Boletim de Extensão
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Inclui boletins de extensão produzidos por pesquisadores da UFV
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Item Influência do clima na bovinocultura leiteira(PEC - UFV, 2014) Figueiredo, Érika Martins de; Silva, Amanda Dione; Muniz, Jorge Cunha Lima; Furtado, Jessica Mansur Siqueira; Donzele, Rita Flávia Miranda OliveiraA produção de leite bovina constitui uma atividade importante no agronegócio brasileiro dado pela sua representatividade no suprimento de alimentos e na geração de empregos diretos e indiretos. No cenário mundial, os Estados Unidos encontra-se atualmente como o maior produtor de leite, seguido pela Índia e China. O Brasil ocupa a quarta posição em volume de produção, totalizando mais de 35 bilhões de litros de leite produzidos (FAO, 2013). Frente aos demais países produtores, o Brasil se enquadra em posição privilegiada levando em consideração a evolução do consumo interno observada ao longo dos anos, o surgimento de possíveis mercados para exportação e principalmente devido à sua extensão territorial, a qual possibilita uma vasta área para exploração pecuária. Além disso, a grande maioria dos sistemas de produção é basicamente a pasto, o que torna os custos de produção mais baixos e proporciona alta competitividade no mercado internacional. Dentre as principais regiões produtoras no Brasil, o Sudeste e o Sul juntos correspondem a aproximadamente 70% da produção nacional e o principal estado produtor é Minas Gerais, responsável por cerca de 27% de toda a produção de leite do país (IBGE, 2012). O leite é considerado como um dos produtos que apresenta elevadas possibilidades de crescimento, entretanto, as taxas de crescimento da produção no Brasil ainda são baixas (MAPA, 2013). Isto pode ser explicado pela predominância de sistemas gerenciados por pequenos e médios produtores, onde a mão-de-obra é basicamente familiar, o investimento em genética e nutrição do rebanho e o emprego de tecnologias é baixo e a preocupação com o ambiente em que os animais são criados é mínima. Por consequência, há um em elevado número de produtores com pequeno volume de produção e um número muito pequeno de grandes produtores, o que reflete na baixa média de produção do país. Além dos aspectos de volume de produção, o grande desafio, tanto vislumbrando o mercado interno quanto o externo, é a qualidade do produto ofertado. Esta é uma tendência mundial que exige dos países produtores de leite maior controle da qualidade do leite. Desta forma, os produtores devem se adequar a estas exigências, não somente pela conquista de mercado, mas também para se beneficiar das vantagens econômicas geradas pela oferta de produtos com qualidade, já que muitos laticínios pagam de forma diferenciada por um leite com melhores características.Item Criação de codornas para produção de carne e ovos(PEC - UFV, 2015) Muniz, Jorge Cunha Lima; Viana, Gabriel da Silva; Silva, Diego Ladeira da; Albino, Luiz Fernando Teixeira; Barreto, Sergio Luiz de ToledoPara que se tenha sucesso na criação de codornas é importante que se faça um estudo criterioso do local para implantação da granja. Deve-se, ainda, considerar vários fatores técnicos e econômicos antes da decisão final sobre a localização da granja coturnícola. Dentre esses fatores, destacam-se: situação topográfica, facilidade de abastecer a granja, via de acesso, proximidade dos centros consumidores, demanda de cada produto, clima, energia elétrica e a relação custo beneficio. Para que se obtenha alta produção com qualidade é fundamental que se disponha de água e ração de qualidade a serem fornecidas às aves, caso contrário, a criação pode ser prejudicada. Geralmente criações desse tipo são aconselháveis em áreas rurais, porém esse fator irá depender das prefeituras de cada localidade e cada uma terá seu plano diretor urbano (PDU). As instalações podem ser de estrutura de alvenaria ou de madeira, metálicas ou conjugadas. As dimensões do galpão são calculadas de acordo com o número de aves que se deseja criar.Item Criação de galinhas caipiras(PEC - UFV, 2016) Albino, Luiz Fernando Teixeira; Godoi, Mauro Jarbas de SouzaA avicultura brasileira iniciou com Cabral, que trouxe para o Brasil os primeiros exemplares de aves de raça pura. Essas aves eram criadas soltas a campo e daí originou-se o nome popular de Galinha Caipira. Em razão do sistema de produção utilizada até hoje, essas aves passaram por um processo de degeneração, com consequente perda de produção e de produtividade. Os produtos caipiras são hoje um nicho de mercado pouco explorado no Brasil, mas que vem conquistando espaços, tornando-se cada dia mais valorizado, por um crescente número de consumidores, cada vez mais, esclarecidos e preocupados com a melhoria da qualidade de vida, consumidores esses que buscam na alimentação natural a base para a manutenção de uma vida saudável. O aumento do consumo desses produtos tem beneficiado os produtores rurais, que dispõem de uma alternativa para incrementar a renda familiar e, ainda, possuem a vantagem de poder programar seus rendimentos, que podem ser mensal, semanal ou diário e serão variáveis de acordo com o alojamento das aves. A grande extensão territorial do Brasil, com diferenças culturais e regionais, permite que a criação de frango caipira tenha entendimento diferente de tal forma que o frango caipira de São Paulo pode ser diferente do frango caipira do Nordeste do país. Essas diferenças levaram ao DIPOA (Divisão de inspeção de produtos de origem animal) a criar normas para essa produção, pois o MAPA, Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, encontrava dificuldade para normatizar o processo de criação e rotular o produto (Demattê Filho, LC.2015.) É importante que a produção caipira acima de 1000 aves seja registrada no IMA, Instituto Mineiro de Agropecuária, e atenda às exigências do MAPA (Cartilha do Ima). Dentre as exigências estão: as aves têm que ser de crescimento lento, específicas para esse fim; a alimentação deve ser sem uso de subprodutos de origem animal, sem uso de anticoccidiano e antibióticos melhoradores de crescimento; têm que ter acesso a piquetes, etc. As aves caipiras são diferenciadas das convencionais pelo sistema em que são criadas e pelas linhagens utilizadas. Como as aves são geneticamente selecionadas para serem criadas a campo, elas não encontram dificuldade de adaptação ao sistema de criação. A criação a campo é bastante simples, basta que se tenha um terreno mínimo (lote vazio) ou uma propriedade rural e, mesmo que não se possua galpões para a criação, o sistema permite que sejam feitas adaptações em construções já existentes na propriedade (estábulos, barracões, etc...), desde de que essas adaptações ofereçam as mesmas características necessárias ao bom desenvolvimento das aves (circulação de ar, luminosidade, espaço disponível, etc.). Essa versatilidade permite a redução dos investimentos iniciais de produção, o melhor aproveitamento dos recursos existentes na propriedade; além disso, esse sistema de criação a campo, ciscando no terreiro, lhe confere textura e sabor especiais à carne, típico do caipira tradicional.Item Biologia do Aedes aegypti e estratégias de controle(PEC - UFV, 2016) Gonçalves, Caroline MacedoO A. aegypti é originário do continente africano (Egito) e se dispersou pela Ásia e Américas ao longo dos séculos XV e XIX, principalmente, pelos meios de transportes cada vez mais rápidos (Rebelo JMM et al., 1999 e Gonçalves, 2010). Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século XIX, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela (IOC, 2016). Foi introduzido no Brasil durante o período colonial, provavelmente por meio de navios que traficavam escravos. Atualmente, está distribuído por quase todo o mundo, principalmente, nas regiões tropicais e subtropicais (Consoli RAGB, 1994 e Gonçalves, 2010). Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros (IOC, 2016). Acredita-se que, a partir da população silvestre, em razão das pressões humanas decorrentes da destruição dos habitats naturais, uma variedade genética desse mosquito teria sofrido um processo seletivo, adaptando-se às áreas alteradas e, posteriormente, encontrou nos aglomerados humanos o ambiente adequado à sua sobrevivência. A adaptação aos criadouros artificiais teria sido um grande passo em direção ao comportamento sinantrópico (adaptaram a viver junto com o homem) (Christophers SR, 1960 e Gonçal- ves CM, 2010).Item Controle e planejamento financeiro para agricultura familiar(PEC - UFV, 2017) Mariano, Thiago Heleno; Albino, Pablo Murta BaiãoPromover a sustentabilidade financeira, em qualquer espécie de empreendimento, é fundamental para sua sobrevivência e, neste contexto, estão incluídas também as iniciativas da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário conceitua a agricultura familiar como a propriedade rural em que a gestão e pelo menos 75% da mão de obra é realizada pela própria família. Além disso, a residência e o empreendimento estão localizados na mesma propriedade. Desse modo, a relevância do controle e do planejamento financeiro é maximizada, pois a subsistência da família está sujeita à sobrevivência do empreendimento e grande parte da renda é proveniente da atividade agropecuária. O controle financeiro é exercido por meio da realização do fluxo de caixa que consiste na identificação dos ganhos e desembolsos financeiros; assim, será determinado o lucro. É importante destacar que para que seja construído o fluxo de caixa, os produtores coletem todos os dados relativos aos custos, despesas e receitas financeiras, de modo que as informações sejam condizentes com a realidade do empreendimento.Item Indicadores de qualidade de ovos de galinha in natura(PEC - UFV, 2017) Oliveira, Ana Cláudia Goulart de; Mendonça, Michele de Oliveira; Moura, Guilherme de Souza; Barreto, Sérgio Luiz de ToledoO ovo é o produto de uma eficiente transformação biológica feita pela poedeira a qual transforma recursos alimentares de menor valor biológico em produto de alto valor nutricional (PASCOAL et al.,2008). Vários são os fatores de o ovo ter sua excelência reconhecida e ser um importante contribuinte para a alimentação humana de qualidade, pois em sua composição estão contidos os principais nutrientes necessários ao metabolismo e ao desenvolvimento físico do ser humano, como a proteína, que tem um elevado valor biológico e reúne a maior parte dos aminoácidos essenciais, vitaminas, minerais e ácidos graxos. É considerado um alimento natural, de baixo custo e alto valor nutritivo, além de conter substâncias promotoras de saúde e preventivas de doenças (DONATO et al., 2009). Em crianças com idade de até três anos, o consumo diário de um ovo atende, aproximadamente, 50% das necessidades de proteína. 0 aumento de seu consumo e a utilização de suas vantagens nutricionais pela população depende da qualidade do produto oferecido ao consumidor, a qual é determinada por um conjunto de características físico-químicas que podem influenciar o grau de aceitabilidade do produto (FREITAS et al., 2011). Além disso, o seu consumo está diretamente relacionado à questão da segurança alimentar (EMBRAPA 2013).Item Produção de cana-de-açúcar(PEC - UFV, 2019) Silveira, Luiz Claudio Inácio da; Oliveira, Mauro Wagner de; Marques, Tiago da SilvaA cultura da cana-de-açúcar é de grande importância socioeconômica e ambiental para o país. A área cultivada atualmente é de, aproximadamente, 5,3 milhões de hectares, gerando, em média, 1,3 milhão de empregos diretos. Além dessa relevância econômica e social, a cultura da cana-de-açúcar tem também grande importância ambiental, dada sua característica de elevada eficiência de fixação de CO2 associada à capacidade de manter altos valores médios de taxas de crescimento por período prolongado de tempo. Desde o início da colonização do Brasil, a cana-de-açúcar tem se constituído sob o aspecto econômico e social como uma das principais culturas do país, sendo utilizada para produção de açúcar, cachaça e alimentação animal. Em meados da década de oitenta, o Brasil começou a utilizar a cultura também para a produção de álcool carburante. Esse fato promoveu a expansão da área cultivada com cana no Brasil e o avanço tecnológico no sistema de produção e processamento da matéria prima para indústria do açúcar e do álcool.Item Manejo nutricional e reprodutivo de vacas de corte na estação de monta(PEC - UFV, 2019) Sampaio, Cláudia Batista; Fonseca, Raquel SoaresA crescente exploração comercial de bovinos de corte no Brasil nos últimos anos fez com que novas tecnologias estratégias de manejo fossem desenvolvidas, buscando tornar o sistema mais eficiente, viável e autossustentável. Dentre os diversos avanços tecnológicos e ferramentas de manejo destacam-se a implantação de estação de monta e a adoção das biotecnologias da reprodução. O manejo nutricional pode ser considerado um dos principais fatores que afetam a reprodução de bovinos de corte. Portanto, cada vez se torna mais necessário conhecer as necessidades nutricionais dos animais e investir em tecnologias e conhecimento. A realização do manejo de forma correta possibilita aumentar a produtividade da fazenda e diminuir perdas, tais como, mortalidade elevada, baixo índice de concepção e de prenhez, entre outros. Vale ressaltar que a nutrição, sem dúvidas, é um custo a se considerar na produção de gado de corte, e requer atenção especial do produtor para que as contas fechem ao final do mês. Por essa razão, é muito importante que o pecuarista planeje bem o manejo da pastagem, o manejo nutricional e o manejo reprodutivo dos animais para conseguir uma maior lucratividade da atividade.Item Controle de doenças em aves caipiras(PEC - UFV, 2019) Santos, Bernadete Miranda dos; Valadão, Marisa CaixetaNa história da avicultura no Brasil há relatos de que o início da atividade tenha se originado na mesma época da chegada dos colonizadores portugueses, em torno de 1500 (ABPA, 2018). Desde então, até a década de 1960, a atividade se caracterizava por aves com baixo potencial produtivo (coloniais), sem especificações ou linhagens genéticas, criadas em sistema extensivo (aves soltas) ou semi-intensivo (piquetes gramados com abrigo de alvenaria). Com o advento da avicultura industrial e importação de linhagens de elevado potencial genético na década de 1970, além das melhorias nas técnicas de criação e manejo das aves, a criação caipira, que designava uma ave nativa que não passou por melhoramento genético e que apresentava baixa produtividade, ou seja, não geraria grandes lucros aos produtores, acabou perdendo espaço, tornando-se prioritariamente uma prática de subsistência. Embora a avicultura industrial seja um dos pilares da economia do país, sendo esse o maior exportador de carne de frango no âmbito mundial (ABPA, 2018), a mudança de hábitos alimentares dos consumidores aliada à preocupação com o bem-estar animal tem ampliado a busca por alimentos cuja origem seja uma produção mais natural e ecológica (Albino et al., 2005). Assim, a criação de aves em sistema caipira, permite que os animais sejam mantidos livres ou semiconfinados (com acesso direto ao piquete gramado por algumas horas ou durante todo o dia), podendo pastejar e manifestar as características inerentes à espécie.Item Principais doenças de ovinos e caprinos(PEC - UFV, 2019) Lima, Magna Coroa; Lago, Ernani Paulino do; Melo Neto, Gabriel Barbosa de; Moreira, Maria Aparecida ScatamburloO sucesso na criação de caprinos ou de ovinos tem como fator principal a saúde dos animais do rebanho, pois é preciso que eles estejam sadios para que possam responder bem ao manejo nutricional, às técnicas de manejo utilizadas e expressar todo seu potencial genético, além de garantir padrões aceitáveis de bem-estar aos animais. Por isso, as doenças podem ser consideradas fatores limitantes na criação, pois afetam diretamente o melhor desempenho dos animais e elevam os custos totais da atividade, o que impacta significativamente a lucratividade, podendo, inclusive, levar à sua inviabilização econômica. Embora a morte de ovelhas e cabras seja a perda mais visível, essa é apenas uma parcela do custo real dos agravos. As maiores perdas ocorrem, de maneira geral, pelos demais custos causados pela doença, seja ela fatal ou não, e incluem os custos com medicamentos, com mão de obra, perda de peso, redução da eficiência reprodutiva e descarte involuntário de animais. Ainda é importante ressaltar que alguns desses custos podem estar ocultos para a maioria dos criadores, não sendo facilmente visíveis ao produtor, como a redução na produtividade. Ademais, dependendo da doença ou da fase de vida dos animais, mesmo depois de recuperados de algum agravo, eles podem ter uma baixa produtividade ao longo da vida. Para que o rebanho fique livre de doenças ou, pelo menos, para que haja um bom controle e manutenção da saúde e produtividade, é necessário cuidar dos animais de maneira adequada e monitorá-los regularmente para detectar os fatores de risco. Para isso, é importante a assistência de um técnico treinado para atuar na caprinovinocultura e que o produtor também tenha bons conhecimentos sobre criação e gerenciamento além de conhecimentos básicos sobre as principais doenças que afetam seus animais.Item Restauração florestal(PEC - UFV, 2020) Martins, Sebastião VenâncioO crescente aumento do consumo humano no Brasil de alimentos, energia, minérios e outros tem levado a uma também crescente utilização dos recursos naturais renováveis e não renováveis. Atualmente, a palavra de ordem é a busca pela sustentabilidade ambiental das atividades produtivas, que tem como objetivo a conciliação do uso racional dos recursos naturais com o manejo sustentável e a restauração dos ecossistemas. Nesse cenário, a restauração de florestas nativas consolida-se como a principal forma de apoio ao desenvolvimento sustentável, uma vez que pode viabilizar tanto a restauração de áreas já impactadas como a compensação ambiental em outras áreas ambientalmente similares. Por meio da restauração florestal é possível atender a legislação vigente na forma de restauração de áreas de preservação permanente e reservas legais sem prejudicar as atividades produtivas de uma de terminada propriedade rural, ou seja, a restauração das florestas tende a contribuir para a melhoria da quantidade e qualidade dos produtos e dos serviços ambientais. Dessa forma, é importante divulgar os conhecimentos sobre técnicas de restauração florestal, desenvolvidos por intermédio de pesquisas científicas, para o público diretamente em contato com o meio rural, como produtores rurais e grandes empresas do agronegócio, mineradoras, geradoras de energia, entre outros.Item Manual técnico de construção e manejo de compost barn para vacas leiteiras(PEC - UFV, 2020) Caldato, Emília Mara Rabelo; Caldato, André; Marcondes, Marcos Inácio; Rotta, Polyana PizziO Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite (7% do total). O principal Estado produtor é Minas Gerais, com 27,10% da produção, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, que se alternam na segunda e na terceira posição (CONABE, 2018). Nos últimos dez anos a produção mundial cresceu 1,5%, atingindo 462, 4 milhões de toneladas por ano. Nesse mesmo período o Brasil cresceu 2,4% ao ano, sendo já um dos maiores produtores mundiais (CONABE, 2018). A produção leiteira atual vem se intensificando cada vez mais, o que se deve ao fato de que, para obter maior retorno financeiro, tem sido necessário um investimento em escalas de produção. Com maior volume de produção, normalmente se consegue melhor preço por litro e diluição dos custos fixos. Ademais, com a necessidade de maior quantidade de insumos, é possível obter melhores preços na compra deles. Dessa forma, é possível unir os principais elementos que geram eficiência na pecuária leiteira, redução de custos e aumento da receita, tanto em volumes totais quanto em valor por litro. Assim, é crescente o número de confinamentos para vacas leiteiras, pois é uma alternativa que tende a aumentar a produção média por animal, além de propiciar melhor aproveitamento das áreas agricultáveis (BEWLEY et al.,2017). Um dos sistemas de confinamento de vacas leiteiras que vêm ganhando espaço no Brasil e no mundo é o Compost Bedded Pack, comumente chamado de Compost Barn. Este sistema teve origem nos Estados Unidos da América (EUA), surgindo como uma alternativa ao principal e mais antigo sistema de confinamento: o Free Stall. A literatura reporta que o Compost Barn provavelmente tenha surgido por volta 6de 1980 no estado da Virginia, nos EUA (BEWLEY et al., 2017). No entanto,ele passou a ser mais explorado somente a partir de 2001, quando o primeiro sistema foi construído no estado de Minnesota (EUA) e, posteriormente, foi se difundindo pelos estados de Kentucky, Ohio e NovaYork (BARBERG e tal., 2007; BEWLEY et al., 2017). Porse tratar de um sistema novo, os primeiros galpões de Compost Barn foram projetados com dimensões equivalentes às utilizadas em Free Stall, pois poderia ser transformado em caso de insucesso (JANNI et al., 2007). Esse sistema surgiu com o intuito de oferecer maior conforto aos animais e reduzir problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall (BARBERG et al., 2007; ENDRES; BARBERG, 2007). No Brasil, o sistema Compost Barn surgiu em 2012 no Estado de São Paulo, na Fazenda Santa Andrea, projetado pelo médico- veterinário Adriano Seddon (LEITE INTEGRAL, 2012). Inicialmente, o principal motivo para implantação deste sistema foi a redução do custo de implantação quando comparado ao Free Stall. No entanto, atualmente, os galpões de Compost Barn bem projetados, que possuam um sistema de ventilação adequado, bem como dimensionamento correto, não apresentam grandes diferenças de custos de implantação em relação ao Free Stall. Contudo, visto que o primeiro atrativo desse sistema no Brasil era a redução nos custos de implantação, muitas adaptações nas instalações foram realizadas para essa redução, as quais, aliadas a práticas de manejo equivocadas, levaram ao fracasso de muitos sistemas em várias regiões do País. Por isso, ressalta-se que é preciso cautela com a implantação de um sistema considerado novo, para que não se conceba um conceito errôneo.Item Concurso literário Sala Mendeleev(PEC - UFV, 2020) Oliveira, Marcelo Ribeiro Leite de; Rubinger, Mayura Marques Magalhães; Borges, Emílio; Sousa, Emerich Michel deA Sala Mendeleev é um espaço do Departamento de Química vinculado à Secretaria de Museus e Espaços de Ciência da UFV (SEMEC) que atua na divulgação e popularização da ciência. Cerca de 2.500 pessoas por ano a visitaram entre 2010 e 2019. O ano de 2019 foi declarado pela UNESCO o Ano Internacional da Tabela Periódica, em homenagem aos 150 anos da tabela proposta pelo cientista russo D. I. Mendeleev. Numa rara iniciativa de unir química e literatura, a Sala Mendeleev promoveu, naquele ano, o Primeiro Concurso Literário Sala Mendeleev, com o tema: elementos químicos. Os estudantes da UFV aceitaram o desafio. Foram dezenas de inscritos. Todos os Centros de Ciência do campus de Viçosa estiveram representados. Devido a esse sucesso e também para comemorar os 10 anos da Sala Mendeleev, a segunda edição do concurso literário, em 2020, teve uma expressiva ampliação do número de inscritos, abrangendo o ensino superior, a pós-graduação e o ensino médio dos campi de Viçosa e Florestal. Em 2019, os textos foram avaliados pelos professores Emílio Borges, Marcelo Ribeiro Leite de Oliveira e Mayura Marques Magalhães Rubinger e, por ocasião do segundo concurso, também pelo professor Emerich Michel de Sousa. Segundo a comissão julgadora, o tema despertou o interesse e a criatividade de pessoas ligadas às mais diversas áreas do conhecimento humano, as quais contribuíram com textos inteligentes e emocionantes, demonstrando essa desejada troca de experiências, que é um dos principais objetivos da Universidade. É preciso ressaltar o apoio oferecido para a realização desses concursos pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC). A Sala Mendeleev e o Departamento de Química da UFV agradecem a todos os participantes das duas edições e à PEC, que, com a edição deste Boletim contendo os textos vencedores dos dois concursos, divulga o trabalho criativo dos estudantes da UFV e fornece mais uma oportunidade de a Sala Mendeleev cumprir seu principal objetivo: divulgar a ciência.Item Produção de Doce de Leite - Teoria e Prática(PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroO leite in natura possui elevado valor nutricional, apresentando em média 3,3% de proteínas, 3,8% de gordura, 4,9% de lactose e 0,8% de sais minerais e vitaminas (WALSTRA; JENNESS, 1984). Aliado a essa alta disponibilidade de nutrientes, essa matéria-prima apresenta fatores intrínsecos favoráveis ao desenvolvimento de micro-organismos, o que o torna altamente perecível. Dessa forma, o processamento do leite por meio da concentração por evaporação, tecnologia amplamente usada na indústria de laticínios, visa a conservação do leite e derivados pela redução da atividade de água (Aw), prolongando o prazo de validade dos produtos elaborados (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). Além de estender a vida-de-prateleira, a concentração do leite também é aplicada visando (i) melhorar as características sensoriais dos derivados lácteos, (ii) reduzir os custos de armazenamento, transporte e estocagem, (iii) diminuir os custos de secagem do leite e derivados, (iv) otimizar os processos industriais e (v) obter produtos diferenciados com maior valor agregado. O processo de evaporação consiste na remoção parcial da água do leite à pressão atmosférica ou reduzida, através da aplicação de energia na forma de calor com vapor indireto (PERRONE et al., 2011). A parcial remoção da água do leite por evaporação leva a um produto chamado leite evaporado. A adição de sacarose e a exclusão de oxigênio em uma concentração com aplicação de calor à pressão reduzida resultam em um produto chamado leite condensado. Por fim, outro produto que também pode ser obtido por meio da concentração do leite é o doce de leite, o qual pode ser produzido concentrando o leite à pressão atmosférica e/ou reduzida na presença de sacarose (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). O doce de leite, também encontrado em referências internacionais como dulce de leche, é um importante alimento produzido e comercializado principalmente na Argentina e no Brasil, além de outros países da América, como Uruguai e México. Tradicionalmente, o doce de leite teve sua origem em fabricações caseiras, com posterior intervenção das indústrias, que asseguraram a produção e distribuição do produto para diversas regiões do mundo, sendo fundamental no avanço para as produções industriais em larga escala (MADRONA etal., 2008). No Brasil, o consumo de doce de leite vem crescendo a cada ano. Esse produto é largamente consumido diretamente como sobremesa ou acompanhada de pães, biscoitos, queijo e frutas. Além disso, é amplamente empregado como ingrediente para a elaboração de alimentos como confeites, bolos, biscoitos e sorvetes (DEMIATE et al., 2001). Entretanto, grande parte da produção de doce de leite se concentra em pequena escala, de forma artesanal e descontínua.Item Processamento de ricota(PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroO soro de leite é um importante coproduto da indústria de laticínios e pode ser definido de acordo com o seu Regulamento Técnico (Instrução Normativa nº 80, de 13 de agosto de 2020) como: “produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares” (BRASIL, 2020a). Além disso, de acordo com esse regulamento, o soro de leite pode ser classificado como “soro de leite, quando a coagulação se produz por ação enzimática, devendo apresentar pH entre 6,0 e 6,8”ou “soro de leite ácido, quando a coagulação se produz principalmente por acidificação, devendo apresentar pH inferior a 6,0” (BRASIL, 2020a). Apresenta-se como um líquido opaco, aguado e fino, de coloração amarela/esverdeada, variando sua composição e propriedades de acordo com a qualidade do leite, o tipo de queijo produzido, bem como com a tecnologia empregada (SMITHERS, 2008; ALVES et al., 2014). No Brasil, em decorrência do aumento da produção e do consumo de queijos, o soro de leite tem sido produzido em proporções cada vez maiores. Em 2019, a produção de queijo no País foi estimada em 775 mil toneladas, um aumento de 1,97% em relação ao ano de 2018, e estima-se que em 2020 chegue a 790 mil toneladas, uma alta de 2% (CAETANO, 2019). Segundo Walstra (2006), cerca de 70% a 90% do volume do leite usado para fabricação de queijos resulta em soro de leite, ou seja, em média, a cada 10 litros de leite, são obtidos de 7 a 9 litros de soro. O soro de leite possui elevada densidade nutricional devido à sua composição, apresentando em média 93% de água, 5% de lactose, 0,7% a 0,9% de proteínas, 0,3% a 0,5% de gordura, 0,2% de ácido lático e pequenas quantidades de vitaminas (OLIVEIRA et al., 2012). A porção proteica contém, aproximadamente, 50% de β-lactoglobulina, 25% de α-lactoalbumina e 25% de outras proteínas, incluindo imunoglobulinas (FITZSIMONS et al., 2007). Contudo, em virtude da alta concentração de matéria orgânica, principalmente lactose e proteínas, a sua capacidade poluente é considerada elevada, por possuir alta demanda bioquímica de oxigênio (DBO) (PRAZERES; CARVALHO; RIVAS, 2012). Nesse sentido, além da alta densidade nutricional, a questão ambiental também preconiza o reaproveitamento do soro de leite para elaboração de novos produtos alimentícios, visando reduzir os custos de produção, agregar valor ao produto e diminuir o efeito poluente (SGARBIERI, 2004). Esse importante coproduto pode ser aproveitado pelas indústrias de laticínios nas formas líquida, em pó ou concentrada, na elaboração de ricota, bebidas (lácteas, carbonatadas e fermentadas), formulações de alimentos infantis, doce de leite, sorvetes, entre outros produtos (CARMINATTI, 2001; PAULA et al., 2018). A produção de ricota é uma das alternativas mais simples e econômicas para um melhor aproveitamento do soro de leite proveniente da fabricação de queijos comuns. Entretanto, a fabricação de ricota não pode ser considerada uma opção de eliminação do resíduo de soro gerado na produção de outros queijos, uma vez que no seu processamento também é gerado um soro, denominado de soro de ricota ou soro de segunda geração. Assim, o aproveitamento do soro para a fabricação de ricota se dá principalmente devido às suas qualidades nutricionais e à grande quantidade de proteínas de elevado valor nutricional e alta digestibilidade.Item Regularização ambiental no meio rural(PEC-UFV, 2020) Rohden, Jéssica Ferreira; Albino, Pablo Murta BaiãoTodos os dias é noticiado que as atividades humanas vêm causando danos à natureza, modificando o ambiente em que vivemos. Mas você já se perguntou o que é, de fato, o meio ambiente? De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981), o meio ambiente é: “O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.” Assim, pode-se dizer que, o meio ambiente, na verdade, se trata de tudo aquilo que, de alguma forma, interage com os seres vivos, afetando tanto em sua vida, quanto em seu desenvolvimento. O meio ambiente pode ser dividido em três grandes conjuntos: Meio Físico: constituído de tudo aquilo que não é propriamente vivo, como as rochas, o ar, e a água; Meio Biológico: constituído de todos os organismos vivos, com exceção do homem, como as plantas, os animais e os microrganismos; Meio Antrópico: que é constituído pelo ser humano. A interação entre tudo aquilo que não é vivo, os seres vivos e o ser humano é o que constitui o meio ambiente. Isto significa que o ser humano também faz parte do meio ambiente, sendo uma peça fundamental nesse sistema, pois as atividades humanas causam grandes alterações no meio onde vivemos e em todas as formas de vida do planeta. Essas alterações causadas pela ação humana são chamadas de impacto ambiental.Item Ferramentas de qualidade no agronegócio(PEC - UFV, 2020) Almeida, Íkaro Borges Tosatti de; Magalhães, Ingrid Felomesnsch Araújo; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Albino, Pablo Murta BaiãoA gestão da qualidade consiste em uma estratégia de administração aplicada a qualquer tipo de organização e orientada a criar consciência da importância da melhoria contínua em todos os processos organizacionais. Esse conceito vem sendo cada vez mais introduzido nos ambientes rurais por permitir o alcance de melhores resultados a partir de ferramentas simples de planejamento, controle e liderança, que vão auxiliar o empreendedor a definir, mensurar, analisar e propor soluções para os possíveis problemas que impactam seu negócio (GALDINO et al., 2016). Porém, a parte dos parâmetros e exigências de qualidade está oculta no produto final, não sendo perceptível pelo consumidor. Além disso, no final da cadeia, na maioria das vezes, vale a avaliação da qualidade percebida pelo consumidor, ou seja, propriedades sensoriais como sabor, forma, textura, beleza, etc., quando se trata de bens de consumo, por exemplo. Neste sentido, é preciso perceber que todos os processos envolvidos na produção e comercialização de produtos e serviços precisam ser analisados, a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Dessa forma, é preciso que haja uma mudança de mentalidade do empreendedor, passando a adotar uma postura proativa em relação à qualidade de seus processos, e não mais reativa, onde se espera que o cliente se manifeste a respeito de algum parâmetro ou exigência de qualidade não atendida (LIMA, 2004). Existem alguns produtos nos quais são realizadas análises, muitas vezes laboratoriais, de amostras do item comercializado. Quando a amostra não atende os padrões de qualidade exigidos, ela é descartada e é informado em qual ou quais parâmetros o produto foi reprovado. Porém, não é informado ao empreendedor onde está o problema em sua cadeia produtiva ou o que pode o ter ocasionado. Uma vez que seu produto é descartado, pode não ser tão simples se inserir novamente no mercado. Logo, é essencial que haja a identificação de pontos de melhoria do seu empreendimento a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Assim, as ferramentas da qualidade vêm como métodos utilizados para o aprimoramento de processos e solução de problemas, agindo com clareza desde a identificação, passando pela priorização, até chegar na solução, baseada em fatos e dados, e não apenas em opiniões (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Vale ressaltar que, com o avanço constante da tecnologia e, consequentemente, da quantidade e qualidade das informações produzidas, torna-se cada vez mais desafiador que a organização se mantenha em destaque por muito tempo. É preciso se manter atento em relação às concorrentes e buscar um ciclo virtuoso de melhoria contínua de seus produtos, serviços e processos (FUJIMOTO, 2017). A gestão da qualidade deixou de ser um aspecto de produto e passou a ser um problema da organização, seja ela empresa ou empreendimento rural, abrangendo todos os processos, pois são ferramentas de grande utilidade que vão incorporar a ideia de melhoria nas práticas de fabricação e validação dos procedimentos, permitindo um olhar mais detalhado e definindo alguns pontos críticos de controle a fim de encontrar não conformidades (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Abordaremos aqui ferramentas para auxiliar na identificação e priorização das possíveis dores do empreendimento, com o intuito de permitir que o empreendedor saia da etapa de inspeção do produto final e avalie seus processos de forma individual e efetiva, agregando valor ao seu produto e construindo vantagens competitivas, já que, devido à alta competitividade atual, a qualidade não é mais um diferencial, e sim um requisito básico de qualquer produto ou serviço.Item Aditivos alimentares alternativos para bovinos(PEC - UFV, 2021) Sampaio, Cláudia Batista; Araújo, Fabiana Lana de; Xavier, José Vinícius ValadaresO Brasil se destaca mundialmente na produção pecuária, seja na produção de leite e derivados ou na produção de carne. Estes sistemas de produção geram emprego e renda, exercendo papel importante no fortalecimento da economia do país em razão do grande número de elos envolvidos no processo produtivo, como produção de insumos, prestação de serviços, transporte, indústria, etc. Sendo assim, todos os fatores ligados à eficiência do sistema de produção são importantes e têm impacto direto na produtividade, como a nutrição, manejo, sanidade e gestão. Dentre estes fatores, a eficiência nutricional está diretamente relacionada ao desempenho dos rebanhos para atingir a produtividade esperada. Considerando manejo nutricional com foco em melhoria de desempenho animal, devemos entender que todo plano nutricional deve ser capaz de fornecer proteína, energia, minerais e vitaminas para atender as exigências dos animais, considerando estratégias para redução de ciclo produtivo e ganhos em produtividade. Dentre estas estratégias, estão: uso da suplementação nutricional estratégica, alimentos alternativos, altos níveis de energia e proteína, e uso de aditivos alimentares com foco na melhoria da eficiência nutricional.Item Planejamento da usina de preservação da madeira(PEC - UFV, 2021) Castro, Vinícius Resende de; Castro, Paula Gabriella Surdi de; Silva, José de CastroNenhuma espécie de madeira, nem mesmo aquelas de reconhecida durabilidade natural (aroeira do sertão, braúna e candeia), é capaz de resistir, indefinidamente, às variações ambientais (temperatura, umidade, substâncias químicas, poluição e radiação) e à ação de insetos e fungos. Diante desses agentes que atacam, destroem ou inviabilizam a madeira, o setor de preservação tem à disposição as UPM’s (Usina/Unidade de Preservação de Madeira), ou UTM’s (Usina/Unidade de Tratamento de Madeira), que representam a resposta moderna da técnica diante da grande demanda de produtos de madeira de alta qualidade e durabilidade e ao esgotamento das espécies de maior resistência natural. Dentre os métodos de impregnação de soluções preservativas na madeira, o método industrial que utiliza pressões superiores à pressão atmosférica é, sem dúvida, o mais eficiente, em virtude da distribuição e penetração mais uniforme do produto na peça tratada, além de maior produção, controle de qualidade, segurança de operação e controle de riscos ambientais, embora exija maior investimento de capital. Atualmente, no setor de tratamento de madeiras em sistemas de autoclave (método industrial), são utilizadas madeiras oriundas de florestas plantadas de eucalipto, pinus e, em menor quantidade, de teca. Tais madeiras já foram pesquisadas, comprovando-se a aptidão para o setor de madeira tratada/preservada.Item Manejo reprodutivo na suinocultura(PEC - UFV, 2021) Torres, Ciro Alexandre Alves; Souza Netto, Domingos Lollobrigida de; Alfradique, Vivan Evangélico PereiraO Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína, produzindo 4,11 milhões de toneladas em 2019. Sua participação mundial tem crescido acentuadamente desde 1990 e hoje representa 3,88% do total de carne suína produzida no mundo, gerando mais de um milhão de empregos diretos e indiretos em toda cadeia produtiva da suinocultura (ABCS, 2019). Nos últimos anos, as matrizes sofreram mudanças fisiológicas e de comportamento, o que aumentou a capacidade de produção de leitões e acabou por resultar, consequentemente, em mudanças no manejo de toda produção. Essas alterações foram essenciais para a tecnificação do setor e, assim, cabe aos produtores, técnicos, profissionais e pesquisadores a busca por eficiência produtiva. Nesse cenário, a reprodução é peça fundamental, de modo a contribuir para a diminuição das perdas econômicas (VARGAS et al., 2007). O gerenciamento reprodutivo através do emprego da Inseminação Artificial (I.A.) é fundamental para o incremento na produtividade. Na espécie suína, essa é uma biotecnologia que se firmou definitivamente em granjas comerciais a nível mundial, chegando a representar 70% dos negócios realizados no setor. A técnica é de grande simplicidade na sua execução, mas deve ser realizada com todos os cuidados para ser eficiente (TONIOLLI, 2010). Por esta razão, a sua aplicação exige certo grau de conhecimento e o acompanhamento de um médico veterinário ou zootecnista. Neste boletim de extensão será apresentado, de forma objetiva, o manejo reprodutivo do macho e da fêmea suína, além de demonstrar a importância da reprodução na suinocultura moderna.