SBQP 2015
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/6007
Com a missão de desenvolver pesquisa acadêmica de alto nível sobre a temática da qualidade do projeto no ambiente construído, o Grupo de Trabalho Qualidade do Projeto realiza na UFV o evento científico IV SBQP – Simpósio Brasileiro de Qualidade do Projeto no Ambiente Construído.
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Item Deficiência intelectual e autismo: critérios para uma observação da arquitetura escolar(Universidade Federal de Viçosa, 2015) Cruz, Débora Rodrigues; Abdalla, José Gustavo Francis; Antunes, Katiuscia Cristina VargasO objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão que aborda a importância dos ambientes escolares no cotidiano de alunos com deficiência intelectual ou transtornos invasivos de desenvolvimento (popularmente conhecido como autismo). Também visa compreender como a arquitetura pode facilitar a inclusão escolar, educação e bem estar destes indivíduos. É uma pesquisa teórica de construção de critérios de projeto considerando-se os parâmetros de espaços de vivência nos ambientes escolares e a literatura de referência sobre o assunto, sendo parte de uma dissertação de mestrado que está em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Por um lado, o artigo parte do princípio de que a Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006, assegura um sistema de educação inclusiva em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social do deficiente. Também a atual Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), assegura a todos os alunos com deficiências, o direito de matrícula em escolas regulares, e declara como um de seus objetivos garantir a acessibilidade em todas as esferas. Por outro lado, o consequente aumento no número de matrículas na educação inclusiva nas escolas fundamentais coloca para as instituições a necessidade de adaptações físicas nos ambientes escolares. Não obstante a deficiência intelectual seja uma constante nas escolas, entende-se que a resposta espacial para a necessidade requer cuidados ainda não observados nos códigos e diretrizes de projetos de construção, o que não quer dizer a ABNT 9050/2004. Como contribuição, pode-se sistematizar um conjunto de critérios de projeto para ambientes escolares que recebem alunos com deficiência intelectual e transtornos invasivos do desenvolvimento. Tais critérios podem apontar para diretrizes no desenvolvimento de projetos de arquitetura, reformas e adaptações que tornem os ambientes escolares menos restritivos.Item Práticas sociais e o modo de uso efetivo pelo habitante: avaliação empírica em empreendimento mcmv(Universidade Federal de Viçosa, 2015) Lopes, Isabela Canônico; Abdalla, José Gustavo Francis; Zambrano, Letícia Maria de AraújoEste artigo objetiva apresentar a análise do universo arquitetônico-espacial na habitação de interesse social (HIS), isto é, como o morador utiliza o habitat residencial para a realização das suas práticas sociais cotidianas. É derivado de uma pesquisa exploratória realizada no âmbito de um projeto de extensão intitulado: “Escritório- Escola Itinerante do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF: avaliação e assessoria técnica em empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida em Juiz de Fora – MG” (PROEXT MEC/SESu). O projeto esteve em conjunto com outras investigações e pesquisas que se desenvolveram por meio de quatro grupos temáticos e técnicos (GT). Especificamente para o caso apresentado, ele é resultado de parte da pesquisa do GT denominado Avaliação Arquitetônica e Técnica, onde se tinha duas abordagens principais: (1) qualitativa, sobre o uso dos espaços arquitetônicos das unidades habitacionais e (2) quantitativa, sob o ponto de vista da engenharia civil. O foco deste artigo trata da questão qualitativa pela sistematização de resultados adquiridos in loco no empreendimento do Programa Minha, Casa Minha Vida (PMCMV) - condomínio Vivendas Belo Vale, Juiz de Fora / MG. Para alcançar os resultados da pesquisa, se fez uso de um conjunto de ferramentas metodológicas, tais como: entrevistas semiestruturadas, walkthrough e levantamento arquitetônico e de layout dos ambientes internos das moradias. Na investigação in loco buscou-se, por esta pesquisa, primeiramente identificar as necessidades das práticas cotidianas dos moradores e observar como o contexto físico é arranjado perante tais práticas. Como conclusão, a partir da sistematização dos dados por meio de agregação de categorias em relação às práticas sociais observadas, percebeu-se que o projeto arquitetônico da HIS estudada considerou um arranjo interior distinto do que são as práticas sociais dos moradores lá residentes.