Navegando por Autor "Moreira, Adriana Cotote"
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Item Influências familiares e determinantes precoces na ocorrência da obesidade e do risco cardiovascular em crianças(Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-02) Moreira, Adriana Cotote; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500Y9; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Ribeiro, Rita de Cássia Lanes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707115U6; http://lattes.cnpq.br/9823391079001453; Siqueira-batista, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7992589011048146; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760237T8; Rosado, Gilberto Paixão; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781969H8Foram realizados estudos analíticos transversais híbridos, com componentes retrospectivos, a fim de verificar o efeito de determinantes precoces e de antecedentes familiares de obesidade e de hipertensão arterial, sobre o desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular em crianças. Numa primeira etapa do estudo foi realizada avaliação antropométrica com 90,6% dos escolares de 6 a 10 anos das escolas municipais de Nova Era-MG (n=1025) a partir do indicador: Índice de Massa Corporal (IMC)/Idade, considerando-se o padrão de referência antropométrica da World Health Organization (WHO)(2007). Todas as crianças classificadas como obesas foram convidadas a participar do estudo. Para cada criança obesa, foram selecionadas 2 crianças eutróficas, de mesmo sexo, idade e escola.Os pais e mães biológicas das crianças também foram convidados a participar. Nos estudos que verificaram a influência do estado nutricional e dos níveis pressóricos das mães e dos pais no estado nutricional e Pressão Arterial (PA) das crianças (artigos 1 e 2), participaram das análises, apenas as crianças com informações completas de PA e estado nutricional de seus pais e mães biológicas.No estudo que investigou a influência do Peso ao Nascer e do estado nutricional atual sobre fatores de risco cardiovascular (artigo 3), participaram das análises, apenas as crianças com informações de peso ao nascer. Crianças com peso ao nascer superior a 4000 g também foram excluídas do estudo. As variáveis infantis analisadas foram: peso ao nascer, peso e estatura atual, circunferência da cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC), PA, níveis séricos de colesterol total e frações (HDL, LDL, VLDL, triglicérides), glicose e Proteína C Reativa (PCR). As variáveis maternas e paternas foram: PA, peso, estatura, CC e %GC. A PA das crianças, dos pais e das mães foi aferida e classificada de acordo com as recomendações das V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006). Considerou-se PA aumentada nas crianças, valores em percentis correspondentes à classificação de pré-hipertensão e PA aumentada nos pais e mães, valores de pressão arterial sistólica (PAS) ou pressão arterial diastólica (PAD) correspondentes à classificação de PA limítofre para adultos. O estado nutricional dos filhos esteve significativamente associado ao estado nutricional de suas mães e de seus pais. As médias de IMC, %GC e CC foram estatisticamente superiores entre filhos de mães e pais com excesso de peso, excesso de GC e com obesidade central. Indicadores corporais de adiposidade encontraram-se significativamente correlacionados a níveis mais elevados dePA em crianças: PAD esteve correlacionada com IMC, %GC e CC. A PA das crianças esteve associada à PA dos pais, mas não com a PA das mães. Observou-se fraca associação entre baixo peso ao nascer e risco cardiovascular. O Peso ao nascer correlacionou-se apenas com a PAD. Já o estado nutricional atual correlacionou-se com PAD, CC, % GC, glicose, triglicérides (TGL), LDL, VLDL e PCR. Observou-se médias estatisticamente superiores de IMC, CC, %GC, PAD, TGL, VLDL e PCR no grupo de crianças com BPN e obesidade atual e também naquele com peso ao nascer ≥2500 e >4000g e obesidade atual, sugerindo o maior incremento de peso nos primeiros anos de vida, como importante preditor de risco cardiovascular. Os resultados dos estudos sugerem que a obesidade e a hipertensão arterial em crianças, estão associados com o excesso de peso de mães e de pais e com a PA paterna, respectivamente. Intervenções para a redução de eventos cardiovasculares devem priorizar medidas direcionadas para toda a família, em detrimento de ações voltadas apenas para o indivíduo. Destaca-se a importância da implementação de políticas de saúde materno-infantil e o papel primordial da estratégia da Saúde da Família.