Meteorologia Agrícola

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    Regionalização de vazões considerando a evapotranspiração real em seu processo de formação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-27) Rego, Fernando Silva; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; http://lattes.cnpq.br/9686447289994830; Marcuzzo, Francisco Fernando Noronha; http://lattes.cnpq.br/1923800998058989; Borges, Alisson Carraro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706302U9
    A regionalização de vazões visa suprir a carência de informações hidrológicas em locais com pouca ou nenhuma disponibilidade de dados, sendo o conhecimento e o aprimoramento dessa técnica de grande importância para estimativas mais seguras das vazões. Esse trabalho teve como objetivo aperfeiçoar o procedimento de regionalização de vazões mínimas e média, considerando uma variável explicativa que representa a evapotranspiração real no processo de formação de vazões. O estudo foi realizado em duas bacias do rio São Francisco: uma sub- bacia do rio Paracatu, onde foram avaliados a vazão média de longa duração (Qmld), a vazão mínima com permanência de 95% do tempo (Q95) e a vazão mínima com sete dias de duração associada a um período de retorno de dez anos (Q7,10); e a bacia do rio Pará, na qual foi avaliado apenas a Q7,10. As variáveis independentes utilizadas foram a área de drenagem, a vazão equivalente ao volume precipitado (Peq), a vazão equivalente ao volume precipitado menos 750 mm (Peq750) e a vazão equivalente ao volume precipitado menos a média estimada da evapotranspiração real na bacia (PeqETR). Avaliou-se o desempenho da regionalização por meio de três análises: estatística, comportamento físico e risco. A PeqETR proporcionou os melhores ajustes estatísticos para as três vazões analisadas na sub-bacia do rio Paracatu, contudo, enquanto essa variável foi a que representou o melhor comportamento físico e estimativas mais seguras das vazões mínimas, a Peq750 foi a que teve estimativas mais representativas da vazão média. Para a bacia do rio Pará, o uso da PeqETR como variável explicativa gerou os melhores ajustes estatísticos e uma melhor representação do comportamento físico e de risco da variável dependente analisada. Assim, o uso da variável explicativa que considera a evapotranspiração real proporciou, nas bacias estudadas, os vmelhores ajustes estatísticos e, com exceção da vazão média, uma análise física mais representativa e segura.
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    Efeito da mudança na cobertura vegetal na evapotranspiração e vazão de microbacias na região do Alto Xingu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-29) Dias, Lívia Cristina Pinto; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/3473464984753698; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8
    Uma das formas tradicionais de expansão da fronteira agrícola é por meio da conversão de ecossistemas naturais em áreas de cultivo, geralmente por meio de desmatamento. A região do Alto Xingu, no Estado do Mato Grosso - Brasil, tem sido indicada como uma das regiões de mais intensa conversão de ecossistemas naturais em pastagens ou culturas agrícolas (principalmente a soja) no país e há preocupação em se compreender como e quanto essa alteração da cobertura vegetal modifica a hidroclimatologia da região. Assim, o objetivo deste trabalho é examinar o quanto a mudança na cobertura vegetal influencia a evapotranspiração e a vazão de microbacias do Alto Xingu, na região sudeste da bacia Amazônica. Foram feitas medições de vazão em microbacias com uso uniforme do solo na região de estudo e foram conduzidas simulações pontuais com as coberturas de floresta, cerrado e pastagem no modelo InLand e com cobertura de soja, no AgroIBIS. Os dados meteorológicos e parâmetros como a condutividade hidráulica saturada do solo utilizados nos modelos foram medidos na Fazenda Tanguro MT. As vazões médias simuladas nos modelos InLand e AgroIBIS foram semelhantes aos valores observados em campo no período de setembro de 2008 a agosto de 2010. Comparando-se as vazões simuladas para as quatro coberturas no Alto Xingu, estima-se que a conversão da precipitação em vazão nos ecossistemas naturais (floresta e cerrado) foi 53,5% menor que nos ecossistemas agrícolas (pastagem e soja). Quando comparado aos ecossistemas naturais, a evapotranspiração dos ecossistemas agrícolas foi 38,3% menor durante o período de estudo. Também se buscou avaliar a influência de 11 diferentes classes texturais no particionamento da precipitação em escoamento total e evapotranspiração nas coberturas estudadas. Independente da textura do solo considerada, o escoamento total com cobertura de floresta tropical foi sempre inferior à simulada para as demais coberturas e a diferença entre o escoamento total simulado para as coberturas de floresta e cerrado é maior quanto menores são os valores de condutividade hidráulica saturada.
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    Clima do Hemisfério Sul há 1,080 milhão de anos: impacto do derretimento da geleira Antártica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-24) Silva, Alex Santos da; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/1535686384291685; Lemos, Carlos Fernando; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799678H0; Hamakawa, Paulo José; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247
    O sistema climático da Terra é influenciado pela configuração da topografia, cuja importância fundamenta-se na caracterização dos aspectos dinâmicos e termodinâmicos da atmosfera e do oceano. Neste sentido, o objetivo do estudo é investigar os processos oceânicos e atmosféricos associados ao colapso das geleiras continentais da região oeste da Antártica, referente ao período de 1,080 milhão de anos (ka) passados. Para tal fim, foram realizadas duas simulações com o modelo climático acoplado SPEEDO: a) simulação controle (CTRL), sob condições atuais e; b) simulação forçada (1080ka), inserindo a topografia de 1,080 ka passados. Ambas as simulações são conduzidas com a concentração atmosférica de 2 CO em 380 ppmV. Na circulação oceânica, os resultados da simulação 1080ka mostram variações de salinidade e temperatura em relação à CTRL, em todos os níveis oceânicos. A forçante contribuiu para um aumento de aproximadamente 1,4 °C e 1,6 °C na temperatura da superfície do mar dos mares de Ross e a leste da Antártica, somados a intensificação do fluxo de calor oceânico ao sul do oceano Atlântico. Por outro lado, houve um acréscimo de 20 TW no fluxo de calor em direção ao norte do oceano Pacífico. Estas variações oceânicas conduzem a mudanças na circulação atmosférica. A temperatura do ar na simulação 1080ka foi 6,5 °C maior a CTRL na região do mar de Ross, inversamente a região leste da Antártica, onde ocorreu um decréscimo de 4,5 °C. No campo de precipitação, houve um aumento de aproximadamente 160 mm/ano na Península Antártica e uma diminuição próxima a 80 mm/ano no sul do Oceano Atlântico. O vento, em baixos níveis, foi intensificado no Anticiclone do Atlântico Sul, deslocando-se em direção ao continente sul-americano. Em altos níveis, os fluxos de oeste foram enfraquecidos, devido ao menor gradiente térmico meridional na região extratropical. Embora se tenha utilizado um modelo climático de complexidade intermediária, o mesmo foi capaz de representar os principais mecanismos de conservação de massa da atmosfera e dos oceanos.
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    Desempenho de um algoritmo de otimização hierárquico multiobjetivo aplicado a um modelo de superfície terrestre e ecossistemas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-20) Camargos, Carla Cristina de Souza; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/4326541750632323; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6
    O desempenho de um LSEM (Modelo de superfície terrestre e ecossistema) depende dos parâmetros das equações que representam os processos simulados. Contudo, a mensuração de alguns destes parâmetros pode ser impraticável ou até mesmo impossível; por isso, necessitam ser estimados ou, preferencialmente, otimizados para cada ecossistema. Quando os parâmetros são calibrados para uma única variável (problema mono-objetivo) eles podem não representar bem a realidade, dado a complexidade do modelo e sua dependência de diversas variáveis (problema multiobjetivo). Por isso, há a necessidade de uma otimização simultânea multiobjetiva. Porém, o desempenho da otimização diminui com o aumento do número de variáveis otimizadas simultaneamente e, além disso, o estudo da otimização simultânea de mais de três objetivos é uma área relativamente nova e não suficientemente estudada. Para a otimização simultânea de um grande número de variáveis, existe uma metodologia na qual se utiliza conceitos de teoria hierárquica de sistemas em que a otimização ocorre dos processos mais rápidos (fluxos radiativos) para os mais lentos (alocação de carbono). Este trabalho avalia o desempenho da otimização hierárquica do modelo, utilizando o índice D (a média das razões individuais entre as saídas das otimizações multiobjetiva e monoobjetiva). Entender como o índice de desempenho D do algoritmo de otimização hierárquico varia em relação ao número de funções objetivo otimizadas é de extrema importância para o desenvolvimento desta área de pesquisa. Para fazer atingir os objetivos, foram necessárias duas etapas. Primeiramente, foi feita uma análise de sensibilidade, a fim de conhecer a sensibilidade das variáveis de saída aos parâmetros do modelo. Depois, foram feitas simulações com todas as combinações possíveis entre as sete variáveis micrometeorológicas disponíveis (PARo, fAPAR, Rn, u*, H, LE, NEE) levando em consideração a hierarquia dos processos. Os resultados encontrados indicam que, para até três funções objetivo, a otimização multiobjetiva hierárquica pode gerar resultados melhores do que a otimização multiobjetiva tradicional (um único nível hierárquico), desde que a distribuição dos parâmetros entre as variáveis seja feita de forma coerente com a análise de sensibilidade. Outro resultado importante revela que para um mesmo número de saídas otimizadas, quanto maior o número de níveis hierárquicos melhor o desempenho do modelo otimizado. Porém, o desempenho do modelo diminui rapidamente quando o número de funções objetivo aumenta, evidenciando que o poder da calibração hierárquica para o uso de um grande número de funções objetivo é altamente dependente de algumas restrições que o modelo possui e um alto desempenho do modelo para muitas funções objetivo será possível somente após a remoção delas.
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    Modelagem da disponibilidade hídrica natural na bacia do rio Paracatu em cenário de mudanças climáticas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-04) Rodrigues, Nívia Carla; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; Mello, Eloy Lemos de; http://lattes.cnpq.br/2106300099734952; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; http://lattes.cnpq.br/3401895558549844; Pereira, Silvio Bueno; http://lattes.cnpq.br/8282607859777220; Cecílio, Roberto Avelino; http://lattes.cnpq.br/5497084995510727
    O aumento da demanda pelo uso da água vem ocasionando problemas ambientais e conflitos entre os usuários, e, mediante evidências de que o clima global está mudando, quadros de escassez hídrica podem ser agravados pela diminuição da disponibilidade hídrica. Assim, para realizar o manejo adequado dos recursos hídricos é necessária a quantificação adequada da sua disponibilidade, bem como estudos preditivos de escassez, a fim de possibilitar a tomada de medidas prévias para mitigar possíveis prejuízos. Nesse contexto se insere a modelagem, que possibilita o melhor entendimento do comportamento hidrológico na bacia hidrográfica, sendo que sua utilização apresenta grande potencial para caracterizar a disponibilidade hídrica em condições de mudanças no clima. O presente estudo teve como objetivos: desenvolver modelo que permita, a partir de dados hidroclimáticos, estimar a vazão mínima de sete dias consecutivos e período de retorno de 10 anos (Q7,10); e avaliar a tendência de variação da Q7,10 em nove seções da bacia hidrográfica do rio Paracatu até o final do século XXI. Para a realização do estudo foram utilizados dados mensais de precipitação e temperatura, e dados diários de vazão para o período de 1980 a 2000. O modelo para estimar as vazões mínimas foi desenvolvido com base na curva de recessão do escoamento subterrâneo, que tem como parâmetros o coeficiente de recessão (!) e a vazão no início do período de recessão (Q0). A Q0 foi estimada em função de um balanço hídrico, que contemplou os valores mensais de precipitação (P) e evapotranspiração real (ETR), obtida pelo balanço hídrico climatológico desenvolvido por Thornthwaite e Mather. O ! foi obtido pela análise dos hidrogramas anuais de escoamento subterrâneo, sendo utilizado, para cada estação, seu valor médio. Obteve-se uma equação preditiva de Q0 e um valor de ! para cada estação. Com as vazões diárias obtidas pelo modelo, obteve-se a Q7 (média das sete menores vazões) para cada ano (1980 a 2000) e com esses valores, foi estimada a Q7,10. Foi calculada também para cada estação fluviométrica, a Q7,10 a partir da série histórica de vazões para o período de 1980 a 2000. A avaliação do modelo foi realizada por intermédio do coeficiente de Willmott (d), do erro relativo percentual (ER), e dos coeficientes angular e linear da equação de regressão. Para avaliar o declínio da Q7,10 frente às mudanças climáticas, foram simulados para o período de 2011 a 2099, dados de precipitação e temperatura mensais, pelo modelo climático regional ETA, cenário A1B do IPCC, Membro 2. Os valores de P e ETR foram utilizados no modelo proposto, obtendo assim as vazões diárias. Com estas, calculou-se, para cada estação, a Q7 para cada ano (2011 a 2099) e a Q7,10 para cada uma das nove décadas do período. Com os valores de Q7,10 para cada década, foi ajustada uma regressão linear. O modelo obtido com base em dados hidroclimáticos, estima satisfatoriamente os valores das vazões mínimas de sete dias consecutivos e período de retorno de 10 anos. Estimou-se tendência de redução no balanço hídrico e na q7,10 até o fim do século XXI, sendo que quatro das nove estações estudadas apresentaram valores nulos no limite inferior do intervalo de confiança com um nível de confiança de 99% para o parâmetro q7,10, na década 2091-2099, fato que indica que nessas quatro seções, pelo menos uma vez a cada 10 anos, o rio provavelmente secará por sete dias consecutivos.
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    Avaliação do Impacto do Aquecimento Global no Risco de Fogo na África
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-19) Brumatti, Dayane Valentina; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9586431093815932; Nunes, Edson Luis; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782682T5; Amorim, Marcelo Cid de; http://lattes.cnpq.br/6751596179638247
    Com base em simulações de modelos climáticos regionais realizadas com o RegCM3 e reanálises do NCEP, o impacto do clima anômalo forçando a vulnerabilidade ambiental para a ocorrência de incêncios na África é analisado através da aplicação do Índice de Potencial de Fogo (PFI). Três distribuições distintas de vegetação foram analisadas por uma simulação atual (1980-2000) e para o final do século XXI (2080-2100). Foi demonstrado que em condições atuais o PFI é capaz de detectar as principais áreas de risco de fogo, que estão concentradas na região do Sahel, de dezembro a março, e na África subtropical, de julho a outubro. Previsão de futuras mudanças na vegetação levam a modificações substanciais na magnitude do PFI, particularmente para a região subtropical da África. A confiabilidade do PFI para a reprodução de áreas com alta atividade de fogo indica que este índice é uma ferramenta útil para a previsão de ocorrência de incêndios em todo o mundo, uma vez que se baseia em fatores regionais dependentes da vegetação e clima.
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    Variações de temperatura no Continente Antártico: observações e reanálises
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Lindemann, Douglas da Silva; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/0703689447724368; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8
    As regiões polares são um componente importante do sistema climático terrestre onde ocorrem variações sazonais e anuais significativas. Diante disto, o objetivo deste trabalho é analisar a variação da temperatura em superfície na Antártica e compará-las as reanálises, visando analisar a influência que os modos de variabilidade climática exercem sobre a variação da temperatura em superfície na Antártica. Os dados observados utilizados foram obtidos através do READER para o período de 1989 a 2009. Já as reanálises utilizadas foram as do NCEP/NCAR, ERA-Interim e MERRA. Com o objetivo de se ter uma análise local, o continente Antártico foi dividido em cinco setores. Após a análise por regiões da Antártica, ficou claro que o continente passou por mudanças de temperatura do ar em superfície durante o período de 1989 a 2009. As Ilhas Shetland do Sul foi a região que apresentou resultado oposto ao compararmos com o restante do continente, a tendência mudou de aquecimento para resfriamento. Outra característica importante em relação a temperatura no continente Antártico foi que durante o outono a tendência foi de aquecimento significativo na região da Antártica Oriental (setores Continental e Oceano Pacífico) e setor do Mar de Weddell, muito por influência da AAO que apresentou correlações significativas com os dados de temperatura, principalmente na segunda década (2000-2009) onde a AAO apresentou enfraquecimento. Em termos de reanálises, percebe-se que o MERRA apresentou o melhor desempenho para a maioria das regiões. A única região que as reanálises apresentaram fraco desempenho foi no Mar de Ross. Conclui-se que ao trabalhar com modelos climáticos que levam em consideração as reanálises para região da Antártica, deve-se ter o cuidado de analisar o período de estudo e qual a região, a fim de levar em consideração mais de uma reanálise para obter melhor desempenho.
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    Resposta do clima amazônico ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Pires, Gabrielle Ferreira; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/9576327311464149; Malhado, Ana Cláudia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6689567685438939; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283
    Há uma clara mudança acontecendo no ambiente físico da floresta amazônica, onde a intervenção humana se intensificou drasticamente durante a última metade do século XX. Recentes estudos sugerem que mudanças no clima regional causadas pelo desmatamento local possuem o potencial de fazer com que partes da Amazônia atravessem o chamado ponto de desequilíbrio do sistema. Este ponto se refere à probabilidade da Amazônia cruzar um limite crítico, que poderia fazer com que a mesma salte para um estado de equilíbrio bioclimático alternativo, mais seco que o atual. Além do desmatamento amazônico, a remoção total do Cerrado, que atualmente já foi desmatado em mais de 55%, agindo em conjunto o desmatamento da Amazônia, poderia induzir a um aumento na duração da estação seca na região de transição entre floresta e savana (arco do desmatamento), o que pode contribuir para o surgimento de um equilíbrio bioclimático alternativo para a região. Porém, ainda não se sabe quais os limites e sob quais padrões de desmatamento da Amazônia e do Cerrado o clima da floresta será afetado. O objetivo deste trabalho é investigar a resposta do clima de diferentes regiões da floresta amazônica ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado, e verificar a possibilidade do surgimento de equilíbrio bioclimático alternativo para as mesmas. Para atingir esse objetivo, foram gerados 10 cenários de desmatamento amazônico e 10 cenários de desmatamento combinado entre floresta e Cerrado, que foram implantados no modelo acoplado atmosfera-biosfera CCM3-IBIS. Foram rodadas cinco ensembles para cada cenário, e as simulações tiveram a duração de 50 anos, com CO2 fixo em 380 ppm. Os resultados mostram que quando se considera o clima médio para a região total de floresta, não ocorre transposição de equilíbrio. Porém, considerando o clima médio para a região do arco do desmatamento, foi observado o surgimento de equilíbrio bioclimático típico de floresta sazonal, e em regiões no sul, sudoeste e leste da floresta foi observada transição para equilíbrio bioclimático típico de savana. Nos casos em que houve transposição do ponto de desequilíbrio do sistema, o efeito combinado do desmatamento de floresta e Cerrado mostrou-se significativo. Estes resultados mostram a resiliência de algumas regiões da floresta e a fragilidade de outras, o que pode auxiliar tomadores de decisão e conservacionistas na elaboração e implementação de políticas de conservação na floresta.
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    Influência dos modos de variabilidade oceânica no clima da América do Sul durante o holoceno médio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Rodrigues, Jackson Martins; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/2594710516564870; Silva, Welliam Chaves Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707320P6; Hamakawa, Paulo José
    Alterações nos padrões climáticos são fenômenos naturais do planeta, alternando períodos glaciais e interglaciais, que associados às anomalias das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) desencadeiam forte variabilidade climáticos. Este trabalho buscou entender como o clima da América do Sul responde às alterações dos parâmetros orbitais (Ciclos de Milankovitch) e às concentrações de gases de efeito estufa (GEE), bem como às influências que os módulos de variabilidade climática, como ENOS, Dipolo do Atlântico e Atlântico Sul, exercem sobre a distribuição das variáveis climáticas (temperatura, umidade relativa, precipitação) para o período conhecido como Holoceno Médio (HM-6000 anos antes do presente). Tendo como base o modelo acoplado Oceano- Atmosfera CCSM (Community Climate System Model) desenvolvido pelo National Center for Atmospheric Research (NCAR). Os resultados foram comparados às reconstruções feitas por datação. As influências do ENOS e Dipolo do Atlântico foram avaliadas pela técnica estatística Funções Ortogonais Empíricas (FOE). O modelo mostrou que as temperaturas na América do Sul eram menores que as atuais, exceto ao sul entre os pampas e Andes chilenos durante o verão (dezembro, janeiro e fevereiro). O norte do continente era mais úmido durante todo o ano, enquanto sudeste era mais seco. Os resultados estão de acordo com as reconstruções realizadas por meio de datação. Os campos de precipitação mostraram uma variação sazonal sobre o nordeste e norte de continente enquanto que durante todo ano nas regiões central, sudeste e sul a precipitação era menor. O contraste nas temperaturas também foi observado para a região nordeste com aumento das temperaturas durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro e diminuição durante os meses de inverno (junho, julho e agosto). No restante do continente as condições não diferiram das atuais havendo apenas enfraquecimento das temperaturas e um dipolo entre norte e sul do continente. Pela análise de FOE, observamos que o El Niño durante o HM era menos intensos representando 52,34% da variância dos dados no verão e 36,8% no inverno (verão observado 73,45%; inverno observado 53,57%; verão simulado 53,64%; Inverno simulado 53,5%). O modo dominante no Atlântico Equatorial era responsável por 29,56% da variância dos dados no verão e 27,41% no inverno (verão observado 33,23%; inverno observado 29,02%; verão simulado 32,48%; inverno simulado 27,41%). Já o modo dominante do Atlântico Sul para o HM respondia por 17,3% da variância dos dados para o verão e 13,4% para o inverno (verão observado 16,6%; inverno observado 14,9%; verão simulado 19,59%; inverno simulado 15,67%). Desta maneira pode-se concluir que o modelo CCSM é uma boa ferramenta para avaliar a sucessão climática da América do Sul, pois seus resultados estão de acordo com as reconstruções por datação.
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    Nitrogênio e produção primária líquida da Floresta Amazônica utilizando o modelo IBIS
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-12) Pinto, Luciana Barros; Soares Filho, Britaldo Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780185E6; Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino; http://lattes.cnpq.br/3726934049618860; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/5192318389798896; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6; Hamakawa, Paulo José; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283
    A disponibilidade de nitrogênio (N) nos ecossistemas terrestres tem importante efeito sobre o ciclo de carbono. Variações na disponibilidade desse nutriente, no espaço e no tempo, podem afetar o crescimento e a produção das plantas, alterando a dinâmica dos ecossistemas e, consequentemente, as formas que a vegetação troca massa e energia com a atmosfera, causando uma retroalimentação no clima em nível regional ou global. Uma variedade de modelos de dinâmica de ecossistemas tem sido utilizada a fim de se obter um melhor entendimento da relação entre a disponibilidade de nutrientes, o ciclo do C e as possíveis mudanças climáticas, diferindo significativamente nas conceitualizações, formulações, parametrizações e dados de entrada. Neste trabalho foi implementada ao modelo de dinâmica de ecossistema IBIS, a influência do estresse de N na fotossíntese, permitindo estabelecer a ciclagem de N no solo e na planta, possibilitando inferir os valores dos estoques deste nutriente em cada um dos compartimentos da planta e assim avaliar a influência da deficiência de N no crescimento da mesma. Através da comparação entre os dados simulados pelo modelo e os observados em campo, verificou-se que o modelo apresentou bom desempenho ao simular o comportamento da produção primária líquida (NPP), biomassa, N foliar e no solo. Quando a vegetação foi submetida a uma condição de estresse por deficiência de N, pela redução da fração de N foliar, o modelo respondeu com diminuição na NPP, indicando a relação entre a deficiência deste nutriente e a capacidade da planta em sequestrar C da atmosfera. Isso indica que ao se incluir a relação entre C e N nos modelos de superfície, é possível obter-se melhores respostas do comportamento do ecossistema frente a variações ambientais, o que auxilia na melhor compreensão das retroalimentações entre biosfera e atmosfera que são desencadeadas por variações na disponibilidade de nutrientes.