Meteorologia Agrícola
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Item Influência de variáveis meteorológicas na produção e decomposição de liteira na estação científica Ferreira Penna, Caxiuanã, PA(Universidade Federal de Viçosa, 2004-10-27) Silva, Rosecélia Moreira; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/2265654785335940A avaliação da influência da exclusão da água de chuva sobre a variação na produção de liteira foi realizada na Reserva Florestal de Caxiuanã – Estação Científica Ferreira Penna (1o 42’ S, 51o 31’ W) durante o período de março de 2001 a fevereiro de 2003, visando identificar as principais variáveis meteorológicas e do balanço hídrico mensal que influenciaram a produção e decomposição de liteira. Este trabalho é parte do subprojeto EXPERIMENTO DE SECA NA FLORESTA (ESECAFLOR), que visa estudar o impacto de seca prolongada na floresta nos ciclos de massa e de energia. A sazonalidade na produção de liteira e de seus componentes (folhas, gravetos e partes reprodutivas) ficou bem caracterizada, com a ocorrência da maior produção nos meses da estação menos chuvosa. A produção total mensal de liteira variou durante o período experimental, de 294,78 kg.ha-1 a 1758,69 kg.ha-1, com um valor médio de 777,70 kg.ha-1, com uma distribuição nas frações folhas, gravetos e partes reprodutivas de 61,40%, 18,45% e 20,14%, respectivamente. Os resultados obtidos na parcela sob condições naturais foram aproximadamente, 25% superior aos valores de produção de liteira na parcela submetida a estresse hídrico devido a exclusão da água da chuva na parcela. As taxas de decomposição de liteira para as malhas grossa, média e fina foram satisfatoriamente descritas pelo modelo exponencial proposto por Olson (1963). As variáveis mais fortemente correlacionadas com a produção de liteira e, ou, suas componentes foram a velocidade do vento, a radiação solar global, a radiação fotossinteticamente ativa, a temperatura do solo (a 5 cm de profundidade) e a precipitação. Dentre as variáveis do balanço hídrico destacaram-se as correlações com o teor de umidade do solo, excesso hídrico e deficiência hídrica. As análises de regressão realizadas entre a produção total de liteira e suas componentes com as variáveis meteorológicas e, ou, do balanço hídrico mensal não foram satisfatórias para fins preditivos.Item Fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida pela Floresta Tropical Amazônica: uma comparação entre estimativas baseadas em modelagem, sensoriamento remoto e medições de campo(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-12) Senna, Mônica Carneiro Alves; Costa, Marcos Heil; http://lattes.cnpq.br/6979755116834577Esta tese tem o objetivo de comparar a fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida (FAPAR) pela floresta tropical Amazônica obtida por medições de campo, e estimada por modelagem e sensoriamento remoto. Os dados de campo foram coletados na Floresta Nacional de Tapajós, localizada em Santarém (PA). O modelo utilizado foi o IBIS, que simula os fluxos no sistema solo- vegetação-atmosfera considerando duas camadas de vegetação. Foi utilizado o produto mensal da FAPAR do MODIS, sensor a bordo do satélite Terra. A FAPAR baseada em observações de campo foi calculada a partir da PAR incidente e refletida no topo do dossel, e incidente a 15 m de altura, e foi posteriormente corrigida para ser representativa de todo o dossel, sendo obtido o valor médio de 0,91. A FAPAR simulada pelo IBIS apresentou um valor médio de 0,76. A média da FAPAR estimada pelo MODIS foi 0,85. Os resultados baseados nas medições de campo são coerentes, pois encontram respaldo na literatura. Os valores obtidos pelo IBIS, apesar de inferiores, concordam com os obtidos pelo modelo CLM, porém a amplitude da absorção da PAR pelo dossel precisa ser melhor representada.Item Variação sazonal do fluxo e da concentração de CO2 na região leste da Floresta Amazônica – PA(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-19) Leal, Leila do Socorro Monteiro; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/6687335512629582Na década de 70, a Floresta Amazônica era considerada o "pulmão" do mundo, em virtude de uma possível maior produção de O2 e consumo de CO2. Já na década de 80, o conceito de “clímax” foi estabelecido, acreditando-se estar a floresta em equilíbrio, isto é, internamente, tudo que era produzido era consumido. Hoje, ao contrário do que se acreditava, experimentos observacionais vêm evidenciando que a floresta está fixando CO2 atmosférico. Atualmente, os pesquisadores que estudam fluxos na Amazônia procuram entender a magnitude dos fluxos de CO 2 e suas variações inter e intra-anuais, assim como entre diferentes localidades da região. Este trabalho vem auxiliar neste assunto, tendo como objetivo analisar as variações diária e sazonal da concentração e dos fluxos de CO 2 acima e dentro do dossel da floresta, bem como a influência dos elementos do clima sobre essas variações na região leste da Amazônia. Os dados utilizados no presente trabalho são provenientes do Projeto ECOBIOMA, desenvolvido na região leste amazônica, e foram obtidos ao longo do ano de 1999. Coletaram-se dados meteorológicos e de fluxos de CO2 acima do dossel da floresta, sendo também coletados os dados da concentração de CO2 acima e dentro do dossel. O valor médio de fluxo de CO2 no período analisado foi sempre negativo, indicando que a floresta absorve mais CO2 do que produz. Em geral, observou-se maior fluxo de CO2 na época chuvosa em relação à seca, o que se explica pela maior disponibilidade de água nos solos. Em termos de médias, o acúmulo de carbono nessa localidade corresponde a 5,87 t C ha-1 ano-1. A variação da concentração de CO2 apresentou comportamento cíclico, observando-se aumento na concentração durante a noite e diminuição rápida após o nascer-do-sol. Desacoplamento entre os níveis inferiores e superiores do dossel também foi observado, apontando maior influência biótica na biossíntese dos níveis inferiores da floresta e maior contribuição atmosférica no nível da copa das árvores.Item Simulação da evaporação da água da chuva interceptada pela floresta amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-03) Silva, Vicente de Paulo; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/6020248304010554Neste estudo, investigou-se a relação entre o regime de chuva observado e a evaporação da água da chuva interceptada pela floresta Amazônica. Simulou-se a evaporação horária da água interceptada pela floresta, para o ano de 1992, aplicando o modelo de Rutter em duas localidades da bacia Amazônica. Os dados climáticos necessários a este estudo foram coletados durante a execução do Projeto ABRACOS. Verificou-se que a quantidade de água da chuva evaporada, diretamente, durante os períodos de molhamento do dossel atingiu níveis até três vezes maiores que aqueles da evapotranspiração potencial máxima, observada nas duas localidades. A perda total de água da chuva, pela interceptação, foi de 11,2% em Manaus e de 12,6% em Ji-Paraná. A maior freqüência de chuvas de menor intensidade e o menor período de recorrência, observados a sudeste da bacia, podem explicar essa diferença.Item Irradiância solar direta: desenvolvimento e avaliação de modelos, e sua distribuição espacial e temporal para o estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1995-11-08) Souza, Maria José Hatem de; Alves, Adil Rainier; http://lattes.cnpq.br/7970272190518262Com o propósito de fazer um levantamento do potencial de energia solar direta no Estado de Minas Gerais, avaliaram-se o desempenho de vários modelos e as metodologias para a estimação da irradiância solar direta, sobre uma superfície horizontal. Dentre as metodologias e os modelos avaliados, o que apresentou o melhor desempenho, para Viçosa – MG, foi o modelo linear de Hussain, que correlaciona a irradiância solar direta com a insolação, com os coeficientes determinados para a localidade de Calcutá, Índia, tanto para a estimação da irradiância direta horária quanto para a estimação da direta diária, média mensal sobre uma superfície horizontal. Este modelo foi testado, juntamente com outros, para a localidade de Januária – MG, apresentando bons resultados. Em virtude do bom desempenho apresentado pelo modelo linear de Hussain, determinou-se, por análise de regressão linear, o valor anual do coeficiente angular de Hussain, utilizando os dados de radiação direta e de insolação, obtidos em Viçosa. Esta equação foi empregada para estimar a radiação direta diária para Januária, obtendo-se resultados ligeiramente melhores que os obtidos pela equação de Hussain, com os coeficientes de Calcutá. Com o intuito de fazer uma estimativa preliminar do potencial de radiação direta para o Estado de Minas Gerais, utilizaram-se dados de insolação referentes ao período de 1961 a 1990 de 77 estações do INMET, sendo 49 do Estado de Minas Gerais e as restantes pertencentes aos estados vizinhos, para estimar a radiação direta diária, sobre uma superfície horizontal, a partir da equação desenvolvida para Viçosa. Com base nesta estimação, foram confeccionados mapas com isolinhas de irradiância solar direta para o Estado de Minas Gerais. Em termos de aproveitamento da energia solar direta apesar de algumas áreas apresentarem baixos valores, o potencial do Estado é elevado. Considerando os valores de incidência de radiação direta de todas as localidades de Minas, tem-se uma média geral de 9,2 MJ.m-2.dia-1, durante o ano, sendo o Norte do Estado a região de maior incidência e o Sul de menor. Outras áreas com valores intermediários, Noroeste e Oeste, também têm potencial apreciável.Item Produtividade e incidência de doenças no cafeeiro sob diferentes lâminas de irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-17) Nunes, Victor de Vasconcelos; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/2640363311117499A cafeicultura é uma atividade cara, mas rentável, que emprega grande quantidade de mão-de-obra, tanto direta quanto indiretamente. Umas das grandes revoluções na cafeicultura atual foi justamente à adoção da irrigação em áreas consideradas climaticamente marginais ou inaptas para a cultura. Sabe-se, hoje, que a irrigação, concomitantemente com o seu manejo ou gerenciamento, desde que seja conduzida com técnica, é uma grande mola propulsora para agregação de valor ao produto final. O controle de pragas e doenças é outro ponto importante a ser considerado na condução de qualquer cultura, dentre as quais a do café. Um dos grandes gargalos, não só da cultura do café, mas de qualquer outra, é o controle de doenças e pragas, a fim de se obter produtividade ótima e diminuir os custos de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito das lâminas de irrigação na incidência e severidade da ferrugem, da cercosporiose e na produtividade do cafeeiro irrigado por gotejamento. O experimento foi conduzido na Fazenda Vista Alegre, município de Jaboticatubas - MG, situada a 19o30' S, 43o44' W e 700 metros de altitude. O relevo da região é classificado como fase cerrado e o solo é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. A pesquisa, realizada no período de agosto de 2004 a setembro de 2005, envolveu tratamentos com diferentes lâminas de irrigação, tomando por referência a lâmina diária requerida pelo xvprograma IRRIGA-GESAI, "T4" (100%) e, a partir dela, estabeleceu-se duas lâminas abaixo, "T2" (51%) e "T3" (72%), e duas lâminas acima, "T4" (124%) e "T5" (145%), além do tratamento testemunha, sem irrigação, "T1". O delineamento experimental foi de blocos casualisados com parcelas subdivididas, ou seja, uma subparcela com duas aplicações do fungicida Opera e outra sem nenhuma aplicação do fungicida. Utilizou-se o método FAO 24 modificado, com evapotranspiração de referência (ETo) calculada pela equação de Penman-Monteith, Kc de 0,9 para a fase adulta, Ks pelo método logaritmo e Kl proposto por Keller & Bliesner. Os resultados das produtividades médias obtidas para os tratamentos T1 a T6 que não receberam aplicação do fungicida foram: 22,54, 28,76, 31,14, 37,81, 39,92 e 40,28 sc.ha -1 , enquanto que para os tratamentos T1 a T6 que receberam aplicação do produto opera durante o período da pesquisa, foram: 27,30, 32,97, 34,84, 44,89, 46,02, 46,70 sc.ha -1 . A produtividade média dos tratamentos sem o fungicida Opera foi de 33,41 sc.ha -1 , enquanto nos tratamentos com aplicação do fungicida foi de 38,79 sc.ha -1 , o que representa um acréscimo de 13,8% nos tratamentos que tiveram aplicação do fungicida. Observou-se pelo teste de Tuckey a 5% de probabilidade que houve diferença significativa na produtividade, do grupo de tratamentos das lâminas abaixo de 100% (T1, T2 e T3) quando comparada com o grupo de tratamentos das lâminas acima de 100% (T4, T5 e T6). Também não se observou influência da lâmina de irrigação na incidência de ferrugem. Ao contrário, observou-se interação significativa da lâmina de irrigação com a incidência de cercosporiose a 5% de probabilidade pelo teste de Tuckey. Do ponto de vista econômico, considerando o fator custo-benefício, o tratamento 4, referente à lâmina de 100% foi o que mais se adequou as condições da fazenda.Item Capacidade de retenção e freqüência de aplicação de solução nutritiva ao sistema radicular da alface em cultivo hidropônico (NFT)(Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-11) Pugliesi, Nelson Luiz; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/6102815823364524O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação não climatizada, na área experimental da Meteorologia Agrícola, da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, em 2002. O sistema hidropônico utilizado foi do tipo NFT, técnica do fluxo laminar de nutrientes. Foram estudadas três cultivares de alface (Lactuca sativa L.). A semeadura foi em 19 de abril, o transplante para as bancadas definitivas em 10 de maio, e a colheita final foi 29 dias após o transplantio, foi observado um total de 438,18oC graus-dia acumulados (GDac) ao final do cultivo. Os objetivos deste trabalho foram: a) determinar experimentalmente uma equação de regressão para a retenção de solução nutritiva nas raízes para as três variedades de alface estudadas, e b) simular o regime de acionamentos do conjunto moto-bomba controlado por um sistema dinâmico que estima, em tempo real, o balanço hídrico em função das variáveis climáticas e da água disponível no sistema radicular da alface. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três tratamentos (cultivares), e duas repetições (bancadas de cultivo). Foram efetuadas seis amostragens em intervalos de cinco dias. Foram pesados sistemas radiculares, espumas fenólicas e água retida no sistema radicular. A capacidade de retenção de água no sistema radicular foi modelada por meio de uma equação expolinear, usando como termo independente GDac. A capacidade de retenção de água pela espuma fenólica não apresentou variação significativa entre variedades, sendo igual a 6,0 g planta -1 . Em contrapartida, a capacidade de retenção de água pelas raízes externas à espuma fenólica apresentou variação que pôde ser expressa na forma de equações expolineares, com R 2aj de 95,8%, 99,7% e 98,8%, para as cultivares Regina, Grand Rapids e Great Lakes, respectivamente. Nos primeiros dias após o transplantio a capacidade de retenção de água do sistema radicular foi igual à da espuma fenólica (6,0 g planta -1 ). Resultados obtidos na simulação do regime de acionamentos do sistema permitem dizer que, de forma geral, sistemas hidropônicos temporizados manejados conforme indicações encontradas na literatura, especialmente os regimes com intervalos entre irrigações de 30 minutos ou menos, superestimam a demanda evapotranspirométrica, além de serem insensíveis ao desenvolvimento radicular da cultura e às condições climáticas. A simulação indicou ainda a redução no consumo de energia elétrica do sistema dinâmico de pelo menos 64 % quando comparado ao consumo no sistema temporizado.Item Estudo de sensores de baixo custo para estação meteorológica automática(Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-29) Sugawara, Márcio Takeshi; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/5069174971792948A utilização de estações meteorológicas automáticas é importante para diversas atividades na agricultura moderna, com destaque para o manejo da irrigação, previsão de safra, previsão de doenças e aplicação de defensivos agrícolas. Apesar dos avanços tecnológicos e de preços, tem-se observado, ainda, dificuldades, por parte dos produtores rurais na instalação de estações meteorológicas automáticas, principalmente em razão dos custos de implantação e de manutenção. Assim, este trabalho objetivou o estudo de sensores com componentes eletrônicos comerciais, visando ao desenvolvimento de uma estação meteorológica automática de baixo custo. Os testes foram realizados no Laboratório de Automação e Irrigação de Precisão do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. Foram testados sensores para medir a temperatura, a umidade relativa e a irradiação solar. Os sensores foram ligados a circuitos divisores de tensão e conectados a um sistema de aquisição automática de dados, ligado a um microcomputador do tipo PC, por meio da porta serial. No sensor de temperatura foi testado o termistor tipo coeficiente de temperatura negativo (NTC) com resistência de 10kΩ, a 25°C, e constante do material de 4000K (óxido de ferro e titânio). Como sensor de irradiação solar foi testado o transistor 2N3055 (Toshiba e SID). No sensor de umidade relativa foi testado o sensor capacitivo HIH-3610 (Honeywell), enquanto o de temperatura teve desempenho adequado, com ajuste linear com r 2 de 99%, e não foi afetado pelo tipo de abrigo, já o sensor de umidade relativa apresentou erros de 4,9 e 2,31% para os abrigos de polietileno e alumínio, respectivamente. Por sua vez, o sensor de radiação apresentou erros de 0,42 e 1,41Wm -2 , respectivamente para os intervalos de 265 a 1,300Wm -2 e 0 a 265Wm -2 . Os resultados indicaram a viabilidade de uso dos sensores alternativos na estação meteorológica, a fim reduzir custos, ressaltando-se que os sensores-teste e o abrigo de sensores representaram 3,7% do custo do sensor-padrão.Item Estimativa da evapotranspiração do tomateiro em dois sistemas de condução(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-22) Palaretti, Luiz Fabiano; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/2852057270640619Este trabalho foi desenvolvido na área experimental da empresa Agrotech, situada na cidade de Pará de Minas -MG,durante os meses de junho a novembro. A área experimental possui 2500 m 2 e foi cultivada com tomate. Foram transplantadas 1880 mudas de tomate da variedade Sheila e 1640 mudas da variedade Débora. O trabalho teve como objetivos o estudo da evapotranspiração e necessidades hídricas do tomateiro em condições de campo, utilizando-se dois sistemas de condução da cultura; Estudar a lâmina de irrigação nas variedades Sheila e Débora; Estudar a interferência da lâmina de irrigação na incidência do distúrbio fisiológico conhecido Podridão apical (“fundo preto”); Comparar dois sistemas de condução, em relação ao desenvolvimento e a produtividade: (1) espaçamento de 0,80 metros entre plantas, com duas hastes por planta; (2) espaçamento de 0,40 metros entre plantas com uma haste por planta; Determinar o coeficiente de cultura (Kc) para os sistemas de produção citados em condições de canteiros com e sem cobertura plástica; Determinar os valores de graus dias para a cultura do tomateiro. A lâmina de irrigação que proporcionou os melhores resultados de produtividade e uma menor incidência de podridão apical foi a de 696 mm para as duas variedades.A incidência de podridão apical foi maior na lâmina de 463 mm. Não houve interação significativa para a relação condução x lamina aplicada.Observou-se um maior numero de frutos totais, comerciais e não comerciais para o sistema de condução 1 em relação ao 2. Observou-se uma maior incidência de podridão apical no sistema de condução 1 em relação ao 2, fato explicado pela maior quantidade de frutos de um em relação a outro. O sistema de condução 2 apresenta frutos com maior peso em relação ao sistema de condução 1. Pode-se concluir que embora o sistema 2 apresente menos frutos que o sistema 1, a sua superioridade em relação a produtividade foi da ordem de 33 t/ha. Para adoção desse novo sistema de condução se faz necessário um estudo da relação custo beneficio levando em conta um maior custo inicial com aquisição de mudas. O ciclo total da cultura foi de 148 dias, totalizando 1548 graus dias para essas condições de cultivo, considerando uma temperatura basal de 10o C. O software IRRIGA apresentou-se como uma excelente ferramenta para a realização do manejo da irrigação propiciando um rigoroso gerenciamento da quantidade de água a ser aplicada e o momento exato da aplicação. O efeito da cobertura do solo acarretou um aumento na demanda hídrica da cultura, no vigor vegetativo e no desenvolvimento das raízes. Percebeu-se também que o sistema de condução com 0.4 metros entre plantas com uma haste/planta teve uma maior demanda hídrica, fato que pode estar relacionado com o stand de plantas/ha. Os valores de Kc encontrados para o sistema de condução 0,8 metros entre plantas com duas hastes/planta para os canteiros com cobertura plástica foram de 0,75; 1,10; 1,15 e 0,86 e 0,53; 0,80; 1,08 e 0,73 para os canteiros sem cobertura nos respectivos estádios de desenvolvimento (floração, frutificação, colheita 1 e colheita 2). Os valores de Kc encontrados para o sistema de condução 0,4 metros entre plantas com uma haste/planta para os canteiros sem cobertura plástica foram de 0,80; 1,05; 1,12 e 0,85 e 0,92; 1,17; 1,22 e 1,03 para os canteiros com cobertura plástica.Item Análise de métodos simplificados de estimativa da ETo e da sensibilidade das variáveis do cálculo da lâmina de irrigação para a cultura do café(Universidade Federal de Viçosa, 2003-09-10) França Neto, Adjalma Campos de; Matovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/5776016318597973A determinação da evapotranspiração de referência (ETo) é um parâmetro básico de extrema importância para a definição das necessidades hídricas das culturas e do momento da irrigação. No manejo desta são necessárias informações meteorológicas que permitam estimar, com maior nível de precisão, a evapotranspiração das culturas. A utilização de estações meteorológicas automáticas nem sempre é possível em propriedades agrícolas em razão do seu elevado custo inicial e da infra-estrutura necessária, tornando o uso de estações simplificadas que medem temperatura e precipitação uma das únicas opções viáveis. Nesse caso não é possível o emprego da metodologia-padrão de Penman-Monteith, sendo necessário o uso de outros métodos mais simples e menos precisos. Este trabalho constituiu-se de duas etapas. A primeira teve como objetivos: a) a avaliação e calibração da evapotranspiração de referência (ETo) de dois métodos simplificados, Hargreaves-Samani (HS) e Blaney-Cridle-FAO (BC-FAO), ao método-padrão (Penman-Monteith); e a realização de ajustes para otimização dos métodos simplificados, gerando informações importantes para suporte ao manejo de irrigação nas principais regiões produtoras de café do país. Ainda na primeira etapa, os resultados das estimativas foram obtidos em função dos dados climáticos disponíveis de cada localidade em estudo, com o auxílio do software IRRIGA. As cidades de interesse para o estudo foram selecionadas de acordo com a representatividade das características da região entre os principais centros produtores de café: Cerrado, Leste, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais, Oeste e Sudoeste da Bahia, sendo as cidades escolhidas Araguari, Patrocínio, Caratinga, Lavras, Varginha e Viçosa, em Minas Gerais; e Vitória da Conquista e Barreiras, na Bahia. Os sistemas de plantio foram separados em dois grupos: lavouras mecanizadas e lavouras não-mecanizadas. Em todas as localidades, a equação de Hargreaves & Samani se ajustou melhor à equação de Penman-Monteith, sendo esta a recomendável para o manejo da irrigação em condições de limitação de disponibilidade de dados climáticos. A segunda etapa teve o objetivo de promover uma análise de sensibilidade da lâmina bruta de irrigação aos componentes do modelo. E a utilização do método de Hargreaves & Samani para determinação da evapotranspiração de referência (ETo) foi o parâmetro que apresentou maior coeficiente de sensibilidade relativa (Sr), de 0,60. O erro na utilização desse método com relação ao método-padrão transferiu um erro médio compreendido entre 3,10 e 3,90%, variando de acordo com a combinação com outros parâmetros necessários à determinação da lâmina bruta, como: coeficiente de estresse hídrico (Ks), coeficiente de localização (Kl), coeficiente de cultura (K c ) e a eficiência de aplicação do sistema. O coeficiente de localização (Kl) apresentou 0,5 como valor médio do coeficiente de sensibilidade (Sr); porém, devido à discrepância entre os valores dos dois métodos utilizados (Keller e Fereres) para o cálculo do Kl, os erros médios transferidos alcançaram valores de até 17,80%.