Fitotecnia

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    Suplementação de luz do tipo LED em plantas de girassol ornamental (Helianthus annuus) cultivadas em vaso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2025-02-17) Santos Filho, Fernando Batista dos; Grossi, José Antônio Saraiva; http://lattes.cnpq.br/3664688579607733
    O girassol (Helianthus annuus) é uma espécie bem explorada no setor ornamental, pois tem uso como flor de corte, utilizada para composição de arranjos florais, e como flor de vaso, utilizada na decoração de ambientes. Nos últimos anos, a produção hortícola em casas de vegetação com suplementação artificial de luz tem se popularizado, principalmente em regiões que recebem poucas horas de luz solar por dia ou em épocas do ano em que a iluminação natural é baixa. Com isso objetivo do trabalho consiste em determinar o período de iluminação suplementar mais adequado visando obter um produto que atenda aos requisitos de mercado e tenha qualidade e avaliar a eficiência da tecnologia da suplementação luminosa de luz LED no controle do crescimento de plantas de girassol cultivadas em vaso. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Unidade de Pesquisa Ensino e Extensão – Floricultura, da Universidade Federal de Viçosa, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos: testemunha (sem iluminação suplementar), 12 horas de iluminação suplementar durante o dia (das 06:00 até 18:00), 12 horas de iluminação suplementar durante a noite (das 18:00 até 06:00) e 24 horas de iluminação suplementar, com três repetições (bancadas) e três plantas por repetição. A altura das plantas, diâmetro das plantas, diâmetro da haste, número de folhas, índices de clorofila, taxa de fotossíntese líquida, condutância estomática, concentração de carbono interno, transpiração eficiência do uso da água, taxa de transporte de elétrons, taxa de transpiração e respiração foram avaliados. A tecnologia LED contribuiu para o aumento na altura das plantas. A suplementação de luz LED de 06:00 até 18:00 favoreceu a redistribuição de biomassa para a floração, enquanto os tratamentos de 18:00 até 06:00 e 24 horas resultaram em maior acúmulo de biomassa fresca e seca nas folhas e nos caules. Os achados deste estudo reforçam a importância da escolha do regime de suplementação luminosa em girassóis, uma vez que as condições de luz influenciam na partição do acumulo de biomassa ou para as folhas e caule ou para as inflorescências. Palavras-chave: cultivo protegido; intensidade luminosa; floricultura
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    Produtividade do feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) em sistema de plantio direto e plantio convencional em sucessão ao milho-grão e milho-ensilagem
    (Universidade Federal de Viçosa, 2025-03-06) Santana, Ana Paula da Silva; de La Cruz, Ricardo Alcantara
    Em condições de sequeiro, a produtividade agrícola pode ser menor nos sistemas de plantio convencional (CONV), em relação ao sistema plantio direto (SPD). O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento, o crescimento e a produtividade do feijão nos SPD e CONV, após o monocultivo de milho-grão e milho-silagem, bem como após o consórcio de milho com a braquiária. Acredita-se que em sequeiro, o SPD após o cultivo de milho para grãos e/ou para silagem proporciona adequado crescimento, desenvolvimento e aumento de produtividade do feijão, em relação ao CONV. As variáveis avaliadas neste estudo foram, altura da planta (AP), área foliar (AF), massa seca da parte aérea (MSPA), comprimento de raiz (CR), profundidade de raiz (PR), massa seca de raiz (MSR), número de vagens (NV) e produtividade (PROD). A precipitação durante o ciclo da cultura foi de 81 mm em 2021, 107 mm em 2023 e 306 mm em 2024. 2024 teve as maiores AP (50,5–52 cm), AF (1.020–1.245 cm2) e MSPA (11,2–15,4 g/planta), em comparação a 2023 e 2021. Em 2021 se registraram as menores APs (26,3–44,6 cm) e MSPA, com diferenças entre os sistemas (11,7 g/planta no SPD e 9,4 g/planta no CONV). Em 2021, a PR foi maior (13–17 cm) do que em 2024 (7,3–8,9 cm), porém, a MSR foi menor em 2021 (0,8–1,2 g/planta) em comparação a 2024 (1–1,8 g/planta). Nas áreas de milho-grão, a PROD variou de 2.735 a 2.863 kg/ha em 2021 e 2024. Já nas áreas de milho-silagem, a PROD foi de 1.427 kg/ha no CONV e 1.776 kg/ha no SPD em 2021, enquanto em 2024, a PROD foi maior no CONV (2.237 kg/ha) em comparação ao SPD (2053 kg.ha-1). O consórcio milho-braquiária no SPD atenuou os impactos do déficit hídrico, promovendo maior crescimento na parte aérea das plantas. Além disso, a cultura antecessora teve maior influência nas variáveis, com melhor desempenho sendo observado nas áreas de milho-grão. Estes resultados destacam o impacto da precipitação e das culturas antecessoras no crescimento e produtividade do feijão, ressaltando a importância de ajustar as práticas agrícolas às condições climáticas. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L; Sucessão de Culturas; Preparo do Solo; Sistemas de Cultivo.
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    Sorção-dessorção, efeito residual, eficácia do diclosulam no controle e biologia de Borreria spinosa e Borreria verticillata
    (Universidade Federal de Viçosa, 2025-01-21) Silva, Laryssa Barbosa Xavier da; Mendes, Kassio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7166621669542508
    O diclosulam é amplamente utilizado no manejo de plantas daninhas em função da sua ação na pré-emergência destas espécies. Este herbicida apresenta retenção no solo, processo que é governado pelos fatores de sorção-dessorção e efeito residual no solo, os quais podem ser analisados por técnicas analíticas, como a cromatografia, e por bioensaio com espécies sensíveis. No entanto, os resultados obtidos por ambas as técnicas podem não condizer entre si, resultando em injúrias em uma cultura sensível e impactando o manejo de plantas daninhas, por exemplo. Dentre as principais plantas daninhas na agricultura brasileira, destacam-se as espécies de vassourinha-de-botão (Borreria spp.), como B. spinosa e B. verticillata, as quais não apresentam informações consolidadas sobre sua biologia, o que impacta o controle destas espécies. Apesar do seu potencial, são escassos os estudos sobre a eficácia do diclosulam no manejo em pré-emergência dessas espécies, bem como, informações sobre processos de germinação e emergência destas espécies em diferentes condições ambientais. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi compreender aspectos relacionados biologia de B. spinosa e B. verticillata em condições ambientais distintas, bem como avaliar a eficácia do diclosulam no controle destas espécies e analisar o processo de sorção-dessorção e efeito residual do diclosulam em solos com características físico-químicas distintas. O experimento de germinação de espécies de vassourinha-de-botão foi realizado em câmaras de crescimento (B.O.D), dois regimes de luz (8h/16h luz e escuro, respectivamente, e escuro constante) e cinco temperaturas (20, 25, 30, 35 e 20-30°C). O experimento de emergência foi realizado em casa de vegetação, avaliando diferentes profundidades de semeadura (0; 1; 2; 4; 6 e 8 cm). Os experimentos de eficácia de controle foram realizados individualmente para cada espécie, com três solos distintos e dez doses de diclosulam (0 a 35g i.a. ha-1). Os experimentos de sorção- dessorção, por cromatografia, foram realizados pelo método “batch equilibrium” com diferentes concentrações de diclosulam para a avaliação do coeficiente de sorção- dessorção pelo modelo linear (Kd) e de Freundlich (Kf), além da normalização dos coeficientes pelo carbono orgânico do solo (Koc e Kfoc). A estimativa de sorção por bioensaio possibilita o cálculo da dose necessária para obtenção de 50% de controle (C50) e da dose para redução de 50% de massa seca (GR50), bem como a razão de sorção (RS) destes parâmetros. O efeito residual foi avaliado por bioensaio com girassol, a partir da dose máxima recomendada para cultura da soja (35 g i.a. ha-1) e diferentes épocas de aplicação (0 a 240 dias), possibilitando o cálculo do tempo de meia-vida residual (Residual Lifetime - RL50) e tempo necessário para redução de 50% da massa seca (GR50). Os resultados obtidos quanto ao estudo de germinação, demonstraram que B. spinosa apresentou maior índice de velocidade de germinação (IVG) (12,59 e 12,15) e primeira contagem (34 e 33%) nas temperaturas de 20ºC e 25ºC, na presença de luz, respectivamente. Para a B. verticillata, maior IVG foi observado em 20 e 25ºC (6,46 e 6,95, respectivamente). A emergência de B. spinosa e B. verticillata foi reduzida com o aumento da profundidade de semeadura, sendo nula em profundidades de 6 cm. Os resultados evidenciaram que ambas as espécies foram influenciadas negativamente por temperaturas elevadas (>25ºC), e apresentaram comportamento fotoblástico positivo. A eficácia do diclosulam no controle para ambas as espécies foi eficiente (>90%) na dose máxima registrada de 35 g i.a. ha-1, nos solos avaliados. Para o experimento de sorção-dessorção por cromatografia, o Kd variou de 4,80 a 10,89 L Kg-1; já o Kf variou de 6,80 a 14,96 mg (1–1/n) L1/n kg-1 com porcentagem de sorção entre 60,7% e 80,2%, enquanto a dessorção não foi quantificada. Para a estimativa de sorção por bioensaio com girassol, os valores de C50 e GR50 variaram de 0,34 a 2,92 e de 0,86 a 6,23 g i.a. ha-1, respectivamente. Com base na análise de componentes principais, foi evidenciado que as técnicas analíticas e biológicas são complementares, mas não equivalentes. Em relação ao efeito residual do diclosulam em girassol, foi observado RL50 de 64,4 a 203,4 dias; e GR50 variando de 66,6 a 214,2 dias nos solos avaliados. Assim, o entendimento dos padrões de germinação e emergência de plantas daninhas pode auxiliar nas estratégias de manejo, bem como, o diclosulam pode ser uma alternativa de controle de vassourinha-de-botão em solos distintos. Ainda, os processos de sorção- dessorção e efeito residual são indispensáveis na avaliação da retenção do diclosulam em solos. Palavras-chave: bioensaio; cromatografia líquida; carryover; vassourinha-de-botão; pré-emergência.
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    Pollution of agricultural soils by microplastics and their interaction with residual herbicides
    (Universidade Federal de Viçosa, 2025-03-17) Brochado, Maura Gabriela da Silva; Mendes, Kassio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/1509312557137003
    Agricultural soils contaminated by microplastics (MPs) pose a significant con-cern regarding the efficacy of residual herbicides in controlling weeds. An im-portant part of this study was investigating how MPs interact with three residual herbicides: diuron, hexazinone, and S-metolachlor. The main focus was on identifying the most effective analytical methods for detecting MPs in soil matri-ces and assessing the sorption and desorption behavior of the herbicides. Near-infrared spectroscopy (NIR) and multispectral analysis were used, demonstrating high sensitivity in detecting MPs at various concentrations. High-performance liquid chromatography (HPLC) was used to assess the interaction between MPs and herbicides, enabling the determination of sorption and de-sorption isotherms. MPs were only detected at high concentrations (20%) using X-ray analysis. NIR at 2,300 nm and multispectral analysis at 395 nm showed greater accuracy and sensitivity in distinguishing between all levels of MPs. Scanning Electron Microscopy (SEM) revealed that MPs possess an amor-phous structure, distinct from crystalline soil, which may influence their interactions with other soil constituents. Regarding the interaction of MPs with herbicides, the presence of MPs influenced the sorption of S-metolachlor in the soil, resulting in up to a 10% increase in the amount of the herbicide sorbed, with a sorption coefficient (Kd) of 4.85 L kg-¹ with the addition of 5% MPs. However, there was no return of S-metolachlor to the soil solution, as demonstrated by a hysteresis (H) of 0.99 for the treatment with 5% MPs, compared to a control treatment with an H of 0.88. Diuron and hexazinone showed little interaction with MPs; the sorbed percentage of diuron was around 40% in all treatments (amended and unamended soils), with a Kd ranging from 1.84 to 2.12 L kg-¹. In the case of hexazinone, the behavior was similar, but the sorbed percentage was around 20% for all treatments (amended and unamended soils), with a Kd ranging from 1.63 to 2.03 L kg-¹. Only small amounts of both herbicides were taken up by plants. In all treatments (amended and unamended soils), approx-imately 15% of hexazinone and diuron was taken up. These interactions signifi-cantly impact herbicide efficacy in weed control and increase the risk of envi-ronmental contamination. Identifying these polymers and understanding the interaction of residual herbicides with MPs in agricultural soils is crucial for developing management strategies that consider the presence of MPs, thereby promoting more sustainable agricultural practices. Keywords: Residues plastic. Contamination. Analytical techniques. Sorption. Desorption
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    Seletividade de Herbicidas e controle de trevo-azedo (Oxalis corniculata) em cinco espécies de plantas ornamentais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2025-02-10) Godoi Junior, Márcio Antônio; Mendes, Kassio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4198677256267789
    O setor de flores e plantas ornamentais vem se consolidando como um dos mais promissores na cadeia produtiva agrícola brasileira. Nos últimos anos, o setor movimentou bilhões de reais em diversas atividades, seja na decoração, paisagismo, jardinagem e na comercialização de plantas. Contudo, o setor enfrenta desafios no manejo de plantas daninhas devido à escassez de produtos herbicidas registrados, especialmente para espécies folhosas tropicais. Neste contexto, o objetivo do estudo foi avaliar a seletividade de herbicidas aplicados em pós-emergência nas espécies ornamentais Epipremnum aureum ‘Neon’ (jiboia neon), Monstera adansonii (costela de eva), Philodendron erubescens ‘Gold’ (filodendro golden), Philodendron hastatum 'Silver Sword’ (filodendro prateado) e Philodendron Scandens (filodendro verde), e no controle da espécie planta daninha Oxalis corniculata (trevo azedo). O experimento de seletividade e controle foi realizado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições e cinco tratamentos, sendo um tratamento controle, sem aplicação de herbicidas, e quatro herbicidas aplicados em pré- emergências, em dose única, sendo dois produtos sistêmicos, o chlorimuron-ethyl (15,0 g i.a. ha-1) e metsulfuron (2,4 g i.a. ha-1), e dois de ação de contato, fomesafen (250,0 g i.a. ha-1) e oxyfluorfen (360,0 g i.a. ha-1). Dentre as avaliações, foi analisado o nível de injúria, o número de folhas, altura das plantas, índice SPAD aos 1, 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), e a redução de massa seca em relação ao controle após 28 DAA. O controle das plantas daninhas foi avaliado pelos níveis de controle aos 1, 7, 14, 21 e 28 DAA. O estudo mostrou que a seletividade dos herbicidas variou de acordo com a espécie ornamental e o tipo de produto utilizado. O chlorimuron-ethyl e metsulfuron foram mais seletivos nas espécies ornamentais E. aureum ‘Neon’, M. adansonii, P. erubescens ‘Gold’, P. hastatum 'Silver Sword’, e P. scandens, apresentando menores injúrias. Por outro lado, as plantas de E. aureum ‘Neon’, M. adansonii, P. erubescens ‘Gold’, P. hastatum 'Silver Sword’, e P. scandens tratadas com fomesafen e oxyfluorfen, comprometeram a qualidade estética das plantas, com maiores níveis de injurias no período avaliado. No controle químico de O. corniculata, oxyfluorfen demonstrou maior eficácia, promovendo uma redução da infestação ao longo do período avaliado. A escolha do herbicida deve considerar tanto a seletividade para a espécie ornamental quanto a eficácia no controle da planta daninha. O chlorimuron-ethyl e metsulfuron foram seletivos para as espécies ornamentais, mas ineficazes no controle de O. corniculata, enquanto o oxyfluorfen controlou a planta daninha, porém não foi seletivo para as espécies ornamentais. Além disso, o O. corniculata pode rebrotar a partir de suas estruturas de reserva, mesmo com os efeitos adversos causados pelo oxyfluorfen. Com isso, estudos adicionais com diferentes doses, formulações e condições de cultivo podem contribuir para o aprimoramento das recomendações, garantindo uma aplicação mais segura e eficiente desses herbicidas em cultivos ornamentais. Palavras-chave: controle químico; fitossanidade; manejo de plantas daninhas; plantas ornamentais
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    Metodologias de secagem e armazenamento na pós-colheita de frutos de macaúba (Acrocomia aculeata)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-06-27) Franco, William Carlos Gonzaga; Grossi, José Antônio Saraiva; http://lattes.cnpq.br/1103787838057378
    A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa do cerrado brasileiro que vem despertando interesse do setor agroindustrial pela elevada produtividade de óleo por ha e pelo sistema de cultivo que resulta em sequestro de carbono. Os óleos extraídos tanto da polpa quanto da amêndoa dos frutos apresentam características que os permitem ser utilizados na alimentação humana, na produção de biocombustíveis e nas indústrias de cosméticos e fármacos. Para que todo seu potencial seja explorado comercialmente algumas lacunas precisam ser preenchidas, entre elas o processo de pós-colheita. O óleo da macaúba apresenta elevada perecibilidade, por isso, necessita de rápido processamento. Adicionalmente, a colheita é realizada apenas uma vez ao ano durante os meses de novembro a março a depender da região. Estes fatores em conjunto elevam os custos para a instalação de indústrias de processamento de macaúba que precisam estar preparadas para o rápido processamento dos frutos após a colheita e ainda resultarem em ociosidade em parte do ano. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar diferentes tecnologias de secagem e armazenamento e seus efeitos na qualidade do óleo na intenção de prolongar pelo máximo período de tempo a vida útil dos óleos extraídos da polpa da macaúba. Desta forma, este trabalho foi dividido em três capítulos. No primeiro avaliou- se o efeito da secagem em estufa com circulação forçada de ar a 50°C e armazenamento em diferentes condições de umidade. Os frutos foram colhidos diretamente no cacho, selecionados e sanitizados. Após a sanitização, os frutos passaram por um período de maturação de 15 dias. Decorrido este tempo, os frutos foram secos até as umidades de 20, 18, 15, 12 e 10% e armazenados sob condições ambiente por até 240 dias. A análise da qualidade do óleo se deu através das variáveis índice de acidez (IA), estabilidade oxidativa (EO) e teor de óleo (TO). Foi observado que frutos armazenados com maior teor de umidade perdem a viabilidade mais rapidamente e que a secagem a 50°C não foi eficiente em manter a qualidade do óleo dentro dos padrões estabelecidos pela ANVISA por longos períodos de tempo, mas foi capaz de diminuir drasticamente a velocidade de deterioração do óleo, principalmente em relação ao índice de acidez. No segundo capítulo, os frutos foram colhidos diretamente no cacho, transportados, selecionados e sanitizados. Após estes processos, os frutos foram secos em secador vertical com circulação forçada de ar e temperatura ambiente até alcançarem as umidades de 16 e 12%. Após, eles foram armazenados em condições ambientais por até 190 dias. Esses tratamentos não demonstraram eficácia em preservar a qualidade do óleo por um período suficiente. No entanto, observou-se uma desaceleração na taxa de degradação. O índice de acidez apresentou valores superiores a 5% desde o tempo zero de armazenamento e a estabilidade oxidativa se manteve acima das 6 horas recomendadas pela ANP por oito dias se armazenados a 12% de umidade e, por quatro dias se armazenados a 16%. Notou- se um acúmulo de óleo até os 92 dias de armazenamento, sendo o acúmulo mais significativo nos frutos armazenados com 16% de umidade. No terceiro capítulo, os frutos de macaúba foram colhidos diretamente do cacho, foram transportados, selecionados e sanitizados. Posteriormente, foram submetidos a uma secagem a baixa temperatura em um secador vertical com circulação forçada de ar e temperatura ambiente até alcançarem um teor de umidade de 2%. Uma vez que atingiram esse nível de umidade, os frutos foram armazenados no mesmo ambiente onde ocorreu a secagem, simulando um sistema de silo secador-armazenador. A avaliação da qualidade do óleo envolveu análises do índice de acidez, estabilidade oxidativa e teor de óleo. Os resultados do índice de acidez foram satisfatórios, mantendo-se em níveis aceitáveis para consumo humano até os seis meses de armazenamento. Quanto à estabilidade oxidativa, o óleo manteve-se dentro dos parâmetros adequados para a indústria de biocombustíveis por aproximadamente 17 dias. Em relação ao teor de óleo, diferentes padrões foram observados, enquanto o período de secagem não demonstrou significativa influência, o período de armazenamento teve um impacto negativo no acúmulo de óleo. Portanto, conclui-se que os frutos armazenados no silo secador-armazenador se mantiveram viáveis pelo maior tempo. Logo, este tratamento é recomendado para frutos de macaúba destinados a produção de biocombustíveis à alimentação humana, bem como para uso nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Concluímos que a secagem a baixa temperatura seguida de armazenamento nas mesmas condições de secagem foi a técnica mais efetiva na manutenção da qualidade do óleo de macaúba por maiores períodos de tempo. Palavras-chave: Acidez; Oxidação; Óleo Vegetal; Qualidade; Tecnologia; Temperatura; Umidade.
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    Ripening manipulation of ‘Hass’ avocado with ethylene
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-07-30) Bittencourt, Marília Cecilia de Souza; Ribeiro, Wellington Souto; http://lattes.cnpq.br/0602571286498758
    The long ripening period of ‘Hass’ avocado fruits harvested at the beginning of the harvest can be detrimental to sales. Ethylene is capable of anticipating and accelerating the ripening of climacteric fruits and its application at temperatures between 17 and 20 °C is widely used in the industry to accelerate the ripening of ‘Hass’ avocados. There is no information in the literature about the effectiveness of ethylene when applied at lower temperatures. The main objective of this work was to evaluate the efficacy of ethylene application in accelerating the ripening of 'Hass' avocados harvested at the beginning of the season under treatment tempera- tures of 8°C and 20°C. In experiment I, freshly harvested fruits (n=192) were treated with 1,000 ppm ethylene for 48 hours at 8°C and then kept for 4 days at 8°C to simulate long-dis- tance refrigerated transport. Subsequently, they were stored for 0, 3, 6, or 9 days at 8 °C, and finally kept at 20 °C to simulate shelf life. In experiment II, freshly harvested fruits (n=192) were kept for 4 days at 8 °C to simulate long-distance refrigerated transport and then stored for 0, 3, 6, or 9 days at 8 °C. After the storage period, they were treated with 100 ppm eth- ylene for 24 hours at 20 °C and kept at 20 °C and 85% relative humidity to simulate shelf life. In the first experiment, the initial firmness of the fruits was 190 N and, after 4 days on the shelf, it was 4 and 100 N, respectively, for treated and untreated fruits, that were not stored. Optimum firmness for consumption ranges between 4 and 7 N. Fruits treated with ethylene and stored for 3, 6, and 9 days reached 5.5, 1.3, and 1.9 N of firmness in just 3 days at 20 °C, respectively, while the control reached 50.2, 17.7, and 12.9 N. For all storage times, control fruits showed greater weight loss, ranging from 2.3 to 5.5%, while the weight loss of treated fruits ranged from 1.3 to 2.6%. Control fruits that were stored for 0, 3, and 6 days required, respectively, 4.9, 3 and 2.2 days longer to ripen than treated fruits. Application of ethylene at 8 ℃ accelerates the ripening of ‘Hass’ avocado by up to 4.9 days, and as the fruit ages from harvest, it takes fewer days to ripen when transferred from 8 °C to 20 °C. In experiment II, the number of days for maturation and firmness were affected by ethylene only for 0 and 3 days of storage. Fruits stored for 0 and 3 days at 8 ℃ and treated with ethylene took, respectively, 1.7 and 2.0 days less to ripen than control fruits. Avocados not stored and treated with ethylene reached 48.6 N firmness after 6 days on the shelf, while control fruits had 101.2 N in the same period. Avocados stored for 3 days and treated with ethylene reached 11.9 N in just 3 days on the shelf, while control avocados exhibited 122.4 N. Control fruits showed greater weight loss compared to treated fruits in all periods of refrigerated storage evaluated. Application of ethylene at 20 ℃ accelerates the ripening of ‘Hass’ avocado by up to 2.0 days, and as the fruit ages since harvest, it takes fewer days to ripen when transferred from 8 °C to 20 °C. Keywords: Persea americana Mill.; Ripening control; Ethylene; Cold storage; Pre- conditioning.
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    Previsão dos riscos globais atuais e futuros da cigarrinha Tagosodes orizicolus para os cultivos de arroz usando ferramenta de aprendizado de máquina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-07-30) Santos, José Carlos Barbosa dos; Picanço, Marcelo Coutinho; http://lattes.cnpq.br/8098176415698628
    O arroz (Oryza sativa) é o alimento mais consumido diretamente pelas pessoas no mundo. A cigarrinha Tagosodes orizicolus (Hemiptera: Delphacidae) é uma praga que pode causar até 100% de perdas nas lavouras de arroz onde ela ocorre. Os modelos de nicho ecológico possibilitam prever a adequabilidade das regiões do mundo às pragas tanto no momento atual e mediante as mudanças climáticas. O MaxEnt é um algoritmo de aprendizado de máquina e ele é o principal programa para a determinação de modelos de nicho ecológico. Assim, este trabalho teve o objetivo de determinar modelo de nicho ecológico para previsão dos riscos globais atuais e futuros de T. orizicolus para lavouras de arroz usando o MaxEnt. O modelo de nicho ecológico teve como preditores a isotermalidade (Bio 3), precipitações pluviométricas dos trimestres mais quente (Bio 18) e mais frio (Bio 19), temperaturas médias do ar dos trimestres mais seco (Bio 9) e mais chuvoso (Bio 8). O modelo apresentou área abaixo da curva de 0,951 ± 0,025. As áreas do mundo com isotermalidade entre 25 a 85%, precipitação pluviométrica do trimestre mais quente entre 150 a 1000 mm, precipitação pluviométrica do trimestre mais frio entre 120 a 1500 mm, temperatura média do ar do trimestre mais seco acima de 10oC e temperatura média do ar do trimestre mais chuvoso entre 20 a 40oC são ideais para T. orizicolus. Deverá ocorrer aumento das áreas no mundo com alta adequabilidade climática à praga em 2040 e 2080, sobretudo se não houver controle global da emissão dos gases do efeito estufa (dióxido de carbono – CO2, metano – CH4, óxido nitroso – N2O, ozônio (O3) e hexafluoreto de enxofre (SF6)). Portanto, o modelo de nicho ecológico determinado é robusto para prever áreas atuais e futuras do mundo com adequação climática para T. orizicolus. É previsto que as áreas do mundo com alta adequabilidade à praga aumentarão no futuro para o ano 2040 e 2080.
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    Influência do ambiente sobre a qualidade e diversidade sensorial dos cafés arábicas de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-11-08) Salles, Rodrigo Amaro de; Sakiyama, Ney Sussumu; http://lattes.cnpq.br/0122560015468772
    O Coffea arabica L. é a espécie de café mais cultivada, sua bebida é consumida e apreciada em diversas partes do mundo. As interações entre os diversos fatores ambientais influenciam significativamente a qualidade da bebida e isso torna o café um típico produto do terroir. O objetivo desse estudo foi analisar a diversidade sensorial, caracterizar e diferenciar os terroirs de sete regiões produtoras de Minas Gerais, bem como caracterizar a diversidade ambiental da região das Matas de Minas e examinar a relação entre o ambiente dessa região e a qualidade do café. Os dados de qualidade sensorial de café arábica das regiões Matas de Minas, Mantiqueira de Minas, Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Campo das Vertentes, Chapada de Minas e Região Vulcânica foram gerados durante quatro edições do Cupping ATeG Café+Forte (2019 a 2022). Os dados ambientais foram extraídos de plataformas de diversos órgãos de pesquisa governamentais, nacionais e internacionais. Na primeira parte do estudo, os resultados indicaram que todas as regiões possuem potencial na produção de cafés especiais. Observou-se uma grande diversidade sensorial entre os cafés das regiões estudadas, principalmente nos cafés “Naturais”, que apresentaram maior volume de dados. Isso permitiu a diferenciação entre os terroirs. Contudo, apesar da diferenciação, certas regiões também compartilham alguns perfis sensoriais semelhantes entre si. Na segunda parte do estudo, observou-se que a região das Matas de Minas possui grande diversidade edafoclimática e a produção de cafés especiais encontra-se distribuída em praticamente todo o parque cafeeiro. As variáveis ambientais exerceram uma leve influência na qualidade sensorial do café, considerando os dados utilizado. Isso indica que, dentro das limitações do estudo, as boas práticas durante o cultivo, a colheita, o processamento e o armazenamento podem impactar de maneira mais significativa a qualidade sensorial dos cafés produzidos na região das Matas de Minas do que as variáveis ambientais estudadas. Dessa forma, entende-se que todo o parque cafeeiro da região das Matas de Minas tem potencial para produção de cafés especiais. Palavras-chave: Coffea arabica L.; terroir; qualidade sensorial do café; diversidade microclimárica; Região das Matas de Minas.
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    Suplementação luminosa no desenvolvimento, fisiologia e componentes produtivos de milho verde
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-11-28) Gonçalves, Dreice Nascimento; Galvão, João Carlos Cardoso
    Esta tese foi dividida em dois capítulos: Capitulo I – Objetivou-se avaliar as características de crescimento, metabolismo de carboidratos das folhas, parâmetros fotossintéticos e produção de plantas de milho cultivados na 1ª e 2ª safra em condições de suplementação luminosa, fornecida em diferentes estádios fenológicos do milho. O experimento foi conduzido em campo na safra 2022/23, sob delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliados cinco tempos de suplementação luminosa (0, 20, 40, 80 e 160 segundos), que correspondiam aos tempos/m2 do percurso das torres de pivô central e um tempo adicional de três horas de luz, que foram aplicados durante 7 dias, seguindo um intervalo de 7 dias entre as aplicações dos tratamentos, iniciando quando 50% da área estava no estádio V4. Na 1ª safra as avaliações de crescimento foram realizadas nos estádios V4, V8, V10 e VT e na 2ª safra as avaliações de crescimento foram realizadas nos estádios V4, V8, V10, V12 e VT. Após atingir o pendoamento, foi realizada aplicação diária até a colheita no ponto de milho-verde (R3), onde se realizou as avaliações de produtividade. As características avaliadas foram: altura da planta, diâmetro do colmo, área foliar, índice de clorofila a, b e total, massa fresca e seca da parte vegetativa, reprodutiva e total, número de entrenós, altura de inserção da espiga, número e comprimento de entrenós, comprimento e diâmetro de espiga, número e peso de espiga de espigas sem palha ha-1, açúcares solúveis totais (AST), açúcares redutores (AR), açúcares não-redutores (ANR) e amido da folha; taxa fotossintética, transpiratória e condutância estomática. A suplementação luminosa com três horas promove aumento da área foliar e altura de inserção da espiga. Porém, causa redução da massa fresca e seca da parte reprodutiva, bem como no diâmetro do colmo e da espiga de milho. A resposta morfológica da planta a suplementação de luz por três horas e em pulsos depende do estádio de desenvolvimento da planta de milho. No entanto, a suplementação luminosa com LEDs por três horas e em pulsos não afeta a fotossíntese e não proporciona aumento produtivo para a cultura do milho. Capítulo II – Objetivou-se nesta pesquisa avaliar a influência da suplementação luminosa, fornecida em diferentes estádios fenológicos do milho, sobre as características de crescimento, metabolismo de carboidratos das folhas, parâmetros fotossintéticos e produção de plantas de milho cultivados na 1ª e 2ª safra. Para isso, foram avaliados cinco tempos de suplementação luminosa (0, 20, 40, 80 e 160 segundos), que correspondiam aos tempos/m2 do percurso das torres de pivô central de irrigação. Os tratamentos foram aplicados em intervalos de sete dias durante os estádios vegetativos, iniciando quando 50% da área estava no estádio V4. Na 1ª safra as avaliações de crescimento realizaram-se nos estádios V4, V8, V10 e VT e na 2ª safra as avaliações de crescimento foram realizadas nos estádios V4, V8, V10, V12 e VT. Após atingir o pendoamento (VT), foi realizada aplicação diária até a colheita no ponto de milho-verde (R3), onde se realizou as avaliações de produtividade. Foram analisadas: altura da planta, diâmetro do colmo, área foliar, índice de clorofila a, b e total, massa fresca e seca da parte vegetativa, reprodutiva e total, número de entrenós, altura de inserção da espiga, açúcares solúveis totais (AST), açúcares redutores (AR), açúcares não-redutores (ANR) e amido da folha; taxa fotossintética e transpiratória; comprimento e diâmetro de espiga, número e peso de espiga de espigas sem palha ha-1. Os pulsos luminosos (20s, 40s, 80s e 160s), aplicados no milho promovem modificações na concentração de clorofila “b”, número de entrenós, comprimento de espiga, massa seca da parte reprodutiva e nos teores de açúcares solúveis totais, açúcares redutores e amido das plantas de milho. O aumento progressivo nos pulsos luminosos é capaz de estimular o ganho de massa seca da parte reprodutiva e de aumentar o número de entrenós da planta de milho. Embora o milho seja responsivo ao incremento luminoso, a pulsação de luz por alguns segundos durante a noite foi insuficiente para aumentar para gerar alterações morfológicas e fisiológicas que promovessem o aumento produtivo para a cultura do milho. O fornecimento de luz suplementar via pivô central de irrigação na cultura do milho, ainda necessita de mais estudos para validar a eficiência dessa tecnologia para obter ganhos de produtividade desse cereal. Palavras-chave: luz artificial; diodos emissores de luz; fenologia; metabolismo de carboidratos.