Navegando por Autor "Nakajima, Vânia Mayumi"
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Item Biodisponibilidade de ferro de genótipos de milho: avaliação por métodos in vitro e in vivo(Universidade Federal de Viçosa, 2010-03-29) Nakajima, Vânia Mayumi; Martino, Hércia Stampini Duarte; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796577J7; Queiroz, Valéria Aparecida Vieira; http://lattes.cnpq.br/4103417357987214; Costa, Neuza Maria Brunoro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781709D6; http://lattes.cnpq.br/7552024622546880; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Gomes, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788278D6A fortificação dos alimentos é uma alternativa adotada no combate à anemia ferropriva. Entretanto, o acesso limitado aos alimentos industrializados e a baixa biodisponibilidade dos sais minerais utilizados podem reduzir sua eficácia. Nesses casos, a biofortificação com minerais de alta biodisponibilidade pode ser uma alternativa. A biodisponibilidade de ferro pode ser avaliada por técnicas in vitro como a diálise, e in vivo com animais e humanos. A técnica in vitro é um método mais barato e mais fácil de executar que as metodologias in vivo, e assim poderia ser utilizada para selecionar os genótipos mais promissores num programa de melhoramento genético. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a biodisponibilidade de ferro de diferentes genótipos de milho e a possível correlação entre os resultados obtidos por método in vitro e in vivo. Objetivou-se ainda verificar a influência do teor de fitato e a razão fitato:ferro na biodisponibilidade de ferro. Os teores de ferro total, solúvel e dialisável de 13 amostras de milho foram determinados por espectrometria de absorção atômica em forno de grafite e o de fitato foi quantificado por método colorimétrico. O teor de ferro dos genótipos teve valor médio de 17,93±2,93 mg/kg. O teor de fitato das amostras variou de 0,77% (3E4744 e DKB390) a 1,03% (2E4794), e a razão molar fitato:ferro de 30,64 (1F5924) a 55,41 (DKB390). O percentual de ferro solúvel variou de 13,17 a 39,63% para Caimbé e 3E5335, respectivamente. O maior valor de ferro dialisável também foi para 3E5335 (19,14%), entretanto o menor foi de 3,71% para 3E4824. O ferro total apenas se correlacionou significativamente (P<0,05) com o percentual de ferro solúvel (r= -0,597), sendo uma relação inversa. O teor de fitato e a razão molar fitato:ferro não se relacionaram com os valores de solubilidade e diálise. O ferro solúvel e dialisável tanto em μg/g como em valor percentual, correlacionaram-se significativamente (r = 0,944 e r = 0,951; respectivamente). O milho 3E5335 foi o que apresentou melhor potencial para a biofortificação devido ao seu maior teor de ferro disponível. No ensaio biológico, avaliou-se a biodisponibilidade de ferro de cinco genótipos de milho, pelo método de depleção-repleção em ratos. Os animais receberam dieta AIN93-G sem ferro na fase de depleção por 21 dias. Na fase de repleção (n=8), receberam dietas com 12 mg/kg de ferro, por 14 dias, provenientes de: D1:Sulfato ferroso, D2:Caimbé, D3:1F5924, D4:2E5305, D5:3E4824, D6:2E4794. A hemoglobina (Hb) foi mensurada no início e no final da fase de repleção. Foi avaliado ganho de Hb, ganho de Hb por grama de ferro consumido, eficiência na regeneração de Hb (HRE) e valor biológico relativo de HRE (RBV de HRE). Não houve diferença no consumo alimentar, ganho de peso, Hb inicial, ganho de Hb e ganho de Hb por grama de Fe consumido. Todos os grupos apresentaram HRE maior que o controle, exceto D2; e não houve diferença entre os grupos teste, quando avaliados entre si. O RBV indicou que D5 e D6 foram os que apresentaram melhor valor de HRE em relação ao controle. O grupo D2 consumiu a maior quantidade de ferro, porém apresentou o menor valor de RBV. Não houve correlação entre consumo de ferro e ganho de Hb. Houve correlação positiva significativa entre ganho de Hb por gramade ferro consumido e HRE (r = 0,883), e ganho de Hb e HRE (r = 0,723). O ganho de hemoglobina por grama de ferro consumido e HRE não apresentaram correlação com os resultados obtidos no estudo in vitro. O ganho de hemoglobina não apresentou correlação significativa, ao nível de 5%, com nenhum valor obtido na diálise, porém foram observadas correlações positivas que variaram de 0,653 a 0,809. Os genótipos de milho analisados apresentaram ferro biodisponível, visto que essas amostras continham valores semelhantes ao grupo controle quanto ao ganho de hemoglobina, ganho de hemoglobina por grama de ferro consumido e eficiência na regeneração de hemoglobina. Entretanto, a quantidade de ferro desse alimento e os resultados do ensaio in vitro indicaram que ainda deve ser feita uma melhor seleção de genótipos quanto ao conteúdo de ferro e fitato. Também foi observado que o teor de fitato e a razão molar fitato:ferro não apresentaram correlação com os resultados obtidos nas análises de biodisponibilidade de ferro, tanto in vitro como in vivo. O método da diálise pode ser uma alternativa na seleção das genótipos para o melhoramento genético visto os resultados concordantes com o ensaio biológico.