Meteorologia Agrícola
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Item Bacia hidrográfica do rio Paranaíba: análise da dinâmica populacional, mudanças no uso do solo e impactos na disponibilidade hídrica(Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-11) Silva, Maria Helena de Carvalho Rodrigues; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0540314798316605; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6A bacia hidrográfica do rio Paranaíba está na rota de expansão da cana-deaçúcar. Possui 222.767 km2 e ocupa 2,6% do território nacional; 68,4% da sua área localizam-se na região Centro-Oeste e 31,6% no estado de Minas Gerais. Essa tendência ocorre em função das características da região serem favoráveis à produção da cana-de-açúcar, como o relevo suave que facilita a mecanização da lavoura, além dos fatores climáticos com estações bem definidas e temperaturas elevadas durante todo o ano. Este trabalho teve como objetivo geral analisar a evolução temporal, no espaço geográfico da expansão da lavoura canavieira e quantificar a alteração da vazão e os impactos da substituição da cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Paranaíba. O trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro buscou-se apresentar um cenário dos municípios da bacia ao longo das décadas de 1990 e 2000, observando o comportamento da lavoura da cana-de-açúcar. Para a caracterização socioeconômica da bacia utilizou-se dados secundários do IBGE e IPEADATA composto por população, agricultura, pecuária e PIB para os 197 municípios da bacia. Para análise dos dados utilizou-se a análise fatorial e análise de cluster. Os principais resultados apontaram vocação agrícola com destaque para produção de grãos e expansão da cana-de-açúcar. O objetivo do capítulo 2 foi quantificar a diferença entre a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem e o impacto da mudança do uso do solo nos recursos hídricos atentando para possível alteração da vazão entre 1990 a 2010. Buscou-se relacionar a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem com objetivo de analisar a demanda hídrica de cada cultura. Essa análise baseou-se no princípio de conversão de uso da terra. A metodologia consistiu em estimar as perdas de água pela cana e pela pastagem através do balanço hídrico, com simulações para três cenários de safra da cana. A cana de-açúcar apresentou maior evapotranspiração em relação a pastagem especialmente no ciclo de inverno.Item Balanço de carbono e trocas gasosas nos diferentes compartimentos em plantios de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-09) Rody, Yhasmin Paiva; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Loos, Rodolfo Araújo; http://lattes.cnpq.br/9008212960366699; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/9186869024129768; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Moreira, Marcelo Zacharias; http://lattes.cnpq.br/6855870496598732O balanço de carbono em ecossistemas florestais é representado pela produção primária líquida, definida como a diferença entre a energia química fixada pela fotossíntese e a perda entre respiração heterotrófica e autotrófica e a mortalidade. O entendimento destes processos é crítico para predizer os efeitos do ambiente no crescimento da planta. O presente estudo teve por objetivo investigar as trocas de CO2 e vapor d água em escalas de órgãos da planta, de dosséis e por medidas no solo, buscando avaliar as variações temporais de forma contínua e em medidas pontuais e os efeitos da sazonalidade climática em plantios de eucaliptos em diferentes idades. Para isto, foram utilizados equipamentos que coletam dados em alta freqüência, a partir de técnicas de razão isotópica e do sistema eddy covariance presente em duas torres micrometeorológicas em plantios de eucalipto localizados no Estado do Mato Grosso do Sul. As medidas abrangeram as idades de 0 18 meses (eucalipto jovem) e 49 a 65 meses (eucalipto adulto). A absorção do CO2 da atmosfera foi crescente a partir do plantio das mudas no campo. Em idades mais jovens, são verificadas as maiores taxas de fixação, determinada pela produtividade primária bruta e respiração de CO2, provavelmente devido ao crescimento mais acelerado, observado por maiores incrementos de biomassa. Maiores fluxos respiratórios de CO2 foram mensurados em folhas e raízes das plantas nestas idades. No plantio adulto, os fluxos de CO2 apresentam um sensível aumento ao longo do tempo, reduzido na estação seca, sendo as folhas, o órgão com maior atividade respiratória, assim como nos plantios jovens. A resposta da planta ao clima é evidenciada pelo incremento do fluxo de CO2 com as maiores médias observadas nos valores diários da fotossíntese líquida, condutância estomática e da transpiração nas épocas de maiores disponibilidades hídricas e de energia. Também observou-se a influência da sazonalidade climática nas medidas biométricas do índice de área foliar e da área foliar específica. Em épocas secas, verifica-se que o plantio jovem foi mais eficiente no uso da água em relação ao adulto, o que facilita a aclimatação da planta em continuar a incorporação de carbono. As medidas de respiração do solo mostraram-se correlacionadas positivamente à temperatura do solo, sendo também influenciadas pelo conteúdo de água presente no solo. Comparando o resultado gerado pela influência do clima na razão isotópica (δ 13C) dos fluxos respiratórios, observa-se que em geral, os órgãos da planta e o solo apresentaram maiores discriminações na estação chuvosa. Não houve diferença estatística entre o δ13C de nenhum dos órgãos avaliados nos plantios jovem e adulto na estação chuvosa, diferente das folhas e os galhos na estação seca. A contribuição particionada dos indivíduos autotróficos e heterotróficos gerada a partir dos valores de δ13C em uma análise de mistura sugeriu que 51,7% é relacionado à parte aérea do ecossistema e logo, 48,3% é provida da respiração do solo e seus componentes. As metodologias utilizadas contribuíram com maior entendimento do balanço de carbono e a relação solo-planta-atmosfera e mostraram-se eficiente para avaliar as fontes contribuidoras do fluxo respiratório de ecossistemas de eucalipto.Item Calibração do modelo CSM-CERES-Sorghum para avaliação dos impactos das mudanças climáticas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Grossi, Marine Cirino; Andrade, Camilo de Lelis Teixeira de; http://lattes.cnpq.br/0305188336574340; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9150367135395829; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Viana, José Marcelo Soriano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786170D5O presente trabalho teve como objetivos calibrar e avaliar o modelo CSMCERES-Sorghum e aplicá-lo para simular produtividades e cenários de épocas de semeadura considerando duas séries de clima atual com base em observações (INMET) e utilizando um modelo climático (ECHAM-atual). Com o objetivo de estudar o efeito da variação climática na produtividade do sorgo, fez-se uso de uma série climática que leva em consideração as futuras emissões de gases de efeito estufa a partir do cenário econômico A1B (ECHAM-futuro). Três regiões que compreendem os municípios de Sete Lagoas (MG), Janaúba (MG) e Rio Verde (GO) foram avaliadas. Os resultados mostraram que o modelo CSM-CERES-Sorghum foi capaz de simular corretamente o ciclo fenológico da cultivar BRS 310, com datas de emergência, iniciação da panícula, floração e maturidade fisiológica semelhantes às datas observadas em plantios irrigados realizados nos três municípios. Também simulou adequadamente as variáveis de crescimento (índice de área foliar e número de folhas por colmo) e produtividade de grãos. Ao se comparar os resultados das produtividade médias simuladas a partir da série histórica do INMET e considerando-se regime de sequeiro, notou-se que o município de Sete Lagoas foi o que apresentou os maiores rendimentos de grãos. Rio Verde apresentou valores intermediários e Janaúba foi o local que apresentou os menores valores médios de produtividade. As diferenças nos resultados foram atribuídas aos padrões climáticos distintos entre os três municípios, principalmente em termos de temperatura do ar e disponibilidade hídrica para a cultura. Ao simular uma condição de produtividade potencial, em que os efeitos de estresses hídricos e nutricionais foram desconsiderados, houve uma inversão entre as posições ocupadas por Rio Verde e Janaúba, enquanto Sete Lagoas manteve-se em primeiro lugar. A produtividade potencial em Janaúba superior à obtida em Rio Verde foi explicada pela diferença entre a radiação solar entre esses dois municípios. No que tange às variações climáticas futuras, considerando-se um nível de significância de 5%, para Janaúba e Sete Lagoas as médias de produtividade simuladas a partir da série ECHAM-atual e da série ECHAM-futuro não foram estatisticamente diferentes. Já para o município de Rio Verde ocorreu uma redução significativa nas produtividades médias simuladas a partir da série climática ECHAM-futuro em relação às simuladas considerando a série ECHAM-atual. No cenário futuro, a cultura do sorgo ficou condicionada ao efeito negativo do encurtamento do ciclo devido ao aumento de temperatura do ar e ao efeito positivo da fertilização do CO2 reduzindo o estresse hídrico nas fases mais críticas da cultura. Esses efeitos distintos fizeram com que as diferenças entre as médias das produtividades obtidas a partir das séries atual e futura não fossem significativas em dois dos três municípios analisados. Outro fato interessante foi a distribuição da precipitação na série futura, na qual a estação seca se tornou mais seca e a estação chuvosa ainda mais chuvosa. Estas variações nas distribuições da chuva entre as séries ECHAM-atual e ECHAM-futuro indicam que no futuro possivelmente a semeadura do sorgo será realizada mais tardiamente nos três sítios avaliados.Item Calibração do modelo DSSAT/CANEGRO para a cana-de-açúcar e seu uso para a avaliação do impacto das mudanças climáticas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Silva, Rômula Fernandes da; Marin, Fábio Ricardo; http://lattes.cnpq.br/2318727424326430; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/1497997556638766; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7O presente trabalho teve como área de estudo o município de Juazeiro, Bahia, na região semi-árida do Nordeste brasileiro (9o28 07 S; 40o22 43 O; 386m de altitude). O objetivo foi calibrar o modelo DSSAT/CANEGRO e analisar o impacto das mudanças climáticas na produtividade da cana-de-açúcar irrigada para o cenário atual, (2007/2008) e para projeções futuras de mudanças climáticas, cenário A1B (2011-2037). Para o processo de calibração foi utilizada a cultivar de cana-de-açúcar RB-92579, conduzida no primeiro ciclo de cana-soca irrigada, num experimento de campo desenvolvido na área experimental da empresa Agrovale na safra de 2007/2008. Foram utilizados dados climáticos de uma série futura de 2011 a 2037 e de um período base (2007-2008), obtidos com o modelo ECHAM5/MPI-OM. O modelo DSSAT/CANEGRO apresentou elevado grau de ajuste na simulação da fenologia, crescimento e produtividade da cana-de-açúcar. No entanto, apresentou limitações na estimativa do número de folhas por colmo e índice de área foliar. Foram utilizados os índices estatísticos eficiência de modelagem, índice de concordância de Wilmott, raiz quadrada do erro médio e o viés médio absoluto, como indicadores do desempenho do modelo. Ao longo da série climática futura (2011-2037), a biomassa seca do colmo variou de 48 a 54 t ha- 1. O incremento máximo previsto da biomassa seca do colmo foi de 12%, quando comparada com a simulação para o ciclo atual. Isto ocorreu devido ao aumento de radiação solar, temperatura média e precipitação. Já o teor de sacarose apresentou uma maior variação ao longo da série climática futura, variando de 17 a 27 t ha-1 e atingindo um incremento máximo de 16%. Esses resultados mostraram que a massa seca de sacarose é mais sensível às variações climáticas do que a biomassa seca do colmo.Item Efeito do CO2 na eficiência quântica do eucalipto e sua utilização na modelagem de seu crescimento pelo 3-PG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-21) Baesso, Raquel Couto Evangelista; Huaman, Carlos Alberto Martinez Y; http://lattes.cnpq.br/3370953480222387; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0377334660607354; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Pezzopane, José Eduardo Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720574Z3; Loos, Rodolfo Araújo; http://lattes.cnpq.br/9008212960366699Nas últimas décadas tem sido crescente a preocupação mundial quanto às mudanças no clima devido ao aumento de emissão global de gases de efeito-estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Sabe-se, por experimentação, que as plantas reagem a aumentos na concentração de CO2 crescendo mais e demandando menos água. Da mesma forma, sabe-se também que as mudanças climáticas serão condições ambientais resultantes de modificações na frequência e intensidade dos processos de clima e, consequentemente, de tempo. Diante de um potencial de novo sistema climático com agravamento de eventos extremos, o objetivo deste trabalho consistiu em analisar o comportamento das variações das trocas gasosas em plantios clonal jovem e adulto de eucalipto, sob elevadas concentrações de CO2 (570 e 760 μmol mol-1); estimar a eficiência quântica (α) do dossel; e simular a produtividade do eucalipto, por meio do modelo de crescimento 3-PG, baseada em cenários climáticos de mudanças previstas. As maiores taxas fotossintéticas foram registradas em plantio jovem de eucalipto, quando ocorreram aumentos na concentração de CO2 no inverno, com uma diferença de até 30% em comparação com o plantio adulto. Houve redução na condutância estomática e na transpiração nas altas concentrações de CO2. A resposta dos estômatos (redução) ao aumento da concentração intercelular (Ci) de CO2, seguido do aumento da fotossíntese e redução da transpiração (E), favoreceu a eficiência instantânea da transpiração. Os resultados de α apresentaram aumento de 17% no plantio jovem e 27% no plantio adulto sob elevada concentração de CO2, comparado à concentração-controle (~380 μmol mol-1). A eficiência quântica teve variação relativamente pequena entre o inverno e o verão. Na simulação da redução da respiração no plantio florestal, o incremento médio anual (IMA, m3 ha-1 ano-1) apresentou tendência de aumento, e nisso o IMA apresentou tendência de redução. Sobre a transpiração, a variação no uso eficiente do carbono não promoveu grandes diferenças. Na maioria dos cenários futuros, a transpiração manteve-se abaixo da transpiração-controle, sendo esse comportamento esperado, em que o aumento da concentração intercelular de CO2 provocou redução na transpiração. O modelo de crescimento florestal foi coerente na estimativa da produtividade de plantios de eucalipto, em cenários de mudanças climáticas.Item Efeito do estresse hídrico sobre o crescimento de cultivares de cana-de-açúcar(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-20) Batista, Evandro Lima da Silveira; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Lyra, Gustavo Bastos; http://lattes.cnpq.br/2677800541601144; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/8593231680678185; Barbosa, Marcio Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782585E6; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546O presente estudo teve como objetivos principais: 1) Ajustar os modelos de crescimento expolinear, logístico e Gompertz ao acúmulo de matéria seca da parte aérea da cana-de-açúcar para os cultivares RB92579, RB855453, RB867515 e RB928064; e 2) Determinar as taxas de crescimento dos cultivares mencionadas sob distintos níveis de estresse hídrico, referidos no presente trabalho como: ausência de estresse (10 kPa), estresse leve (60 kPa), moderado (90 kPa) e severo (120 kPa). Foram conduzidos dois experimentos independentes, sendo o primeiro em condições de campo, e o segundo em casa-de-vegetação, ambos localizados na Universidade Federal de Viçosa. Os dados do ambiente e da planta foram coletados no período de 26/08/11 até o dia 18/05/12 (primeiro experimento) e 18/12/11 até 22/05/12 (segundo experimento). No primeiro experimento, os modelos de crescimento (expolinear, logístico e Gompertz) foram capazes de simular bem a matéria seca acumulada pelos cultivares ao longo do período estudado. Os valores de coeficiente de determinação ajustado (R2aj) estiveram acima de 92,09% para todos os modelos avaliados. A partir do ajuste dos parâmetros do modelo de crescimento expolinear, constatou-se que, ao final do período experimental, a massa seca foi ligeiramente maior para o cultivar RB855453 em comparação ao RB867515, os quais se destacaram em relação aos cultivares RB928064 e RB92579. Em decorrência do efeito do estresse hídrico no crescimento e acúmulo de massa seca da parte aérea da cana-de-açúcar sob condições de casa-de-vegetação, foi constatado que o modelo sigmoidal com três parâmetros proporcionou melhor ajuste aos dados de matéria seca e de estatura dos colmos. Na ausência de estresse hídrico, os valores máximos da taxa de crescimento da cultura (TCC) estiveram compreendidos entre 0,22 e 0,31 g°Cd-1, enquanto os valores máximos da taxa de elongação do colmo (TEC) estiveram compreendidos entre 0,20 e 0,25 cm°Cd-1, independente da cultivar. Em contraste, sob estresse severo, os valores máximos da TCC estiveram entre 0,050 e 0,068 g°Cd-1 e da TEC entre 0,07 e 0,09 cm°Cd-1, também independente do cultivar avaliado. Sob ausência de estresse hídrico, a TCC máxima do cultivar RB867515 foi em média cerca de 7,5, 36,8 e 40,8 % maior que a TCC máxima dos cultivares RB855453, RB92579 e RB928064, respectivamente. Nessa condição, esse cultivar alcançou a TEC máxima somente aos 1100 °Cd, enquanto para os demais cultivares, os valores máximos foram observados aos 900 °Cd, aproximadamente.Item Modelagem agrometeorológica-espectral para estimativa da produtividade de cafeeiros para áreas irrigadas do noroeste de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-19) Almeida, Thomé Simpliciano; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/2817256251073546; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247; Delgado, Rafael Coll; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776625P3A posição de destaque do café na economia brasileira torna importante a realização de pesquisas científicas que contribuam para o monitoramento da cultura e estimativa da produtividade, fornecendo subsídios a políticas de planejamento e comercialização agrícola. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo o monitoramento e a estimativa da produtividade de duas fazendas cafeeiras na região Noroeste do Estado de Minas Gerais a partir do uso de um modelo agrometeorológico-espectral. O acompanhamento espectral foi realizado por meio do comportamento dos índices de vegetação EVI e NDVI, provido dos dados espectrais do sensor MODIS com o produto MOD13Q1. O modelo matemático agrometeorológico original se baseia na penalização da produtividade potencial da cultura em função do déficit hídrico, ajustados por diferentes coeficientes de sensibilidade, nos vários estádios fenológicos da cultura. A variável espectral de entrada é o Índice de Área Foliar (IAF) estimado a partir do NDVI. Outras variáveis de entrada foram os dados meteorológicos, irrigação e dados de solo, obtido em duas fazendas, sendo que a estimativa da produtividade nessas fazendas foi realizada para os anos agrícolas 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2009/10, 2010/11. Os parâmetros do modelo foram ajustados com base nos dados de produtividade disponibilizados pela empresa Irriger®, para os anos agrícolas 2005/06 e 2006/07. Como resultado, os índices de vegetação apresentaram boa relação com o período fenológico da cultura, com práticas de manejo, como poda e irrigação e com o regime de chuvas. Com os ajustes dos parâmetros do modelo para as fazendas, obteve-se o valor de r2 variando entre 0,79 a 0,95, e o índice de concordância de Willmott d de 0,93 a 0,95, para diferentes pivôs. Os resultados satisfatórios comprovaram o potencial da aplicação do modelo agrometeorológico-espectral para obtenção da estimativa da produtividade em fazendas cafeeiras.Item Modelagem ecofisiológica do desenvolvimento do eucalipto na Amazônia(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-10) Rasscon, Nilton Júnior Lopes; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/8839619760674347; Souza, Paulo Jorge de Oliveira Ponte de; http://lattes.cnpq.br/9862359824047261; Silva, Welliam Chaves Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707320P6Nos últimos anos, os plantios florestais têm apresentado uma considerável expansão por todo o Brasil, a exemplo do sul do Rio Grande do sul, sul da Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, Maranhão, diversas sub-regiões dos Estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, além do estado do Pará. No Pará, a expansão dos plantios florestais vem ocorrendo de forma bastante intensa, com pouco mais de 200 mil hectares já plantados, sendo 148 mil hectares com eucalipto, dos quais 60 mil hectares plantados no Projeto Jari em plena floresta amazônica (ABRAF, 2011). Neste contexto, o estado, se mostra como um grande pólo de expansão dos reflorestamentos no Brasil, e por ser ainda uma atividade relativamente recente no Pará, necessita de pesquisas no setor voltadas para o desenvolvimento dos plantios nessas novas áreas, para que essa expansão ocorra de forma responsável. Diante dessa realidade, os sistemas de tomada de decisão florestal ou silvicultural, que têm como variáveis de entrada dados climáticos, são cada vez mais essenciais no planejamento das atividades florestais. Dentre estes se destaca a modelagem ecofisiológica de desenvolvimento de floresta plantada, uma ferramenta útil ao planejamento estratégico para implantação e condução de plantios florestais. Assim, é essencial o aperfeiçoamento de ferramentas que possam contribuir para o planejamento e desenvolvimento do setor de florestas plantadas em algumas áreas do estado do Pará. Portanto, esse trabalho teve como objetivo geral estudar e desenvolver o conhecimento sobre modelagem ecofisiológica como um aspecto estratégico e um instrumento imprescindível para uma gestão florestal responsável na região amazônica. Especificamente o objetivo foi: a) alterar a escala temporal do cálculo do submodelo do balanço hídrico de mensal (modelo original) para diário (modelo proposto), bem como realizar mudanças no tratamento de seus componentes evapotranspiração e déficit de pressão de vapor (DPV); b) parametrizar, calibrar e validar o modelo 3-PG em algumas áreas da região amazônica para plantio de eucalipto. As mudanças realizadas no modelo proposto produziram um pequeno ganho na eficiência da estimativa dos valores (volume, DAP, altura) em relação ao modelo original, entretanto, as modificações propostas nesse trabalho reduziram o empirismo do modelo proposto, por terem melhorado o rigor físico no tratamento dos processos que envolvem o balanço hídrico (déficit de pressão de vapor e evapotranspiração). Os modelos proposto e original, apresentaram boa capacidade de extrapolação e descreveram com boa precisão os padrões de crescimento do eucalipto em termos de volume, altura e DAP. Verificou-se também um melhor ajuste/ganho pelo modelo proposto. Em relação às áreas estudadas verificou-se que os maiores níveis de abertura estomática em decorrência da maior disponibilidade de água no solo vinculado a maior precipitação, maiores taxas de radiação e maiores áreas de interceptação de energia radiante em função de maior IAF conferiram aos plantios da região de Felipe condições mais favoráveis para a realização de taxas elevadas de fotossíntese que no final do processo se traduzem em maior produtividade.Item Otimização do uso da água na produção de mudas clonais de Eucalyptus(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Oliveira, Aline Santana de; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/8403587301186316; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Xavier, Aloisio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782565D0O Brasil detém 11,6% de toda a água doce existente no planeta, sendo que 67% da água disponível é utilizada na agricultura. Verifica-se que o uso indiscriminado desse recurso tem gerado discussões quanto ao alcance de um desenvolvimento sustentável para o país. O eucalipto é uma espécie de uso múltiplo que apresenta rápido crescimento e alta produtividade, por ser adaptado às condições climáticas do Brasil. Para elevar a produtividade da cultura no campo, o processo de produção das mudas deve ser realizado propiciando condições hídricas, nutricionais, microclimáticas e sanitárias adequadas. A presente pesquisa teve como objetivos realizar a modelagem do crescimento das mudas de eucalipto em função do tempo térmico, desenvolver e calibrar um minilisímetro de pesagem para utilização em ambiente protegido e determinar a evapotranspiração de mudas de eucalipto em todas as fases de produção (enraizamento, aclimatação, crescimento e rustificação). O experimento foi conduzido no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Foram realizados dois ciclos de produção de mudas de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla), sendo que no primeiro o manejo da irrigação foi realizado de acordo com o convencionalmente utilizado pelo viveiro. No segundo ciclo de produção a irrigação foi acionada em função da demanda hídrica na cultura. Além da determinação da biomassa fresca e seca das mudas, com periodicidade de 3 dias, foram realizadas medidas biométricas das mudas de eucalipto, nas quais foram mensuradas a área foliar, altura da parte aérea, diâmetro do colo e comprimento do sistema radicular. Posteriormente, foi determinada a qualidade das mudas por meio do Índice de Qualidade de Dickson (IQD). A determinação da evapotranspiração foi realizada com o auxílio do minilisímetro de pesagem, desenvolvido e calibrado para utilização em ambiente protegido. A quantificação da entrada e saída de água no minilisímetro foi baseada no acúmulo de biomassa fresca das mudas em função dos graus-dia acumulados, na interceptação de água pelas folhas e pela bandeja, e na quantidade de água retida nos microporos do substrato. Em média, foram necessários 1045 graus-dia acumulados para a produção das mudas de eucalipto, do enraizamento à rustificação, em ambos os ciclos de produção. Em média, a evapotranspiração das mudas de eucalipto na fase de enraizamento foi igual a 2,40 mm; na aclimatação igual a 2,00 mm; no crescimento de 4,82 mm e na rustificação igual a 3,84 mm. Com relação à lâmina aplicada, comparando a aplicação de água pelo manejo convencional e otimizado, verificou-se uma economia hídrica pelo manejo otimizado de 11,9 % na fase de enraizamento; 60,3 % na fase de aclimatação; 25,6 % na fase de crescimento e 30,6 % na fase de rustificação. As novas lâminas de irrigação propostas não afetaram a qualidade das mudas. A evapotranspiração das mudas no interior do ambiente protegido se mostrou altamente correlacionada com as variáveis meteorológicas externas, podendo ser recomendada para estimativa da evapotranspiração em ambiente protegido.