem dar-se ênfase em parâmetros fisiológicos que poderiam explicar os mecanismos de aclimatação de mudas de café à disponibilidade de luz. Neste estudo, examinaram-se parâmetros morfológicos, fisiológicos e bioquímicos, em folhas de mudas de café arábica (Coffea arabica L.) produzidas a pleno sol e à sombra. As plantas a pleno sol (T1) acumularam biomassa seca e exibiram taxa de crescimento relativo (TCR) similar em relação a plantas à sombra (T2), ainda que tenha ocorrido menor alocação de biomassa para a parte aérea e menor razão de massa foliar nas primeiras. Como um todo, esse comportamento deve estar associado à maior taxa assimilatória líquida (TAL) das plantas de T1. As taxas máximas de fotossíntese líquida foram maiores nas plantas a pleno sol, entretanto o padrão do curso diário das trocas gasosas entre as plantas de T1 e T2 foi semelhante, com variações diurnas das taxas fotossintéticas acompanhando a variação na condutância estomática (gs). Mesmo estando as plantas de T1 sob maior irradiância que as plantas de T2, não houve alterações na concentração de clorofilas totais (Cl (a+b)) nem na razão Cl a/b. Não foi verificado, também, qualquer indício de fotoinibição crônica nem danos fotooxidativos nas plantas de T1, que apresentaram concentração de aldeído malônico semelhante à das plantas de T2. A maior energia de excitação a que as plantas de T1 estavam sujeitas foi dissipada efetiva e adequadamente, possivelmente em função do maior coeficiente de extinção não-fotoquímico fato provavelmente associado ao maior estado de desepoxidação dos carotenóides envolvidos no ciclo das xantofilas (DEPS), as maiores concentrações de zeaxantina, e maior razão violaxantina + anteraxantina + zeaxantina e carotenóides totais, e à maior atividade das enzimas do sistema antioxidante, particularmente a peroxidase do ascorbato, redutase da glutationa e catalase. Decréscimos em A, observados após a transferência das mudas, da sombra para pleno sol (T3) foram, possivelmente, associados às reduções em gs bem como à ocorrência de uma fotoinibição crônica. Após transferência para condições de pleno sol, verificaram-se reduções em Cl (a+b), além de menor atividade das enzimas do sistema antioxidativo, associadas a um acúmulo de aldeído malônico. As mudas de T3 exibiram retenção noturna pronunciada de zeaxantina e aumentos consideráveis em DEPS, mesmo na antemanhã, porém com menor capacidade para defender-se adequadamente contra a maior pressão de excitação do novo ambiente lumínico. Demonstra-se, aqui, que a formação de mudas de café a pleno sol é uma opção que deve ser sempre considerada pelo cafeicultor ou pelo viverista, em função do desempenho superior dessas mudas, em relação às formadas à sombra.