Defesa Sanitária Vegetal
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Item Incidência de Dalbulus maidis e enfezamentos em cultivos de milho silagem em Goiás e Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2023-09-28) Pereira, Jéferson Alves; Pereira, Eliseu José GuedesA cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é vetora dos patógenos causadores dos enfezamentos pálido e vermelho e da virose da risca, que constituem um grande problema fitossanitário. Os estudos sobre a incidência dos insetos-praga e dos patógenos transmitidos por eles são importantes para os programas de manejo integrado de pragas por possibilitar controle eficiente, com mais segurança e menos impacto. No Brasil, o milho é cultivado em duas safras, a primeira na primavera-verão e a segunda no verão-outono. Atualmente a maioria dos cultivos de milho são realizados na segunda safra e os estados de Goiás e Minas Gerais estão entre os principais produtores de milho no país. Neste trabalho, determinou-se a incidência de enfezamento e a produtividade de silagem em cultivos de milho em Goiás e Minas Gerais. Dados foram coletados em quatro cultivos de milho conduzidos na segunda safra. Avaliou-se a densidade populacional de D. maidis, a incidência de sintomas de enfezamento e a produtividade de silagem. Também monitorou-se temperatura do ar e a precipitação pluviométrica. A densidade populacional de D. maidis variou nos estágios de crescimento do milho mas não alcançou uma cigarrinha por planta. A incidência de sintomas de enfezamento foi de 4 a 8% e de 1 a 4% nas plantas dos cultivos avaliados em Goiás e Minas Gerais, respectivamente. Nessa última região, a maior incidência ocorreu em uma localidade cuja temperatura média do ar foi 1-2 oC mais alta que nas demais localidades e cuja áreas foram plantadas com três cultivos consecutivos de milho no ano anterior. A densidade populacional da cigarrinha-do-milho não se correlacionou com a incidência de sintomas dos enfezamentos, mas a última teve significativa relação negativa com produtividade de silagem. De 2021 para 2022, houve aumento de 1% para 2% de plantas com sintoma de enfezamento em uma localidade monitorada e de 2% para 6% na região estudada. Esses resultados indicam a ocorrência de baixas infestação por D. maidis (<1 inseto/planta) e incidência de enfezamento (<8%) no milho de segunda safra nas regiões estudadas, mas com tendência de aumento da incidência de um ano para o outro onde examinado. Assim, deve-se continuar a monitorar os cultivos de milho, especialmente na segunda safra, o que permitirá a tomada de decisão e intervenção adequadas para manejar a população de cigarrinha-do-milho e a incidência de enfezamentos. Palavras-chave: Cigarrinha do milho. Densidade populacional. Zea mays. Complexo de enfezamentos. Produtividade da cultura.Item Uso de redes neurais na previsão de ataque de Chrysodeixes includens em lavouras de soja(Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-17) Campos, Alexandre Henrique Alves dos Santos Batista e; Picanço, Marcelo Coutinho; http://lattes.cnpq.br/3871872915117293A determinação de modelos de dinâmica espaço-temporal das pragas nos cultivos possibilita identificação dos períodos e locais com maiores riscos desses organismos causarem danos econômicos. As populações de pragas nos cultivos são reguladas por fatores bióticos e abióticos como as variáveis meteorológicas, planta hospedeira e inimigos naturais. Com isso a utilização de redes neurais artificiais (RNAs) são ferramentas de inteligência artificial que possibilitam a determinação de modelos com alto poder de previsão da dinâmica espaço-temporal das pragas. A soja (Glycine max) é a leguminosa mais cultivada no mundo, e o continente americano é a principal região do mundo onde ela é cultivada. A lagarta falsa medideira Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae) é uma das pragas mais importantes nos cultivos de soja nas Américas. Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar modelo de previsão da intensidade de ataque de C. includens a lavouras de soja usando RNAs. Os dados do trabalho foram coletados durante dois anos em quatro lavouras comerciais de soja no bioma Cerrado em Formoso do Araguaia e Gurupi, TO. Nos cultivos foram monitoradas a cada duas semanas as densidades C. includens e de predadores e variáveis meteorológicas. Foram selecionadas como preditores do modelo variáveis meteorológicas com baixa autocorrelação (< 0,50). Foram construídas 1080 RNAs. O modelo selecionado foi aquele que apresentou maior correlação entre os valores observados e previstos (rv), menor quadrado médio do resíduo (RMSEv) e menor número de neurônios na camada oculta. A RNA selecionada teve quatro preditores significativos (temperatura média do ar, umidade relativa do ar, velocidade dos ventos e idade das plantas), dois neurônios na camada oculta, rv = 0,7167 e RMSEv = 0,2041. A temperatura média do ar e idade das plantas tiveram efeito positivo sobre a intensidade de ataque da praga. Já a umidade relativa do ar e a velocidade dos ventos tiveram efeito negativo sobre o ataque da praga. O modelo foi capaz de prever de forma precisa o ataque de C. includens em diferentes anos e épocas e em períodos com baixas e altas densidades dessa praga. Portanto, o modelo de RNA determinado no trabalho pode ser usado para prever as épocas e locais como maiores riscos de ataque de C. includens aos cultivos de soja como uma possível ferramenta de consulta do produtor. Palavras-chave: Lagarta falsa medideira. Variáveis meteorológicas. Dinâmica de pragas. Glycine max. Inteligência artificial. Manejo integrado de pragas.Item Redes neurais artificiais como ferramenta de previsão sazonal de Spodoptera spp. em soja Bt(Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-26) França, Luciano Cardoso de; Picanço, Marcelo CoutinhoA soja (Glycine max) é a leguminosa mais cultivada no mundo e atualmente nesses cultivos a maioria das variedades possuem toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis (soja Bt) que conferem resistência a algumas espécies de Lepidoptera. O complexo de lagartas Spodoptera spp. (Lepidoptera: Noctuidae) são pragas importantes nos cultivos de soja Bt. Suas larvas atacam folhas, vagens e grãos, reduzindo o rendimento da cultura. O entendimento e previsão das intensidades de ataque das pragas aos cultivos é importante para o planejamento das épocas de realização de amostragem e de aplicação dos métodos de controle. As redes neurais artificiais (RNAs) são ferramentas de inteligência artificial que podem ser utilizadas em pesquisas de classificação e de análises de regressão como os estudos de dinâmica espaço-temporal das populações de pragas nos cultivos. Assim, este trabalho teve como objetivo usar modelo de RNA para identificação dos fatores reguladores de populações de Spodoptera spp. em cultivos de soja Bt. Durante dois anos foram avaliadas as densidades de lagartas de Spodoptera spp. e inimigos naturais em cultivos comerciais de soja na região do Cerrado brasileiro. Também foram coletados dados de elementos climáticos e da idade das plantas de soja. Para construir as RNAs foram utilizadas, como variáveis de entrada, a idade das plantas de soja, densidades de predadores e parasitoides e variáveis meteorológicas. A variável resposta foi a densidade de Spodoptera spp. Dentre as RNAs projetadas para predizer a sazonalidade de lagartas Spodoptera spp. a mais adequada foi aquela com a médias dos 25 dias anteriores a avaliação da densidade da praga. Essa RNA tem dois neurônios na camada oculta, função de ativação de logística e propagação resiliente da função de aprendizado. As previsões da RNA e as densidades da praga nas lavouras apresentaram correlação de Pearson de 0,779. A temperatura média do ar foi o principal preditor ambiental e afetou negativamente as populações de Spodoptera spp. As maiores densidades de Spodoptera spp. ocorreram com plantas em estágio reprodutivo e nos cultivos de verão chuvoso. Portanto, o modelo de rede neural artificial determinado nesse trabalho é promissor para prever as intensidades de ataque de lagartas Spodoptera spp. em cultivos de soja. Palavras-chave: Glycine max. Lagartas. Inteligência artificial. Elementos climáticos. Dinâmica espaço-temporal.Item Fatores determinantes da incidência dos enfezamentos pálido e vermelho em cultivos de milho(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-25) Nimet, Marta Sabrina; Pereira, Eliseu José Guedes; http://lattes.cnpq.br/7595211481347818O milho lidera o ranking da produção mundial de cereais, com 1,2 bilhão de toneladas, correspondente a 40% da produção global. Em muitos desses cultivos, contudo, a produtividade é reduzida por fatores de perdas, tais como infestação pela cigarrinha Dalbulus maidis, capaz de transmitir patógenos do complexo de enfezamentos do milho. Esses incluem molicutes (espiroplasma e fitoplasma) e vírus. Apesar do grande impacto desse problema sanitário vegetal na produtividade do cereal, faltam dados sobre a ocorrência relativa dos agentes causais dos enfezamentos nas regiões produtoras de milho. Desse modo, no presente estudo buscou-se compreender a relação da ocorrência de enfezamentos e seus tipos, com a época de semeadura e a localização geográfica do cultivo. Foram utilizados dados coletados em cultivos em munícipios da Região Sul do Brasil e parte do Mato Grosso do Sul. As amostras foram coletadas de plantas de milho em cultivos comerciais com sintomas visuais de enfezamento e encaminhadas ao laboratório de fitopatologia da Corteva, em Palmas, TO. As amostras foram submetidas à extração de DNA e reação de PCR para detecção dos patógenos. Os dados obtidos foram tabulados, calculando-se a proporção das amostras contendo somente um dos patógenos, ambos ou nenhum deles, além da ocorrência em determinadas regiões e a época do cultivo. A frequência relativa dos enfezamentos, variável resposta, foi analisada usando modelos lineares generalizados em função de vários fatores explicativos, tais como época de cultivo, cultivo anterior, entre outros. Foram confeccionados mapas pelo método de Krigagem, obtendo-se figuras de distribuição espacial dos enfezamentos. Os resultados mostraram não haver prevalência de uma ou outra espécie de patógeno: as frequências relativas foram de 37% das amostras somente com enfezamento pálido, 38% somente com enfezamento vermelho e 22% de amostras com ambos. As lavouras semeadas na 2a safra (fevereiro-julho) apresentaram uma incidência maior dos patógenos dos enfezamentos, 61,5 ± 3,0 % contra 45,1 ± 3,4 % de incidência na 1a safra (P < 0,05). Nessa diferença foi determinante a incidência de enfezamento vermelho, que aumentou de 40% para 90% a partir do oitavo mês (abril) do início do ano agrícola (agosto). Nas áreas onde se cultivou milho seguido de milho, a incidência dos patógenos foi maior (>70%) que nas áreas onde o cultivo do milho foi precedido por cultivo de soja, trigo ou aveia. Cerca de 20% das amostras de milho voluntário tinham uma ou outra espécie dos patógenos dos enfezamentos. Esses resultados auxiliam no entendimento da prevalência dos tipos de enfezamento e os fatores favoráveis à incidência da doença nos campos de cultivo de milho. Essas informações são úteis na tomada de decisões mais assertivas para manejo do problema, tais como o desenvolvimento de híbridos de milho tolerantes e o posicionamento adequado deles, considerando a prevalência regional dos tipos de enfezamento e o patógeno associado. Palavras-chave: Zea mays. Dalbulus maidis. Espiroplasma e Fitoplasma. Polimerase Chain Reaction (PCR). Incidência e Prevalência. Época e Sucessão de Cultivo.Item Impacto de genótipos de milho com tecnologias Bt no controle de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea em campos de cultivo(Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-26) Dias, Bianca Stefani Pereira; Oliveira, Eugênio Eduardo deO milho (Zea mays L.) é um dos cereais mais versáteis, apresentando grande adaptabilidade sob variadas condições em todo o mundo. Contudo, os cultivos de milho são atacados por insetos-pragas e, para minimizar o risco de perdas, utiliza-se cultivares transgênicos resistentes a alguns deles. Essa resistência decorre da inserção um ou mais genes de Bacillus thuringiensis (Bt) no genoma do milho, tornando-o geneticamente modificado. O milho Bt possui grande área de plantio e as suas principais pragas-alvo são Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho) e Helicoverpa zea (lagarta-da-espiga). O presente estudo objetivou determinar o desempenho de milhos Bt com as tecnologias transgênicas PWU, PW, Leptra, VIP3 e VTPRO3 no controle dessas principais lagartas que atacam a cultura do milho. Para isto, foram avaliados o grau da injúria foliar causada por S. frugiperda e a intensidade de infestação por lagartas em campos de milho nas safras 2020/2021 (Ano 1) e 2021/2022 (Ano 2) no município de Indianópolis, Minas Gerais, Brasil. Para a avaliação da injúria foliar provocada pela lagarta do cartucho foi utilizada a escala Davis, aos 25 dias e 35 dias após a emergência das plantas (DAE). Avaliou- se o número de lagartas presentes nas plantas, contabilizando-se aquelas maiores ou menores que 1,5 cm (3o instar) em dez plantas por parcela. Também se avaliou a área danificada (cm2) nas espigas e o número de lagartas nelas presentes. Os resultados mostraram que a infestação e a injúria foliar pela lagarta do cartucho foram condicionadas pela interação ano × tecnologia de milho Bt nas duas safras em que os dados foram coletados, tanto aos 25 quanto aos 35 dias após a emergência das plantas (DAE). Nas plantas de milho de 35 DAE, a densidade populacional de lagartas pequenas (< 1,5 cm) foi inferior no Ano 2 independentemente das tecnologias de milho Bt avaliadas. O grau de injúria na espiga variou entre os anos e as tecnologias de milho Bt, a interação entre o ano e tecnologia Bt foi significativa somente para S. frugiperda. A infestação por S. frugiperda foi maior na safra 2021/2022 enquanto a infestação e injúria por H. zea não diferiram. Também houve diferença entre as tecnologias de milho Bt na infestação por H. zea e danos na espiga por S. frugiperda. No milho não-Bt, as lagartas do cartucho cresceram acima de 1,5 cm, e causaram grau de injúria na escala de Davis em anos de alta (nota igual a 7) e baixa infestação (nota igual a 4). As plantas com as tecnologias Bt VTPRO3 e PW apresentaram notas de injúria na faixa de 3 a 5 na escala de Davis. Nas plantas expressando a toxina Vip3Aa não houve a presença de lagartas do cartucho e da espiga e nem injúria delas. Assim, pode-se concluir que as tecnologias de milho Bt PWU e Leptra são eficientes contra as duas espécies de lagartas, S. frugiperda e H. zea, e o risco de infestação e injúria por elas podem variar dependendo da safra ou ano de condução do cultivo. Palavras-chave: Bacillus thuringiensis. Infestação de lagartas. Injúria foliar. Milho Bt.Item Mistura de calda com inseticida e fertilizante nitrogenado fluido para o controle da broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis(Universidade Federal de Viçosa, 2021-01-22) Silva, André Luiz Araújo da; Pallini Filho, Ângelo; http://lattes.cnpq.br/7538227359457584No Brasil, o cultivo de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) possui importância socioeconômica na empregabilidade, distribuição de renda, produção de energia renovável e produção de açúcar para consumo interno e exportação. No processo de produção do Etanol e Açúcar temos alguns subprodutos como a vinhaça e a torta de filtro que são utilizados como fontes de nutrientes no cultivo da cana de açúcar e geração de energia com a queima da palha da cana e biodigestão da torta de filtro e vinhaça. Nos últimos anos (a partir de 2010), não se observou expansão de área cultivada, tampouco aumento de produtividade por hectare. Porém, em contrapartida ocorreu aumento no custo de produção. Mediante a este cenário, busca-se novas alternativas para incremento tanto em produtividade de cana por hectare como na redução dos custos de produção. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de caldas em mistura com fertilizantes fluidos (nitrogênio) e o inseticida Clorantraniliprole buscando-se à estabilidade do produto. Avaliou-se a eficácia da aplicação de um fertilizante foliar em cana-de-açúcar associado ao inseticida químico por meio de ensaios laboratoriais (compatibilidade físico e química) e em campo com levantamentos biométricos e da praga da cultura em questão, Diatraea saccharalis . Para tanto, foi instalado experimento nas áreas de produção situado no município de Araraquara, no estado de São Paulo, conduzidos de dezembro de 2019 a julho de 2020, em canavial com alto potencial de produtividade. O delineamento inteiramente casualizado foi constituído por 4 tratamentos, compreendendo 7 repetições.De acordo com a média dos resultados obtidos na análise em laboratório, a mistura de fertilizante nitrogênio com inseticida mostrou-se ser compatível não ocorrendo a presença de precitado insolúvel nas 6 horas avaliadas quando se consideraram doses dez vezes maiores que o recomendado. Em relação à produtividade do canavial, os resultados de toneladas de cana por hectare (TCH) e toneladas de açúcar por hectare (TAH) foi superior no tratamento com nitrogênio com inseticida (CNCI) em relação a testemunha sem nitrogênio e sem inseticida (SNSI). Em relação ao controle de broca, os tratamentos sem inseticidas apresentaram a maior razão de intensidade de infestação (final/inicial) ou seja, o ataque (intensidade de infestação) aumentou ao longo do tempo com aumento da podridão do colmo. Embora essa diferença não tenha sido estatisticamente significativa, pode-se verificar um comportamento de redução na razão de intensidade de infestação final em relação à intensidade de infestação inicial nos tratamentos sem nitrogênio com inseticida (SNCI) e com nitrogênio e com inseticida (CNCI). O tratamento com nitrogênio associado ao inseticida (CNCI) apresentou maior produtividade TCH e maior quantidade de toneladas de Açúcar TAH e a mistura em caldas do fertilizante fluido nitrogenado com o inseticida Clorantraniliprole não apresentou instabilidade físico e química. Desta forma, além do ganho em produtividade obtido tem-se ainda a oportunidade em conjugar em única operação a aplicação do fertilizante foliar nitrogênio com o inseticida gerando economia financeira e garantindo eficácia de controle da praga e nutrição do canavial. Palavras-chave: Pulverização aérea. Clorantraniliprole. Biometria. Adubação. Foliar. Produtividade.Item Fungos entomopatogênicos no controle dos herbívoros Diabrotica speciosa e Spodoptera frugiperda(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-01) Mielli, Mateus Vilas Bôas; Venzon, Madelaine; http://lattes.cnpq.br/7036892007439853A produção de grãos, especialmente soja e o milho, tem grande destaque na agricultura brasileira, fazendo do Brasil um destaque mundial na produção destas commodities. Há diversas pragas que atacam essas culturas comprometendo a sua produtividade, dentre elas têm-se a lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda e a vaquinha Diabrotica speciosa. O controle convencional destas duas pragas é feito com o uso de inseticidas químicos. Contudo, há um apelo pela utilização de métodos de controle mais sustentáveis, que agrida menos o meio ambiente e o homem como o uso do controle biológico com fungos entomopatogênicos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de três produtos comerciais à base de fungos entomopatogênicos, isolados ou em conjunto, no controle da vaquinha e da lagarta. Os tratamentos foram: a) Metarhizium anisopliae, b) Beauveria bassiana, c) Cordyceps fumosorosea, d) os três produtos juntos (Mix) e e) água (controle). O experimento foi realizado em placas de Petri, onde discos de folhas de soja ou couve foram mergulhados nas soluções com os produtos. Após a secagem, uma lagarta-do-cartucho de segundo instar ou 5 fêmeas adultas de vaquinha foram colocadas na placa. Avaliou-se a sobrevivência das pragas diariamente, por cinco dias. A sobrevivência de S. frugiperda diferiu entre os tratamentos, sendo os melhores resultados o tratamento com aplicação de C. fumosorosea e do Mix. Já a sobrevivência de D. speciosa não diferiu entre os tratamentos. O produto à base de C. fumosorosea mostrou-se o mais promissor para ser incorporado no controle de S. frugiperda. Por não haver diferença entre o Mix e o C. fumosorosea na sobrevivência da lagarta-do- cartucho é necessário avaliar outros fatores na escolha por utilizar o produto isolado ou em mistura, como por exemplo: a presença ou não de outras espécies de artrópodes, que podem prejudicar a produção, pois mesmo não tendo apresentado diferença significativa, o mix de produtos entregou resultado um dia antes do que o C. fumosorosea isolado. São necessários estudos complementares para comprovar a eficiência dos produtos em campo. Se confirmada a mesma resposta do mix de produtos em campo, a utilização desse se tornaria vantajosa para ambas pragas, uma vez que a aplicação do mesmo reduziu 100% a sobrevivência de S. frugiperda em 4 dias e 50% de D. speciosa em cinco dias após a aplicação.Palavras-chave: Soja. Milho. Pragas. Controle biológico. Beauveria bassiana. Metarhizium anisopliae. Cordyceps fumosorosea.Item Potenciais efeitos do uso de pesticidas na produção de mel no Estado de Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-13) Coleta, Queicianne Paniago; Oliveira, Eugênio Eduardo de; http://lattes.cnpq.br/3505112511476883A produção de mel em nível local e global tem enfrentado crises nas últimas décadas associadas ao declínio das populações de abelhas em virtude da mortalidade frequente de colônias. No Estado de Rondônia, queixas são registradas por apicultores relatando mortalidade de abelhas associadas ao uso de agrotóxicos em áreas adjacentes aos apiários. O objetivo da presente pesquisa é avaliar os potenciais efeitos dos agrotóxicos Acetamiprido, Imidacloprid, Thiametoxan, Fipronil e Glifosato na produção de mel no Estado de Rondônia, no período compreendido entre 2017 e 2020. Para tanto, o estudo avaliou a interação entre a comercialização desses ingredientes ativos com a produção de mel por meio da tabulação de dados da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado e dos resultados da Pesquisa da Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com isso, a pesquisa determinou o coeficiente de correlação de Pearson (r) utilizando-se o software estatístico RStudio versão 2022.07.01. Dos 52 municípios existentes no Estado de Rondônia, a análise observou correlações negativas em 26 municípos com o uso de Acetamiprido, em 27 municípios com o uso de Imidacloprid, em 23 municípios com o uso de Thiametoxan, em 25 municípios com o uso de Fipronil e em 25 com o uso de Glifosato. Contudo, o estudo sugere que possa não existir causalidade entre as variáveis analisadas para esses casos e, por isso, são necessárias novas pesquisas que priorizem o mapeamento dos apiários, o levantamento sistemáticos dos dados de produção e a análise de resíduos quando da verificação da mortalidade das abelhas. Palavras-chave: Efeitos. Produção. Mel. Pesticidas. Rondônia.Item Impactos do inseticida Dimilin® em insetos aquáticos não-alvo e em peixes(Universidade Federal de Viçosa, 2020-06-19) Freitas, Hemerson Lourenço Silva; Oliveira, Eugênio Eduardo de; http://lattes.cnpq.br/8384004372892718A utilização de pesticidas traz grandes benefícios para a produtividade agrícola. Entretanto, tais insumos agrícolas acarretam impactos ambientais para ecossistemas terrestres e aquáticos. O inseticida diflubenzuron (Dimilin®), pertencente à classe de reguladores de crescimento, é amplamente utilizado em diversas culturas para o controle de pragas, incluindo aquelas que causam danos a produção intensiva de alevinos. Entretanto, faltam informações a respeito do impacto deste inseticida em organismos aquáticos não-alvo, principalmente aqueles pertencentes a entomofauna aquática. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o impacto do Dimilin® na sobrevivência de baratas d’agua Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae), de notonectídeos Buenoa amnigenus (Hemiptera: Notonectidae) e peixes barrigudinhos Pœcilia reticulata (Cyprinodontiformes: Poeciliidae). Ninfas de segundo instar de B. anurum, adultos de B. amnigenus e jovens de P. reticulata foram expostos às seguintes concentrações de Dimilin®: 1g/3000 L de água (i.e., a dosagem recomendada para controle de insetos aquáticos em tanques de piscicultura), bem como as diluições correspondentes à 30% e 1% da dose de campo. O tratamento controle consistiu de água destilada e deionizada. Os tempos totais de exposição para B. anurum, B. amnigenus e P. reticulata foi de 4, 10 e 4 dias, respectivamente. A mortalidade foi avaliada a cada 24h e os organismos eram considerados mortos quando não respondiam a estímulos mecânicos. Estes dados de mortalidade foram submetidos a análises de sobrevivência utilizando o método Log-rank. Os resultados obtidos demonstraram que tantos os insetos aquáticos (i.e., B. Anurum e B. Amnigenus) quanto os barrigudinhos (P. reticulata) não sofreram alterações em suas habilidades de sobrevivência quando expostos ao Dimilin®, não importando a dosagem aplicada. Tais achados indicam que o inseticida Dimilin® não traz impactos aparentes na sobrevivência dessas espécies aquáticas, o que reforça a sua seletividade e potencial para utilização no controle de insetos pragas na piscicultura. Palavras-chave: Diflubenzuron (Inseticida). Belostoma anurum. Buenoa amnigenus.Insetos aquáticos.Item Uso da calda sulfocálcica no controle de pragas e doenças(Universidade Federal de Viçosa, 2021-03-31) Gonçalves, Ariane Martins Silva; Venzon, Madelaine; http://lattes.cnpq.br/6410888443614627As caldas preparadas a partir de substâncias de origem natural são alternativas de controle de pragas agrícola e patógenos causadores de doenças de plantas, visto que possuem baixa toxicidade, fácil disponibilidade e custo reduzido. Além de nutrir as plantas, por possuir uma rica variedade de micronutrientes, exercem uma ação benéfica sobre o metabolismo das plantas e por essa razão são conhecidas como “caldas fitoprotetoras”. A calda sulfocálcica tem sido muito utilizada na agricultura orgânica, no combate a ácaros e outras pragas sugadoras, tendo também ação repelente contra brocas que atacam partes lenhosas de plantas e para o controle de doenças de plantas. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica para descrever a eficiência e a importância do uso da calda sulfocálcica para a agricultura, principalmente para o sistema de cultivo orgânico. Pelos artigos consultados, foi possível perceber a importância e a eficiência da calda sulfocálcica nos trabalhos conduzidos para o controle de ácaros fitófagos (31%), de insetos pragas (23%) e de doenças fúngicas (19%), causadores de grandes danos econômicos nas culturas agrícolas. Palavras-chave: Cultivo orgânico. Manejo. Pragas agrícolas. Fitopatógenos.
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