Meteorologia Agrícola
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Item A estação chuvosa na Amazônia, de 1988 a 1989, e sua relação com a circulação geral da atmosfera(Universidade Federal de Viçosa, 1994-02-25) Neves, Edgard Klinger; Vianello, Rubens LeiteUm dos problemas que têm preocupado vários estudiosos da Climatologia da América do Sul é a compreensão dos mecanismos físicos atmosféricos que precedem as grandes cheias da Amazônia e suas relações com a circulação geral da atmosfera. Este trabalho objetivou o estudo das configurações geradas pelos sistemas atmosféricos que produziram as condições de tempo, em diferentes escalas, e suas relações com o clima regional, destacando-se a estação chuvosa de 1988/89, causadora da terceira maior cheia do século na Amazônia, o que redundou em elevados prejuízos agrºpecuários e reflexos sócio-econômicos para a região. Analisaram-se as séries pluviométricas de 46 estações meteorológicas de superfície; as cartas sinóticas diárias de superfície e de altitude, de 12 h, Tempo Médio de Greenwich (TMG), produzidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); e as cartas médias mensais, de 1.000 hPa, e geopotenciais, de 850, 500 e 200 hPa, elaboradas pelo Centro Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NMC). Analisaram-se, também, as imagens diárias do satélite GOES, para avaliar, visualmente, o período mais ativo da Alta da Bolívia, as cartas médias mensais de anomalias de Radiação de Onda Longa (ROL), as anomalias de Temperatura da Superfície da Água do Mar (TSM) e as configurações sinóticas que produziram a estação chuvosa de 1988/89 na Amazônia. Ainda, compararam-se as configurações das escalas planetária e continental e o tempo associado às condições de tempo regionais. Observou-se que as duas maiores cheias que aconteceram na Amazônia nos períodos de 1975/76 e 1978/79 estiveram associadas ao episódio frio do tipo Anti-El Nino da escala planetária, enquanto a maior cheia do século (1952/53) esteve associada ao episódio quente do tipo El Nino. Consequentemente, ambas estiveram, também, associadas à anomalias de Pressão, ao Nível do Mar, do Pacífico equatorial. O monitoramento das configurações da grande escala e da escala continental pode auxiliar nos prognósticos de tais anomalias.Item Quantificação e análise dos componentes do balanço de energia nas áreas de floresta e de pastagem da região amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 1999-03-25) Teixeira, Delton Wagner; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/8012219423099275No presente trabalho, utilizou-se de dados do projeto ABRAÇOS (“Anglo-Brazilian Amazonian Climate Observation Study”) coletados nos sítios experimentais de floresta e de pastagem, nos períodos de 08/08 a 05/10 de 1992, 04/04 a 26/07 de 1993 e 13/08 a 24/08 de 1994, em Ji-Paraná-RO, e no período de 07/10 a 26/10 de 1993, em Marabá-PA. Os [luxos de calor latente e calor sensível foram medidos por um sistema de covariância de vórtices turbulentos, sistema EddySol, desenvolvido na “University of Edinburgh”, Escócia. As outras variáveis meteorológicas utilizadas, incluindo-se o saldo de radiação e o fluxo de calor no solo, foram medidas em estações meteorológicas automáticas, instaladas nos sítios experimentais. O objetivo deste trabalho foi analisar as variações diurnas e noturnas dos componentes do balanço de energia e as variações na partição de energia em dois sítios experimentais de floresta e de pastagem, em Ji-Paraná, RO, e Marabá, PA. As principais conclusões foram: as comparações simultâneas dos componentes do balanço de energia entre floresta e pastagem evidenciaram diferenças estatisticamente significantes em todas as campanhas; a maior contribuição do fluxo de calor latente no balanço de energia em relação aos outros componentes, durante o período diurno, foi caracterizada pela relação LE/Rn, que apresentou valor médio de 0,68 para a floresta e de 0,62 para a pastagem, sendo LE o fluxo de calor latente e Rn o saldo de radiação; as regressões lineares das médias horárias do fluxo de calor latente e do saldo de radiação, durante o período diurno, apresentaram coeficientes de determinação superiores a 0,85 e coeficiente angular, que variou de 0,54 na pastagem a 0,67 na floresta; e a razão de Bowen, durante o período diurno, variou de 0,18 a 0,59, na pastagem, com um valor médio de 0,40, ao passo que na floresta B variou de 0,12 a 0,25, com um valor médio de 0,20.Item Interação entre ecossistemas terrestres e a atmosfera na Amazônia: conexões biogeofísicas e biogeoquímicas(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-18) Pereira, Marcos Paulo Santos; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764026E6; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6; Grimm, Alice Marlene; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784800A9A Amazônia é considerada por muitos uma das mais importantes regiões do planeta, abrangendo extensas áreas de floresta tropical. Entretanto, essa floresta vem sendo modificada dramaticamente, pelo desmatamento e pelas modificações na concentração de CO2 que também podem alterar a estrutura da floresta. Este trabalho visa entender melhor a interação biosfera-atmosfera na Amazônia, incluindo tanto os efeitos biogeofísicos quanto os biogeoquímicos desta interação. Para esta finalidade, utilizou-se um modelo de circulação geral da atmosfera CCM3 acoplado ao modelo de superfície IBIS. Foram realizadas sete simulações, isto é, simulação de controle (F), desmatamento parcial (D), efeitos radiativos do CO2 (FR), efeitos radiativos e ecológicos do CO2 (FRE), efeitos radiativos e ecológicos do CO2 considerando a retroalimentação biogeoquímica da vegetação no ciclo do carbono (FREB), desmatamento parcial com os efeitos radiativos e ecológicos do CO2 (DRE), e desmatamento parcial com os efeitos radiativos e ecológicos do CO2 considerando a retroalimentação biogeoquímica da vegetação no ciclo do carbono (DREB). Nessas simulações, o efeito do desmatamento modificou o balanço de energia e de água, com mudanças mais significativas na estação seca, mostrando um acréscimo do albedo na área parcialmente desmatada, levando a uma diminuição na evapotranspiração e na precipitação. O efeito radiativo do aumento na concentração do CO2 disponibilizou mais energia na superfície aumentando o fluxo de calor sensível, a temperatura, e afetando a precipitação, mas não ocasionou mudanças na média anual da evapotranspiração. Já o efeito ecológico do aumento da concentração do CO2 alterou a estrutura da floresta Amazônia, aumentando o IAF e a biomassa da bacia Amazônica em 0,61 kg C.m-2. Houve reduções nas taxas de precipitação, evapotranspiração e nos fluxos de calor latente e sensível. Ao ser considerado o efeito biogeoquímico do crescimento da vegetação, sob condições de floresta total e desmatamento parcial, percebe-se reduções na concentração atmosférica de CO2, pequenas mudanças no clima, mostrando uma diminuição do saldo de radiação, e na temperatura, causando um aumento na precipitação sob condições de floresta e reduzindo com o desmatamento sobre a bacia Amazônica.Item Análise do balanço da radiação e de seus componentes na região amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-20) Oliveira, Joaquim Branco de; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; http://lattes.cnpq.br/4451348789476110; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Martins, José Helvécio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754Z3; Passos, Evandro Ferreira; http://lattes.cnpq.br/5437244176873401A distribuição de freqüência de valores médios horários, entre 10:00 e 14:00 h, de dados do balanço de radiação e de seus componentes, em base mensal e anual foram analisadas. Avaliou-se dois modelos de estimativa do balanço de radiação de ondas longas, nos sítios experimentais de floresta e de pastagem, em Ji-Paraná RO, Manaus AM e Marabá- PA, e caracterizou-se a variação sazonal da radiação fotossinteticamente ativa na Reserva florestal de Caxiuanã, em Melgaço - PA. Foram utilizados dados horários de irradiância solar global, radiação solar refletida, saldo de radiação, temperatura de bulbo seco e de bulbo molhado, e precipitação pluvial, coletados nos sítios experimentais de floresta e de pastagem do projeto ABRACOS. No sítio experimental de Caxiuanã, além dessas medições também foram feitas medições da radiação fotossinteticamente ativa (PAR). As diferenças entre a distribuição de freqüência acumulada dos valores médios horários dos componentes do balanço da radiação, em base anual, e às correspondentes distribuições normais, verificou-se que não houve diferença estatisticamente significante, ao nível de 5% de probabilidade. Todavia, a distribuição normal não se mostrou adequada para descrever a distribuição de freqüência mensal dos referidos dados dos componentes do balanço de radiação. A avaliação dos modelos de estimativa do balanço de radiação de ondas longas, com base no erro padrão da estimativa e no erro percentual médio, mostrou que o modelo proposto por GAY (1969) foi superior ao modelo de MONTEITH & SZEICZ (1961) em todos os sítios experimentais de floresta e de pastagem estudados, durante todos os meses do ano. A razão entre a radiação fotossinteticamente ativa e a irradiância solar global, na Reserva Florestal de Caxiuanã - PA, apresentou pequena variação sazonal, variando de 0,45 0,01 em abril (período mais chuvoso) a 0,44 0,01 em agosto (período menos chuvoso), tendo-se obtido um valor médio de 0,44 para todo o período de abril a agosto.Item Resposta do clima amazônico ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Pires, Gabrielle Ferreira; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/9576327311464149; Malhado, Ana Cláudia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6689567685438939; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283Há uma clara mudança acontecendo no ambiente físico da floresta amazônica, onde a intervenção humana se intensificou drasticamente durante a última metade do século XX. Recentes estudos sugerem que mudanças no clima regional causadas pelo desmatamento local possuem o potencial de fazer com que partes da Amazônia atravessem o chamado ponto de desequilíbrio do sistema. Este ponto se refere à probabilidade da Amazônia cruzar um limite crítico, que poderia fazer com que a mesma salte para um estado de equilíbrio bioclimático alternativo, mais seco que o atual. Além do desmatamento amazônico, a remoção total do Cerrado, que atualmente já foi desmatado em mais de 55%, agindo em conjunto o desmatamento da Amazônia, poderia induzir a um aumento na duração da estação seca na região de transição entre floresta e savana (arco do desmatamento), o que pode contribuir para o surgimento de um equilíbrio bioclimático alternativo para a região. Porém, ainda não se sabe quais os limites e sob quais padrões de desmatamento da Amazônia e do Cerrado o clima da floresta será afetado. O objetivo deste trabalho é investigar a resposta do clima de diferentes regiões da floresta amazônica ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado, e verificar a possibilidade do surgimento de equilíbrio bioclimático alternativo para as mesmas. Para atingir esse objetivo, foram gerados 10 cenários de desmatamento amazônico e 10 cenários de desmatamento combinado entre floresta e Cerrado, que foram implantados no modelo acoplado atmosfera-biosfera CCM3-IBIS. Foram rodadas cinco ensembles para cada cenário, e as simulações tiveram a duração de 50 anos, com CO2 fixo em 380 ppm. Os resultados mostram que quando se considera o clima médio para a região total de floresta, não ocorre transposição de equilíbrio. Porém, considerando o clima médio para a região do arco do desmatamento, foi observado o surgimento de equilíbrio bioclimático típico de floresta sazonal, e em regiões no sul, sudoeste e leste da floresta foi observada transição para equilíbrio bioclimático típico de savana. Nos casos em que houve transposição do ponto de desequilíbrio do sistema, o efeito combinado do desmatamento de floresta e Cerrado mostrou-se significativo. Estes resultados mostram a resiliência de algumas regiões da floresta e a fragilidade de outras, o que pode auxiliar tomadores de decisão e conservacionistas na elaboração e implementação de políticas de conservação na floresta.Item Balanço de radiação em áreas de floresta e de pastagem em Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-14) Aguiar, Leonardo José Gonçalves; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Costa, Antônio Carlos Lola da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766650H5; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; http://lattes.cnpq.br/5805330536694551; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7O presente trabalho teve como objetivo analisar as variações diárias e sazonais de todos os componentes do balanço de radiação além da radiação fotossinteticamente ativa em um sítio de floresta e um de pastagem em Rondônia. Também foram testados vários modelos de estimativa da radiação de onda longa atmosférica em ambos os sítios experimentais. Para a realização deste trabalho, foram utilizados dados de irradiância solar global (Sin) e irradiância solar refletida (Sout), radiação fotossinteticamente ativa incidente (PARin) e refletida (PARout), radiação de onda longa atmosférica (Lin) e emitida pela superfície (Lout), saldo de radiação (Rnet), precipitação (P), temperatura do ar (T) e umidade relativa do ar (UR), medidos continuamente no período de junho de 2005 a maio de 2006 em dois sítios experimentais pertencentes à rede de torres do Experimento de Grande Escala da Biosfera- Atmosfera na Amazônia LBA, no Estado de Rondônia. A área de pastagem está localizada na Fazenda Nossa Senhora (FNS) (10º45 S; 62º21 W), com uma altitude em torno de 293 metros, e a de floresta na Reserva Biológica do Jaru (JAR) (10o4 S; 61o55 W). A altitude da área de floresta varia entre 120 e 150 metros. As estimativas da Lin, em base horária, foram feitas através das equações de Brunt (1932), Swinbank (1963), Idso e Jackson (1969), Brutsaert (1975), Satterlund (1979), Idso (1981) e Prata (1996). A variação sazonal dos componentes do balanço de radiação, especialmente, a irradiância solar global, a irradiância solar refletida e o saldo de radiação foi bem caracterizada em ambos os sítios experimentais. O aumento do albedo entre a floresta e a pastagem foi em média de 79,5%, o que contribui para a maior redução do saldo de radiação entre esses dois tipos de cobertura vegetal. A redução do saldo de radiação na pastagem em relação à floresta foi de 19%. A fração entre a radiação fotossinteticamente ativa e a irradiância solar global apresentou pequena variação sazonal. Em média essa fração foi de 0,46 na pastagem e de 0,44 na floresta. As estimativas da radiação de onda longa atmosférica foram satisfatórias em ambos os sítios experimentais apenas durante a estação seca. As equações que levam em consideração a pressão do vapor d água e a temperatura do ar tiveram melhor desempenho do que as que utilizam apenas a temperatura do ar, como é o caso das equações de Swinbank (1963) e Idso e Jackson (1969). Os modelos de Idso (1981), Brunt (1932) e Brutsaert (1975) foram os que apresentaram melhor desempenho.Item Viabilidade de sistemas produtivos de borracha natural na Amazônia: o caso do extrativismo na Resex Chico Mendes(Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-15) Giraldo, Carolina Jaramillo; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Soares Filho, Britaldo Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780185E6; http://lattes.cnpq.br/9984230610410043; Gonçalves, Rivadalve Coelho; http://lattes.cnpq.br/5421461152933297; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0O desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis com a valoração dos bens e serviços ecossistêmicos (VSE) é uma peça fundamental para a preservação da floresta Amazônica. Neste contexto, este estudo tem como objetivo valorar ecológica e economicamente a borracha natural na Resex Chico Mendes (RCM). A extração de látex das seringueiras nativas na floresta no sudeste do Acre foi valorada mediante modelagem espacial da distribuição da densidade, estimativa da produtividade e cálculo da rentabilidade dos produtos Cernambi Virgem (CV), Látex Líquido (LL) e Folha de Defumada Líquida (FDL), sob dois cenários, na presença (PS) e ausência (AS) de subsídio governamental. Além disso, utilizando dados da produtividade esperada de plantios de seringueira, foram identificadas áreas desmatadas com viabilidade econômica para a produção de borracha natural. O modelo estimou uma produtividade potencial total de 891,14 toneladas de borracha seca nas 2,5 milhões hectares (ha) de floresta da área de estudo, e o LL foi o produto com renda e com valor anual equivalente (VAE) de 3,24 US$/ha no cenário que representa 75% da produtividade total na PS. Entretanto, a renda que produz o melhor cenário não é competitiva quando comparada a outras atividades agrícolas. Por outro lado, as áreas desmatadas têm atributos ecológicos para o sucesso das plantações de seringueira, e o FDL foi o produto que apresentou o VAE médio maior atingindo 271 US$/ha. Ao contrário, o produto LL precisaria de auxílio nos custos de formação para gerar VAEs significativos e altamente competitivos em relação à pecuária (no mínimo de 17 US$/ha). O Acre tem avançado nos esforços econômicos e políticos para proteger e sustentar suas unidades de conservação de uso sustentável. O subsídio é uma ferramenta que ajuda a conter a retirada total da vegetação florestal, no entanto, a subvenção no preço de 3,9 US$/kg de borracha seca do produto LL não compensa a extração em todas as zonas da RCM. Áreas desmatadas destinadas a sistemas produtivos como heveacultura podem ser uma alternativa de renda sustentável e competitiva para os seringueiros e fazendeiros na área da RCM. Os investimentos nacionais e internacionais para conservação da floresta poderiam auxiliar nos custos de formação das plantações de seringueira, que, para 60%,da área total desmatada, 0,54 milhões ha, corresponderiam a um investimento inicial de 4 milhões de dólares, além de instalar um sistema de monitoramento de pragas e doenças e assistência técnica.Item Modelagem e simulação das interações biosfera-atmosfera em plantio de soja na Amazônia(Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-27) Costa, José de Paulo Rocha da; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Mihailovic, Dragutin T.; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0885578518594524; Hamakawa, Paulo José; Silva, Mariano Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704488J0; Ribeiro, João Batista Miranda; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782574Z7O estudo das interações biosfera-atmosfera permite não apenas descrever e caracterizar os processos de transferência de energia e massa, relacionados às características da vegetação e propriedades físico-hídricas do solo, mas, também, investigar a influência dos fatores ambientais diretamente envolvidos na complexidade que se acha relacionada com o comportamento vegetal. O desenvolvimento da técnica de modelagem e simulação é atualmente uma ferramenta imprescindível para descrever mecanismos físicos e fisiológicos reconhecidamente complexos, que se inter-relacionam com o sistema solo-planta-atmosfera, a maioria dos quais ainda pouco explicados ou, mesmo, desconhecidos. Em razão de tais aspectos e da necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a modelagem de processos ambientais e características microclimáticas na cultura da soja em área de expansão da fronteira agrícola na Amazônia, esta pesquisa foi desenvolvida numa área produtora de soja com aproximadamente 200 hectares, localizada no Município de Paragominas, mesorregião nordeste do Estado do Pará. Nessa área foi semeada a soja (Glycine Max (L.) Merrill), variedade Tracajá, no período de fevereiro a junho de 2007, tendo como principal objetivo avaliar o desempenho do modelo de transferência biosfera atmosfera, Land Air Parametrization Scheme (LAPS), na simulação processos de solo nu, vegetação e movimento da água no solo durante o ciclo de cultivo da soja. Os dados meteorológicos, fluxo de calor e teor de água no perfil do solo foram coletados em estação meteorológica automática. A coleta de amostras para avaliar a variação da altura da cultura, o crescimento radicular, o índice de área foliar e a biomassa seca da parte aérea da planta foi realizada na escala semanal. Para monitoramento do conteúdo de água no perfil do solo foi utilizada a técnica do reflectômetro de domínio do tempo (TDR). O desenvolvimento da biomassa do sistema radicular, nas diferentes camadas de solo, foi acompanhado através do método da escavação. A variação do armazenamento diário de água no perfil do solo foi analisada por meio do método do balanço hídrico. O método da razão de Bowen determinado a partir dos dados experimentais observados foi utilizado como referência para comparação entre os valores horários da transpiração simulados (LAPS) e estimados pelo o método Peman-Monteith (EPM). Na escala diária foram comparados aos valores da evapotranspiração da cultura estimados através dos métodos de Ritchie (ERT), EPM e obtidos pelo LAPS. Os valores simulados e estimados foram validados através dos testes estatísticos MBE, RMSE, EF, d, r2 e teste de Student (t). Os resultados mostraram que o modelo LAPS parametrizado e validado para as condições locais deste estudo apresentou os melhores índices estatísticos, o que evidencia ser confiável o seu uso para simular, além do movimento da água no perfil do solo, a transpiração e, ou, a evapotranspiração da cultura e apresenta potencial para ser acoplado com outros modelos de simulação de transferência solo-atmosfera.Item Avanço da fronteira agrícola na Amazônia: impactos no balanço de energia e simulação do crescimento e rendimento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-11) Souza, Paulo Jorge de Oliveira Ponte de; Abreu, José Paulo Mourão de Melo e; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/9862359824047261; Rocha, Edson José Paulino da; http://lattes.cnpq.br/2313369423727020; Randow, Celso Von; http://lattes.cnpq.br/0535860239259102Nos últimos anos tem-se verificado um continuo avanço da fronteira agrícola na região Amazônica, onde se aponta o monocultivo da soja como o principal condicionante. Diante da necessidade de se compreender as respostas desta cultura às condições climáticas da região Amazônica, e também pela necessidade de se avaliar quais os possíveis impactos ambientais gerados por este novo modelo de uso da terra na região realizou-se um experimento micro/ agrometeorológico durante os anos de 2006, 2007 e 2008 no município de Paragominas, localizado na região nordeste do estado do Pará por esta região ter apresentado uma rápida expansão desta cultura nos últimos anos. Uma torre micrometeorológica de três metros de altura foi instalada no centro da área de estudo, cultivada com soja variedade Tracajá em uma extensão de 200 ha. Informações de crescimento da soja foram coletadas semanalmente em um experimento inteiramente casualizado com seis repetições, e a fenologia da cultura foi acompanhada diariamente seguindo a escala proposta por Fehr e Caviness (1977) em um experimento também inteiramente casualizado com diferentes tratamento (data de plantio) e 3repetições. O balanço de energia e a evapotranspiraçao da cultura foram obtidos por meio da razão de Bowen seguindo as recomendações de Perez et al. (1999). Um modelo mecanístico simplificado de crescimento e rendimento da soja foi parametrizado e calibrado para as condições ambientais da Amazônia e sua validação foi feita com dados de rendimento observados entre 2007 e 2009. Dados Soja; Amazônia; Energia; Agriculturareferentes a um ecossistema florestal foram utilizados nas discussões sobre os impactos da soja e obtidos na floresta nacional de Caxiuanã, localizado no setor central do estado do Pará. A produção de biomassa aérea e área foliar foram influenciadas pelas distintas condições climáticas entre os anos, embora o rendimento final não tenha sido muito diferente devido supostamente pela compensação na fixação de nitrogênio em 2007. A inclusão do efeito redutivo de elevadas temperaturas mostrou ser um método bastante eficiente para simular o desenvolvimento da soja nas condições térmicas da Amazônia reduzindo de 4,7 para 2,3 dias o erro (RMSE) na determinação da maturação fisiológica da soja. O consumo máximo de água ocorreu durante o período reprodutivo, com valor médio de 4,1 mm dia-1 durante o enchimento de grãos. Devido ao aumento gradual no albedo da superfície, o saldo de radiação apresentou redução ao longo do ciclo, sendo grande parte desta energia usada como calor latente principalmente entre as fases de florescimento e enchimento de grãos, havendo, porém um aumento no fluxo de calor sensível próximo da maturação. Durante o ciclo da cultura há uma redução de 16,6% no saldo de radiação e de 15,5% durante a entressafra, mas devido a elevada condutância estomática da soja observou-se impactos positivos no fluxo de calor latente em algumas fases da cultura comparada ao ecossistema de floresta. Por outro lado, há uma diminuição significativa no fluxo de calor latente e um aumento considerável no fluxo de calor sensível durante o período da entressafra comparado ao ecossistema florestal devido à ausência de cobertura vegetal. O modelo de crescimento e rendimento utilizado apresentou ótimo desempenho na simulação da evapotranspiração da soja, e principalmente na produção de área foliar, biomassa total e rendimento final nas condições climáticas da Amazônia. A simulação do rendimento da soja apresentou baixíssimos erros, com diferenças em relação aos dados observados menores que 10%. O modelo encontra-se parametrizado, calibrado e validado para as condições climáticas da Amazônia, e pode ser usado como ferramenta de apoio aos agricultores na tomada de decisões bem como ferramenta de ensino nas instituições de ensino de ciências agrárias da região.Item Reconstrução dos padrões de uso da terra na Amazônia, no período 1940-1995, para estudos climáticos e hidrológicos(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-31) Leite, Christiane Cavalcante; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Ribeiro, Carlos Antônio Alvares Soares; http://lattes.cnpq.br/0257744922714589; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4751293E6; Soares Filho, Britaldo Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780185E6; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3Mudanças em florestas, cultivos agrícolas, vias fluviais e na composição da atmosfera, em todo o mundo, estão ocorrendo pela crescente necessidade de alimentos, fibras, água e moradia para mais de seis bilhões de pessoas. As terras cultivadas (pastagens e plantações) e áreas urbanas têm se expandido nas recentes décadas, acompanhadas por um grande aumento no consumo de energia, água e fertilizantes, juntamente com uma considerável perda de biodiversidade. Alguns estudos têm mostrado que as mudanças na cobertura e no uso da terra também podem afetar o clima. Isto geralmente ocorre por meio de mudanças no saldo de radiação à superfície, e na partição do saldo de radiação em fluxos de calor sensível e latente, causando modificações na circulação atmosférica e no clima. Esse trabalho teve como objetivo criar um banco de dados histórico de uso da terra para a Amazônia, espacialmente explícito em grade, numa resolução de 5 x 5 , no período 1940-1995, para estudos climáticos e hidrológicos. A primeira etapa deste trabalho, e uma das mais importantes, foi a construção das malhas digitais dos municípios da Amazônia para cada ano em que o censo agrícola foi realizado dentro do período de estudo. A construção das malhas possibilitou calcular as frações de área cultivada, pastagem natural e pastagem plantada dentro de cada município, para cada ano do censo, dividindo-se a área cultivada dada pelo censo em um determinado ano pela área deste município de acordo com seus limites nesse mesmo ano. De uma maneira semelhante, foram calculadas as frações utilizadas por pastagem natural e pastagem plantada em cada município. A segunda etapa foi calcular as proporções de cada tipo de uso da terra entre 1995 e os anos de censo, para cada área mínima comparável. E a terceira e última etapa foi reconstruir os padrões de uso da terra para a Amazônia, multiplicando-se os mapas resultantes da segunda etapa com duas classificações de uso da terra para 1995, baseadas em dados de satélite e dados de censo, desenvolvidas por Cardille et al. [Global Biogeochemical Cycles, 2002] e Ramankutty et al. [Global Biogeochemical Cycles, 2008]. Os resultados mostraram que os bancos de dados de uso da terra na Amazônia, para o período 1940-1985, mostraram-se bastante similares em algumas regiões da área de estudo, como por exemplo nos estados de Tocantins, Goiás e Mato Grosso, tanto em intensidade de atividades agrícolas quanto na distribuição espacial das mesmas. Porém, em outras regiões os dois bancos de dados foram distintos, principalmente na distribuição espacial dos pixels com atividades agrícolas tal como nos estados do Amazonas e Rondônia, onde diferiram tanto em intensidade, quanto em distribuição. Quando comparamos os dois bancos de dados de uso da terra com o mapa de cobertura da terra do Tropical Rainforest Information Center (TRFIC), baseados no Landsat, observou-se que na maioria dos anos comparados, especialmente para o Estado de Rondônia, o banco de dados com base em Ramankutty et al. [2008] apresentou um maior número de áreas de pixels contendo atividades agrícolas similares às áreas de desmatamento nos mapas TRFIC, principalmente ao longo da BR 364, área em que o desmatamento foi melhor representado neste banco de dados, tanto em intensidade quanto em distribuição espacial. Contudo, quando comparamos os mapas para o Estado do Pará, os dois bancos de dados apresentaram o mesmo numero de áreas similares aos mapas TRFIC. Os bancos de dados construídos nesse trabalho possuem incertezas relacionadas ao fato de que foram criados pela fusão de dois sistemas de observações diferentes, porém, apesar dessas incertezas, esses bancos de dados são a primeira tentativa de estimar as mudanças históricas das culturas agrícolas, pastagem natural e pastagem plantada na Amazônia, utilizando dados de censo agrícola em nível municipal. Esses bancos de dados históricos serão úteis para ajudar a entender as causas das mudanças climáticas na região amazônica, bem como a investigar os impactos das mudanças históricas na cobertura e no uso da terra nos recursos hídricos e clima na Amazônia.