Boletim de Extensão

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Inclui boletins de extensão produzidos por pesquisadores da UFV

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    A mulher na gestão da propriedade rural
    (PEC - UFV, 2021) Rodrigues, Samilla Nunes Rezende; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Almeida, Antonella Araujo de; Porto, Priscila Andrade; Albino, Pablo Murta Baião
    As propriedades rurais representam, atualmente, parte da força produtiva que movimenta o agronegócio brasileiro, dando ao Brasil o reconhecimento que tem no cenário mundial no que diz respeito à produção agrícola, pecuária e agroindustrial. Segundo o United States Department of Agriculture (USDA), o Brasil se consolidou em 2021, como terceiro maior produtor de frangos de corte e quarto maior de suínos. Em relação a commodities como a soja, o Brasil é o líder mundial da produção do grão, atingindo o volume de aproximadamente 135 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Sendo assim, nota-se a relevante participação dos produtos agrícolas na economia brasileira, tanto em grande quanto em pequena escala. O agronegócio contribui com uma parcela significativa - 26,6% em 2020- do produto interno bruto (PIB) brasileiro segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e mantém no meio rural as famílias que vivem da renda gerada pela propriedade (KRUGER; MAZZIONI; BOETTCHER, 2009). Nesses casos, volta-se a atenção para a agricultura familiar, onde pequenos proprietários investem tempo, dinheiro e conhecimento em atividades agrícolas e agropecuárias, visando o sustento familiar, bem-estar e fornecimento de alimentos para a comunidade. Se tratando da agricultura familiar, de acordo com o Censo Agropecuário 2016-2017 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela tem importância significativa em produtos hortícolas e espécies frutíferas, como é o caso do morango, com participação na produção de 81,2% e uva para vinho e suco de 79,3%. Em relação a à produção da pecuária, os dados mostram que 31% do número de cabeças de bovinos, 45,5% das aves, 51,4% dos suínos, e 70,2% de caprinos pertencem à agricultura familiar. Além disso, este segmento foi responsável por 64,2% da produção de leite no período de referência do Censo (NETO et al., 2020). Para garantir a sua sustentabilidade, levando em consideração a alta competitividade do setor e as flutuações de preço que podem gerar instabilidade, os agricultores familiares têm como característica construir a sua força de trabalho a partir do conjunto de membros da família (SPANEVELLO; MATTE; BOSCARDIN, 2016), constituindo esta a mão de obra não remunerada diretamente, ou seja, os membros da família trabalham nas atividades e percebem seu ganho ao final do ciclo produtivo quando é apurado o lucro e ou prejuízo. Tendo em vista a importância da agricultura familiar na geração de renda e alimentos, vale ressaltar o papel das figuras que compõem grande parte desse cenário: as mulheres. O crescimento do meio rural está relacionado diretamente com maior envolvimento das mulheres nas atividades rurais das quais ainda são tradicionalmente excluídas (STADUTO, 2013). Os processos culturais presentes no meio rural brasileiro atribuem papéis distintos aos homens e às mulheres. Por muito tempo, as mulheres foram associadas a uma posição secundária nas propriedades rurais, sendo vistas como ajudantes dos maridos ou dos pais nas atividades agropecuárias e responsáveis pelas atividades domésticas de manutenção da família (SPANEVELLO; MATTE; BOSCARDIN, 2016). O mais usual, nas propriedades de agricultura familiar, é que o homem seja o responsável pela gestão financeira, planejamento, parte produtiva e tomada de decisão (BRUMER, 2004). Além disso, o papel desempenhado por elas no meio rural muitas vezes é ignorado, ou entendido como não essencial. Pesquisas revelam que 70% das atividades realizadas pelas mulheres no campo não são valorizadas (MARION, A. A; BONA A. A., 2016). Hernández (2009) retrata a divisão do trabalho entre homens e mulheres nas propriedades rurais familiares, ressaltando a invisibilidade da participação das mulheres no comando das propriedades. O papel central de comando é, em sua maioria, exclusividade masculina, enquanto as mulheres somente têm alguma autonomia quando determinada atividade produtiva não é central na geração de renda. Tais distinções de gênero em relação a liderança da propriedade são barreiras significativas para as mulheres, onde as responsabilidades das tarefas relacionadas ao lar são consideradas de menor importância, e as mulheres isentas de poder de decisão em relação aos seus estabelecimentos (GONÇALVES; ALMEIDA, 2021). Entretanto, a concepção sobre o papel da mulher vem sendo contestada, redirecionando para sua importância e seu papel no meio rural em distintas instâncias. Sua relevante participação nas atividades do grupo familiar e na sociedade a que pertence tem questionado a imagem de uma mulher rural apenas ajudante e coadjuvante. O setor agropecuário, assim como outros segmentos da sociedade, não foi capaz de resistir e ficar longe da determinação, foco e profissionalismo das mulheres (WOMMER; CASSOL, 2014). Não resta dúvida de que a participação da mulher é fundamental dentro da estrutura familiar e para o desenvolvimento das propriedades, sendo assim é importante impulsionar a formação das mulheres para que elas assumam o gerenciamento das propriedades rurais criando uma jornada de desenvolvimento, reconhecendo as capacidades femininas, criando espaços para que elas possam expressar suas ideias, conhecimentos e se fazerem presentes.
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    Ferramentas de qualidade no agronegócio
    (PEC - UFV, 2020) Almeida, Íkaro Borges Tosatti de; Magalhães, Ingrid Felomesnsch Araújo; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Albino, Pablo Murta Baião
    A gestão da qualidade consiste em uma estratégia de administração aplicada a qualquer tipo de organização e orientada a criar consciência da importância da melhoria contínua em todos os processos organizacionais. Esse conceito vem sendo cada vez mais introduzido nos ambientes rurais por permitir o alcance de melhores resultados a partir de ferramentas simples de planejamento, controle e liderança, que vão auxiliar o empreendedor a definir, mensurar, analisar e propor soluções para os possíveis problemas que impactam seu negócio (GALDINO et al., 2016). Porém, a parte dos parâmetros e exigências de qualidade está oculta no produto final, não sendo perceptível pelo consumidor. Além disso, no final da cadeia, na maioria das vezes, vale a avaliação da qualidade percebida pelo consumidor, ou seja, propriedades sensoriais como sabor, forma, textura, beleza, etc., quando se trata de bens de consumo, por exemplo. Neste sentido, é preciso perceber que todos os processos envolvidos na produção e comercialização de produtos e serviços precisam ser analisados, a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Dessa forma, é preciso que haja uma mudança de mentalidade do empreendedor, passando a adotar uma postura proativa em relação à qualidade de seus processos, e não mais reativa, onde se espera que o cliente se manifeste a respeito de algum parâmetro ou exigência de qualidade não atendida (LIMA, 2004). Existem alguns produtos nos quais são realizadas análises, muitas vezes laboratoriais, de amostras do item comercializado. Quando a amostra não atende os padrões de qualidade exigidos, ela é descartada e é informado em qual ou quais parâmetros o produto foi reprovado. Porém, não é informado ao empreendedor onde está o problema em sua cadeia produtiva ou o que pode o ter ocasionado. Uma vez que seu produto é descartado, pode não ser tão simples se inserir novamente no mercado. Logo, é essencial que haja a identificação de pontos de melhoria do seu empreendimento a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Assim, as ferramentas da qualidade vêm como métodos utilizados para o aprimoramento de processos e solução de problemas, agindo com clareza desde a identificação, passando pela priorização, até chegar na solução, baseada em fatos e dados, e não apenas em opiniões (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Vale ressaltar que, com o avanço constante da tecnologia e, consequentemente, da quantidade e qualidade das informações produzidas, torna-se cada vez mais desafiador que a organização se mantenha em destaque por muito tempo. É preciso se manter atento em relação às concorrentes e buscar um ciclo virtuoso de melhoria contínua de seus produtos, serviços e processos (FUJIMOTO, 2017). A gestão da qualidade deixou de ser um aspecto de produto e passou a ser um problema da organização, seja ela empresa ou empreendimento rural, abrangendo todos os processos, pois são ferramentas de grande utilidade que vão incorporar a ideia de melhoria nas práticas de fabricação e validação dos procedimentos, permitindo um olhar mais detalhado e definindo alguns pontos críticos de controle a fim de encontrar não conformidades (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Abordaremos aqui ferramentas para auxiliar na identificação e priorização das possíveis dores do empreendimento, com o intuito de permitir que o empreendedor saia da etapa de inspeção do produto final e avalie seus processos de forma individual e efetiva, agregando valor ao seu produto e construindo vantagens competitivas, já que, devido à alta competitividade atual, a qualidade não é mais um diferencial, e sim um requisito básico de qualquer produto ou serviço.
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    Controle e planejamento financeiro para agricultura familiar
    (PEC - UFV, 2017) Mariano, Thiago Heleno; Albino, Pablo Murta Baião
    Promover a sustentabilidade financeira, em qualquer espécie de empreendimento, é fundamental para sua sobrevivência e, neste contexto, estão incluídas também as iniciativas da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário conceitua a agricultura familiar como a propriedade rural em que a gestão e pelo menos 75% da mão de obra é realizada pela própria família. Além disso, a residência e o empreendimento estão localizados na mesma propriedade. Desse modo, a relevância do controle e do planejamento financeiro é maximizada, pois a subsistência da família está sujeita à sobrevivência do empreendimento e grande parte da renda é proveniente da atividade agropecuária. O controle financeiro é exercido por meio da realização do fluxo de caixa que consiste na identificação dos ganhos e desembolsos financeiros; assim, será determinado o lucro. É importante destacar que para que seja construído o fluxo de caixa, os produtores coletem todos os dados relativos aos custos, despesas e receitas financeiras, de modo que as informações sejam condizentes com a realidade do empreendimento.
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    Regularização ambiental no meio rural
    (PEC-UFV, 2020) Rohden, Jéssica Ferreira; Albino, Pablo Murta Baião
    Todos os dias é noticiado que as atividades humanas vêm causando danos à natureza, modificando o ambiente em que vivemos. Mas você já se perguntou o que é, de fato, o meio ambiente? De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981), o meio ambiente é: “O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.” Assim, pode-se dizer que, o meio ambiente, na verdade, se trata de tudo aquilo que, de alguma forma, interage com os seres vivos, afetando tanto em sua vida, quanto em seu desenvolvimento. O meio ambiente pode ser dividido em três grandes conjuntos: Meio Físico: constituído de tudo aquilo que não é propriamente vivo, como as rochas, o ar, e a água; Meio Biológico: constituído de todos os organismos vivos, com exceção do homem, como as plantas, os animais e os microrganismos; Meio Antrópico: que é constituído pelo ser humano. A interação entre tudo aquilo que não é vivo, os seres vivos e o ser humano é o que constitui o meio ambiente. Isto significa que o ser humano também faz parte do meio ambiente, sendo uma peça fundamental nesse sistema, pois as atividades humanas causam grandes alterações no meio onde vivemos e em todas as formas de vida do planeta. Essas alterações causadas pela ação humana são chamadas de impacto ambiental.