Meteorologia Agrícola
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Item Interação entre ecossistemas terrestres e a atmosfera na Amazônia: conexões biogeofísicas e biogeoquímicas(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-18) Pereira, Marcos Paulo Santos; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764026E6; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6; Grimm, Alice Marlene; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784800A9A Amazônia é considerada por muitos uma das mais importantes regiões do planeta, abrangendo extensas áreas de floresta tropical. Entretanto, essa floresta vem sendo modificada dramaticamente, pelo desmatamento e pelas modificações na concentração de CO2 que também podem alterar a estrutura da floresta. Este trabalho visa entender melhor a interação biosfera-atmosfera na Amazônia, incluindo tanto os efeitos biogeofísicos quanto os biogeoquímicos desta interação. Para esta finalidade, utilizou-se um modelo de circulação geral da atmosfera CCM3 acoplado ao modelo de superfície IBIS. Foram realizadas sete simulações, isto é, simulação de controle (F), desmatamento parcial (D), efeitos radiativos do CO2 (FR), efeitos radiativos e ecológicos do CO2 (FRE), efeitos radiativos e ecológicos do CO2 considerando a retroalimentação biogeoquímica da vegetação no ciclo do carbono (FREB), desmatamento parcial com os efeitos radiativos e ecológicos do CO2 (DRE), e desmatamento parcial com os efeitos radiativos e ecológicos do CO2 considerando a retroalimentação biogeoquímica da vegetação no ciclo do carbono (DREB). Nessas simulações, o efeito do desmatamento modificou o balanço de energia e de água, com mudanças mais significativas na estação seca, mostrando um acréscimo do albedo na área parcialmente desmatada, levando a uma diminuição na evapotranspiração e na precipitação. O efeito radiativo do aumento na concentração do CO2 disponibilizou mais energia na superfície aumentando o fluxo de calor sensível, a temperatura, e afetando a precipitação, mas não ocasionou mudanças na média anual da evapotranspiração. Já o efeito ecológico do aumento da concentração do CO2 alterou a estrutura da floresta Amazônia, aumentando o IAF e a biomassa da bacia Amazônica em 0,61 kg C.m-2. Houve reduções nas taxas de precipitação, evapotranspiração e nos fluxos de calor latente e sensível. Ao ser considerado o efeito biogeoquímico do crescimento da vegetação, sob condições de floresta total e desmatamento parcial, percebe-se reduções na concentração atmosférica de CO2, pequenas mudanças no clima, mostrando uma diminuição do saldo de radiação, e na temperatura, causando um aumento na precipitação sob condições de floresta e reduzindo com o desmatamento sobre a bacia Amazônica.Item Regionalização de vazões considerando a evapotranspiração real em seu processo de formação(Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-27) Rego, Fernando Silva; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; http://lattes.cnpq.br/9686447289994830; Marcuzzo, Francisco Fernando Noronha; http://lattes.cnpq.br/1923800998058989; Borges, Alisson Carraro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706302U9A regionalização de vazões visa suprir a carência de informações hidrológicas em locais com pouca ou nenhuma disponibilidade de dados, sendo o conhecimento e o aprimoramento dessa técnica de grande importância para estimativas mais seguras das vazões. Esse trabalho teve como objetivo aperfeiçoar o procedimento de regionalização de vazões mínimas e média, considerando uma variável explicativa que representa a evapotranspiração real no processo de formação de vazões. O estudo foi realizado em duas bacias do rio São Francisco: uma sub- bacia do rio Paracatu, onde foram avaliados a vazão média de longa duração (Qmld), a vazão mínima com permanência de 95% do tempo (Q95) e a vazão mínima com sete dias de duração associada a um período de retorno de dez anos (Q7,10); e a bacia do rio Pará, na qual foi avaliado apenas a Q7,10. As variáveis independentes utilizadas foram a área de drenagem, a vazão equivalente ao volume precipitado (Peq), a vazão equivalente ao volume precipitado menos 750 mm (Peq750) e a vazão equivalente ao volume precipitado menos a média estimada da evapotranspiração real na bacia (PeqETR). Avaliou-se o desempenho da regionalização por meio de três análises: estatística, comportamento físico e risco. A PeqETR proporcionou os melhores ajustes estatísticos para as três vazões analisadas na sub-bacia do rio Paracatu, contudo, enquanto essa variável foi a que representou o melhor comportamento físico e estimativas mais seguras das vazões mínimas, a Peq750 foi a que teve estimativas mais representativas da vazão média. Para a bacia do rio Pará, o uso da PeqETR como variável explicativa gerou os melhores ajustes estatísticos e uma melhor representação do comportamento físico e de risco da variável dependente analisada. Assim, o uso da variável explicativa que considera a evapotranspiração real proporciou, nas bacias estudadas, os vmelhores ajustes estatísticos e, com exceção da vazão média, uma análise física mais representativa e segura.Item Efeito da mudança na cobertura vegetal na evapotranspiração e vazão de microbacias na região do Alto Xingu(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-29) Dias, Lívia Cristina Pinto; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/3473464984753698; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8Uma das formas tradicionais de expansão da fronteira agrícola é por meio da conversão de ecossistemas naturais em áreas de cultivo, geralmente por meio de desmatamento. A região do Alto Xingu, no Estado do Mato Grosso - Brasil, tem sido indicada como uma das regiões de mais intensa conversão de ecossistemas naturais em pastagens ou culturas agrícolas (principalmente a soja) no país e há preocupação em se compreender como e quanto essa alteração da cobertura vegetal modifica a hidroclimatologia da região. Assim, o objetivo deste trabalho é examinar o quanto a mudança na cobertura vegetal influencia a evapotranspiração e a vazão de microbacias do Alto Xingu, na região sudeste da bacia Amazônica. Foram feitas medições de vazão em microbacias com uso uniforme do solo na região de estudo e foram conduzidas simulações pontuais com as coberturas de floresta, cerrado e pastagem no modelo InLand e com cobertura de soja, no AgroIBIS. Os dados meteorológicos e parâmetros como a condutividade hidráulica saturada do solo utilizados nos modelos foram medidos na Fazenda Tanguro MT. As vazões médias simuladas nos modelos InLand e AgroIBIS foram semelhantes aos valores observados em campo no período de setembro de 2008 a agosto de 2010. Comparando-se as vazões simuladas para as quatro coberturas no Alto Xingu, estima-se que a conversão da precipitação em vazão nos ecossistemas naturais (floresta e cerrado) foi 53,5% menor que nos ecossistemas agrícolas (pastagem e soja). Quando comparado aos ecossistemas naturais, a evapotranspiração dos ecossistemas agrícolas foi 38,3% menor durante o período de estudo. Também se buscou avaliar a influência de 11 diferentes classes texturais no particionamento da precipitação em escoamento total e evapotranspiração nas coberturas estudadas. Independente da textura do solo considerada, o escoamento total com cobertura de floresta tropical foi sempre inferior à simulada para as demais coberturas e a diferença entre o escoamento total simulado para as coberturas de floresta e cerrado é maior quanto menores são os valores de condutividade hidráulica saturada.Item Temperatura e precipitação na América do Sul: situação atual e perspectivas futuras do IPCC/AR5(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-25) Tavares, Mônica Weber; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/5262554530371527; Lemos, Carlos Fernando; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799678H0; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Hamakawa, Paulo JoséA Temperatura da Superfície do Mar (TSM) é capaz de influenciar na circulação atmosférica e consequentemente alterar os padrões climáticos tanto em escala local quanto global. Este trabalho buscou entender como a temperatura e precipitação na América do Sul respondem em função dos modos de variabilidade climática El Niño Oscilação-Sul (ENSO) e Dipolo do Atlântico (DA), para as condições atuais e futuras, considerando um cenário extremo de emissão de Gases de Efeito Estuda (GEE). Foram utilizados quatro modelos climáticos acoplados do Inter-governmental Panel on Climate Change/Fifth Assessment Report (IPCC/AR5), pertencentes ao Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados, Fase 5 (CMIP5): MRI (Meteorology Research Institute, Japão), INM (Institute for Numerical Mathematics, Rússia), NCC (Norwegian Climate Center, Noruega) e ECHAM/MPI (Max Planck Institute for Meteorology, Alemanha). Os resultados mostraram que os padrões dominantes nos Oceanos Pacífico e Atlântico, são respectivamente o ENSO e Dipolo do Atlântico e foram melhor reproduzidos pelos modelos MPI e NCC (INM e MRI) e se mostraram satisfatórios (insatisfatórios) e capazes (incapazes) de reproduzir a resposta da precipitação e temperatura, em relação ao clima observado sobre a AS. Para condições futuras têm-se episódios de ENSO mais intensos, enquanto que para configurações do tipo DA notam-se gradientes inter-hemisféricos mais intensos, onde se observou TSM's mais baixas no Atlântico Norte. Além disso, projeta-se que este padrão, conhecido como fase negativa do DA, poderá influenciar significativamente na circulação atmosférica e alterar os padrões de temperatura e precipitação na AS.Item Modelo para estimar o número de dias trabalháveis com tratores agrícolas, em função de parâmetros do solo e do clima(Universidade Federal de Viçosa, 1988-02-19) Assis, Simone Vieira de; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/5552758223108418; França, Gutemberg Borges; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781620A0; Vieira, Hélio Alves; Vianello, Rubens Leite; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781978P6; Martyn, Peter JohnPara se obter o número de dias trabalháveis com tratores agrícolas, é necessário ter conhecimento sobre a unidade do solo e a quantidade de precipitação ocorrida. Nesta pesquisa. foi calculado o balanço de umidade do solo. para três cidades localizadas no Triângulo Mineiro, Minas Gerais, a saber: Araxá, Capinópolís e Uberaba. Os dados meteorológicos utilizados foram de precipitação, brilho solar e temperatura do ar, estudando-se, para cada cidade, os seguintes números de anos: Araxá - 12 anos; Capinópolis - 11 anos e Uberaba - 14 anos. Utilizando os valores limites de precipitação e da água disponível no solo. valores esses determinados pelo modelo usado, foi possível obter o número de dias trabalháveis com tratores agrícolas. A probabilidade de ocorrência de dias trabalháveis com tratores agrícolas foi obtida utilizando os cálculos de probabilidade condicional. O modelo de cadeia de Harkov foi utilizado para obter a distribuição do número de dias trabalháveis com tratores agrícolas. Obteve-se. também, a probabilidade de ocorrêncía de dias bons e dias ruins, durante cada semana climatológica. Para cada semana climatológica foi calculado o número de dias bons esperados. em quatro níveis de probabilidade. De acordo com o número de dias bons esperados e o nível de probabilidade, pode-se melhor planejar as atividades agrícolas, utilizando-se tratores agrícolas.Item Zoneamento ecológico para o cultivo da seringueira no estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1985-11-06) Rufino, Denise Teixeira Coelho; Aspiazú, Celestino; Vianello, Rubens Leite; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781978P6; Coelho, Dirceu Teixeira; Valente, Osvaldo Ferreira; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6Zoneamentos para o cultivo da seringueira no Estado de Minas Gerais já foram elaborados, mas há necessidade de atual¡zá-los, considerando a incidência do Fungo causador do mal-das-Folhas" e a utilização de dados e métodos mais modernos. Este estudo teve como objetivo a atualização e o aperfeiçoamento dos zoneamentos existentes. Os dados climáticos utilizados foram retirados das Normais Climatológicas publicadas pelo Ministério da Agricultura e dos arquivos do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa e os dados de solos foram extraídos do Mapa de Solos do Brasil. Os dados ausentes das séries incompletas foram est¡mados através do método de interpolação por aproximação numérica e, depois da série completa, foram submetidos a uma análise fatorial. 0 resultado dessa análise englobou os 29 parâmetros utilizados e seus respectivos coeficientes em cinco fatores, cuja combinação (entre os parâmetros e os coeficientes) resultou em um índice para cada fator e para cada localidade em estudo. Os valores de cada Índice foram submetidos, a seguir, a um processo de interpolação que determinou valores para 100 células distribuídas uniformemente em toda a área. Esses valores das 100 células sofreram uma análise de agrupamento que dividiu cada rede de células em dois grupos, resultando em cinco redes subdivididas em dois grupos cada. A sobreposição dessas cinco redes resultou em um mapa didivido em 18 grupos distintos, que foram, posteriormente, submetidos a uma nova análise de agrupamentos por meio do algoritmo de Fisher, que agrupou os 18 grupos em quatro subgrupos, os quais, após as conclusões finais, determinaram quatro classes de aptidão para o plantio da seringueira no Estado de Minas Gerais.Item Clima do Hemisfério Sul há 1,080 milhão de anos: impacto do derretimento da geleira Antártica(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-24) Silva, Alex Santos da; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/1535686384291685; Lemos, Carlos Fernando; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799678H0; Hamakawa, Paulo José; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247O sistema climático da Terra é influenciado pela configuração da topografia, cuja importância fundamenta-se na caracterização dos aspectos dinâmicos e termodinâmicos da atmosfera e do oceano. Neste sentido, o objetivo do estudo é investigar os processos oceânicos e atmosféricos associados ao colapso das geleiras continentais da região oeste da Antártica, referente ao período de 1,080 milhão de anos (ka) passados. Para tal fim, foram realizadas duas simulações com o modelo climático acoplado SPEEDO: a) simulação controle (CTRL), sob condições atuais e; b) simulação forçada (1080ka), inserindo a topografia de 1,080 ka passados. Ambas as simulações são conduzidas com a concentração atmosférica de 2 CO em 380 ppmV. Na circulação oceânica, os resultados da simulação 1080ka mostram variações de salinidade e temperatura em relação à CTRL, em todos os níveis oceânicos. A forçante contribuiu para um aumento de aproximadamente 1,4 °C e 1,6 °C na temperatura da superfície do mar dos mares de Ross e a leste da Antártica, somados a intensificação do fluxo de calor oceânico ao sul do oceano Atlântico. Por outro lado, houve um acréscimo de 20 TW no fluxo de calor em direção ao norte do oceano Pacífico. Estas variações oceânicas conduzem a mudanças na circulação atmosférica. A temperatura do ar na simulação 1080ka foi 6,5 °C maior a CTRL na região do mar de Ross, inversamente a região leste da Antártica, onde ocorreu um decréscimo de 4,5 °C. No campo de precipitação, houve um aumento de aproximadamente 160 mm/ano na Península Antártica e uma diminuição próxima a 80 mm/ano no sul do Oceano Atlântico. O vento, em baixos níveis, foi intensificado no Anticiclone do Atlântico Sul, deslocando-se em direção ao continente sul-americano. Em altos níveis, os fluxos de oeste foram enfraquecidos, devido ao menor gradiente térmico meridional na região extratropical. Embora se tenha utilizado um modelo climático de complexidade intermediária, o mesmo foi capaz de representar os principais mecanismos de conservação de massa da atmosfera e dos oceanos.Item Impactos do aumento de CO2 no balanço de radiação e nas circulações atmosférica e oceânica simulados pelo modelo climático LOVECLIM(Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-26) Gomes, Viviane; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; Hamakawa, Paulo José; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9807380037679058; Mendes, David; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762229A1; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3Com base em experimentos de sensibilidade numérica de longo prazo conduzidos com um modelo acoplado Oceano-Atmosfera-Vegetação-Gelo (LOVECLIM) e sob diferentes concentrações de CO2, foram analisadas alterações do sistema climático, fazendo uso de experimentos acoplados (oceano e atmosfera) e desacoplados (atmosfera). Isto possibilita investigar o papel do oceano. O experimento numérico para um cenário com 700 ppm de CO2 na atmosfera, mostra um incremento no saldo de radiação devido ao aumento no balanço de ondas longas, bem como um acréscimo médio na temperatura do ar de aproximadamente 3°C. Estas mudanças produzem uma desintensificação dos ventos alísios sobre o Pacífico leste e sobre o Oceano Atlântico, e uma intensificação dos ventos de oeste especialmente sobre as áreas oceânicas no Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul, observa-se maior ocorrência de precipitação na faixa tropical oceânica sobre as regiões dos oceanos Pacífico e Atlântico e uma diminuição sobre as regiões continentais. As alterações no vento e precipitação acontecem devido a sensibilidade da temperatura da superfície do mar ao acréscimo de CO2. Estes resultados são similares aos padrões atuais em anos de eventos El Niño. Os resultados no campo gelo marinho mostram a redução em sua espessura de até 1m em particular no mar de Weddell e no mar de Amundsen. Na parte leste da Antártica desde o mar de Ross até a zona Antártica do oceano Índico, a ausência do gelo foi a característica principal dos experimentos de sensibilidade climática.Item Avaliação do Impacto do Aquecimento Global no Risco de Fogo na África(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-19) Brumatti, Dayane Valentina; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9586431093815932; Nunes, Edson Luis; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782682T5; Amorim, Marcelo Cid de; http://lattes.cnpq.br/6751596179638247Com base em simulações de modelos climáticos regionais realizadas com o RegCM3 e reanálises do NCEP, o impacto do clima anômalo forçando a vulnerabilidade ambiental para a ocorrência de incêncios na África é analisado através da aplicação do Índice de Potencial de Fogo (PFI). Três distribuições distintas de vegetação foram analisadas por uma simulação atual (1980-2000) e para o final do século XXI (2080-2100). Foi demonstrado que em condições atuais o PFI é capaz de detectar as principais áreas de risco de fogo, que estão concentradas na região do Sahel, de dezembro a março, e na África subtropical, de julho a outubro. Previsão de futuras mudanças na vegetação levam a modificações substanciais na magnitude do PFI, particularmente para a região subtropical da África. A confiabilidade do PFI para a reprodução de áreas com alta atividade de fogo indica que este índice é uma ferramenta útil para a previsão de ocorrência de incêndios em todo o mundo, uma vez que se baseia em fatores regionais dependentes da vegetação e clima.Item Variações de temperatura no Continente Antártico: observações e reanálises(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Lindemann, Douglas da Silva; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/0703689447724368; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8As regiões polares são um componente importante do sistema climático terrestre onde ocorrem variações sazonais e anuais significativas. Diante disto, o objetivo deste trabalho é analisar a variação da temperatura em superfície na Antártica e compará-las as reanálises, visando analisar a influência que os modos de variabilidade climática exercem sobre a variação da temperatura em superfície na Antártica. Os dados observados utilizados foram obtidos através do READER para o período de 1989 a 2009. Já as reanálises utilizadas foram as do NCEP/NCAR, ERA-Interim e MERRA. Com o objetivo de se ter uma análise local, o continente Antártico foi dividido em cinco setores. Após a análise por regiões da Antártica, ficou claro que o continente passou por mudanças de temperatura do ar em superfície durante o período de 1989 a 2009. As Ilhas Shetland do Sul foi a região que apresentou resultado oposto ao compararmos com o restante do continente, a tendência mudou de aquecimento para resfriamento. Outra característica importante em relação a temperatura no continente Antártico foi que durante o outono a tendência foi de aquecimento significativo na região da Antártica Oriental (setores Continental e Oceano Pacífico) e setor do Mar de Weddell, muito por influência da AAO que apresentou correlações significativas com os dados de temperatura, principalmente na segunda década (2000-2009) onde a AAO apresentou enfraquecimento. Em termos de reanálises, percebe-se que o MERRA apresentou o melhor desempenho para a maioria das regiões. A única região que as reanálises apresentaram fraco desempenho foi no Mar de Ross. Conclui-se que ao trabalhar com modelos climáticos que levam em consideração as reanálises para região da Antártica, deve-se ter o cuidado de analisar o período de estudo e qual a região, a fim de levar em consideração mais de uma reanálise para obter melhor desempenho.