Meteorologia Agrícola

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    Produtividade e incidência de doenças no cafeeiro sob diferentes lâminas de irrigação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-17) Nunes, Victor de Vasconcelos; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/2640363311117499
    A cafeicultura é uma atividade cara, mas rentável, que emprega grande quantidade de mão-de-obra, tanto direta quanto indiretamente. Umas das grandes revoluções na cafeicultura atual foi justamente à adoção da irrigação em áreas consideradas climaticamente marginais ou inaptas para a cultura. Sabe-se, hoje, que a irrigação, concomitantemente com o seu manejo ou gerenciamento, desde que seja conduzida com técnica, é uma grande mola propulsora para agregação de valor ao produto final. O controle de pragas e doenças é outro ponto importante a ser considerado na condução de qualquer cultura, dentre as quais a do café. Um dos grandes gargalos, não só da cultura do café, mas de qualquer outra, é o controle de doenças e pragas, a fim de se obter produtividade ótima e diminuir os custos de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito das lâminas de irrigação na incidência e severidade da ferrugem, da cercosporiose e na produtividade do cafeeiro irrigado por gotejamento. O experimento foi conduzido na Fazenda Vista Alegre, município de Jaboticatubas - MG, situada a 19o30' S, 43o44' W e 700 metros de altitude. O relevo da região é classificado como fase cerrado e o solo é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. A pesquisa, realizada no período de agosto de 2004 a setembro de 2005, envolveu tratamentos com diferentes lâminas de irrigação, tomando por referência a lâmina diária requerida pelo xvprograma IRRIGA-GESAI, "T4" (100%) e, a partir dela, estabeleceu-se duas lâminas abaixo, "T2" (51%) e "T3" (72%), e duas lâminas acima, "T4" (124%) e "T5" (145%), além do tratamento testemunha, sem irrigação, "T1". O delineamento experimental foi de blocos casualisados com parcelas subdivididas, ou seja, uma subparcela com duas aplicações do fungicida Opera e outra sem nenhuma aplicação do fungicida. Utilizou-se o método FAO 24 modificado, com evapotranspiração de referência (ETo) calculada pela equação de Penman-Monteith, Kc de 0,9 para a fase adulta, Ks pelo método logaritmo e Kl proposto por Keller & Bliesner. Os resultados das produtividades médias obtidas para os tratamentos T1 a T6 que não receberam aplicação do fungicida foram: 22,54, 28,76, 31,14, 37,81, 39,92 e 40,28 sc.ha -1 , enquanto que para os tratamentos T1 a T6 que receberam aplicação do produto opera durante o período da pesquisa, foram: 27,30, 32,97, 34,84, 44,89, 46,02, 46,70 sc.ha -1 . A produtividade média dos tratamentos sem o fungicida Opera foi de 33,41 sc.ha -1 , enquanto nos tratamentos com aplicação do fungicida foi de 38,79 sc.ha -1 , o que representa um acréscimo de 13,8% nos tratamentos que tiveram aplicação do fungicida. Observou-se pelo teste de Tuckey a 5% de probabilidade que houve diferença significativa na produtividade, do grupo de tratamentos das lâminas abaixo de 100% (T1, T2 e T3) quando comparada com o grupo de tratamentos das lâminas acima de 100% (T4, T5 e T6). Também não se observou influência da lâmina de irrigação na incidência de ferrugem. Ao contrário, observou-se interação significativa da lâmina de irrigação com a incidência de cercosporiose a 5% de probabilidade pelo teste de Tuckey. Do ponto de vista econômico, considerando o fator custo-benefício, o tratamento 4, referente à lâmina de 100% foi o que mais se adequou as condições da fazenda.