Meteorologia Agrícola
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Item A estação chuvosa na Amazônia, de 1988 a 1989, e sua relação com a circulação geral da atmosfera(Universidade Federal de Viçosa, 1994-02-25) Neves, Edgard Klinger; Vianello, Rubens LeiteUm dos problemas que têm preocupado vários estudiosos da Climatologia da América do Sul é a compreensão dos mecanismos físicos atmosféricos que precedem as grandes cheias da Amazônia e suas relações com a circulação geral da atmosfera. Este trabalho objetivou o estudo das configurações geradas pelos sistemas atmosféricos que produziram as condições de tempo, em diferentes escalas, e suas relações com o clima regional, destacando-se a estação chuvosa de 1988/89, causadora da terceira maior cheia do século na Amazônia, o que redundou em elevados prejuízos agrºpecuários e reflexos sócio-econômicos para a região. Analisaram-se as séries pluviométricas de 46 estações meteorológicas de superfície; as cartas sinóticas diárias de superfície e de altitude, de 12 h, Tempo Médio de Greenwich (TMG), produzidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); e as cartas médias mensais, de 1.000 hPa, e geopotenciais, de 850, 500 e 200 hPa, elaboradas pelo Centro Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NMC). Analisaram-se, também, as imagens diárias do satélite GOES, para avaliar, visualmente, o período mais ativo da Alta da Bolívia, as cartas médias mensais de anomalias de Radiação de Onda Longa (ROL), as anomalias de Temperatura da Superfície da Água do Mar (TSM) e as configurações sinóticas que produziram a estação chuvosa de 1988/89 na Amazônia. Ainda, compararam-se as configurações das escalas planetária e continental e o tempo associado às condições de tempo regionais. Observou-se que as duas maiores cheias que aconteceram na Amazônia nos períodos de 1975/76 e 1978/79 estiveram associadas ao episódio frio do tipo Anti-El Nino da escala planetária, enquanto a maior cheia do século (1952/53) esteve associada ao episódio quente do tipo El Nino. Consequentemente, ambas estiveram, também, associadas à anomalias de Pressão, ao Nível do Mar, do Pacífico equatorial. O monitoramento das configurações da grande escala e da escala continental pode auxiliar nos prognósticos de tais anomalias.Item A influência sazonal do albedo da superfície na mudança do padrão de chuva, em conseqüência da conversão da floresta tropical em pastagens(Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-27) Berbet, Meire Lúcia Caldeira; Costa, Marcos HeilEsta pesquisa tem o objetivo de estudar a variação do albedo da superfície devido ao desmatamento da floresta tropical, e sua influência no padrão sazonal de chuva na Amazônia. Resultados do experimento de simulação de COSTA e FOLEY (2000) foram utilizados para representar as diferenças de precipitação, num cenário em que a floresta tropical nativa foi substituída por áreas desmatadas, cobertas de gramíneas. As médias de albedo, extraídas dos dados simulados, foram comparadas às médias observadas no campo, por CULF et al. (1996), para fins de validação de dados. Verificou-se que a diferença de albedo entre a pastagem e a floresta apresenta variação sazonal. Enquanto o albedo da floresta é praticamente constante ao longo do ano, apresentando pouca variação de acordo com o ângulo de elevação do Sol e com o molhamento foliar e do solo, o albedo da pastagem é mais sensível a estes fatores, apresentando grande variação ao longo do ano. Razões que podem explicar a maior variabilidade do albedo da pastagem incluem a altura ou a densidade da vegetação, a proporção de solo nu exposto ou a inclinação das folhas em relação à vertical. Verificou-se também que as variações sazonais da diferença de albedo estão associadas a flutuações em escala sazonal das anomalias de precipitação causadas pelo desmatamento. A resposta da circulação atmosférica e da precipitação sobre a área desmatada é proporcional ao incremento do albedo.Item Ajuste de modelos de crescimento para alface (Lactuca sativa, L.) cultivada em sistema hidropônico e estimativa da variação da condutividade elétrica da solução nutritiva(Universidade Federal de Viçosa, 2004-05-25) Macêdo, Cléia Souza; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/9446081989782263O experimento foi conduzido em casa de vegetação não-climatizada, com o teto tipo cobertura em arco, coberta com um filme polietileno, com a maior dimensão no sentido leste-oeste, na área experimental da Meteorologia Agrícola, da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, em 2003. Os objetivos deste trabalho foram: a) avaliar o ajuste de modelos de crescimento para alface cultivada em sistema hidropônico do tipo NFT sob diferentes níveis de condutividade elétrica (CE); b) caracterizar as condições ambientais no interior de uma casa de vegetação não- climatizada sob um sistema hidropônico do tipo NFT, e c) estimar, para um dia típico de verão, a influência do ambiente na CE da solução nutritiva. O sistema hidropônico do tipo NFT é uma técnica de escoamento laminar da solução nutritiva. A técnica consiste em circular, de forma intermitente, um fluxo laminar de solução nutritiva através do sistema radicular da planta. Foi estudado a cultivar de alface Grand Rapids mantida sob três diferentes níveis de condutividade elétrica (CE) da solução nutritiva (0,5, 1,5 e 2,5 dS m^-1). A semeadura foi realizada em 15 de janeiro, o transplante para as bancadas definitivas em 05 de fevereiro de 2003. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três tratamentos com diferentes níveis (CE), e duas repetições. Efetuou-se cinco amostragens em intervalos de três dias e a colheita foi feita aos 28 dias após o transplantio. Ao final do cultivo foi observado um total de 612,47°C graus-dia (GD) acumulados. Foram pesadas matérias frescas e secas (folha e caule), as medições de comprimento e largura das folhas e área foliar. O crescimento da alface foi modelado por meio dos modelos expolinear, logístico e Gompertz usando como variáveis independentes dias após o transplantio (DAT), graus-dia (GD) e graus-dia efetivo (GDE). As análises de crescimento, os níveis de CE permitiram verificar diferenças estatísticas significativas com relação à matéria fresca final (MF) e a matéria seca final (MS), entre os níveis de CE 0,5 dS m^-1 com as CE 1,5 e 2,5 dS m^-1, para MF, foi de 64,5 e 62,5% respectivamente, e para a MS foi de 74,7 e 70,7%, respectivamente. Com relação à área foliar (AF) houve diferença estatística entre a CE 0,5 dS m^-1 com as CE 1,5 e 2,5 dS m^-1, 85,6 e 71,7%, respectivamente, mostrando que a alface sob a CE 0,5 ds m^-1 necessitou de uma área foliar menor para a produção de MS. Para o índice de área foliar (IAF) a diferença estatística foi entre a CE 0,5 dS m^-1 e a CE 2,5 dS m^-1, 71,70%. Os modelos de crescimentos (expolinear, logístico e Gompertz) foram capazes de simular muito bem o acúmulo de matéria seca depois do transplantio da alface. Os valores dos coeficientes de determinação ajustados foram acima de 0,98 para os modelos avaliados. O índice de área foliar ajustou-se muito bem ao modelo proposto por GOUDRIANAM & MONTEITH (1990), tendo graus-dia (GD) acumulados como variável independente. Os coeficientes de determinação ajustados foram de 92,74, 91,70 e 99,68 % para os tratamentos de CE 0,5, 1,5 e 2,5 dS m^-1, respectivamente. Os resultados de simulação mostraram que a CE da solução nutritiva sofre oscilações da ordem de 30% nos horários de maior evapotranspiração. Portanto, a CE do reservatório de armazenamento da solução sofre um aumento gradual de até 55,0% do início da manhã ao final da tarde, resultante do processo de evapotranspiração da cultura. Assim, as principais conclusões deste trabalho na análise de crescimento foram que os parâmetros variaram de acordo com a condição ambiente e com os níveis de CE. A variação da CE, em um dia típico de verão, depende da evapotranspiração da cultura.Item Análise climatológica das secas do Estado do Ceará(Universidade Federal de Viçosa, 1999-12-17) Barra, Tarcisio da Silveira; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/0792311945029556Os objetivos do presente trabalho foram estabelecer uma caracterização do regime de chuvas no Estado do Ceará e analisar a variação temporal e espacial do índice de severidade de seca de Palmer. Foram utilizadas séries históricas de dados pluviométricos e de temperatura do ar de 21 localidades. fornecidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hidricos (FUNCEME). escolhidas em função da distribuição espacial dentro do EStado e do tamanho da série histórica. Para analisar a intensidade das secas, foi utilizado o índice de severidade de seca de Palmer (ISSP), aplicado para todas as localidades, considerando-se as condições do solo de cada uma. Séries históricas de dados mensais de temperatura da superficie do mar (TSM) e do índice de oscilação sul (IOS) foram utilizadas com o intuito de estabelecer correlação com o ISSP. A variabilidade do total de chuva anual, expressa pelo coeficiente de variação. variou de 30 a 60%. O percentual de chuva anual que ocorre no primeiro semestre foi, em média, de 90%, o que mostra a elevada concentração de chuva na estação chuvosa. A análise da variação temporal e espacial do ISSP revelou alto percentual de ocorrência de secas moderadas e severas em quase todo o Estado. A correlação entre o ISSP e o 105 e a TSM apresentou valores muito baixos.Item Análise climatológica do potencial eólico no estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1992-08-27) Sousa, Jorge Washington de; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/4793746954413848Dados diários do vento nos horários sinóticos de 12, 18 e 24 TMG de 52 localidades do Estado de Minas Gerais, fornecidos em fita magnética pelo Departamento Nacional de Meteorologia, foram analisados com o objetivo de caracterizar o vento predominante e avaliar o potencial eólico nessas estações climatológicas. Inicialmente, foram analisadas as distribuições de velocidade do vento, com base nos valores médios mensais, sazonais e anuais de velocidade nos três horários. Em seguida, foram determinados os potenciais eólicos médios mensais, sazonais e anuais, seguindo-se a identificação das microrregiões do Estado de Minas Gerais com potencial eólico para uso na agricultura. A caracterização predominante do vento foi realizada com base nos percentuais de ocorrência de direção em cinco intervalos de velocidade do vento, assim como nas distribuições percentuais sazonais e anuais de direções do vento. Os ventos predominantes no Estado de Minas Gerais são provenientes, principalmente, das direções Nordeste, Leste e Sudeste, com percentuais de ocorrência de 21, 20 e 18%, respectivamente. Apenas as localidades de Diamantina, Espinosa, Fazenda Monte Alegre, Formoso, Janaúba e Mocambinho apresentaram potencial eólico com viabilidade de utilização na agricultura.Item Análise comparativa das caraterísticas microclimáticas entre áreas de floresta e de pastagem na Amazônia(Universidade Federal de Viçosa, 1993-12-15) Ribeiro, João Batista Miranda; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/1874829087396349Realizou-se um estudo comparativo do microclima de uma área de floresta com o de uma área de pastagem, em Marabá, PA. Como consequência do desmatamento, observaram-se alterações nos componentes do balanço total de radiação. O albedo diário foi mais elevado na área de pastagem, com 18,3%, enquanto na área de floresta foi equivalente a 15,7% na estação seca. Na estação chuvosa, o albedo variou de 13,2% na floresta a 18,2% na pastagem. O saldo total de radiação foi superior na área de floresta, principalmente, na estação seca. As maiores amplitudes térmicas diárias do ar foram observadas na área de pastagem, em todo o período estudado. A velocidade do vento foi comparável entre as duas áreas no período diurno, porém, à noite, o vento, na área de pastagem, diminuiu bastante. Esta situação, associada com o maior resfriamento do ar na pastagem, proporcionou um menor déficit de umidade específica, em comparação com a floresta. As alterações apresentadas contribuíram para menores estimativas de evapotranspiração potencial na pastagem, pelos métodos de Penman e Priestley-Taylor. As diferenças nas variáveis meteorológicas entre as áreas de floresta e de pastagem poderão induzir alterações no clima, em escala local ou regional, dependendo da extensão da área desmatada.Item Análise de crescimento, desenvolvimento e eficiência do uso da radiação solar para dois cultivares de milho(Universidade Federal de Viçosa, 1994-06-24) Silva, Marcos Antônio Vanderlei; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/7181052316011402Procedeu-se a uma análise comparativa do crescimento e do desenvolvimento dos híbridos de milho BR 201 e BR 206, durante o período de 02/06 a 02/11, no CNPMS-EMBRAPA, Sete Lagoas, Minas Gerais. A duração do ciclo da cultura foi de 142 dias, para 0 BR 201, e de 143 dias, para o BR 206. Os valores de acúmulo de matéria seca e índice de área foliar apresentaram tendência de variação semelhante para ambos os híbridos. O híbrido BR 206 foi, em geral, mais precoce do que 0 BR 201, em termos de taxa de assimilação líquida, taxa de crescimento relativo e taxa de crescimento da cultura. Os valores dessas taxas foram superiores para 0 BR 206 no período vegetativo, decrescendo a partir do período reprodutivo, em que o BR 201 apresentou maiores valores, predominando até a maturação fisiológica. O albedo apresentou dependência do ângulo de elevação solar, sendo menor próximo ao meio dia e máximo no início da manhã e final da tarde. A influência da nebulosidade no albedo médio não foi estatisticamente significativa, tendo-se obtido os valores de 0,17 a 0,18, para ambos os híbridos. A maior percentagem da radiação fotossinteticamente ativa, aproximadamente 90%, foi observada ao nível do solo, para ambos os híbridos, coincidindo com a mesma época de máximo índice de área foliar. A eficiência do uso da radiação solar global foi determinada pela razão entre a taxa de crescimento da cultura e a radiação solar incidente, no mesmo período, tendo o BR 201 alcançado uma eficiência média maior, com 0,81 g/MJ, em relação ao BR 206, que obteve 0,60 g/MJ, durante o período de enchimento de grãos. Foi encontrada uma eficiência do uso da radiação global média, para produção de grãos, de 1,19 g/MJ, para o BR 201, que foi superior à obtida pelo BR 206, 1,12 g/MJ.Item Análise do crescimento, do desenvolvimento e da produtividade da cultura do milho (Zea mays L.): experimentos e modelos(Universidade Federal de Viçosa, 1997-06-30) Barros, Alexandre Hugo Cezar; Costa, Luiz Cláudio; http://lattes.cnpq.br/7312779971785780Desenvolveu-se um modelo agrometeorológico para simular o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade da cultura do milho (Zea mays L.). O modelo foi testado com os dados obtidos na Estação Experimental de Vitória de Santo Antão - PE. Três partes principais constaram do modelo. Na primeira foram computados os ganhos energéticos, representados pela fotossíntese. Na segunda, as perdas do sistema relativas à respiração de manutenção e crescimento. Após o estabelecimento do incremento diário de matéria seca para as diversas partes da planta, na terceira parte, procurou-se estabelecer as relações com o incremento da área foliar. Levaram-se em consideração as interações das condições meteorológicas e o estado fisiológico das plantas. As pressuposições fundamentaram-se em resultados disponíveis na literatura. O modelo proposto mostrou-se consistente para simular o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade da cultura do milho, sendo similar aos valores obtidos experimentalmente. Os parâmetros mais sensíveis no modelo foram a eficiência fotossintética e a respiração de manutenção.Item Análise dos componentes do balanço hídrico seriado para Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 1984-06-29) Santos, Odete Cardoso de Oliveira; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://lattes.cnpq.br/1908818896169417Nesta pesquisa, estudou-se o comportamento das flutuações do balanço hídrico para o solo de Viçosa, MG. Utilizaram-se dados de temperatura média do ar e precipitação pluvial mensal, de 1924 a 1982. Calculou-se o balanço hídrico seriado anual, segundo o método de Thornthwaite e Mather, 1955. Por meio da técnica das médias móveis para cinco e onze anos, da análise harmônica (série de Fourier), da autocorrelação e da análise espectral, estudaram-se as variações que ocorreram nos componentes do balanço hídrico seriado, ao longo dos anos. Para a análise harmônica, trabalhou-se com 28 harmônicos, obtendo-se as fases e as amplitudes. Por intermédio da função de autocorrelação, determinaram-se as relações existentes nas mesmas séries de dados em períodos diferentes e, por meio da análise espectral, analisaram-se as concentrações das variações em relação às frequências. Por intermédio das médias moveis de onze anos, verificou-se uma tendência, nos últimos anos, para decréscimo da temperatura média do ar, da evapotranspiração potencial e da evapotranspiração real, para os meses de verão e outono; enquanto que, para os de inverno e primavera houve uma tendência levemente positiva. Para o caso da deficiência hídrica, observou-se uma tendência de decréscimo para os meses de janeiro e julho e uma propensão de aumento para abril e outubro. O excesso hídrico apresentou tendências de aumento para janeiro e julho e decréscimo para abril e outubro. A análise harmônica para as séries temporais da temperatura média do ar e da evapotranspiração potencial indicou harmônicos de ordens iguais para os meses de abril, julho e outubro. As séries temporais dos componentes do balanço hídrico, para todos os meses estudados, de acordo com a função de autocorrelação, correspondem a um processo estocástico. E a análise espectral confirmou terem as séries temporais o comportamento de um ruído branco.Item Análise dos termos "aerodinâmico" e “balanço de energia" da equação de Penman, para Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 1983-03-08) Espínola Sobrinho, José; Sediyama, Gilberto C.; http://lattes.cnpq.br/9926820581274995Esta pesquisa foi desenvolvida em área adjacente ao setor de Armazenamento e Processamento de Produtos Vegetais do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, com a finalidade de analisar o termo aerodinâmico e o termo balanço de energia, da equação de Penman, para as duas fases (19/06/82 a 30/06/82, fase I e 24/08/82 a 10/09/82, fase II). Três tipos de evaporímetros (Piche, Piche adaptado e Prato adaptado) e o tanque "classe A" foram testados na determinação do poder evaporante do ar. Os valores de evaporação medidos foram comparados com os valores determinados pela equação proposta por Penman, usando-se o método estatístico dos mínimos quadrados. A melhor correlação encontrada foi para o evaporímetro de Piche adaptado, a partir da qual foi proposta uma equação linear para ambas as fases. Na avaliação do termo do balanço de energia, testaram-se quatro equações empíricas para estimativa do saldo de radiação de ondas longas e ao mesmo tempo comparou-se cada uma, em particular, com os valores do saldo de radiação de ondas longas medidos no campo. A equação proposta foi a de Brunt, a qual foi usada neste trabalho com as constantes empíricas determinadas para cada fase individualmente. Com a finalidade de se conhecer, quantitativamente, a importância dos termos da equação, determinou-se a relação entre o termo do balanço de energia e o termo aerodinâmico, constatando-se uma total superioridade do primeiro. Finalmente, foi determinada a evapotranspiração potencial, segundo Penman, com todos os parâmetros medidos e concomitantemente com os parâmetros (poder evaporante do ar e saldo de radiação de ondas longas) estimados pelas equações propostas neste trabalho. A análise discriminante para a função 1:1 evidenciou pequenos desvios dos pontos observados, principalmente para ETP inferior a 3 mm.Item Aspectos agroclimáticos do arroz de sequeiro no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1999-05-28) Oliveira, Alexsandra Duarte de; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/8864117342495169Os aspectos agroclimáticos do arroz de sequeiro no Estado de Minas Gerais foram baseados em dados experimentais fornecidos pela EPAMIG, referentes a data de plantio e data de ocorrência da floração e da colheita dos cultivares de arroz de sequeiro Guarani, Rio Doce, Douradão, Confiança, Canastra, Rio Paranaíba e Caiapó nas localidades de Araçuaí, Coimbra, Felixlândia. Lambari, Lavras, Paracatu, Patos de Minas, Patrocínio, Ponte Nova, Uberaba e Viçosa, durante os anos agrícolas de 1984 a 1996. As exigências térmicas dos referidos cultivares de arroz de sequeiro, referentes ao plantio-floração, foram determinadas usando-se o conceito de graus-dias. Uma comparação entre a variabilidade do total de graus-dias acumulados do plantio a floração e a variabilidade no total de dias do plantio a floração para esses cultivares, considerando diferentes datas de plantio, diferentes localidades e vários anos agrícolas, não mostrou superioridade do método de graus-dias em relação ao método convencional baseado em dias do calendário. Com base em séries históricas de dados diários de chuva. foi feita a caracterização da estação de crescimento, em termos de inicio, Fim e duração, além da determinação das durações máximas de períodos secos em cada mês da estação de crescimento e da determinação das probabilidades do total de chuva decendial durante o ano nas localidades de Araçuaí. Lavras, Patos de Minas, Uberaba e Viçosa. A recomendação genérica de data de plantio de arroz de sequeiro em Minas Gerais corresponde à data de ocorrência de 20 mm de chuva em um ou dois dias. a partir de 26 de outubro.Item Aspectos experimentais e teóricos de um estudo micrometeorológico sobre superfície gramada (Paspalum notatum L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1983-03-04) Oliveira, Maria do Carmo Felipe de; Vianello, Rubens Leite; http://lattes.cnpq.br/2246277149305271O presente trabalho teve por objetivo geral o estudo das características essenciais de uma pesquisa micrometeorológica, tanto sob o enfoque experimental quanto teórico. Optou-se pelo uso de uma superfície gramada, sobre a qual instalou-se um conjunto de sensores e registradores micrometeorológicos, abrangendo os principais parâmetros comumente considerados em tais estudos, ou seja: temperatura dos bulbos seco e úmido e Velocidade do vento, ambos para diversos níveis verticais; radiação solar, em diversas modalidades; temperatura do solo em diferentes profundidades; nebulosidade; direção do vento etc. Os dados observados foram submetidos à formulação teórica, resultando na obtenção de inúmeros parâmetros de interesse prático e acadêmico, destacando-se: indicadores de estabilidade atmosférica; velocidade friccional; funções adimensionais e fluxos de calor, massa e momentum; coeficientes de difusividade turbulenta; balanço de energia; razão de Bowen e albedo. Todos os resultados foram apresentados em forma de ta belas e gráficos.Item Avaliação agroclimática de quatro microrregiões do Estado de Minas Gerais para alguns cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1988-11-28) Souza, José Leonaldo de; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/1758935162750302Foram determinadas as exigências térmicas para a ocorrência dos estádios fenológicos de vários cultivares de feijão em localidades representativas das microrregiões do Alto Médio São Francisco, Alto Paranaíba, Zona da Mata e Sul de Minas Gerais. A análise das curvas de precipitação pluvial media decendial e evapotranspiração potencial para os locais mencionados possibilitou a determinação das respectivas estações de crescimento. O estabelecimento de um calendário de cultivo para o feijoeiro nessas localidades foi elaborado com base nas exigências térmicas dos cultivares para completarem seus ciclos e na distribuição das precipitações durante as fases fenológicas do feijoeiro. Estas analises permitiram a seleção de épocas de plantio mais favoráveis para cultivares de feijão nas microrregiões mencionadas, tendo em vista uma satisfatória distribuição da precipitação pluvial durante o ciclo da cultura.Item Avaliação agroclimática para o manejo da cultura do arroz, para as microrregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba(Universidade Federal de Viçosa, 1988-10-28) Souza, Amaury de; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/6113404589622533Foram estudadas as exigências bioclimáticas dos cultivares de arroz IAC-47, IAC-165, IAC-164 e IAC-25, nas condições do Estado de Minas Gerais, baseando-se em dados fenológicos obtidos de experimentos conduzidos peia Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), na Estação Experimental de Uberaba, MG, durante os anos agrícolas 1977/78, 1978/79 e 1979/80, com diferentes épocas de plantio por ano agrícola. Inicialmente foram analisadas as distribuições anuais da precipitação média semana], determinadas com base nas séries dos totais diários de precipitação de seis estações meteorológicas do Estado de Minas Gerais. Com base nas curvas de evapotranspiração potencial e de precipitações médias de cada localidade, foram determinadas as respectivas estações de crescimento. Os graus-dia acumulados pelo método WB 10-30,exigidos pelos cultivares de arroz IAC-47, IAC-164, IAC-165 e IAC-25 para completarem as fases fenológicas plantio/floração e plantio/maturação, foram, em média, 1.555, 1.947, 1.229, 1.608, 1.210, 1.611, 1.193 e 1.615, respectivamente. Com base nas exigências de graus-dia dos quatro cultivares de arroz e utilizando médias semanais de precipitação e de evapotranspiração potencial para as localidades de Uberaba, Frutal. Capinópolis, Patrocínio, Araxá e Uberlândia, foram feitas analises agroclimáticas para a cultura do arroz na estação de crescimento de cada local, considerando as melhores épocas de plantio para a cultura, as semanas com totais pluviométricos superiores a 28 mm, assumindo um consumo de água de cerca de 4 mm/dia pela cultura. Para determinar a não-ocorrência de déficit hídrico acentuado na fase do florescimento, foi feita análise probabilística, com segurança de 70%, permitindo a recomendação de épocas de plantio que proporcionem menores riscos de perda total da cultura ou diminuição da produção final.Item Avaliação e teste do modelo expolinear aplicado à cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] cultivada em diferentes condições de disponibilidade hídrica e de intensidade de radiação(Universidade Federal de Viçosa, 2000-02-14) Ferreira, Elizabete Alves; Costa, Luiz Cláudio; http://lattes.cnpq.br/2458690354291253Objetivando avaliar e testar o modelo expolinear aplicado à cultura da soja (Glycine max (L.) Merril) crescendo em diferentes condições de disponibilidade hídrica e de intensidade de radiação, três experimentos de campo foram conduzidos nos anos agrícolas 1995/96, 1997/98 e 1998/99 na Área Experimental Vila Chaves, da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. Tais experimentos permitiram a análise do ajuste e do comportamento dos parâmetros da função expolinear aos dados de crescimento da cultura da soja em diferentes condições de disponibilidade de água e intensidade de radiação. Os resultados indicaram o alto potencial de se utilizar a função expolinear alterando a variável independente da sua forma original de dias, para graus-dia, água evapotranspirada e radiação interceptada. O modelo apresentou bons ajustes em todos os casos, evidenciando-se o alto potencial da função e de seus parâmetros em serem utilizados na comparação de culturas crescendo em diferentes condições ambientais e épocas de plantio. Os parâmetros Cm, Rm e tb mostraram-se sensíveis às variações dos elementos climatológicos. No entanto, o parâmetro que mais se destacou, por sua alta confiabilidade, foi o Cm.Item Balanço de radiação e de energia em um ecossistema de floresta tropical na Amazônia Central(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-16) Pereira, Maria das Graças Pires; Costa, José Maria Nogueira daMedições dos componentes do balanço de radiação e do balanço de energia foram realizadas acima da copa de árvores da floresta amazônica, na Reserva Biológica de Cueiras (2o35’22” S, 60o06’55” W e 90 m de altitude), em Manaus-AM, durante o período de setembro de 1995 a agosto de 1996. Esses dados foram utilizados nas análises das variações diárias e sazonais desses fluxos, além das análises sobre a partição de energia disponível em fluxo de calor sensível e fluxo de calor latente durante o período experimental. A variação das magnitudes dos componentes do balanço da radiação e de energia, em bases diária e sazonal nas estações seca e chuvosa, foi bem caracterizada. A energia utilizada no processo de evapotranspiração foi, em média, mais do que o dobro da energia consumida sob a forma de calor sensível. Os coeficientes das equações de regressão linear entre o saldo de radiação e a irradiância solar global, em bases horária e diária, apresentaram valores bem característicos para os meses das estações seca e chuvosa. A razão de Bowen, baseada em valores médios horários das 9 às 15 horas, variou de 0,37 em outubro a 0,56 em novembro, com valor médio de 0,46 para todo o período experimental.Item Características climatológicas do regime de chuva em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1994-06-17) Almeida, Raimunda Maria Barroso de; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/4905493525927039O regime de chuva no Estado de Minas Gerais foi caracterizado em bases anual, mensal, decendial e diária, usando-se séries históricas de dados diários de precipitação de 30 localidades. Um modelo probabilístico, com base na cadeia de Markov e na distribuição de probabilidade gama incompleta, foi ajustado aos dados diários da localidade de Viçosa. A precipitação média anual, em Minas Gerais, varia de valores abaixo de 900 mm, nas microrregiões de Itacambira e Médio Jequitinhonha,a valores acima de 1.600 mm, na microrregião centro-oeste do estado. O número de dias chuvosos por ano apresenta tendência de decréscimo de sudoeste para nordeste do estado. As microrregiões do Alto Parnaíba, Sul e Zona da Mata apresentam médias superiores a 100 dias de chuva por ano, enquanto que a localidade de Janaúba, na microrregião do Alto Médio São Francisco, apresenta média de, apenas, 61 dias de chuva por ano. O regime de chuva em Minas Gerais caracteriza-se por uma estação seca e uma estação chuvosa bem definidas, sendo que as maiores ocorrem nos meses de dezembro e janeiro, e as menores ocorrem nos meses de junho, julho e agosto. Cerca de 80% das precipitações em Minas Gerais ocorrem durante a estação de crescimento, de outubro a março. Os maiores totais pluviométricos foram observados no terceiro decêndio de janeiro e os menores totais de chuva ocorreram no segundo decêndio de junho. A frequência relativa decendial de dias secos varia de 94,6%, no segundo decêndio de junho em Araçu- aí, a 3,3%, no primeiro e terceiro decêndios em Lavras. O modelo proposto Gama/Markov, para a localidade de Viçosa, Minas Gerais, permite gerar valores de probabilidades, a fim de se obterem informações sobre ocorrência de precipitação, em períodos de cinco, 10 e 30 dias. Na estimativa dos coeficientes para o ajustamento do modelo, foi constatado melhor ajuste aos dados da estação chuvosa, que compreende os meses de outubro a março, que é o período de desenvolvimento das culturas agrícolas das regiões estudadas. Os resultados obtidos pelo modelo proposto foram tão bons quanto os obtidos pela distribuição gama, em diferentes meses e períodos. Quando se analisou, separadamente, os resultados do modelo proposto e da distribuição gama, verificou-se que a distribuição gama ajusta-se aos dados em meses distintos, enquanto que o modelo proposto adequou-se melhor aos meses da estação chuvosa.Item Caracterização da radiação, análise de crescimento e do desenvolvimento de milho (Zea mays L.) em três densidades de plantio(Universidade Federal de Viçosa, 1992-02-19) Leal, Brauliro Gonçalves; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/8462634544908052O crescimento do cultivar de milho BR 201, nas densidades de plantio de 40.000, 60.000 e 80.000 plantas/ha, foi avaliado por técnicas de análise de crescimento, com base em dados como altura da planta, peso seco, índice de área foliar, taxa de crescimento relativo, razão de área foliar, taxa de crescimento da cultura e taxa de assimilação líquida. O número de dias, após a emergência, exigido pelo cultivar BR 201 para atingir a maturação fisiológica variou de 129 dias na parcela com 40.000 plantas/ha a 141 dias na parcela com 80.000 plantas/ha. As exigências de graus-dias para esse cultivar completar seu ciclo variaram de 1.745 na parcela com 40.000 plantas/ha a 1.895 na parcela com 80.000 plantas/ha. A altura das plantas despendoadas variou com a densidade de parcelas com 80.000 e 40.000 plantas/ha, respectivamente. Os valores máximos de peso seco total, em ordem decrescente de densidade de plantio, foram 2,27, 2,03 e 1,57 kgm^-2, e os de índice de área foliar, em ordem decrescente de densidade de plantio, foram 6,7, 5,3 e 4,3. 0 tempo de ocorrência dos valores máximos de índice de área foliar também variou com a densidade de plantio, isto é, 77, 84 e 83 dias após a emergência, em ordem decrescente de densidade de plantio. As taxas de crescimento relativo, taxas de crescimento da cultura e taxas de assimilação líquida foram, em média, superiores na parcela com maior densidade de plantio. A caracterização do regime de radiação na cultura foi estabelecido com base nas medições da radiação solar global e radiação fotossinteticamente ativa, medidas acima da cultura e em três níveis do dossel vegetativo. Médias diárias de albedo para cada densidade de plantio foram obtidas e determinada a relação de dependência entre o albedo e o ângulo de elevação solar. Os valores médios diários de albedo, em ordem decrescente de densidade de Plantio, foram 0,23, 0,82 e 0,21. A influência da radiação solar sobre o crescimento do cultivar BR201 foi baseada na variação do coeficiente de extinção da radiação solar global e da radiação fotossinteticamente ativa, em Função do índice de área foliar. A maior atenuação da radiação fotossinteticamente ativa ocorreu na parcela com maior densidade de plantio.Item Caracterização da seca e seus efeitos na produção da cultura do milho para as diferentes regiões do estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-09) Gois, Givanildo de; Costa, Luiz Cláudio; http://lattes.cnpq.br/5958088893214189Dados meteorológicos de precipitação e temperatura de 23 estações fornecidas pelo 5o Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), representativas de nove mesorregiões do Estado foram utilizados para a avaliação e teste do desempenho dos Índices de Precipitação Padronizada (SPI), do Índice de Palmer (PDSI) do Método dos Decis (MD) e do Índice de Porcentagem da Normal (IPN) na caracterização da seca nas diferentes regiões de Minas Gerais. Os resultados mostraram que os índices de SPI, MD e IPN apresentaram ao longo dos anos um comportamento similar enquanto que o PDSI se diferenciou dos demais em todas as regiões nos períodos analisados. Tais resultados são corroborados por outros trabalhos que mostraram semelhanças no comportamento dos índices SPI, MD e IPN em diferentes regiões do mundo (ROTONDO et al., 1999; KEYANTASH et al., 2002). A análise de correlação entre os índices PDSI, SPI, MD e IPN, para as diferentes mesorregiões do Estado, mostrou altas correlações, variando entre 0,80 e 0,89, entre os índices SPI, MD e IPN e baixas correlações entre o PDSI e os demais índices. Análises dos eventos de seca mostraram que o IPN, de acordo com a sua classificação original, foi o índice que identificou o maior número de eventos de seca em todas as mesorregiões, enquanto o PDSI, SPI e MD apresentaram valores de ocorrência de eventos de seca bem abaixo do IPN. Os resultados obtidos no presente trabalho indicaram que o MD, por diversas características, entre as quais a sua simplicidade é adequado ao monitoramento da seca agrícola no Estado. Análise da ocorrência histórica de eventos de secas no Estado no período de 1974 a 2003 mostrou que as mesorregiões Oeste de Minas Gerais e Central Mineira, seguidas pelas mesorregiões Campo das Vertentes e Vale do Rio Doce, apresentaram as maiores ocorrências de eventos de seca severa e extrema. Enquanto, que a Zona da Mata, Sul/Sudoeste de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte apresentaram as menores ocorrências de eventos de secas (51, 45 e 48, eventos respectivamente). O Vale do Jequitinhonha e Triângulo/Alto Paranaíba apresentaram 77 e 53 eventos de seca, respectivamente no período considerado. Quanto à duração dos períodos de seca observaram-se períodos de seca entre um e seis meses, com intensidade entre secas severas e extremas em praticamente todo o Estado. A análise da seca nas décadas de 70, 80 e 90 revelou profundas diferenças nas ocorrências de secas no Estado. Na década de 70, prevaleceu uma situação de normalidade em todo o Estado, enquanto que na década de 80 observou-se uma anormalidade na faixa Noroeste e Sul, e nas demais regiões prevaleceram uma situação próxima da normal. Na década de 90, os resultados indicaram um agravamento das secas nas mesorregiões do Vale do Jequitinhonha, Vale do Rio Doce e Noroeste, enquanto que na Zona da Mata e a na região Central apresentaram valores próximos da normal. A análise do potencial de utilização do índice de seca como ferramenta para caracterizar a variação na produção da cultura do milho nas diferentes regiões do Estado mostrou que dada a baixa correlação encontrada entre os índices de seca e a variação na produção da cultura do milho de ano para ano, os mesmos não podem ser utilizados como instrumento único na explicação da produção da cultura.Item Caracterização e análise espaço-temporal da demanda evapotranspirativa e do regime pluvial na Bacia dos Rios do Leste(Universidade Federal de Viçosa, 1999-03-18) Dantas Neto, Francisco Solon; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/0074396956910674Com o objetivo de analisar a variação espaço-temporal da demanda evapotranspirativa, o regime pluvial, as demandas de irrigação total e suplementar e a época de plantio para a cultura do feijoeiro na Bacia dos Rios do Leste, elaborou-se um programa computacional em linguagem de programação clipper. Os dados utilizados foram baseados em séries históricas de dados diários de 48 estações pluviométricas da ANEEL, com média de 35 anos de dados, e de 9 estações climatológicas fNMET, com média de 11 anos de dados, localizadas na Bacia dos Rios do Leste. A evapotranspiração de referência (ETO) foi determinada pelo método de Penman-Monteith. A distribuição de probabilidade gama foi utilizada na estimativa da precipitação provável em nível de 75% de probabilidade. Foram feitas simulações de plantio diário ao longo do ano para a cultura do feijoeiro, em solos de texturas grossa, média e fina, estimando-se as demandas de irrigação total e suplementar e a época de plantio. Os resultados foram espacializados utilizando um sistema de informações geográficas, através do software Idrisi. Concluiu-se que os maiores valores máximos de ETo ocorrem no mês de janeiro ao sul da Bacia, variando de 6,0 a 6,5 mm d". Os menores valores de ET o ocorrem no mês de junho, principalmente a oeste da Bacia, variando de 2,4 a 2,8 mm d". Ao longo do ano, os valores máximos de E'I'o de 5,2 a 5,5 mm d'l são predominantes em cerca de 66% da área de abrangência da Bacia. Os maiores valores de precipitação provável decendial ocorrem nos meses de novembro e dezembro, especialmente nas porções oeste e sudeste da Bacia. A estação chuvosa concentra-se entre outubro e março, com precipitação provável decendial, a 75% de probabilidade, de até 53 mm. No período seco, prevalecem valores de precipitação decendial de até 4 mm na maior parte da Bacia. No período chuvoso, os maiores valores de precipitação provável ocorrem na direção nordeste-sudoeste e litoral-continente. Para o período seco, ocorre na direção contrária. Observou-se que os maiores valores de demandas de irrigação total e suplementar foram obtidos para solos de textura grossa. Lâminas de irrigação total entre 6,0 e 6,4 mm d'l atendem em média 44,8% da área, enquanto 41,3% da Bacia é atendida com lâminas de irrigação suplementar entre 4,1 e 4,9 mm d'], independentemente do tipo de solo. Os maiores valores de demanda de irrigação suplementar situam-se entre 5,0-5,3; 4,7-4,9; e 4,6-4,7 mm d'l para solos de texturas grossa, média e fina, respectivamente, em pequenas áreas da Bacia (6,9%). Os menores valores (3,1 a 3,9 mm d'l) ocupam áreas a oeste e nordeste, com média de 15,9%. A época de plantio, em que se verifica maior disponibilidade de água para a cultura do feijoeiro, predominante em média de 56% da área da Bacia ocorre entre os dias 5 e 19 de outubro.